Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

Boa Formação Aliada à Ciência

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Comemora-se hoje, dia 16 de outubro, o Dia da Ciência e da Tecnologia. C & T são vetores quase inseparáveis dos avanços da humanidade. Devidamente usados, podem permitir às nações progressos significativos na educação, na saúde, na preservação do meio ambiente, no aumento da produtividade econômica e na integração social, com superação da pobreza e dos problemas sociais.

Realmente, pobreza, educação, saúde, meio ambiente, globalização acelerada e suas conseqüências são problemas de complexidade cada vez maior, que não podem ser equacionados e resolvidos sem a utilização científica e estratégica do conhecimento, sem que se entendam em profundidade as suas causas, implicações e efeitos.

O Dia da Ciência e Tecnologia é, portanto, um bom dia para reflexões. Essas reflexões, devidamente feitas, poderiam ensinar-nos que C & T não consistem apenas em mexer com as mãos, comprar os últimos equipamentos do “front”, ler ou usar manuais de operação, apertar botões de aparelhos, usar programas de computadores que nos chegam, sair por aí “amando a natureza”, usar patentes compradas ou alugadas, saber das “últimas descobertas”.

É preciso educação, boa formação e prática (adequadas e continuadas), dedicação e muito uso da cabeça.

A tão desejada inovação requer toda uma cultura, que hoje precisa ser planejada e cuidadosamente assistida. Da parte do governo espera-se apoio continuado, ao menos para as linhas estratégicas de atividades científicas e tecnológicas.

O Plano Plurianual de C & T do Governo Federal 1996-1999 previu um esforço na ampliação dos investimentos, fato que infelizmente não se vem confirmando dentro das expectativas criadas. A despesa em C & T, quevinha caindo (2,5 para 2,3 milhões entre 1994-96), ficou com os números bastante difusos ou mais confusos.

O papel das Fundações de Apoio à Pesquisa, criadas em vários Estados, a exemplo da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) tem sido bastante prejudicado devido à lamentável atitude de governos estaduais que não cumprem a lei e desviam os recursos para outros fins. AFAPESP, apesar disso, continua sendo o bom exemplo e a sociedade paulista já colhe importantes resultados.

O Small Business Innovative Research, por exemplo, aplicado por essa Fundação com a sigla PIPE, está fomentando mais de 70 projetos de inovação. A FAPERJ (no Rio de Janeiro) está em franca recuperação, com grande apoio do governador Garotinho, já com aplicações de 35 milhões só para atualizar o atraso dos últimos anos.

Paraincentivar os governadores a simplesmente cumprirem as leis que criaram as FAPs, estamos propondo que a SBPC crie a Medalha do Mérito Científico, a ser concedida aos que permitirem o uso devido dos recursos para C & T pelas respectivas Fundações estaduais ou oferecerem apoio significativo para o fortalecimento da ciência.

Por volta de 1985-86, pesquisadores científicos da UnB iniciaram articulações visando à criação da FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal).

Pesquisadores da Embrapa e políticos de visão logo se juntaram e no final de 1992 já estava aprovada a Lei da FAPDF. Consideramos essa uma das mais sábias decisões do Governo Roriz, na gestão passada, e da Câmara Legislativa do DF. Mas, a FAPDF está sem recursos.

Dos cerca de 20 milhões previstos para 1999 não aplicou mais do que 500 mil! É importante que as verbas previstas sejam realmente aplicadas em C & T, ou ficaremos para trás. Brasílianasceu para liderar, e tem tudo para fazê-lo em C & T. Não deixemos que o imediatismo prevaleça sobre o que é realmente estratégico.

Lauro Morhy

Fonte: www.unb.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

Parece impossível imaginar a sociedade atual sem a ajuda da ciência e da tecnologia.

O conhecimento científico que o ser humano acumulou em séculos parece mais efervescente que nunca, quando nos deparamos com a rapidez com que se desenvolvem os estudos nessas áreas atualmente. Notícias espetaculares relacionadas com as biotecnologias ou as tecnologias da comunicação suscitam o interesse público e abrem debates sociais que ultrapassam a compreensão tradicional acerca das relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Antes, a ciência era considerada como o modo de desentranhar os aspectos essenciais da realidade, de desvelar as leis que a governam em cada parcela do mundo natural ou do mundo social.

Com o conhecimento dessas leis, seria possível a transformação da realidade com o concurso dos procedimentos das tecnologias, que não seriam outra coisa senão ciências aplicadas à produção de artefatos.

Nessa consideração clássica, a ciência e a tecnologia estariam afastadas de interesses, opiniões ou valores sociais, deixando seus resultados a serviço da sociedade para que esta decidisse o que fazer com eles.

Mas, o entrelaçamento entre ciência, tecnologia e sociedade obriga a analisar suas relações recíprocas com mais atenção do que implicaria a ingênua aplicação da clássica relação linear entre elas. O conhecimento científico da realidade e sua transformação tecnológica não são processos independentes e sucessivos ; encontram-se entrelaçados em uma trama em que, constantemente, se juntam teorias e dados empíricos com procedimentos técnicos e artefatos.

Fonte: www.cidadaopg.sp.gov.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

A tecnologia moderna é uma ciência aplicada e, ao longo dos tempos, seu desenvolvimento foi de grande importância para a história do homem. Trata-se do conhecimento prático, expresso pelo conjunto de métodos, técnicas, utensílios e instrumentos que o ser humano constrói para dominar ou tirar proveito dos recursos da natureza.

Da Pré-História (há 10 milhões de anos, com o surgimento da agricultura) até a Idade Contemporânea (com a sofisticação dos meios de comunicação), a ciência contribuiu muito para a evolução da sociedade. E este processo não pára. Novos estudos e pesquisas garantirão novas inovações tecnológicas no futuro.

No Brasil, a tecnologia começou a aparecer ainda nos tempos coloniais, com a construção do primeiro engenho de açúcar, em 1553.

Já na última década do século XX, outra demonstração do nosso progresso tecnológico: a ligação da última turbina da usina hidrelétrica de Itaipu – a maior do mundo, construída no Paraná, entre Brasil e Paraguai.

A tecnologia, que faz tão bem ao ser humano, também tem o seu lado nocivo. A ciência sofisticou as guerras e trouxe com elas muita dor ao mundo. Em diversas circunstâncias, o meio ambiente também sofre muito com as inovações trazidas pelo homem.

Para refletirmos sobre essas condutas e rediscutirmos a atuação do progresso no mundo moderno, celebramos em 16 de outubro o Dia da Ciência e da Tecnologia.

Fonte: www.aticaeducacional.com.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

CIÊNCIA E TECNOLOGIA: IMPLICAÇÕES SOCIAIS E O PAPEL DA EDUCAÇÃO

A problemática

Com a racionalidade crescente no século XIX, que atribuiu ao homem a tarefa de dominar/explorar a natureza, aliada ao também crescente processo de industrialização, o desenvolvimento centrado na ciência e tecnologia (C&T) passou a ser visto como sinônimo de progresso.

Mas, com as guerras mundiais, principalmente a segunda, este desenvolvimento passou a ser questionado.

O arsenal de guerra, como as bombas nucleares, deixou bem explícito o poder destrutivo do homem.

O que inicialmente parecia um bem inegável a todos, com o passar dos anos revelou outras facetas.

À medida que o uso abusivo de aparatos tecnológicos tornava-se mais evidente, com os problemas ambientais cada vez mais visíveis, a tão aceita concepção exultante de C&T, com a finalidade de facilitar ao homem explorar a natureza para o seu bem-estar começou a ser questionada por muitos.

Não obstante a presença de debates permeados pela visão dos benefícios acompanhados dos prejuízos, presentes até nos meios de comunicação, este recurso estratégico do “sucesso” ainda é evocado; de acordo com Luján López (1996, p.129-32) as habituais divulgações de autonomia e neutralidade da C&T, principalmente por cientistas, políticos, engenheiros e legisladores, têm levado a concepções que favorecem um modelo tecnocrático político, uma imagem equivocada. Esta distorção não pode ser negligenciada por instituições e equipes responsáveis pela educação escolar e pelo ensino de Ciências.

Está cada vez mais evidente que a exploração desenfreada da natureza e os avanços científicos e tecnológicos obtidos não beneficiaram a todos. Enquanto poucos ampliaram potencialmente seus domínios, camuflados no discurso sobre a neutralidade da C&T e sobre a necessidade do progresso para beneficiar as maiorias, muitos acabaram com os seus domínios reduzidos e outros continuam marginalizados, na miséria material e cognitiva.

Não obstante, já vem de longe as preocupações e ações sistemáticas sobre a proteção à natureza e o bem-estar dos seres humanos. A realização do I Congresso Internacional para a Proteção da Natureza, em 1923, é um exemplo. Conforme Acot (1990, p.164), ele “representa a verdadeira certidão de nascimento do movimento de institucionalização” de proteção da natureza: o “da luta pela instalação de uma instituição permanente”. Com a realização do II Congresso e de outras conferências, foram se ampliando as informações e as possibilidades de reflexão mais profundas sobre esta problemática no âmbito mundial. Em 1938, Brouwer já afirmava que, a “fim de atingir um ponto de vista adequado sobre a proteção da natureza, seria útil considerar primeiramente o conflito entre a natureza e a cultura em geral” (Brouwer, 1938, apud Acot, 1990, p.165).

A participação da Unesco (desde 1948) na organização de conferências sobre a conservação da natureza e de seus recursos, sendo uma delas (a de 1968) apresentada na ONU, amplia ainda mais as discussões, deslocando o eixo da preocupação em instalar “santuários” para a concepção de caráter mais complexo e dinâmico. “Uma política de conservação deveria visar, em definitivo, à organização do meio externo, de tal forma que ele contribuísse para a saúde física e mental do homem e para o desenvolvimento da civilização. … Os métodos de conservação … devem visar à manutenção … das condições que permitem o desabrochar das melhores qualidades do homem”.

Os questionamentos sobre a intervenção dos seres humanos no ambiente e seus impactos se tornaram bem expressivos a partir da década de 60, liderados por diversos movimentos de contestação, como o da contra-cultura e o ecologista/ambientalista. Na década de 70, um passo decisivo foi a Conferência de Estocolmo, em 1972, com o lançamento das “bases de uma legislação internacional do meio ambiente”, versando desde a questão das armas nucleares até a exploração dos recursos naturais.

Os diversos esforços, muitos deles de cooperação internacional, denunciando aspectos de conduta e formas de vida tanto social quanto econômica, mesmo não resolvendo os problemas postos, trouxeram à tona questões dicotômicas: de um lado, ampliaram-se os níveis de consciência crítica sobre os problemas oriundos do uso indiscriminado de produtos descartáveis, de outro, porém, criaram-se, via propaganda intensiva, “novas necessidades” direcionadas a ampliar o consumo e viabilizar novas frentes de produção/lucro, com resultados em favor do consumismo exagerado, detectados até o presente.

Enquanto nas populações européia e norte-americana eram crescentes as manifestações contra a utilização de “tecnologias poluentes”, em países como o Brasil, ainda pouco atentos a esses problemas, tal preocupação não foi sistemática, a ponto de contrapor a adoção de políticas como a que resultou na paradoxal participação de nosso país na Conferência de Estocolmo.

Na ocasião, o então ministro do Planejamento manifestou-se favorável à entrada de empresas que gerassem empregos e aumento no PIB, mesmo que estas fossem causadoras de poluição (Oliveira, 1984, p.11).

A década de 70 foi palco de variadas atitudes com relação ao meio ambiente e sua preservação: dos superpreocupados/cautelosos, de um lado, aos despreocupados/agressivos, do outro. Enquanto países como a Itália procuravam justificar um corte na expansão da economia (crescimento zero), os prudentes buscavam formas alternativas de desenvolvimento (entre zero e máximo). Em outros, como o Brasil, a “palavra de ordem” era o crescimento intensivo. Aliás, pode-se facilmente notar em muitas nações que a lógica do “desenvolvimento” a qualquer custo ainda persiste. Como a legislação sobre o controle ambiental é pouco rígida e os salários são baixos, os impostos são perdoados ou minimizados por longos anos, amplos terrenos e infraestrutura são doados, as empresas globalizadas têm preferido instalar grandes unidades no terceiro mundo.

Outras idéias que tomaram corpo, associando questões ambientais diretamente ao desenvolvimento econômico, foram a do eco-desenvolvimento e a do desenvolvimento sustentável.

A primeira concebia o crescimento econômico não como meta, mas como meio.

Uma conseqüência disso foi o famoso tripé do desenvolvimento: viabilidade econômica, prudência ecológica e justiça social. Já a segunda visava um novo estilo de desenvolvimento (auto-sustentável), com base em tecnologias alternativas e de forma a atingir um equilíbrio entre os processos econômicos, ambientais e sociais.

Com a reunião Rio 92 se consolida a idéia de desenvolvimento sustentável, a qual, aparentemente solucionadora dos problemas ambientais, foi mais uma das tentativas que resultaram pouco significativas para enfrentar os problemas reais. Por não ter critérios definidos, nem um significado próprio, abre a possibilidade para variadas interpretações. De acordo com Jickling (1992, p.5) esse termo tem se tornado, para muitos, um “vago slogan suscetível de manipulação”. Uma vez que todos defendem o desenvolvimento sustentável – ricos e pobres, exploradores e explorados, incluídos e excluídos –, algo deve estar errado nisso. Esse termo polissêmico, ao ser usado em muitos contextos, parece ter contribuído mais para manter a “lógica vigente” do que para realmente questioná-la e alterá-la.

Conforme Rosa (1992, p.45), o desenvolvimento auto-sustentado:

representa uma síntese para responder a duas demandas sociais aparentemente divergentes. É uma resposta política não só às pressões para a preservação do meio ambiente e à preocupação com a conservação dos recursos naturais finitos mas também à necessidade de aumentar a produção para abranger parcelas crescentes da população mundial excluídas dos benefícios da tecnologia moderna.

Enquanto no âmbito do discurso os avanços tecnológicos visam a melhoria das condições de vida da população, na prática do dia-a-dia, o que se vê é o agravamento destas, principalmente nas populações já desfavorecidas. Um exemplo disso é a adoção de políticas direcionadas à geração ou manutenção de empregos. Além de não ter resolvido o problema do desemprego no país, essas políticas têm levado governantes a se “curvarem” diante do “poder do capital”, garantindo privilégios a detentores de riquezas e aumentando ainda mais a exclusão social, como já comentado.

Mesmo assim, a maioria da população continua assistindo a contradições e desmandos de forma bastante passiva. Conforme Borrero (1990, p.128), a lógica da eficiência da C&T, a falta de uma política social autêntica e a busca por necessidades básicas para garantir a sobrevivência têm levado os despossuídos a serem “cúmplices involuntários da degradação ambiental”. A conseqüência disso é a difusão de pensamentos que levam a crer na quase impossibilidade de se implementar ações que promovam a justiça social, principalmente em países emergentes.

Como aceitar passivamente que grupos minoritários explorem de forma discriminatória a maioria da população gerando nela, por alguns períodos, uma sensação de perplexidade e mesmo de impotência? Diante da rapidez com que ocorrem as inovações tecnológicas num país como o nosso, com baixos índices de escolarização, onde parcela significativa dos escolarizados foi e continua sendo privada, tanto dos conhecimentos mais atuais sobre ciência e tecnologia quanto das políticas que regulamentam esse setor, o que esperar?

Compreender mais e melhor as problemáticas de influência direta no modo de vida da população não pode se restringir ao estudo das relações sociais em curso.

Estudos que apontam e aprofundam perdas e danos resultantes dos processos da ciência aplicada e da tecnologia são também essenciais, nas dimensões coletivas e individuais.

Uma retrospectiva histórica tende a propiciar condições para perceber como chegamos ao estágio atual de desenvolvimento e onde/como as coisas começaram a seguir um certo “caminho”. Aspectos históricos e epistemológicos (como os presentes em propostas pedagógicas de CTS) devem auxiliar a compreender que os eventos não são lineares, que outras possibilidades existem.

Estudos sobre o comportamento humano presenciado e registrado em diferentes sociedades e formas de organização, possibilitam perceber que, por mais sólidas que sejam as estruturas de controle populacional, tais como a do Império Romano, há momentos de instabilidade e variação que podem desequilibrá-las: não há determinismo que resista numa sociedade com evidente exclusão social. Freire (1997, p.58) é bastante otimista sobre esse aspecto ao afirmar que gosta de ser gente porque a História demarca “um tempo de possibilidades e não de determinismo”.

O atual poder dos grandes grupos econômicos não terá o mesmo destino? A globalização e as mega-fusões parecem tornar mais evidentes a exploração e as desigualdades. Simultaneamente cresce o descontentamento das populações exploradas que tendem a se mobilizar para mudar esse panorama de exclusão.

Exemplos contemporâneos no Brasil são os movimentos organizados, locais, regionais e nacionais (com destaque para o Movimento dos Sem-Terra), agrupados por interesses comuns e até mesmo por faixas etárias, como os grupos da terceira idade e os aposentados. Dentre as reivindicações explícitas de todos esses grupos, a de uma educação mais atuante, forte, comprometida com resultados em favor das maiorias está sempre presente.

O empenho de várias populações para conquistar sua independência e as negociações entre os países em desenvolvimento, como a que resultou no Mercosul, constituem também novas organizações comprometidas com mudanças. De acordo com Santos (1997, p.22), ao mesmo tempo em que assistimos a uma intensificação da interdependência transnacional e das interações globais, assistimos a um “desabrochar de novas identidades regionais e locais alicerçadas numa revalorização do direito às raízes”.

Relações sociais em tempo de incertezas são, de um lado, determinantes para o desenvolvimento da C&T; de outro, são atingidas por esse desenvolvimento e nos desafiam a criar estratégias adaptativas e a buscar novas possibilidades no campo do ensino/aprendizagem. Entre elas está a capacidade de entendimento das relações que estabelecemos com os demais membros da espécie e a natureza e de sua historicidade. No caso da problemática ambiental, para além da denúncia e da participação efetiva, nos processos pedagógicos a ênfase pode ser dada para, principalmente, pensarmos em romper com o antropocentrismo, concebendo o conjunto complexo do ambiente com os humanos, ao mesmo tempo inseparáveis e responsáveis.

Crenças e valores

A complexidade da problemática ambiental é bem mais ampla do que o entendimento que dela possuem parte significativa dos professores de Ciências Naturais do ensino fundamental e médio. Não é por acaso que os usuais enfrentamentos, como a simples introdução de novas idéias, ficaram aquém de resolvê-las. Será que a adoção de idéias vindas de fora é garantia de prováveis soluções?

Sendo a problemática ambiental resultado das atividades humanas, acreditamos que a ação de indicar/introduzir novas perspectivas deve vir acompanhada de subsídios que possibilitem aos indivíduos compreender a concepção que possuem sobre meio ambiente e poder confrontá-la com a de outros. Uma vez que as expectativas de conquistar mudanças estão diretamente relacionadas com a mudança de padrões de atitude e de valores, as problematizações em torno de suas concepções poderão “abrir caminhos” para outras possibilidades.

Muitos indivíduos escolarizados, ao compreenderem que não lhes cabe o direito de pensar o mundo para si próprios, poderão abandonar a pretensão de se inserir entre os privilegiados.

Não é difícil constatar que a busca pela superação dos problemas esbarra, muitas vezes, em compreensões indevidas do que significam certas proposições. Por exemplo, é praticamente consenso o fato de que é preciso estudar para vencer na vida. No entanto, o que significa vencer? Incluir-se entre os privilegiados ou ampliar as condições para questionar e mudar a lógica perversa de exclusão, tão marcante em diversas sociedades?

Nos planejamentos escolares, principalmente no que tange aos objetivos de cada disciplina ou área de estudo, são usuais expressões realcionadas à idéia de tornar os alunos mais ativos ou criativos. No entanto, pais e professores, formadores de opinião pública, vêm insistindo na excessiva passividade e até na alienação de jovens e adolescentes. Dificilmente sãopromovidas discussões que levam em conta a finalidade de ser criativo, a quem esta contribuição vai beneficiar, ou no que esta criatividade vai desencadear. É preciso entender que, historicamente, os indivíduos foram privados dos instrumentos que os levariam a explorar as situações, como a do ambiente natural, sob a ótica que as considera em sua abrangência global.

As usuais concepções de educação relacionadas ao meio ambiente – sobre, no e para –, separadamente (sob a visão naturalista), não dão conta da problemática ambiental. A educação sobre o meio ambiente se resume basicamente ao ensino de Ecologia, com vistas a entender seu funcionamento. A educação no meio ambiente tem o meio como objeto de estudo. Na educação para o meio ambiente, já se parte de concepções prévias sobre o que seja meio ambiente e, usualmente, as impõe. Com freqüência propunha-se a educação para o meio ambiente (desenvolvimento sustentável, trabalho, trânsito, entre outros) como sendo a melhor estratégia para a solução dos problemas. As pessoas, em geral, não conseguem perceber que lhe está impondo alguma coisa (que devem ser educadas para aquilo, não tendo condições ou opções 19 de escolha ou abertura para a reflexão sobre o tema) nem ver outras possibilidades que não sejam a sua própria.

A fundamentação e a concepção teórica que a maioria dos estudantes aprenderam, baseada na Ciência Clássica e Moderna, privilegia em demasia uma determinada concepção de sociedade. A nova era na questão comportamental iniciada com o advento da Ciência Moderna – com o mecanicismo, as idealizações, a praticidade e a exploração da natureza – influenciou significativamente a configuração dos valores tão difundidos na sociedade nos últimos séculos.

O indivíduo, supostamente neutro, ao interagir com a natureza, conseguia extrair o conhecimento dela. E como era muito freqüente ter as mesmas percepções, deduzia-se o conhecimento extraído como verdadeiro.

A busca e a identificação de regularidades, as generalizações e sínteses resultaram em um desenvolvimento notável da Ciência Moderna, principalmente nos três últimos séculos.

A ciência newtoniana, a termodinâmica, a mecânica celeste, os princípios de conservação, a cosmologia… adquiriram tamanho êxito que delas pôde ser derivada a idéia de que “todos os movimentos observados na Natureza, desde a familiar queda de uma gota de chuva até a trajetória cósmica dos cometas, podem ser compreendidos em termos de simples leis de movimento expressas matematicamente” (Gleiser, 1997, p.164). Essa concepção predominante até o início do século XX, e que conseguiu aplicar com enorme eficiência a matemática, foi pressuposto básico para fortalecer a idéia de que tudo estava pré-determinado.

Bernal (1969, p.77) alerta que a racionalidade da ciência, no que tange à possibilidade de manipular o ambiente de acordo com vontades próprias, levou a uma “nova” visão da ciência – à luz da gênese moderna –, na qual “objetivamente, o mundo inanimado é muito mais simples que o mundo animado, e este mais simples que o mundo social; por isso, era intrinsecamente necessário que o controle racional, e em última análise científico, do meio, tivesse seguido precisamente essa ordem”.

Sobre este aspecto, Holton (1979, p.11-2) afirma que os cientistas, desde Copérnico, compreenderam como era atraente um sistema que dispusesse de qualidades como “os conteúdos temáticos de simplicidade e necessidade” e que “a nossa relação habitual de motivações do trabalho científico” – como a descoberta de remédios/curas contra epidemias, a eficiência das máquinas, entre outras – “tende a ressaltar o lado baconiano do legado da ciência moderna”.

No entanto, apesar da aceitação desses aspectos até um período bastante recente, eles não são suficientes para a compreensão da ciência. Não podemos esquecer que essa mesma ciência vem acompanhada de uma fragmentação dos conhecimentos sem par na História da Ciência. Conforme Bohm (1980, p.15), a tendência fragmentária, “é tão enraizada e ‘natural’ que, mesmo com as novas evidências da Relatividade e da Física Quântica, a regra é ignorar ou minimizar as reflexões distintas”. O pensamento dominante, principalmente do século passado (e da ciência moderna), face a diversos fatores, o difundiu na sociedade. “No presente estágio da sociedade e na maneira com que se ensina a ciência, uma espécie de preconceito a favor de uma autovisão fragmentária do mundo é fornecida, às vezes explícita e conscientemente, em geral de maneira implícita e inconsciente.”

Provavelmente serão de pouco valor as medidas adotadas que não vierem acompanhadas da mudança dos hábitos que originaram os problemas em questão. As crenças e os valores das pessoas, construídos socialmente, dão-lhes uma determinada visão de mundo e as conduzem a agir de uma forma ou outra (ou a se acomodar diante das ações externas). São determinantes em suas atitudes e comportamentos. De acordo com os valores da maioria das pessoas, ainda é muito mais importante o acúmulo material/financeiro do que a conservação do ambiente. Sob esta ótica, enfrentar coletivamente os problemas complexos já “comuns” em nossa sociedade, torna-se tarefa quase inatingível.

A participação de comunidades escolares no enfrentamento do lixo por exemplo, vem crescendo e já está agregada a suas atividades diárias. É preciso, também, atacá-lo em sua raiz, ou seja, buscando compreender como e por que todo esse lixo é produzido, quem se beneficia e quem se prejudica com isso. Só reciclar não basta. Similarmente, atividades como a visita a um bosque, a uma usina hidrelétrica, ao local de tratamento do lixo não são significativas em si, mas poderão vir a ser na medida em que forem vinculadas ao programa escolar e ao compromisso com uma outra visão de mundo.

As pessoas, ao se conceberem como integrantes de uma sociedade e se tornarem cientes de que progridem conjuntamente com o desenvolvimento desta, entenderão melhor que, mesmo em parte submetidas e condicionadas pela crescente utilização da tecnologia em seu meio, suas vidas não estão irrevogavelmente predeterminadas pela lógica inevitável, às vezes perversa, do desenvolvimento tecnológico.

A educação formal frente à problemática

Com os currículos, as metodologias e os processos político-pedagógicos priorizados no espaço escolar formal, o entendimento de problemáticas como a ambiental tende ainda a se restringir a uma visão naturalista, quase romântica. Insistimos que dimensões fundamentais da dinamicidade da vida – tais como a perspectiva histórica, a educação para um presente e futuro de melhor qualidade de vida para todos, o caráter relacional da dimensão ambiental e as representações sociais de natureza e do meio ambiente – são ainda incipientes no âmbito escolar. Até porque o ensino de Ciências, apoiado nos grandes projetos traduzidos e/ou elaborados no país, nos anos 60 e 70, em que pesam avanços em conteúdos e metodologias, propunha- se mais a identificar e a seduzir os alunos para as carreiras científicas e tecnológicas do que para induzir discussões de fundo sobre CTS. Sabemos que tal objetivo “profissionalizante” resultou em enorme fracasso, tanto nos países centrais como nos periféricos, tendo contribuído até para o distanciamento, e não raro a negação, das carreiras científicas pela maioria dos estudantes.

Segundo Flikinger (1994, p.198), ao se referir à necessidade de proporcionar uma concepção mais global sobre alguns temas relevantes como o da problemática ambiental:

o consenso mínimo, até hoje estabelecido, não passa da opinião segundo a qual algo de novo deveria ser elaborado, já que as várias disciplinas envolvidas nas questões ambientais, demonstram cada vez mais abertamente sua impotência referente à necessária abordagem da estrutura complexa do meio ambiente. A sensação de desamparo profundo, frente à falta de fundamentos suficientes para a prática educacional, dirigida para a conscientização em relação aos problemas ambientais está onipresente. Por isso, não se pode esperar de ninguém uma solução rápida do impasse; deveríamos, no entanto, tentar, num esforço comum, contribuir com alguns elementos no mosaico cuja forma não pode ser antecipada.

Isso exige buscar mais precisão com relação aos conceitos. Entre eles, os de meio ambiente e educação ambiental, visto que, conforme Jickling (1992, p.5), eles são abstrações ou idéias que descrevem várias percepções. A falta de atenção para a filosofia educacional no desenvolvimento da educação ambiental, de acordo com esse autor, tem permitido a expressão e a difusão de idéias questionáveis. A carência de uma análise profunda dos conceitos centrais sobre educação ambiental tem como conseqüência, sem maiores preocupações, o enfoque de questões pontuais e bastante superficiais.

Reflexo disso é o alerta de geocientistas de que o Homo sapiens, mesmo pertencendo à esfera2 planetária mais recente (a noosfera), e sendo fisicamente mais fraco do que muitas outras espécies, tornou-se tão poderoso que agora influi na extinção de outros animais e está levando quatro outras esferas “– a hidrosfera, a atmosfera, a criosfera e a biosfera – à iminência de mudanças drásticas” (Weiner, 1992, p.6).

De nossa parte, acreditamos que as reflexões e discernimentos com base na história e na filosofia da ciência permitem deslocar o eixo de compreensão homem–ambiente. Passase assim de uma visão simplista – tendo o homem separado do ambiente e com a única função de explorá-lo (concepção associada à Ciência Moderna) – a uma visão mais ampla, que o considera como sujeito integrado ao meio ambiente e ciente da necessidade de sua conservação.

Isso requer uma atenção especial sobre a complexidade existente na integração do homem com o seu ambiente e sobre o instrumental que a C&T possibilitou desenvolver para auxiliar/facilitar essa integração, que tende a resultar mais significativa. Podemos considerar a questão ambiental como inserida numa problemática maior, fazendo parte, entre outras, das questões culturais, sociais e políticas, e como tal deve ser compreendida nas relações sociais. A ampliação do espectro das relações, na perspectiva mais global, deverá estar ligada a outras questões, contempladas nas suas origens e suas conseqüências.

Seria mais efetivo pensarmos na biosfera3 – o conjunto dos componentes biológicos – e na sua correlação com outras esferas, concebendo o homem incluído juntamente com os elementos físico-químicos. A atenção voltada para a interação e a evolução das coisas de forma imbricada deve ampliar o grau de percepção acerca do condicionamento existente entre as outras esferas e a vida. Conforme o oceanógrafo Arnold Gordon, “a correlação entre as esferas é o que o planeta tem de mais interessante” (apud Weiner, 1992, p.7).

A relação com o ambiente é uma ação própria do ser vivo, e o entendimento da concepção de “co-evolução” facilita percebê-la. Conforme Moraes (1998, p.42-3), “a co-evolução dos sistemas biológicos e físico-químicos criou as condições para o desenvolvimento dos seres humanos, que introduziram um novo tipo de interação: a interação humana”. O imbricamento destes sistemas pode ser considerado como “conseqüência de uma característica intrínseca aos seres vivos: sua natureza biológica e físico-química, de modo que a evolução dos dois tipos de sistemas pode ser entendida como ocorrendo de forma interconectada e interdependente”.

A dinâmica do surgimento e da evolução dos seres vivos também se refletiu no ambiente: a idéia da evolução conjunta dos seres vivos e do ambiente facilita entender a questão do equilíbrio/desequilíbrio, ou a de que não há equilíbrio estático uma vez que o universo e suas partes estão sempre mudando, ora em períodos breves, quase instantâneos, ora em prazos muito longos, remotos e distantes de nossa experiência comum, daí aparentemente em equilíbrio.

O entendimento da dinâmica homem/ambiente pode ser explorado no processo didático- pedagógico em contraposição à “estaticidade” ainda predominante em grande parte dos sistemas de ensino. Uma vez que a escola tem um papel significativo na formação dos indivíduos, na sua cultura, nas suas relações sociais, ela necessita repensar seu papel. Conforme Zanetic (1981, p.2), não podemos considerar como neutras, ou como naturais, as estruturas curriculares ditadas tradicionalmente. Elas representam a reprodução de certos valores historicamente determinados como, por exemplo, a cultura da passividade. Considerá-las como neutras e naturais – desprovidas de caráter sócio-político –, é reforçar a concepção de uma sociedade com nítidas relações de exploração/exclusão.

Holton (1979, p.216), ao tratar as inovações curriculares, reafirma a necessidade de “colocar pelo menos um mínimo de história da ciência, epistemologia e discussão do impacto social da ciência e tecnologia no material educacional utilizado nas aulas de Ciências”. Considerações similares são externadas por Tricário (1996, p.88) ao defender que “nas ações e nas estratégias planejadas sejam discutidas as distintas concepções sobre a natureza do trabalho dos cientistas e a forma como evolui a construção deste tipo de conhecimento”.

Estudos de CTS (Borrero, 1990; Mitcham, 1990) têm atribuído um papel importante para os aspectos históricos e epistemológicos da ciência e a interdisciplinaridade na alfabetização em ciência e tecnologia. Eles indicam a necessidade de explorar os conhecimentos sob um caráter mais amplo, tendo uma reflexão crítica imbrincada, embora vejam a dificuldade disso acontecer na prática. É preciso contrastar as visões oficiais presentes nos sistemas de ensino e constituir uma fonte de visões alternativas para o ensino.

Perspectivas nesta direção vemos com a formação continuada dos professores dos níveis fundamental e médio. Mas, como em nosso país este tipo de formação está longe de ser uma realidade, de maneira sistemática, o desafio está em, inicialmente, conseguir envolver os professores em atividades que enfocam essas questões para, paulatinamente, comprometê-los.

O desafio é envolver/comprometer os professores em atividades colaborativas, para inquietálos e desafiá-los em suas concepções de ciência, de “ser professor” e em suas limitações nos conteúdos e nas metodologias.

Esforços estão sendo empreendidos com um grupo de professores de Ciências Naturais, principalmente do ensino médio, da região de Ijuí (RS), para superar a pouca clareza, até o momento, de como abordar os conhecimentos de C&T, sem reforçar questões como a sua neutralidade ou ficar preso a tarefas de transmissão de conhecimentos. Nesse sentido, estudos históricos e epistemológicos são realizados com os professores para que se dêem conta de que a atual configuração dos currículos e a formação/experiência que muitos possuem – permeadas de estereótipos habituais sobre ciência (neutra, objetiva e imparcial) – compromete novas perspectivas, mesmo diante da intenção de vários deles desenvolver seu trabalho numa perspectiva “construtivista”. Além disso, com a exploração da idéia de temática (Freire, 1987), buscamos desencadear o processo de ensino-aprendizagem com vistas a superar a fragmentação excessiva ainda fortemente presente, principalmente no nível médio.

Para o estudo/compreensão de questões complexas como a ambiental, buscamos desenvolver trabalhos interdisciplinares, em torno de temáticas nas quais os conhecimentos são estudados enquanto necessários para compreensão dessas (e outras afins). É a dimensão contextual reconhecida na orientação dos novos PCNs para o ensino médio, que considera também a necessidade do trabalho interdisciplinar. Pelo menos nós, docentes das “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, precisamos enfrentar conjuntamente tal desafio.

Um trabalho colaborativo/interdisciplinar, relacionado à problemática ambiental, foi desenvolvido durante o ano letivo de 1998, na Escola de 1º e 2º Graus Francisco de Assis/Unijuí, de Ijuí. Esteve envolvido um grupo de seis professores da área de Ciências Naturais (CN) – de Biologia, Física e Química – da escola, dentre eles um dos autores deste texto, e cerca de 80 alunos de três turmas da 2a série do ensino médio.

As interações com os professores iniciaram-se no segundo semestre de 1997, com a exploração de aspectos evolutivos e críticos relacionados à idéia de temas antitéticos, provocando a discussão de distintas concepções sobre a natureza da ciência e a forma como evolui a construção deste conhecimento. Utilizando textos e gerando discussões com base na idéia de temas antitéticos de Holton4 (1979), procuramos explorar embates ocorridos em torno das formulações, como contínuo/descontínuo e análise/síntese. Como exemplos podemos citar as “sacadas” que um cientista tem, impregnadas de pressupostos temáticos, no ato de descartar uma hipótese e considerar outra, como o valor da carga elétrica, de Millikan, o valor da constante de gravitação, de Newton, os modelos de geocentrismo e de heliocentrismo.

É importante frisar que os professores tinham um espaço/tempo comum nas quartas- feiras à tarde para tratar de aspectos didático-pedagógicos de âmbito escolar, de área, de disciplina e individual. Nos encontros de área tivemos a oportunidade de iniciar as nossas interações/discussões.

No início do ano letivo de 1998 exploramos, de forma sistemática, um texto com proposição ousada (Lutzemberger, s.d.), ocasião em que foi reelaborado para ser utilizado nas atividades com os alunos. Dos trabalhos de sala de aula a partir deste texto foram feitos desmembramentos de subtemas que resultaram em outras atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo, tais como: combustões, capacidade respiratória, a água como regulador térmico, máquinas térmicas. Em todas elas estiveram participando professores das três subáreas de CN, no esforço conjunto do trabalho interdisciplinar.

Para trabalhar os conceitos de forma a estabelecer a perspectiva da unidade temática (na diversidade) em que os diversos conceitos estivessem relacionados entre si, encontramos respaldo na idéia dos conceitos unificadores propostos por Angotti (1991). O conceito de energia, por exemplo, mostrava-se com grande potencial para interligar tópicos de mais de uma área, estabelecendo relações com conceitos e temas de outras áreas. Já a idéia dos três momentos pedagógicos de Delizoicov e Angotti (1992) – a problematização inicial, a organização do conhecimento e aplicação do conhecimento – foi a base metodológica das atividades de sala de aula. Visávamos, por um lado, ter uma boa noção do conhecimento que os alunos tinham sobre o assunto e, por outro, levá-los a perceberem que o conhecimento que possuíam não era suficiente para dar conta da compreensão e da exploração do tema. Ao despertar, tomar consciência das limitações e de outras compreensões dos seus saberes (com a possibilidade de superá-las), os professores manifestaram uma boa disposição para novas aprendizagens, ainda que, no percurso, resistências tenham ocorrido.

As atividades de sala de aula ocorreram de duas maneiras: algumas de forma conjunta entre os professores das três subáreas de CN; outras, a maioria, de forma individual, em que cada professor trabalhou os conceitos e conhecimentos específicos da sua subárea, mas visando a compreensão mais ampla do tema em questão. Foram realizados alguns “encontros de sistematização” envolvendo os alunos das três turmas e os professores, ocasião em que houve explanações/discussões dos principais tópicos e conceitos de cada subárea, coordenadas pelos professores e auxiliadas pelos alunos. Seguiram-se a elas atividades de produção de textos por parte dos alunos. A participação dos professores e da maioria dos alunos foi de tal forma enriquecedora que se pôde considerar tais atividades como autênticos seminários de discussão.

As imprecisões foram apontadas e discutidas proporcionando a retomada e reconstrução dos conceitos, de modo que novos significados foram atribuídos a eles no contexto em que estavam inseridos.

Esse trabalho teve (e tem) como uma de suas metas indicar alternativas para que seja minimizada a fragmentação dos conhecimentos escolares de CN. Por isso tem sido desenvolvido com professores, tanto em momentos de planejamento quanto em atividades com os alunos. A atuação direta junto com os professores, em boa parte das atividades desenvolvidas, nos permite registrar e comentar os limites e os avanços.

É importante ressaltar que foram constantes as dificuldades encontradas para levar adiante os trabalhos coletivos. Entre os aspectos evidenciados que limitaram as ações, podemos citar a formação fragmentada que os professores, em geral, possuem e a atual concepção/estrutura do ensino médio no País: preocupação maior com o vestibular do que com a formação geral; distribuição do tempo (em favor de períodos disciplinares); carga horária do professor, por um lado excessiva com atividades de sala de aula e, por outro, reduzidíssima para planejamentos, reflexões e pesquisas.

Não menos importante é afirmar que a dinâmica adotada, a estruturação de atividades estabelecendo- se relações entre vários conceitos e a interação entre os professores, apontam para avanços no ensino/aprendizagem e para mudanças em suas práticas pedagógicas.

Com as atividades direcionadas e desenvolvidas em sala de aula, ao longo do ano letivo, os professores foram constantemente desafiados a estudar mais e a refletir sobre sua própria prática, favorecendo, assim, o crescimento individual e do conjunto dos professores. Essas atividades permitiram que refletissem sobre o que estavam fazendo, para perderem o medo dos desafios que a prática letiva impõe e para entenderem que fazem parte de um mundo de incertezas e vivem um processo em constantes mudanças. As reflexões, por terem sido compartilhadas, seja concordando ou discordando, adquiriram importância significativa, principalmente pelos desafios que geraram aos próprios indivíduos, como também destes para com os seus interlocutores.

Acreditamos que, como desdobramento, poderão/deverão ocorrer trocas de experiências também entre profissionais de outros grupos de distintos locais. Para ampliar o patamar de interações propomos utilizar, vantajosamente, recursos tecnológicos contemporâneos como a internet, para estabelecer redes de contato entre grupos e possibilitar a troca de experiências de forma mais veloz. Mesmo a distância, buscaremos estabelecer critérios para a seletividade de informações, sugerir novas informações e materiais instrucionais, apresentar as experiências em andamento, acolher sugestões e críticas de interlocutores empenhados na formação continuada de professores.

Enfim, diante da negociação, estruturação e desenvolvimento de atividades colaborativas, este trabalho de ensino apoiado em investigações de fundo epistêmico e histórico de temáticas de C&T, bem como nas dimensões problematizadoras, dialógicas e colaborativas dos processos educativos e das trocas de saber, contribue para redirecionar o eixo prevalente da veiculação/transmissão da informação com algum conhecimento, em favor de uma alfabetização mais crítica em C&T, comprometida e de relevância social. Uma formação que esteja voltada para ampliar as condições para o exercício da cidadania, possibilitando, assim, enfrentar os problemas/situações que nos desafiam, ou nos são impostos cotidianamente, seja na área de Ciências Naturais, nas relações pessoais, familiares, profissionais e demais atividades.

Referências bibliográficas

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Fonte: www.ufpa.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

A expansão da ciência moderna no século XVII causou grande impacto sobre toda a sociedade mundial, a ponto de Francis Bacon apontar para a responsabilidade da ciência para com a humanidade, em razão do poder que aquela exercia sobre esta.

A associação do método experimental e das matemáticas, característica da ciência moderna, aumentou a possibilidade de serem aplicados conhecimentos científicos para solucionar inúmeros problemas práticos de extrema importância para as pessoas.

As novas fronteiras culturais e os rumos da economia mundial têm sido, em boa parte, estabelecidos pela evolução da ciência, visto não mais a ser possível pensar em desenvolvimento e bem-estar da sociedade sem relacioná-los aos avanços da ciência.

A presença da ciência brasileira na bibliografia internacional ganhou relevância a partir da década de 1970, após a criação dos cursos de pós-graduação.

Graças ao extraordinário avanço da pesquisa científica brasileira no final do século XX, os cientistas das áreas mais qualificadas podem, hoje, dar importante suporte às demandas das empresas do país.

Neste início do século XXI, a ciência avança e está presente em todas as casas, embora de forma desigual. A criação e utilização de espaços e recursos para a divulgação científica contribuem muito para reduzir as diferenças e promover as novas descobertas da ciência e tecnologia.

De acordo com os cientistas, a saúde será uma das áreas de maior desenvolvimento num futuro bem próximo. No entanto, para a opinião pública mundial, está cada vez mais difícil avaliar ou julgar alguns resultados das sofisticadas pesquisas científicas – sobretudo as da engenharia genética -, que suscitam questões de natureza ética, religiosa, bem como envolvem riscos ambientais, como a questão nuclear.

Há, pois, necessidade de controle democrático e ético da ciência por parte da comunidade internacional, aliado à informação e divulgação dos resultados científicos das pesquisas, sejam estes benéficos ou maléficos para os cidadãos comuns ou para o planeta.

Fonte: www.paulinas.org.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

A história da tecnologia é quase tão antiga quanto a história da humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a usar ferramentas de caça e de proteção. A história da tecnologia tem, conseqüentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de um recurso natural adequado. A história da tecnologia segue uma progressão das ferramentas simples e das fontes de energia simples às ferramentas complexas e das fontes de energia complexas, como segue:

As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, são meios simples para a conversão de materiais brutos e “crus” em produtos úteis. Os antropólogos descobriram muitas casas e ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais.

A descoberta e o conseqüente uso do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais que necessitam do calor para serem úteis. A madeira e o carvão de lenha estão entre os primeiros materiais usados como combustível. A madeira, a argila e a rocha (tal como a pedra calcária) estavam entre os materiais mais adiantados a serem tratados pelo fogo, para fazer as armas, cerâmica, tijolos e cimento, entre outros materiais. As melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e forjar o metal (tal como o cobre, 8000 aC.), e eventualmente a descoberta das ligas, tais como o bronze (4000 a.C.). Os primeiros usos do ferro e do aço datam de 1400 a.C…

Avião de caça F-16 FalconAs ferramentas mais sofisticadas incluem desde máquinas simples como a alavanca (300 a.C.), o parafuso (400 a.C.) e a polia, até a maquinaria complexa como o computador, os dispositivos de telecomunicações, o motor elétrico, o motor a jato, entre muitos outros. As ferramentas e máquinas aumentam em complexidade na mesma proporção em que o conhecimento científico se expande.

A maior parte das novidades tecnológicas costumam ser primeiramente empregadas na engenharia, na medicina, na informática e no ramo militar. Com isso, o público doméstico acaba sendo o último a se beneficiar da alta tecnologia, já que ferramentas complexas requerem uma manufatura complexa, aumentando drasticamente o preço final do produto.

A energia pode ser obtida do vento, da água, dos hidrocarbonetos e da fusão nuclear. A água fornece a energia com o processo da geração denominado hidroenergia. O vento fornece a energia a partir das correntes do vento, usando moinhos de vento. Há três fontes principais dos hidrocarbonetos, ao lado da madeira e de seu carvão, gás natural e petróleo. O carvão e o gás natural são usados quase exclusivamente como uma fonte de energia. O coque é usado na manufatura dos metais, particularmente de aço. O petróleo é amplamente usado como fonte de energia (gasolina e diesel) e é também um recurso natural usado na fabricação de plásticos e outros materiais sintéticos. Alguns dos mais recentes avanços no ramo da geração de energia incluem a habilidade de usar a energia nuclear, derivada dos combustíveis tais como o urânio, e a habilidade de usar o hidrogênio como fonte de energia limpa e barata.

Nos tempos atuais, os denominados sistemas digitais tem ganhado cada vez mais espaço entre as inovações tecnológicas. Grande parte dos instrumentos tecnológicos de hoje envolvem sistemas digitais, principalmente no caso dos computadores.

Fonte: ilhado.com.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

A tecnologia moderna é uma ciência aplicada e, ao longo dos tempos, seu desenvolvimento foi de grande importância para a história do homem. Trata-se do conhecimento prático, expresso pelo conjunto de métodos, técnicas, utensílios e instrumentos que o ser humano constrói para dominar ou tirar proveito dos recursos da natureza.

Da Pré-História (há 10 milhões de anos, com o surgimento da agricultura) até a Idade Contemporânea (com a sofisticação dos meios de comunicação), a ciência contribuiu muito para a evolução da sociedade. E este processo não pára. Novos estudos e pesquisas garantirão novas inovações tecnológicas no futuro.

No Brasil, a tecnologia começou a aparecer ainda nos tempos coloniais, com a construção do primeiro engenho de açúcar, em 1553. Já na última década do século XX, outra demonstração do nosso progresso tecnológico: a ligação da última turbina da usina hidrelétrica de Itaipu – a maior do mundo, construída no Paraná, entre Brasil e Paraguai.

A tecnologia, que faz tão bem ao ser humano, também tem o seu lado nocivo. A ciência sofisticou as guerras e trouxe com elas muita dor ao mundo. Em diversas circunstâncias, o meio ambiente também sofre muito com as inovações trazidas pelo homem.

Para refletirmos sobre essas condutas e rediscutirmos a atuação do progresso no mundo moderno, celebramos em 16 de outubro o Dia da Ciência e da Tecnologia.

Fonte: www.aticaeducacional.com.br

Dia da Ciência e da Tecnologia

16 de Outubro

Os homens, desde a idade da pedra, criam invenções que são consideradas tecnologia, pois servem para melhorar a qualidade de suas vidas, dando-lhes maior segurança e conforto.

Tivemos a invenção das primeiras armas, feitas com pedras, pedaços de madeira e ossos. Em seguida, a descoberta do fogo, que foi uma das maiores conquistas do homem, pois através do mesmo passou a cozinhar os alimentos, se aquecer, se proteger dos animais, sendo também a primeira forma de iluminação.

Mas a maior evolução foi o advento da roda, onde conseguiu técnica mais qualificada para locomover os objetos pesados, animais de grande porte já abatidos, vindo usá-la para a própria locomoção.

Por sua curiosidade em criar e descobrir novas coisas, o homem nunca mais parou de inventar. Com isso, temos o mundo da pós-modernidade, com tantos recursos tecnológicos.

Em homenagem a tantas descobertas, o dia 16 de outubro foi escolhido como o Dia da Ciência e Tecnologia, a fim de valorizar as grandes descobertas e incentivar os cientistas a desenvolverem novas pesquisas.

Entre tantas descobertas e invenções, podemos destacar alguns objetos e cientistas que tornaram nossas vidas mais fáceis: Alexandre Graham Bell, o inventor do telefone; Thomas Edson, inventor da lâmpada elétrica; Samuel Morse, que criou o telégrafo; Johannes Gutenberg, inventor da imprensa; dentre vários outros.

Porém, a afirmativa de que para se comprovar ciência é necessário testá-la, foi de Galileu Galilei. Atrás dessa ideia, veio então Albert Einstein, que publicou o primeiro trabalho científico, com o tema dos líquidos e os canudos. Antes dessa experiência, Einstein já tinha desenvolvido a Teoria da Relatividade.

Outros cientistas famosos que se destacaram foram Louis Pasteur, pela descoberta dos micróbios e Darwin, com a Teoria da Evolução.

No Brasil, podemos enfatizar Oswaldo Cruz, médico sanitarista que descobriu a vacina e Alberto Santos Dumont, inventor do 14-Bis.

A evolução da medicina é uma das maiores comprovações da tecnologia, as curas das doenças têm tido grandes progressos; temos hoje os estudos das células tronco, capazes de regenerar um corpo com moléstias. Além disso, a clonagem também foi uma comprovação de que a ciência não tem limites.

A tecnologia dos meios de comunicação chegou à globalização, onde podemos acessar o mundo todo através dos meios virtuais, reforçando a importância de tais avanços.

Com isso, temos maior praticidade e agilidade, mas tais evoluções têm trazido prejuízos à biodiversidade do planeta. Novas doenças têm aparecido, outras tem tido grande aumento no número de pessoas contraídas, e os cientistas ampliam suas pesquisas buscando amenizá-las.

A verdade é que quanto mais se estuda mais se descobre coisas novas. E o mundo se transforma através das alterações causadas pela intervenção do homem.

Fonte: www.mundoeducacao.com.br

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