Dia Nacional do Livro

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29 de Outubro

O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.

Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.

E HOJE?

Vivendo na era da informática, nos perguntamos: qual será o futuro do livro na era ditigal? Alguns respondem que as publicações da forma como as conhecemos irão acabar, outros dizem que não, que tanto as edições impressas quanto as eletrônicas vão viver lado a lado, sendo apenas uma questão de escolha do leitor. Ainda é uma questão.

De qualquer forma, não há como negar a existência das editoras e livrarias online. Seus livros podem ser adquiridos – a pedido – no formato tradicional ou, em se tratando de obras de domínio público, como Dom Casmurro, de Machado de Assis, simplesmente serem lidas online, conectado à rede, ou offline, “baixando” o arquivo, para imprimir o livro e ler à hora que desejarmos.

Um avanço e uma comodidade, não? D. João VI, com toda a sua realeza, jamais poderia imaginar algo tão genial.

Pois é a própria internet, com sua comodidade, que nos dá a reposta para nossa pergunta inicial.

Ela mesma nos fornece duas opções de leitura: online e offline.

Além do mais, são os próprios donos de editoras online que deixam claro o status que é para um escritor ver seu livro sair da versão online para a versão impressa.

Talvez a questão não seja tanto se o livro impresso vai deixar ou não de existir, mas de que valor será investido daqui a algum tempo. Maior ou menor?

COMO CUIDAR DOS HOMENS?

Para quem curte ler, de forma online ou não, e que possui suas obras preferidas (aquelas de que não se desfaz nem morto!) separadas num espaço nobre de sua estante, é bom saber umas dicas de como conservar esses nossos amigos, os livros.

Aqui vão algumas:

Evite tirar o livro da estante puxando pela borda superior da lombada. Isto danifica a encadernação. A forma correta de pegar é empurrando os volumes laterais, retirando o exemplar desejado pelo meio da lombada;

Evite folhear livros com as mãos sujas;

Evite fumar, beber ou comer nas bibliotecas ou mesmo em casa, enquanto lê uma obra;

Contato permanente com a luz solar faz mal à saúde do livro;

Evite largar os livros dentro do carro;

Evite reproduzir livros frágeis ou muito antigos em copiadoras;

Evite apoiar os cotovelos sobre eles

O dia 29 de outubro foi escolhido como Dia Nacional do Livro em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, que ocorreu em 1810. Só a partir de 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia, o movimento editorial começou no Brasil.

O primeiro livro publicado aqui foi “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga, mas nessa época, a imprensa sofria a censura do Imperador. Só na década de 1930 houve um crescimento editorial, após a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor Monteiro Lobato, em outubro de 1925.

A Origem do Livro

Os textos impressos mais antigos foram orações budistas feitas no Japão por volta do ano 770. Mas desde o século II, a China já sabia fabricar papel, tinta e imprimir usando mármore entalhado. Foi então, na China, que apareceu o primeiro livro, no ano de 868.

Na Idade Média, livros feitos à mão eram produzidos por monges que usavam tinta e bico de pena para copiar os textos religiosos em latim. Um pequeno livro levava meses para ficar pronto, e os monges trabalhavam em um local chamado “Scriptorium”.

Quem foi Gutenberg?

O ourives culto e curioso Johannes Gutenberg (1398-1468) nasceu em Mainz, na Alemanha e, é considerado o criador da imprensa em série.

Ele criou a prensa tipográfica, onde colocava letras que eram cunhadas em madeira e presas em fôrmas para compor uma página. Essa tecnologia sobreviveu até o século XIX com poucas mudanças.

Por volta de 1456, foi publicado o primeiro livro impresso em série: a Bíblia de 42 linhas. Conhecida como “Bíblia de Gutenberg”, a obra tinha 642 páginas e 200 exemplares, dos quais existem apenas 48 espalhados pelo mundo hoje em dia.

A invenção de Gutenberg marcou a passagem do Mundo Medieval para a Idade Moderna: era de divulgação do conhecimento.

A Importância do Livro

O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do indivíduo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. É importante para as crianças ter o hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo. O livro atrai a criança pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio e pela emoção das histórias. Comparado a outros meios de comunicação, com o livro é possível escolher entre uma história do passado, do presente ou da fantasia. Além disso, podemos ler o que quisermos, quando, onde e no ritmo que escolhermos.

A data

Este dia foi instituído pela lei nº. 5.191, de 18/12/1966, assinada pelo presidente Costa e Silva. A Semana Nacional do Livro, comemorado de 23 a 29 de outubro, foi definida pelo decreto nº. 84.631, de 14/4/1980.

Na Antiguidade, o livro era bem diferente do que conhecemos hoje, pois não existia papel para registrar a escrita.

Utilizavam-se os mais diversos materiais, como: cascas de árvores, folhas de palmeiras, tabuinhas de barro ou cera, papiro, blocos de pedra ou pergaminho, obtido da pele de animais.

Os escribas egípcios registravam o cotidiano em um sofisticado material, em razão de terem descoberto que as folhas sobrepostas de uma planta que crescia às margens do rio Nilo davam um excelente papel, depois de serem separadas e coladas. Assim nasceu o papiro, que deu origem à palavra “papel” (do latim papyrus).

Quando Roma invadiu o Egito, apossou-se dos papiros escritos, que eram lavados e usados para novas escritas. Depois, os romanos inventaram um novo tipo de papel, utilizando cascas de árvores.

Na China, a escrita era feita sobre um papel rudimentar produzido com a polpa do bambu, e da amoreira. Tanto os chineses como os japoneses escreviam também sobre o algodão e a seda.

Os árabes obtinham folhas de papel por meio de uma pasta de trapos. Os europeus, do século XII ao século XV, também se utilizavam de trapos moídos com goma de árvore para produzir um papel grosseiro. Os registros de grandes obras, contudo, eram feitos pelos copistas medievais sobre pergaminho.

Quando Gutenberg inventou a máquina impressora, em meados do século XV, surgiu o primeiro livro impresso: a Bíblia, considerada como o livro mais lido do mundo.

Hoje, em razão da alta tecnologia, os livros são produzidos em larga escala, nos mais diferentes tipos e padrões, abordando os mais diversificados assuntos e colocados no mercado com espantosa rapidez.

O dia 29 de outubro foi escolhido para homenagear o livro no Brasil, porque foi nessa data (em 1810) que o príncipe-regente D. João fundou a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Esse acontecimento foi marcante e de extrema importância para a popularização do livro, já que a biblioteca permite acesso fácil à leitura para qualquer pessoa, disseminando o conhecimento.

Livro

Livro é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico ou outro.

Em ciência da informação o livro é chamado monografia, para distingui-lo de outros tipos de publicação como revistas, periódicos, teses, tesauros, etc.

O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento e expressões individuais ou coletivas. Mas também é nos dias de hoje um produto de consumo, um bem e sendo assim a parte final de sua produção é realizada por meios industriais (impressão e distribuição).

A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os originais em um produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma editora. Outra função associada ao livro é a coleta e organização e indexação de coleções de livros, típica do bibliotecário.

Finalmente, destaca-se também o livreiro cuja função principal é de disponibilizar os livros editados ao público em geral, vendendo-os nas livrarias generalistas ou de especialidade. Compete também ao livreiro todo o trabalho de pesquisa que vá ao encontro da vontade dos leitores.

Dia Nacional do Livro

História

A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história é intimamente ligada às contingências políticas e econômicas e à história de ideias e religiões.

Antiguidade

Na Antiguidade surge a escrita, anteriormente ao texto e ao livro.

A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.

Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O “volumen” era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um “volumen” era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.

O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta – daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais “recentes” são datados do século II a.C..

Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O “volumen” também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códice (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.

Uma consequência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.

A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura ocorria tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil.

Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.

Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.

Idade Média

Na idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.

O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas.

Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernácula, rompendo com o monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.

Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.

A Epopéia de Gilgamesh é o livro mais antigo conhecido.

Idade Moderna

No Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim.

Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.

Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias antigas, como a Carolíngea, estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente.

Uma das figuras mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius. Ele foi importante no processo de maturidade do projeto tipográfico, o que hoje chamaríamos de design gráfico ou editorial. A maturidade desta nova técnica levou, entretanto, cerca de um século.

Portugal

Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro livro impresso em território nacional foi o Pentateuco, impresso em Faro em caracteres hebraicos no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o Tratado de Confissom. A impressão entrava em Portugal pelo nordeste transmontano. Só na década de noventa do século XV é que seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.

Na idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso.

Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.

Idade Contemporânea

Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia.

Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.

O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo aquilo que conhecemos como edições de luxo. Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo.

Livro eletrônico

De acordo com a definição dada no início deste artigo, o livro deve ser composto de um grupo de páginas encadernadas e ser portável. Entretanto, mesmo não obedecendo a essas características, surgiu em fins do século XX o livro eletrônico, ou seja, o livro num suporte eletrônico, o computador. Ainda é cedo para dizer se o livro eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta os amantes do livro típico – os bibliófilos.

Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa quanto para computadores de mão, os palmtops. Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico, mas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de melhorar a visualização dos livros eletrônicos.

A produção do livro

A criação do conteúdo de um livro pode ser realizada tanto por um autor sozinho quanto por uma equipe de colaboradores, pesquisadores, co-autores e ilustradores. Tendo o manuscrito terminado, inicia a busca de uma editora que se interesse pela publicação da obra (caso não tenha sido encomendada). O autor oferece ao editor os direitos de reprodução industrial do manuscrito, cabendo a ele a publicação do manuscrito em livro.

As suas funções do editor são intelectuais e econômicas: deve selecionar um conteúdo de valor e que seja vendável em quantidade passível de gerar lucros ou mais-valias para a empresa.

Modernamente o desinteresse de editores comerciais por obras de valor mas sem garantias de lucros tem sido compensado pela atuação de editoras universitárias (pelo menos no que tange a trabalhos científicos e artísticos).

Cabe ao editor sugerir alterações ao autor, com vista a ajustar o livro ao mercado. Essas alterações podem passar pela editoração do texto, ou pelo acréscimo de elementos que possam beneficiar a utilização/comercialização do mesmo pelo leitor. Uma editora é composta pelo Departamento editorial, de produção, comercial, de Marketing, assim como vários outros serviços necessários ao funcionamento de uma empresa, podendo variar consoante as funções e serviços exercidos pela empresa. Na mesma trabalham os editores, revisores, gráficos e designers, capistas, etc. Uma editora não é necessariamente o produtor do livro, sendo que quase sempre essa função de reprodução mecânica de um original editado é feita por oficinas gráficas em regime de prestação de serviço. Dessa forma, o trabalho industrial principal de uma editora é confeccionar o modelo de livro-objeto, trabalho que se dá através dos processos de edição e composição gráfica/digital.

A fase de produção do livro é composta pela impressão (posterior à imposição e montagem em caderno – hoje em dia digital), o alceamento e o encapamento. Podendo ainda existir várias outras funções adicionais de acréscimo de valor ao produto, nomeadamente à capa, com a plastificação, relevos, pigmentação, e outros acabamentos.

Terminada a edição do livro, ele é embalado e distribuído, sendo encaminhado para os diferentes canais de venda, como os livreiros, para daí chegar ao público final.

Pelo exposto acima, talvez devêssemos considerar que a categoria livro seja a concepção de uma coleção de registros em algum suporte capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos. No início de 2007, foi noticiada a invenção e fabricação, na Alemanha, de um papel eletrônico, no qual são escritos livros.

Livros publicados no mundo

Segunda a Google, em pesquisa do dia 9 de agosto de 2010, existem no mundo 129.864.880, quase 130 milhões de livros publicados diferentes.

Classificação dos livros

Os livros atualmente podem ser classificados de acordo com seu conteúdo em duas grandes categorias: livros de leitura sequencial e obras de referência.

Cânones da literatura ocidental

Não é raro que se procure uma indicação de clássicos da literatura. Em 1994, o crítico americano Harold Bloom publicou a obra O Cânone Ocidental, em que discutia a influência dos grandes livros na formação do gosto e da mentalidade do ocidente. Bloom considera a tendência de se abandonar o esforço em se criar cânones culturais nas universidades, para evitar problemas ideológicos, problemática para o futuro da educação.

Bibliografia

FEBVRE, Lucien. O aparecimento do livro. São Paulo: Unesp, 1992.
KATZENSTEIN, Ursula. A origem do livro. São Paulo: Hucitec, 1986.
SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 2007.

A Crescente Importância do Livro na Atualidade

Ele, em quaisquer circunstâncias de tempo e espaço, jamais deixou de ser protagonista na odisséia do aperfeiçoamento e conhecimento humano.

Ele ainda goza de uma área mística em torno da sua real origem ( atribuída ao fenício Cadmus), sobremaneira pelo fato de que em todas as ditas avançadas civilizações se fez presente com assaz e notável distinção, mesmo quando só uma minoria dele beneficiava-se como a nobreza e o clero.

Chineses, indianos, egípcios, gregos, romanos e outros povos, já lhe dispensava um tratamento “sui generis”; logo quem o escrevia construía um castelo e quem o lia passava a habitá-lo.

O nome dele: LIVRO.

No Brasil, no início, os livros eram provenientes de países como Portugal, Espanha, França ou Alemanha. A crescente importação justificava-se pela circunstância de que não havia no território nacional quaisquer editoras, mesmo com pouca aptidão, para imprimir livros e afins.

Os autores tupiniquins criavam obras, mas contratavam a confecção delas junto aos europeus. Verdade, que mesmo com tamanha dificuldade técnica, o livro foi atingido uma notável demanda.

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil (em 1808), a imprensa nacional começou, de fato, a pulsar.

Todavia, coube ao escritor paulista Monteiro Lobato, o papel de fundador da primeira editora brasileira – a Editora Monteiro Lobato – no primeiro quartel do século XX.

Nos primórdios do século vigente, percebeu-se claramente a nova importância do livro no país, outrora famoso por figurar nas estatísticas em posições nada animadoras. Reforçando a fama de sermos “a república dos sem-livro”, também.

Sem a perspectiva sequer de aumento nas taxas indicativas da formação de novos leitores.

Ainda há que se avançar no “ranking”, entretanto houve uma demanda crescente.

Essa novidade é o quesito mais importante, pois constitui-se no ponto de intercessão entre o conhecimento globalizado e o negócio multi-empresarial.

Todos os alunos das escolas públicas brasileiras (inclusive os do Ensino médio), passaram a receber todos os livros didáticos por meio de inéditos programas sociais. Isso sem gerar quaisquer ônus para as famílias, ofertando-se assim diversidade, qualidade, compromisso, inclusão social e aprendizagem.

É oportuno salientar o papel do livro, o mestre incansável, nos cursos a distância, recém reconhecido pelo MEC e ademais no aumento do preenchimento de vagas por alunos egressos da escola pública, nas universidades governamentais.

O livro, com o seu formato consagrado por ser portátil, “wireless”, leve e até e até sedutor, é agente multiplicador de competências diversas, assaz exigidas pelo dinâmico mercado de trabalho. É o mesmo exemplo da revolução educacional ocorrida na Coréia do Sul, há alguns anos.

Também, precioso indicador dessa transformadora “performance” do livro no Brasil, de hoje, são os resultados contabilizados nas diversas feiras de livro, em destaque as bienais, célebres pelos seu recordes de negócios e público. Além do mais, há a convicção de tantos brasileiros de que não há o livro, mas os livros.

O meu país já é sabedor e divulgador de que sem livros Deus emudece, a justiça adormece, a ciência pára, a filosofia tropeça, a literatura cala-se e todas as coisas ficam em volta na escuridão.

A Importância dos Livros

Era uma vez…

Hoje mais do que nunca, estamos conscientes da importância que a leitura desempenha no desenvolvimento do ser humano. Através dela aprendemos o mundo, investigamos de onde vimos e para onde vamos, ajuda-nos a pensar e refletir, a conhecer os outros e a nós mesmos. Ela é fundamental para ocuparmos o tempo quando não sabemos o que fazer e a descontrair quando andamos demasiado ocupados.

Por isso criticamos a sorte de quem não lê e facilmente nos deixamos invadir pelo pânico quando os nossos filhos não gostam de livros! E não raras vezes a culpa morrerá solteira, após tentativas de atribuir o mal à televisão que é muito absorvente, aos jogos de computador que têm muito movimento, ao século XXI por ser demasiado visual…

Reza a sabedoria popular que “é de pequenino que se torce o pepino” e o gosto pela leitura não é excepção. Uma criança pequenina interessa-se por livros por saber que estes encerram histórias e mensagens magicamente diluídas, aguçando-lhe o apetite por vir a decifrar aquele código.

Assim é importante ter contato e valorizar os livros, ouvir os adultos contar histórias, ver as imagens levando a criança a reconstituir a história a partir da mensagem retida, ajudando-a a caminhar pela sequência literária comum que se inicia com a ilustração concreta (tipo Anita ou livros de Animais), seguindo os contos de fadas, a banda desenhada, os livros de aventuras até chegar aos diários, romances, ficção ou poesia.

Os Contos de Fadas ajudam no crescimento psicológico ao transportarem mensagens fundamentais que estimulam as crianças no seu processo de aculturação, estruturação da personalidade e melhor adaptação à realidade que as rodeia. Embora a nossa sociedade seja diferente daquela que marcou a época em que foram criadas, a mensagem que os contos encerram é intemporal.

As crianças envolvem-se facilmente nos enredos porque sentem que o tipo de problemas das personagens são semelhantes aos que as atormentam: não é portanto de estranhar que estas histórias se mantenham vivas no nosso inconsciente coletivo e que sejam transmitidas ao longo das gerações.

A agressividade contida nestes contos é necessária para que a criança consiga “arrumar” internamente as suas emoções violentas, angústias e sentimentos negativos, mobilizando competências para fazer face às adversidades com que irá deparar-se ao longo da vida. A agressividade é exposta de forma controlada, sem danos irreversíveis, onde no final há sempre uma vitória inequívoca do bem contra o mal. Ensinamos assim que “o crime não compensa”. Ao “contar um conto” os pais poderão assim “acrescentar um ponto”, estimulando a criatividade, integração e desenvolvimento em geral.

Não devemos assim valorizar uma forma de leitura em detrimento de outra: a banda desenhada do Tio Patinhas e o Asterix tem tanta importância como “Os Cinco” ou, mais recentemente, o Harry Potter. Em determinados momentos cada uma desempenha o seu papel de “era uma vez” e “foram felizes para sempre”, contendo os ingredientes necessários para a adaptação desenvolvimento, para a riqueza psicológica e estimulação de necessidades emocionais típicas da infância, ajudando quem as lê a identificar-se, a imaginar, criar e sonhar.

Daniel Pennac justifica a falta de hábitos de leitura na medida em que os pais passam de um “Estado de Graça”, onde adormecem os filhos com histórias de encantar desenhando, noite após noite, um ritual de uma autêntica dupla indissolúvel, para um “Paraíso Perdido” onde, por volta dos 3/4 anos, o contador de histórias esgota a paciência e vê-se ansioso por passar o testemunho. A solução para esta ansiedade dá-se no “Tempo de Escola” onde os pais parecem estar autorizados a depositar o futuro do “ler, escrever e contar” nas mãos desta entidade. É neste momento que incitamos o nosso filho a ser ele a ler, transformando a decifração de cada letra e sílaba num “parto complicado”, perdendo-se o sentido das palavras na sua composição.

A criança fica frustrada e desgostosa enquanto que nós pais, visivelmente ansiosos, começamos a tecer comparações com outras crianças, a culpar uma possível preguiça ou a descobrir uma pseudo-dislexia como elementos cerceadores de uma apetência inata.

Segundo o mesmo autor, urge assim fazer a “reconciliação da trindade” criança-pais-livros, reencontrando o prazer partilhado de um bom momento de leitura onde, entre os inúmeros afetos, competências e emoções partilhadas, se respeitem os 10 direitos inalienáveis do leitor: o direito de não ler, o direito de saltar páginas, o direito de não acabar um livro, o direito de reler, o direito de ler não importa o quê, o direito de amar os heróis dos livros, o direito de ler não importa onde, o direito de saltar de livro em livro, o direito de ler em voz alta e, finalmente, o direito de não falar do que se leu.

Nas férias que se avizinham conte histórias, construa um diário de férias, jogue às palavras proibidas e palavras começadas por, invente palavras (como se chama a árvore que dá estrelas, o aparelho que faz chover ao contrário ou o animal de estimação do anjo da guarda), jogue ao jogo dos contrários (onde tudo tem que ser dito ao contrário: se está quente – é frio; se é sim – é não), explorem provérbios, músicas e lenga-lengas, viaje em cenários hipotéticos (se não nascesse o sol, se pudéssemos estar em dois sítios aos mesmo tempo) e invente novos episódios para as histórias infantis.

Escreva assim a história do desenvolvimento do seu filho, para amanhã se recostar e ler um conto com final feliz!

Cláudia Saavedra

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/www.criancafazarte.com.br/quiosqueazul.blogspot.com/ www.lardobomleitor.com.br/www.folhape.com.br/www.eb23-julio-saul-dias.rcts.pt/

 

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