Dia da Banana

22 de Setembro

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Informações sobre a Banana, características, vitaminas, benefícios e propriedades

Banana: rica em potássio e fibras

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino

Plantae

Divisão

Magnoliophyta

Classe

Liliopsida

Ordem

Zingiberales

Família

Musaceae

Gênero

Musa

INFORMAÇÕES

Dia da Bana

A Banana é um fruto cuja origem é o sudeste do continente asiático.

Esta fruta tropical possui uma polpa macia, saborosa e doce.

Elas formam-se em cachos na árvore chamada bananeira.

Existem diversas espécies de bananas. No Brasil, as mais conhecidas são: nanica, prata, banana-terra e a banana maça.

Elas nascem verdes e quando estão maduras ficam com as cascas amarelas (maioria das espécies) ou vermelhas (minoria).

Cada bananeira produz de uma só vez de 5 a 15 pencas de banana.

São muito utilizadas na culinária de centenas de países. São consumidas ao natural, fritas, cozidas e assadas.

Uma banaca madura e de porte grande (nanica, por exemplo) pesa, em média, 120 gramas.

A banana é uma fruta rica em fibras, potássio, vitaminas C e A.

A banana não possui sementes, ela é um fruto sem fecundação prévia.

Aproximadamente, 70% deste fruto é composto por água.

A banana nanica, mais consumida no Brasil, é muito utilizada em bolos, doces e outros pratos da culinária brasileira.

Fonte: br.geocities.com

Dia da Banana

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Pasmem:a fruta, imortalizada por Carmem Miranda num enfeite de cabeça pra lá de esquisito, tem um dia só para ela. A banana chegou ao nosso conhecimento trazida pelos árabes nas suas embarcações como uma fruta muito valiosa. Na verdade ela é originária das regiões tropicais da Índia e da Malaia, e já era conhecida e cultivada há mais de 4000 anos.

As bananeiras existem no Brasil desde antes do seu descobrimento. Quando Cabral aqui chegou, encontrou os indígenas comendo, in natura, bananas de um cultivar muito digestivo que se supõe tratar-se do ‘Branca’ e outro, rico em amido, que precisava ser cozido antes do consumo, chamado de ‘Pacoba’, que deve ser o cultivar Pacova. A palavra pacoba, em guarani, significa banana. Com o decorrer do tempo, verificou-se que o ‘Branca’ predominava na região litorânea e o ‘Pacova’, na Amazônica.

O nome banana vem da palavra “banan”, e também foi dado pelos Árabes. Banana significa “dedos”. Faz sentido, já que a forma da fruta realmente alude a essa parte do corpo. Além de saborosa, apresenta alto valor nutritivo, por ser rica em carboidratos.

Fonte: Novo Milênio ; Eu e meu patinho de borracha

Dia da Banana

22 de Setembro

A banana é uma das principais frutas de consumo popular no Brasil.

A bananeira encontra-se distribuída por todo o território nacional, situando-se entre os principais cultivos, em área plantada, volume produzido e valor da produção.

Constitui-se numa das principais alternativas de diversificação agrícola da Região Sudeste da Bahia, por adaptar-se as condições edafoclimáticas e possuir excelentes perspectivas de mercado como fruta fresca ou industrializada.

Além disso, é um cultivo de produção rápida (aproximadamente um ano) e pode ser utilizada facilmente em consórcios.

Dia da Banana

Clima

A bananeira é tipicamente tropical, desenvolve-se melhor em locais com temperaturas médias de 20 a 24º C e umidade relativa do ar superior a 80%, pois essas condições aceleram a emissão de folhas. o lançamento das inflorescências e uniformiza a coloração dos frutos, apesar de favorecer a ocorrência de várias doenças foliares. A planta exige uma precipitação pluviométrica de 100 a 180 mm mensais. A deficiência de água no solo ocasiona paralisação das atividades da planta, causando amarelecimento das folhas, aumento do ciclo e redução do tamanho dos cachos. Os ventos fortes causam redução da área foliar (fendilhamento das folhas), tombamento e desidratação das folhas, ocasionando danos econômicos. A bananeira se desenvolve em locais cm plena luz.

Solo

A bananeira se adapta em vários tipos de solos, no entanto, a maior aptidão e capacidade produtiva ocorrem nos areno-argilosos, férteis, profundos, ricos em matéria orgânica e em cálcio e magnésio, bem drenados e com boa capacidade de retenção de água.

Cultivares

Nanicão –É uma cultivar de porte médio a baixo (3 a 3,5 m). Os cachos são cilíndricos, com peso de 30 kg e 11 pencas, em média. Os frutos pesam 150 g, aproximadamente e têm sabor idêntico ao da Nanica. É susceptível à Sigatoka amarela e negra, ao Moko e aos nematóides. Apresenta tolerância ao Mal-do-panamá, mediante susceptibilidade à broca e maior resistência à seca que a cultivar Nanica.

Prata –Conhecida também como Prata-comum ou Pratinha, possui porte alto (4 a 6 m). Os cachos pesam de 9 a 12 Kg e possuem, em média, 7,5 pencas. OS frutos pesam em torno de 100 gramas e apresentam sabor agridoce agradável. É susceptível à Sigatoka amarela e negra, ao Moko, medianamente susceptível ao Mal-do-panamá medianamente resistente à broca e aos nematóides.

Pacovan –Resultante de uma mutação da Prata, é atualmente a cultivar mais plantada no Norte e Nordeste do país. Possui porte alto (6 a 7 m). Os cachos são cônicos, com peso de 16 Kg e 7,5 pencas, em média. Os frutos são grandes, com quinas salientes (mesmo quando maduros) e casca grossa. Pesam 122 g em média, e apresentam sabor menos intenso que a Prata. É susceptível à Sigatoka amarela e negra e ao Moko, moderadamente susceptível a Mal-do-panamá, medianamente resistente aos nematóides e brocas. É sujeita ao tombamento pela ação dos ventos.

Prata-anã –Cultivar não pertencente ao grupo da Prata, que apresenta frutos muito semelhantes. Porte médio a baixo (3 a 4 m). Os cachos pesam de 14 a 16 Kg e possuem 7,6 pencas, em média. Os frutos pesam 110 g e apresentam sabor parecido aos da cultivar Prata. É susceptível à Sigatoka amarela e negra e ao Moko, medianamente susceptível ao Mal-do-panamá, medianamente resistente aos nematóides e brocas. É a cultivar do tipo Prata mais plantada e comercializada no Centro-Sul e Centro-Oeste do Brasil.

Maç㠖Preferida pelos consumidores do Centro-Sul do país. Possui porte médio (4 m) e cachos com de 11 Kg e 15 pencas/cacho em média. Os frutos pesam 115 g e apresentam polpa branca, suavemente perfumada e de sabor agradável. É extremamente susceptível ao Mal-do-panamá e ao Moko, moderadamente resistente à Sigatoka amarela e negra e as brocas. Devido à ata suscetibilidade ao Mal-do-panamá, tem sido desaconselhado seu plantio, apesar dos excelentes preços obtidos nos mercados.

Terra –É utilizada cozida, frita ou assada e preferida pelos consumidores das regiões Norte e Nordeste. Apresenta porte alto (6 a 7 m). Os cachos pesam 25 Kg e possuem 10 pencas, em média. Os frutos pesam 150 g, possuem polpa de coloração amarelo-alaranjada e sabor “travado”, em função do alto teor de amido, mesmo quando maduros.

Seleção e tratamento de Mudas

É uma fase muito importante para o sucesso do futuro pomar. O banretal fornecedor de mudas deve estar sadio, cm plantas vigorosas e sistema radicular e rizoma sem deformações, necroses, galerias de brocas, insetos ou outras anomalias. As mudas poderão ser de dois tipos: Rizoma inteiro e pedaços de rizoma. Com o material selecionado, deve-se proceder a limpeza, eliminando as raízes e solo adendo. Recomenda-se a eliminação de qualquer parte escura, necrosada ou com galeria de brocas, as quais são fontes de inóculos de doenças e nematóides e/ou pragas. Após a limpeza, realizar o tratamento químico da muda, que consiste na imersão em solução com nematicida, a 0,2%, ou água sanitária a 1% por 15 minutos.

Preparo de área e Plantio

O preparo da área pode ser manual ou mecanizado. O primeiro consiste na limpeza da área, balizamento, abertura de cova (40 x 40 x 40 c, para solos mais argilosos, e 30 x 30 x 30 cm, para solos mais arenosos), adubação e plantio. O segundo, na limpeza a área, aração, gradagem, calagem, sulcamento, adubação e plantio. O plantio deve ser efetuado na época das chuvas. As covas ou sulcos deverão ser previamente adubados com 125 g de superfosfato triplo e 10 a 20 litros de esterco de gado curtido.

Tratos culturais

O controle de ervas daninhas, desfolha, desbaste, adubação, eliminação do “coração” e de pencas, ensacamento, controle de erosão e escoramento são práticas usuais no pomar. O banretal deve estar livre do mato que concorre por nutrientes e água. Para tal, deve-se proceder à capina nas linhas e roçagem e/ou aplicação de herbicidas nas entrelinhas. O desbaste, que consiste na eliminação do excesso de rebentos da touceira, é uma prática necessária para manter um número de plantas capaz de obter maior produtividade com qualidade dos frutos. Os desbastes são realizados do quarto ao sexto mês após o plantio, quando os rebentos atingem de 20 30 cm de altura. Corta-se o rebento rente ao solo e extrai-se a gema apical de crescimento. A adubação deve ser de acordo com as análises do solo, no entanto, tem-se usado com resultados satisfatórios 125 g de superfosfato triplo; 750 g de cloreto de potássio, em 3 vezes, e 400 g de uréia, em 4 vezes por planta/ano. A desfolha (retirada das folhas secas, mortas e/ou com pecíolo quebrado) deve ser realizada para arejar o interior do pomar e incorporar matéria orgânica ao solo.

Tratos fitossanitários

A broca do rizoma (Cosmopolites sordidas), tripes-da-flor (Frankliniella spp.) e abelha arapuá (trigona Spinipes) são as principais pragas da bananeira que ocorrem na região. As brocas causam sérios danos aos bananais, pois abrem galerias no rizoma, debilitando as plantas e tornando-as mais sujeitas ao tombamento e à penetração de microorganismos patogênicos. As plantas atacadas tornam-se raquíticas, com folhas amareladas que ocasionam a diminuição da produtividade e qualidade dos frutos. Seu controle começa antes do plantio, com a seleção e/ou tratamento das mudas. No pomar já instalado, recomenda-se o uso de iscas e/ou aplicação de inseticidas específicos.

O tripes-da-flor é facilmente controlado cm aplicação de inseticidas fosforados nas inflorescências e com a remoção do “coração”.

Na região Norte, as principais doenças são:

a.Mal-do-panamá (Fusarium oxisporium) que ocasiona o amarelamento das folhas, seguido de murchamento, seca e quebra, ficando pendentes, tipo um guarda-chuva semifechado; internamente, os feixes vasculares ficam de coloração pardo-avermelhado. O controle é preventivo, por meio de variedades tolerantes, mudas sadias, controle rigoroso da nutrição da planta, controle sistemático de brocas e nematóides e manutenção dos solos bem drenados e ricos em matéria orgânica.

b.Sigatoka amarela (Mycospharella musicola), que é fortemente influenciada pelas condições climáticas, onde temperaturas acima de 23°, combinadas com umidades do ar maiores que 80% e pluviosidade elevada, são as condições ideais para o desenvolvimento da doença. Os sintomas principais são a ocorrência de necrose em forma de estrias, que vão se unindo até comprometer totalmente a folha. Conseqüentemente, ocasiona diminuição da produtividade e quantidade dos frutos. Seu controle é feito com pulverizações quinzenais de óleo mineral com fungicida sistêmico (proficonazol ou benomyl).

c.Nematóides.

d.Doenças dos frutos causadas por fungos, embora existam outras doenças importantes para a bananeira que não ocorrem nessa região.

Fonte: www.ceplac.gov.br

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PRINCIPAIS PRAGAS DA BANANEIRA E MÉTODOS DE CONTROLE

Introdução

Bananeiras são plantas monocotiledôneas herbáceas de crescimento vigoroso. A maioria das cultivares e híbridos de bananeira pertencem à Musa acuminata e Musa balbisiana. As cultivares de banana variam grandemente em termos de aspecto da planta e do fruto e também em relação à resistência à doenças e pragas (CRANE & BALERDI, 1998). Em nível mundial, as doenças são consideradas de maior importância econômica para a bananicultura, seguida de nematóides e posteriormente por insetos e ácaros (GOLD et al., 2002).

Broca-da-bananeira

Cosmopolites sordidus Germar, 1824 (Coleoptera: Curculionidae)

A broca-da-bananeira, denominada de Calandra sordida por Germar em 1824, foi enquadrada como Cosmopolites sordidus em 1885. Amplamente distribuída nas regiões produtoras de banana do mundo, sua incidência está mais concentrada entre o trópico de Câncer e o paralelo 38º (SUPLICY FILHO & SAMPAIO, 1982). No Brasil, essa praga foi observada no Rio de Janeiro em 1915 (LIMA, 1956) e está disseminada em todos os estados brasileiros (SILVA et al., 1968).

O adulto é um besouro pardo-escuro, quase preto, com tromba, medindo 11 x 4 mm; apresenta élitros estriados e o corpo com pequenos pontos. Tem hábito noturno e durante o dia se abriga próximo ao solo, junto à bainha das folhas, rizoma ou restos vegetais. A longevidade varia de alguns meses até dois anos. Possui hábitos noturnos e permanece escondido durante o dia entre as bainhas das folhas e restos vegetais.

As fêmeas, através das mandíbulas, abrem cavidades no rizoma ou na parte basal do pseudocaule, colocando isoladamente entre 10 e 50 ovos, podendo chegar a 100 (Simmonds, 1966). O período de incubação é variável, ocorrendo com maior freqüência entre 5 e 8 dias.

As larvas são ápodas enrugadas, com cabeça marrom-avermelhada e o resto do corpo esbranquiçado; medem 12 x 5mm e possuem abdome intumescido e curvado com extremidade anterior do corpo afilada (larva curculioniforme). O período larval oscila geralmente entre 12 22 dias (SUPLICY FILHO & SAMPAIO, 1982; GALLO et al., 2002), podendo chegar a 120 dias. Segundo MESQUITA & ALVES (1983) esta amplitude é influenciada pelas condições climáticas e espécies/cultivares hospedeiras.

O pupamento ocorre em galerias próximas à superfície externa do rizoma.

A pupa é de coloração branca e livre, medindo 12 x 6 mm. Decorrida aproximadamente uma semana, emerge o adulto. O ciclo evolutivo completo oscila entre 27 a 40 dias (GALLO et al., 2002).

A broca-da-bananeira causa prejuízos diretos no banretal, através de galerias que realiza no rizoma e na base do pseudocaule. Em altas populações isto causa um declínio nas plantas e diminuição da produção, perda de peso dos cachos, seca de folhas, podendo chegar a morte.

Indiretamente propicia maior susceptibilidade do banretal à ação dos ventos e ainda colabora para a incidência de agentes patogênicos (SUPLICY FILHO & SAMPAIO, 1982; GALLO et al., 2002). No Vale do Ribeira, o pico populacional ocorre geralmente em abril/maio e com menor intensidade em setembro. As variedades ‘Nanica’ e ‘Nanicão’ são as mais resistentes ao ataque de C. sordidus.

Como medidas de controle, devem ser observados os seguintes cuidados:

Na implantação

Mudas isentas da praga ou limpeza de mudas através e facão

Mergulhio de mudas em solução de carbofuran 350 SC, na base de 0,4% de produto comercial, durante cinco minutos.

Banretal em condução

Limpeza e desbaste

Para o monitoramento, mensalmente, devem ser preparadas de 20 a 30 iscas por hectare. As iscas empregadas podem ser do tipo “telha” ou “queijo”.

A isca tipo “telha” consta de pedaços de pseudocaule de 50 cm, cortados ao meio longitudinalmente, sendo colocada a parte cortada voltada para o solo e próxima à touceira. A isca “queijo” é preparada através da seção transversal do pseudocaule, na base, de onde retira-se uma fatia de 5 a 10 cm de altura;

em seguida o pedaço é recolocado sobre o pseudocaule original que se manteve junto à touceira. Para ambas as iscas, o pico de atratividade vai até os 15 dias.

No período de excesso de chuva e altas temperaturas a vida útil da isca é menor. Estabelecer um nível de controle de 5 adultos/isca/mês.

Outra opção para o monitoramento é o emprego de armadilha tipo alçapão (4 armadilhas/ha), contendo o feromônio de agregação denominado cosmolure. O feromônio deverá ser substituído a cada 30 dias.

-Para captura massal da broca-da-bananeira deve-se empregar 100 iscas por hectare. Ainda nessas iscas pode-se utilizar inseticidas biológico ou químico (Tabela 1). A eficiência de inseticidas químicos aplicadas em iscas do tipo “telha” e “queijo” foi comprovada por RAGA & OLIVEIRA (1996). A aplicação com a “lurdinha modificada” deve ser feita após a colheita do cacho. O controle biológico é alcançado com a utilização de fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana, desenvolvido pelo Instituto Biológico.

Tripes da banana

Palleucothrips musae Hood, 1956 (Thysanoptera: Thripidae) P. musae é a mais importante espécie de tripes, dentre outras que atacam a bananeira, sendo listada como praga quarentenária pela Argentina. Essa espécie de tripes tem tamanho reduzido, asas franjadas e vive nas inflorescências, entre as brácteas do coração e os frutos. Os ovos são colocados sob a cutícula da planta e recobertos por uma secreção que se torna escura. As formas jovens têm movimentos lentos e são de coloração amarela clara. Os adultos são de coloração escura (GALLO et al., 2002).

Os prejuízos são causados pela alimentação de ninfas e adultos, causando manchas avermelhadas nos frutos, com superfície áspera e rachaduras. Este aspecto deprecia os frutos e os inutiliza para a exportação (SUPLICY FILHO & SAMPAIO, 1982).

Pode-se diminuir a infestação de tripes através da eliminação do coração, após formação do cacho. Associada à esta prática cultural, deve-se proceder o ensacamento e a pulverização dos frutos com inseticidas químicos (Tabela 1). Recomendável ainda a utilização de sacos impregnados com inseticida e o controle de plantas daninhas.

Traça-da-banana

Opogona sacchari (Bojer, 1856) (Lepidoptera, Lyonetiidae)

A traça-da-banana é conhecida em várias regiões úmidas das regiões tropicais e subtropicais. Relatadas anteriormente em ilhas do Oceano Índico e ilhas próximas ao continente africano, foi constatada na década de 70 na Europa e América do Sul. Já foi relatada a sua ocorrência nas Ilha Maurício, Ilhas Canárias, Madagascar, Itália, Bélgica, Holanda, Grã Bretanha, Peru, Barbados e estados Unidos (GOLD et al., 2002), Grécia e Portugal. No Brasil, foi constatada em julho de 1973, no município de Guarujá, sendo que em 1974, levantamentos acusavam a sua presença no litoral sul de São Paulo e Vale do Ribeira (CINTRA, 1975). A incidência dessa praga em partidas de banana restringe a sua exportação para a Argentina.

O. sacchari é altamente polífaga e ataca pelo menos 42 espécies de plantas em todo o mundo, incluindo várias espécies de Musa (DAVIS & PEÑA, 1990; GOLD et al. 2002). BERGMANN et al. (1993) constataram pela primeira vez o ataque de O. sacchari em plantas ornamentais no Brasil, infestando dracenas (Dracena fragans) no município de Juquiá (SP).

Os ovos da traça-da-banana são diminutos e depositados individualmente em inflorescências frescas e frutos jovens, sendo nestes, de preferência na região estilar. Pode ocorrer a infestação de duas ou três por fruto. À 25ºC, o estágio de ovo dura 7 dias; período larval de 24 dias; período pupal de 11 dias; longevidade dos machos 11 dias e das fêmeas, 12 dias; fecundidade média de 91 ovos (BERGMANN et al., 1995). A larva tem sete instares, com duração total de 50-90 dias. O estágio pupal dura 21 dias. A sua presença é indicada pelo acúmulo de excrementos nas brácteas e no engaço e frutos com maturação antecipada (CINTRA, 1975; GOLD et al. 2002; MOREIRA, 1979).

A traça-da-banana também pode se criar no engaço e no pseudocaule, onde é comum o pupamento.

Segundo resultados de POTENZA et al. (2000), os inseticidas malatiom, carbaril, diazinom, clorpirifós, acefato, diclorvós e triclorfom apresentaram altos níveis de mortalidade de lagartas de O. sacchari alimentadas com superfícies, em laboratório. Os inseticidas autorizados para o controle da traça-da-banana encontram-se listados na Tabela 1.

Referências Bibliográficas

BERGMANN, E.C., IMENES, S.D.L., CECCARELLO, V.A. Ocorrência da traça Opogona sacchari (Bojer, 1856) em cultura de dracena. Arq.Inst.Biol. v. 61, n. 1/ 2, p. 60-62, 1993.
BERGMANN, E.C., ROMANHOLI, R.C., POTENZA, M.R., IMENES, S.D.L., ZORZENON, F.J., RODRIGUES NETTO, S.M. Aspectos biológicos e comportamentais de Opogona sacchari (Bojer, 1856) (Lepidoptera: Tineidae), em condições de laboratório. Rev. Agric. v. 70, n. 1, p. 41-52, 1995.
CINTRA, A.F. Opogona sp. nova praga da bananicultura em São Paulo. Biológico. v. 41, n. 8, p. 223-231, 1975.
CRANE, J.H., BALERDI, C.F. The banana in Florida. Gainesville: IFAS/Universidade da Florida, Documento Técnico HS 10, 1998.8p.
DAVIS, R.D., PEÑA, J. Biology and morphology of the banana moth, Opogona sacchari (Bojer), and its introduction ito Florida ( Lepidoptera: Tineidae).Proc.Entomol.Soc.Wash. v. 92, n. 4, p. 593-618, 1990.
GALLO, D., NAKANO, O., SILVEIRA NETO, S., CARVALHO, R.P.L., BAPTISTA, G.C., BERTI FILHO, E., PARRA, J.R.P., ZUCCHI, R.A., ALVES, S.B.,
VENDRAMIM, J.D., MARCHINI, L.C., LOPES, J.R.S., OMOTO, C. Entomologia Agrícola. Piracicaba: Fealq, 2002. 920p.
GOLD, C.S., PINESE, B., PEÑA, J.E. Pests of banana. In: PEÑA, J.E.; SHARP, J.L.;
WYSOKI, M. (Eds.) Tropical fruit pests and pollinators: biology, economic importance, natural enemies and control. Wallingford: CABI Publishing, 2002. p. 13-56.
LIMA, A.C. Insetos do Brasil: Coleópteros. Rio de Jneiro: Escola Nacional de Agronomia, 3ª. Parte, v.4, 1956. 373p.
MESQUITA, A.L.M., ALVES, E.J. Aspectos da biologia da broca-do-rizoma em diferentes cultivares de bananeira. Pesq.Agropec.Bras. v. 18, p. 1289-1292, 1983.
MOREIRA, R.S. Pragas. In: MOREIRA, R.S. (Ed.). Banana: teoria e pratica de cultivo. Campinas: Fundação Cargill, 355p. SILVA, A.G.A., GONÇALVES, C.R.,
GALVÃO, D.M., GONÇALVES, A.J.L., GOMES, J., SILVA, M.N., SIMONI, L. Quarto Catálogo dos Insetos que vivem nas plantas do Brasil, seus parasitos e predadores. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, Parte II, 1º Tomo, 1968. 622p.
POTENZA, M.R., SATO, M.E., BERGMANN, E.C., RAGA, A., NISHIMORI, R.K. Controle químico da traça Opogona sacchari ( Bojer, 1856) (Lepidoptera, Tineidae) em condições de laboratório. Arq.Inst.Biol. v. 67, n. 1 , p. 143-145, 2000.
RAGA, A., OLIVEIRA, J.A. Ação de inseticidas sobre a broca da ananeira Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) no Vale do Ribeira, SP. Arq.Inst.Biol. v.63, n. 1, p. 81-84, 1996.
SIMMONDS, N.W. Los plátanos. Barcelona: Blume, 1966. 539p.
SUPLICY FILHO, N., SAMPAIO, A.S. Pragas da bananeira. Biológico. v. 48, n. 7, p. 169-182, 1982.

Fonte: www.biologico.sp.gov.br

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CULTIVO DA BANANA

Veja abaixo algumas sugestões para o cultivo da banana:

Como cultivar banana:

Originária de clima tropical úmido, a banana necessita de temperatura que esteja entre 10ºC a 40ºC, bastante luminosidade (cerca de 1.000 e 2.000 horas de luz/ano) e pouco vento.

Com condições favoráveis, a planta tem crescimento contínuo e rápido, com produção abundante.

As raízes da bananeira penetram de 60 a 80 cm de profundidade e por isso preferem os solos ricos em matéria orgânica, argilo-sílico-humosos, ou mistos, muito drenados.

Solos encharcados e possíveis de inundações devem ser evitados. Antes da plantação, é aconselhável realizar a análise do solo para fazer a calagem (se houver necessidade).

A época indicada para o plantio é no início da estação chuvosa, evitando-se os meses de baixa temperatura.

O espaçamento entre as covas varia entre os cultivares de porte alto, médio e baixo: porte alto: 2,5 a 3 metros; 3 x 3 metros; 3 x 4 metros e 2,5 x 2,5 metros.porte médio: 2 x 2,5 metros; 2,2 x 2,2 metros; 2,5 x 2,5 metros e 2 x 2 metros.porte baixo: 2 x 2 metros; 2,2 x 2,2 metros e 2 x 2,5 metros.

Não possui sementes, então, propaga-se por rizoma, brotado ou não-brotado; ou ainda por mudas produzidas em laboratórios. Conforme seu desenvolvimento, o rizoma brotado recebe as seguintes denominações: Chifre: muda bem desenvolvida com 40 a 60 cm de altura; Chifrinho: tem cerca de 25 cm de altura; Chifrão: é a mais desenvolvida, com a primeira folha normal; Muda alta ou de replante: acima de um metro de altura.

O rizoma não-brotado pode ser inteiro, subdividido ao meio e subdividido em 4 partes.

Quando subdividido, cada pedaço deve ter mínimo de 500 g.

A escolha da muda é essencial, pois dela dependerá a qualidade do banretal.

A origem deve ser de banretal vigoroso, sadio e em franca produção. Não devem apresentar sintomas da doença “Mal-do-Panamá”, ataque de nematóides e broca-da-bananeira.

A adubação antes do plantio é realizado por cova (50 ou 60 cm de comprimento, largura e profundidade) aplicando-se 10 litros de esterco de curral ou 2 kg de esterco de aves (ou ainda 1 kg de torta de mamona).

Introduz a muda na cova e coberta com terra. As adubações anuais devem ser feitas de acordo com o resultado da análise do solo e da produtividade esperada.

O banretal, deve ser mantido limpo e livre de ervas daninhas, o desbaste.

O primeiro desbaste é realizado quatro meses após o plantio, deixando em cada touceira apenas a planta inicial e rebento que estiver saindo.

Após mais quatro meses realiza-se o segundo desbaste, deixando as duas primeiras plantas e mais um rebento.

Novamente, após 40 dias, acontece outro desbaste, o terceiro, ficando 4 plantas na touceira.

A colheita da banana muda conforme o cultivar, precocidade, clima, tratamento, solo e finalidade da produção.

Entre as variedades precoces, em média, o ciclo entre o plantio e o florescimento é de aprox. 9 meses; e depois, mais 3 meses e meio até a colheita.

Fonte: www.frutasnobrasil.com

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Apresentação

Importância do Produto

A bananeira (Musa spp.) pertence à família botânica Musaceae e é originária do Extremo Oriente.

A planta se caracteriza por apresentar caule suculento e subterrâneo (rizoma), cujo “falso” tronco é formado pelas bases superpostas das folhas, folhas grandes e flores em cachos que surgem em série à partir do chamado “coração” da bananeira.

É uma planta tipicamente tropical, exige calor constante, precipitações bem distribuídas e elevada umidade para o seu bom desenvolvimento e produção. Sua altura pode variar de 1,8 m a 8,0 m.

Dada a característica de emitir sempre novos rebentos o banretal é permanente na área, porém com as plantas se renovando ciclicamente.

A banana é a fruta mais consumida no Mundo e no Brasil, sendo um alimento energético, rico em carbohidratos, sais minerais, como sódio, magnésio, fósforo e, especialmente, potássio.

Apresenta predominância de vitamina A e C, contendo também as vitaminas B1, B2 e B6. contém pouca proteína e gordura.

A banana, além da série de produtos que podem ser confeccionados com o fruto, tem as folhas que podem servir para cobrir abrigos provisórios, ou como embalagens improvisadas, ser utilizada como ataduras de emergência, ou ainda, resultar em certo tipo de papel. O líquido acumulado entre as folhas e o caule, é utilizado para aliviar dores resultantes do ataque das aranhas, vespas, escorpiões e até de cobra.

A fruta pode também auxiliar no tratamento de certas enfermidades, tais como: tuberculose, paralisia, reumatismo, artrites, prisão de ventre, diarréia, desidratação, e, ainda, doenças de estômago, rins, fígado, intestinos e nervos, úlceras da pele, dermatites, queimaduras de sol, diarréia, feridas, fraqueza pulmonar, resfriados, tosse crônica, tosse de fumante, bronquite crônica.

No Brasil, o setor gera mais de 500.000 empregos diretos. Segundo dados do IBGE, no ano de 2001, a cultura foi a segunda mais produzida, ficando atrás somente da laranja. Apresentou uma área colhida de 510.313 ha, com uma produção de 6.177.293 toneladas de frutos, o que correspondeu a um volume de negócios superior a 1 bilhão e oitocentos milhões de reais no mesmo ano.

Em Rondônia, segundo dados do IBGE, no ano de 2001, a cultura foi a primeira fruta mais produzida no Estado, onde numa área de 6.703 ha produziu 56.037 toneladas, o que correspondeu a R$ 16.172.000,00 em receitas na sua comercialização.

Os principais municípios produtores foram Cacaulândia, Cacoal, Machadinho d’Oeste, São Miguel do Guaporé e Ouro Preto d’Oese, respectivamente.

Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Dia da Banana

22 de Setembro

1 – INTRODUÇÃO

O Estado de São Paulo, considerando-se a safra de 1991, participa com quase 12,0% da produção total do país, com aproximadamente 65 milhões de famílias em produção, numa área de 43 mil hectares, com uma produtividade média de 22,5 t/ha, sendo que historicamente, a tradicional região produtora de bananas do Litoral Paulista é responsável por aproximadamente 95% da produção do Estado. No entanto, tem-se observado o crescente interesse por essa cultura por produtores do Planalto Paulista como forma de diversificação de atividades.

Adequar técnicas de cultivo às novas necessidades; aumentar produtividade (pois é possível atingirmos valores acima de 40 t/ha); diminuir perdas em todo o processo produtivo e de comercialização e, principalmente, melhorar a qualidade final do produto com consequente estímulo ao consumo, são objetivos a serem conquistados pela bananicultura, pois embora considerada como fruta de preferência popular e como a mais importante fruta tropical, o consumo em algumas regiões é irrisório, apesar, inclusive, de seu alto valor nutritivo, como alimento energético e como fonte de vitaminas (A e C) e minerais (Fe e K).

2 – CLIMA E SOLO

A banana, originária de clima tropical úmido, exige temperaturas que não estejam abaixo de 10 ºC e que não se elevem acima de 40ºC. Os melhores limites térmicos para o bom desenvolvimento desta cultura está entre 20 e 24ºC, podendo-se desenvolver satisfatoriamente em locais cujos limites de temperatura sejam 15 e 35ºC. As melhores condições para uma boa produção se encontram em regiões com temperaturas elevadas o ano todo e cujas médias mensais estejam entre 24 e 29ºC.

As baixas temperaturas podem ocasionar a “queima” da planta, ou dos frutos em crescimento (“chilling” ou “friagem”, impedindo que o fruto atinja o seu máximo crescimento, tornando-o pequeno e de maturação incompleta), devendo-se pois evitar locais sujeitos a geadas e ventos frios.

Para o desenvolvimento da cultura de banana, as precipitações pluviométricas devem estar acima de 1200 mm/ano e bem distribuídas (100-180 mm/mês) para não haver períodos de déficit hídrico, principalmente quando a formação da inflorescência ou no início da frutificação.

Nota-se que sobre as condições ideais de clima para a banana, o desenvolvimento de doenças fúngicas, como por exemplo “Mal-de-Sigatoka”, se vê favorecido, devendo-se também levar em conta este aspecto na escolha do local de instalação de um banretal.

Com relação a altitude e latitude, estas quando maiores, aumentam os ciclos de produção, principalmente para os cultivares Nanica e Nanicão.

Também a luminosidade é importante para o desenvolvimento da bananeira, sendo desejável que receba entre 1000-2000 horas de luz/ano, pois a luminosidade afeta o ciclo, o tamanho do cacho e a qualidade e conservação dos frutos.

Quanto ao vento, este pode causar o fendilhamento de folhas ou até o rompimento do sistema radicular, alongamento do ciclo e tombamento de plantas. Assim, para minimizar seu efeito, torna-se importante a implantação de quebra-ventos no banretal, associando o plantio de cultivares de porte mais baixo.

Isto posto, esclarecemos que, em condições de clima favorável, a bananeira apresenta hábito de crescimento contínuo e rápido, condição esta indispensável para a obtenção de cachos de alto valor comercial, enquanto que em condições adversas de clima (baixas temperaturas e déficit hídrico) a planta pode passar por um período de paralisação de desenvolvimento.

Nas bananeiras, a maior porcentagem (70%) das raízes se encontram nas primeiros 30 cm do solo, no entanto este deve permitir que as raízes consigam penetrar, no mínimo, 60 a 80 cm de profundidade. Assim, os solos preferidos são os ricos em matéria orgânica, bem drenados, argilosos ou mistos, que possuam boa disponibilidade de água e topografia favorável. Os solos arenosos, além da baixa fertilidade e da baixa retenção de umidade, favorecem a disseminação de nematóides, devendo pois receber maior atenção.

3 – CULTIVARES

‘Nanicão’: cultivar que por apresentar melhor conformação de cachos e de frutos substituiu em muitos casos a ‘Nanica’, sendo pois hoje o cultivar mais plantado no Estado de São Paulo, dominando o mercado interno e de exportação. O bom clone do cultivar nanicão deve ter:

a cultura máxima de 3 metros cacho com 11 a 13 pencas e polpa ligeiramente amarelo-dourada (melhor paladar e aroma).

‘Grande Naine’: possui grande semelhança com o cultivar Nanicão, porém o porte é um pouco mais baixo. tem sido o cultivar mais plantado no mercado externo. Possui alta capacidade de resposta em condição de alta tecnologia, porém não tem a mesma rusticidade do cultivar Nanicão.

‘Nanica’: semelhante à ‘Nanicão’, de porte mais baixo frutos menores e mais curvos, e apresenta problema de “engasgamento” no lançamento dos cachos no inverno.

‘Prata’: Com limitação de cultivo devido ao “Mal-do-Panamá”, restrita a áreas reduzidas.

‘Prata Anã’: Enxerto ou Prata-de-Santa-Catarina: porte médio /baixo, planta vigorosa e frutos idênticos aos do cultivar ‘Prata’. É tolerante ao frio e mediamente tolerante a nematóides.

‘Terra’: plantio limitado e de difícil manejo, devido a altura e fácil tombamento, por ser muito suscetível ao ataque da broca-da-bananeira, necessitando de um adequado escoramento.

‘Maçã’: ótima qualidade e excelente aceitação no mercador consumidor, porém com séria limitação para seu cultivo devido ao “Mal-do-Panamá”

‘Mysore’: Pode substituir a ‘maçã’, devido a semelhança entre seus frutos e apresentar tolerância ao “Mal-do-Panamá”.

Ouro: De cultivo restrito, altamente susceptível a “Sigatoka”.

De forma geral, as recomendações técnicas aqui relatadas, referem-se basicamente à cultura do nanicão, diferindo para as demais em alguns pontos, como espaçamento, produtividade, mercado e tolerância a pragas e doenças.

2- Quando tolerantes, sem deficiência hídrica na estação vegetativa

4 – PREPARO DO TERRENO

O preparo do terreno segue o procedimento normal adotado para outras culturas: limpeza do terreno, aração, gradagem, subsolagem e abertura de sulcos ou de covas para o plantio.

Aconselha-se a realizar previamente uma análise de solo, e se houver necessidade realizar a calagem com antecedência, realizando-se uma gradeação para incorporação do corretivo, pois esta é a oportunidade de se fazer uma aplicação de calcário significativa.

Conforme as condições locais, do terreno ou da cobertura vegetal do mesmo, algumas variações podem ser adotadas no preparo do terreno, com o objetivo de melhorar o potencial de instalação do banretal.

5 – PLANTIO

5.1- Época

O plantio, deve ser iniciado com as primeiras chuvas, sempre que possível e, evitando-se começá-lo nos meses de baixa temperatura, e também em função do período em que se pretende colocar o produto no mercado.

5.2- Espaçamento

Um banretal “fechado” acarreta alongamento do ciclo de produção em até alguns meses e leva a formação de frutos menores, por isso a importância quanto ao espaçamento.

Também, é essencial um bom planejamento do banretal, com o perfeito dimensionamento dos talhões e carreadores, buscando possibilitar a melhor execução dos tratos culturais e controle de doenças, inclusive mecanicamente e, facilitar o escoamento da produção.

O espaçamento pode ser influenciado pela disponibilidade de mudas, pela fertilidade do solo e pelo manejo do banretal, mas de forma geral os espaçamentos para os diferentes cultivares estão colocados no Quadro 1.

5.3- Mudas

5.3.1- Tipos

A bananeira é propagada vegetativamente, a partir de seu rizoma, quer brotado ou não brotado:

a) rizoma não brotado:

inteiro; subdividido ao meio ou em 4 partes (com peso nunca inferior a 500g cada);

b) rizoma brotado ou inteiro:

chifrinho:rebento recém brotado, com 20 cm de altura, com 2 a 3 meses de idade e com aproximadamente 1 kg;

chifre rebentos:em estágio médio de desenvolvimento,medindo de 50-60 cm de altura, pesando entre 1-2 kg;.

chifrão:rebento apresentado a primeira folha normal, pesando entre 2-3 kg;

muda alta (muda replante):rebento bem desenvolvido, com mais de 1 metro de altura e pesando entre 3-5 kg. Usado como replante das falhas em bananais formadas ou em formação.

As mudas de rizoma não brotado apresentam desenvolvimento mais lento e conseqüentemente o primeiro ciclo de produção é mais longo. Observa-se ainda, na prática, que o desenvolvimento das mudas do mesmo tipo é tão mais rápido quanto maior for o seu peso.

É possível ainda, obter-se mudas a partir do desenvolvimento de meristemas (gemas laterais e apical) por meio de multiplicação de tecidos em laboratórios de biotecnologia.

5.3.2- Preparo e tratamento das mudas

A princípio é imprescindível que o banretal fornecedor de mudas não tenha sintomas de vírus, Mal-do-Panamá e se possível, não apresentar sinais de nematóides e da broca-da-bananeira.

Tão logo possível após a extração, o material de plantio deve ser submetido a uma limpeza (toalete ou escalpelamento) retirando-se todas as raízes, limpando-se as partes necrosadas, secas e a terra aderente, tomando-se cuidado para evitar qualquer lesão às gemas.

Esse material pode ser então submetido a um tratamento químico específico, a base de carbofuran líquido à 0,4% por um período de 15 minutos, devendo-se para este tratamento utilizar-se dos equipamentos de proteção individual (EPIs) pois o produto é altamente tóxico. Pode-se ainda como opção submeter o material a um tratamento com 2 litros de água mais um litro de hipoclorito de sódio por 10 minutos.

5.4- Plantio

Para o tipo de muda, pedaço de rizoma, colocá-la no fundo da cova, no caso do Planalto Paulista, cobertura com 15-20 cm de terra.

Em terrenos pesados e mais úmidos, como nas condições do Litoral, plantar mais raso, e cobrir com 5cm de terra.

6 – TRATOS CULTURAIS

6.1- Controle de Plantas daninhas

O banretal deve ser mantido no limpo através de roçadas mecânicas ou capina manual superficial, visto que a concorrência com o mato resulta em atraso no desenvolvimento, diminuição no vigor e queda na produção, não se devendo gradear ou passar rotativa, dada a superficialidade das raízes.

No controle químico, podemos utilizar herbicidas de pós ou pré-emergência nas dosagens especificadas para cada produto, em função do tipo de solo e das espécies infestantes.

O número de capinas fica a critério das condições climáticas, fertilidade do solo e do espaçamento utilizado, sendo que num banretal bem formado, as plantas daninhas são problemas nos primeiros meses, quando então o controle deve ser realizado.

6.2- Desbaste

É uma das operações mais importantes no manejo do banretal, e consiste em favorecer o maior e mais rápido desenvolvimento do único rebento (filho ou guia) deixado junto a planta mãe, e que será responsável pela próxima safra. Esse desbaste pode ser feito utilizando-se a ferramenta “lurdinha” (vazador), ou apenas com cortes dos rebentos.

O primeiro desbaste, que irá eleger a planta mãe, deve ser realizado quando os brotos atinjam 60cm. O desbaste deverá ser realizado periodicamente, visando manter mãe e filho, até o lançamento da inflorescência pela planta-mãe, nesta fase escolhe-se um novo broto junto ao filho que passará a ser o “neto”. O número de desbastes varia de 3 a 5 vezes/ano.

O desbaste também poderá ser conduzido de forma a se controlar a época de produção, objetivando-se a colheita de cachos na época de melhores preços.

6.3- Corte de Pseudocaule após a colheita.

Após o corte do cacho por ocasião da colheita, permanece o pseudocaule que deverá ser cortado o mais alto possível, permitindo a translocação dos seus nutrientes e hormônios para o rizoma, o pseudocaule pode ser eliminado totalmente 40-60 dias após a colheita.

6.4- Limpeza do Banretal (retirada de folhas secas)

Periodicamente, aconselha-se a retirada das folhas secas, já sem função na planta, cortando-as junto ao pecíolo, de baixo para cima e enleiradas nas entrelinhas do banretal.

Em regiões sujeitas ao frio, esta operação deverá ser efetuada antes do inverno, visando permitir um maior escoamento da massa de ar frio do banretal.

6.5- Poda

Pode ser realizada com o objetivo de deslocar a produção, concentrando-a numa época de preços mais favoráveis, o que ocorre normalmente no final do ano.

Também pode ser utilizada para recuperar uma lavoura atingida por geada, inundação, granizo, vento, que tenha comprometido as plantas mais velhas e a produção pendente.

6.6- Outros tratamentos

Eliminação do coração: quebra-se a ráquis masculina (“rabo-do-cacho”) junto ao botão floral, quando houver entre ele e a última penca, cerca de 10-12 cm. Este procedimento visa acelerar o desenvolvimento (“engordamento”) das bananas, aumentar o comprimento dos últimos frutos, aumentar o peso do cacho e provocar a diminuição de trips e traça-da-bananeira.

Retirada dos pistilos (despistilagem): faz com que a proximidade distal do dedo fique mais cheia, melhorando seu aspecto visual, além de ser um eficiente método de controle da traça-da-bananeira. Na prática, este procedimento não vem sendo realizado a nível de campo, pelo seu alto custo de realização, necessitando entretanto ser realizado no tratamento pós-colheita.

Ensacamento do cacho com plástico polietileno

7 – ADUBAÇÃO

A adubação, calagem e fosfatagem devem ser feitas baseadas nos resultados da análise do solo e foliar e de acordo com os períodos de maior demanda pelos nutrientes, como por exemplo na fase de crescimento vegetativo e de “lançamento” do cacho onde ocorrem maiores demandas de Nitrogênio (N), enquanto que por ocasião da “engorda” dos frutos é maior a demanda de potássio(K).

A retirada de nutrientes por tonelada de cacho é de aproximadamente: N=2,0 kg; P2O5: 0,6 kg; K2O=6,4 kg; CaO= 0,4 kg: e MgO: 0,9 kg.

Todos os restos da cultura devem permanecer dentro do banretal como fonte de matéria orgânica (salvo aquelas de plantas doentes), podendo-se inclusive em solos arenosos acrescentar outros materiais de baixo custo com a finalidade de melhorar a qualidade física do solo.

Na calagem, antes do plantio, recomenda-se utilizar calcário dolomítico com um mínimo de 16% de MgO, com o objetivo de evitar o desequilíbrio em Ca, Mg, e K que pode provocar um problema fisiológico (“azul da bananeira”) que pode anular por completo a produção. Aplicar antes do plantio, 10 litros por cova de esterco de curral ou 2 litros de esterco de aves ou 1 litro de torta de mamona, especialmente em solos arenosos, recomendando-se ainda, como prática importante, a fosfatagem na dosagem de 100 a 200 kg/ha de P2O5 ou de 40-50g de P2O5/cova.

As adubações dos bananais em formação e em produção seguem as recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo do Instituto Agronômico de Campinas (Boletim Técnico nº 100).

As adubações deverão ser parceladas, realizando-as nos meses de setembro-dezembro-abril, com solo úmido, procurando-se distribuir os adubos na “parte da frente” da bananeira, no sentido do caminhamento do banretal, onde estão os brotos que ficarão para a próxima produção, a uma distância de 20-40 cm, formando um semicírculo.

Quanto aos micronutrientes, torna-se interessante a aplicação de fertilizantes fornecedores de zinco, cobre, boro, ferro e outros .

8 – PRAGAS E DOENÇAS

8.1- Pragas

8.1.1- “Moleque” ou Broca-da-Bananeira” (Cosmopolites sordidus)

Praga bastante disseminada, atingindo praticamente todos os bananais. O inseto adulto é um besouro preto, de hábito noturno, suas larvas são responsáveis pelas perfurações que aparecem no rizoma, destruindo internamente o tecido da planta, prejudicando o seu desenvolvimento. As folhas amarelecem, os cachos ficam pequenos e as plantas sujeitas ao tombamento.

Para o seu controle recomenda-se a limpeza das mudas, com uma toalete completa, onde se escalpela todo o seu rizoma, eliminando por completo os sinais de sua presença.

O controle, ainda, é realizado com o monitoramento da praga, utilizando-se de iscas tipo queijo ou telha, onde acrescenta-se um inseticida na dosagem de 2-3g/isca, fazendo-se 25 iscas/ha.

Recentemente tem-se realizado o controle biológico da broca utilizando-se o fungo Beuveria bassiana, no mesmo sistema de iscas, agora utilizando 20-25g do fungo/isca na proporção de 100 iscas/ha.

8.1.2- Nematóides

Os nematóides que ocorrem na cultura da banana são classificados segundo as lesões que provocam:

a) lesões profundas (Radophulos similis – nematóide “cavernícola” e Pratylenchus musicola

b) lesões superficiais (Helicotylenchus spp)

c) lesões tipo galha (Meloidogyne spp).

Os nematóides parasitam o sistema radicular e rizomas das bananeiras, são responsáveis por expressivas quedas de produção nos bananais em decorrência da existência de condições propícias para o desenvolvimento de altas populações, como terreno arenoso e períodos secos.

São encontrados em quase todas as plantações do Estado de São Paulo, podendo reduzir as raízes a apenas 10% do seu comprimento, levando ao tombamento de plantas, além disso abrem nas raízes e no rizoma, portas de entrada para outros parasitas.

O melhor método de controle é não permitir a entrada de nematóides em novas áreas, para isso necessita-se de mudas de origem sadia. Para complementar recomenda-se realizar uma boa “toalete” do rizoma das mudas, eliminando toda e qualquer mancha escura,e fazer tratamento das mudas.

Nos tratamentos rotineiros, podemos aplicar nematicida via solo (não realizando o tratamento em plantas com cachos) ou logo após a colheita dentro da planta-mãe com auxílio da lurdinha.

Outras formas de atenuar os problemas com a presença de nematóides são as de manter as plantas com nutrição correta e bem conduzidas.

8.1.3- Outras pragas

Outras pragas ocorrem ocasionalmente na cultura da banana como por exemplo:

Trips:Pequenos insetos que causam danos na casca dos frutos. A eliminação dos “corações” exercem um certo controle na população.

Traça-dos-frutos-da-bananeira (Opogona sacchari):a larva penetra no fruto, abrindo galerias, causando o apodrecimento e o amarelecimento deste, com o resto do cacho ainda verde. Seu controle pode ser feito com despestilagem ou pulverizando-se com produtos recomendados, com jato dirigido ao cacho recém-formado,

Lagartas:provocam prejuízos na área foliar, com desfolhamento ou abertura de galerias no parênquima foliar. Seu controle quando necessário pode ser realizado quimicamente com resultados satisfatórios.

8.2- Doenças

8.2.1- “Mal-de-Sigatoka” (Mycosphaerella musicola – fase perfeita; Cercospora musae – fase imperfeita)

Os sintomas ocorrem nas folhas, iniciando-se por pontuações com leve descoloração, passando por estrias cloróticas e manchas necróticas, elípticas, alongadas e dispostas paralelamente as nervuras secundárias, apresentado estas lesões á parte central acinzentada e as bordas amarelecidas, essas lesões podem coalescer comprometendo uma grande área foliar.

É um problema fitossanitário limitante para os cultivares Nanicão, Nanica e Grande Naine sendo imprescindível um programa de controle fitossanitário. O cultivar Ouro é ainda mais susceptível, já os cultivares Maça e Prata são considerados medianamente resistentes e o ‘Terra’ ainda mais resistentes.

Para o seu controle recomenda-se pulverização sobre as folhas, em baixo volume, atingindo as folhas novas, com óleo mineral “Spray oil” entre 12 e 18 litros/ha.

O período de controle deverá ser de setembro a maio, pois o fungo necessita de temperatura e umidade alta para se desenvolver, num intervalo de aplicação de 20-22 dias, podendo este prazo ser dilatado quando utilizado óleo mais um fungicida sistêmico triazóis, benomyl e benzimidozóles.

As aplicações são feitas por atomizador costal, atomização via trator e aplicações aéreas.

8.2.2- “Mal-do-Panamá” (Fusarium oxysporum f. sp. cubense)

Os cultivares de interesse comercial apresentam taxas variáveis de tolerância, assim apresentam alta tolerância os cultivares: ‘Ouro’, ‘Nanica’, ‘Nanicão’; mediana tolerância: ‘Terra’; baixa tolerância: ‘Prata’ e intolerante: ‘Maça’.

Esta doença, sendo limitante para o cultivar Maça, fruta de grande preferência de consumo, motivou a migração de seu cultivo do Estado de São Paulo.

Apesar da tolerância do cultivar Nanicão, desequilíbrios nutricionais (P, Ca, Mg e Zn), parasitismo de nematóides, ou períodos elevados de estiagem, podem levar ao aparecimento de sintomas da fusariose.

Não existe controle para a doença, e no caso da escolha por variedades suscetíveis, buscar locais onde não ocorreram plantios anteriores e utilizar mudas sadias e de qualidade.

8.2.3- “Moko” ou “Murcha Bacteriana” (Pseudomonas solanacearum)

Doença bacteriana que se encontra no Brasil apenas na região Norte, onde já é bastante difundida, e no Nordeste. A planta infectada morre em poucas semanas, sua incidência se dá em reboleiras, com as folhas caídas e secas (“guarda-chuva fechado”), os frutos apresentam a polpa com manchas negras distribuídas no seu interior. Como único método de controle, preconiza-se um rigoroso programa de erradicação das plantas doentes.

No Estado de São Paulo, não foi constatada a presença dessa doença, devendo-se pois atentar-se para não permitir a entrada desse patógeno nas nossas regiões produtoras.

8.2.4- Viroses (vírus do mosaico do pepino)

Embora já constatada em nossas condições de cultivo, até o momento não tem causado problemas de sérias proporções, devendo-se no entanto manter a atenção quanto a esta doença.

8.2.5- Doenças de frutos

São algumas as doenças fúngicas que normalmente não chegam a afetar a qualidade da polpa, no entanto, como são causados por fungos manchadores de frutos, leva a perda de valor comercial devido a defeitos e má aparência.

Como exemplo citamos:

ponta-de-charuto: causado por uma associação de fungos

doença-das-pintas (Pyricularia grisea).

De maneira geral, essas doenças não tem sido problema limitante, no entanto, em bananais limpos, bem arejados e com bom manejo, diminuem as possibilidades de ocorrência.

8.2.6- Doenças Pós-colheita

Podem ocorrer podridões, seja no engaço, na coroa ou almofada ou nos frutos. Para evitar tais problemas que resultam em diminuição no valor comercial do produto, deve-se atentar a uma colheita cuidadosa e no ponto correto, proceder a limpeza das pencas, a lavagem dos frutos com detergente e posterior imersão em solução fungicida (benomyl e thiabendazóle) e o acondicionamento nas embalagens adequadamente.

9 – COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO

Considera-se que a banana está apta para a comercialização quando os frutos se encontram fisiologicamente desenvolvidos, ou seja, que atingiram o estágio de desenvolvimento característico da variedade.

No entanto, esta não pode ser colhida madura, pois como fruta muito sensível ao transporte e por não se conservar por muito tempo, seu amadurecimento pós-colheita deve se processar em câmaras de climatização, onde são submetidas à maturação sobre controle de temperatura, umidade e ventilação, conseguindo-se um produto final de melhor qualidade e uniformemente amadurecido, de maior valor comercial.

Para determinar o ponto de colheita, deve-se levar em consideração a distância e a que mercado se destina a fruta. De modo geral como parâmetros que podemos adotar para determinar o ponto-de-colheita da banana, estão o grau fisiológico do fruto, que se baseia na sua aparência visual (magro; 3/4 magro; 3/4 normal; 3/4 gordo e gordo) ou no diâmetro da fruta, onde se mede o diâmetro do dedo central da segunda mão.(magro = 30mm; 3/4 magro=32mm;3/4 normal =34mm 3/4 gordo 36mm e gordo 38mm).

De forma geral, os frutos devem ser colhidos ainda verdes, porém já desenvolvidos e as “quinas” longitudinais pouco salientes (3/4 gordo). Para o mercado externo, prefere-se colher frutos um pouco mais magros que para o mercado interno.

Os cuidados na colheita devem ser os mais atendidos, no sentido de se evitar bater os frutos, não permitir sua exposição prolongada ao sol etc., desde a colheita do cacho, até seu transporte e o manuseio no “packing house”.

Após a colheita, o produto pode ter vários destinos e diferentes modalidades de comercialização, seja na comercialização direta dos cachos, seja em embalagens que devem obedecer a portaria específica do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, que padroniza de acordo com o mercado a que se destina (interno e externo) e com a cultivar, os diferentes tipos de embalagem para banana (torito, caixa “M”, caixa de papelão).

Quanto ao mercado, observa-se a disponibilidade de frutos durante todo o ano, entretanto com flutuações de preço em função da oferta/demanda em algumas épocas do ano.

Para pensarmos seriamente em exportação, não apenas para nossos tradicionais importadores, Uruguai e Argentina, temos que estar dispostos a reverter a situação que nos separa de países como o Equador, que apesar da palatabilidade inferior de suas bananas e com preços equivalentes, quando comparamos com o Brasil, apresentam uma qualidade e uma apresentação extremamente superior, inclusive comercializando seus frutos em forma de “buquê” (5-7 frutos), prática esta que já vem sendo realizada pelos produtores nacionais.

Hoje, tem-se incentivado a prática de tratamentos pós-colheita, com manuseio de frutos em casas de embalagem, nas áreas de bananicultura do Estado, como forma de melhorar a qualidade final do produto. Além disso temos que pensar num trabalho de marketing salientando as propriedades da banana como alimento com o objetivo de se estimular seu consumo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Frutas Tropicais 3 – Banana. Instituto de Tecnologia de Alimentos 2ª edição 1990.
Manual Técnico das Culturas. Banana CATI/DEXTRU/CTPV pag 100-110, Campinas, 1986
MOREIRA, R.S. Banana: Teoria e Prática de Cultivo. Campinas. Fundação Cargil, 1987. 335p
MOREIRA, R. S. Considerações Sobre a Bananicultura (apostila), II Curso Prático de Bananicultura – FCVJ/UNESP, 1995
PENTEADO, L.A.C. A Cultura da Banana (apostila)
RANGEL, A. Cultura da Banana (apostila)

Fonte: www.agrobyte.com.br

Dia da Banana

22 de Setembro

Você acha que a bananeira só dá banana?

A bananeira é uma monocotiledônea pertencente a famíla das musáceas do gênero musa, é originada e nativa de diversas regiões do continente latino-americano.

É considerada uma erva gigante, pois tem caule subterrâneo e sua parte aérea se assemelha a um tronco (pseudo caule), que nada mais é do que folhas justapostas e imbricadas umas nas outras de forma compacta e consistente.

Do pseudo caule da bananeira podemos extrair fibras vegetais através de um processo simples, de baixo custo e de bons lucros para aquele que sabe usar a criatividade.

As fibras da bananeira são resistentes, flexíveis, não elásticas, elevado índice de absorsão de água, quando úmidas sofrem intumescimento, facilmente tingidas com corantes de tecido de algodão, facilmente pintadas com tinta para tecido, misturam-se com:

cola

cimento

resina

barro e outros materiais

queima em presença do fogo

atacáveis pela alcalinidade

quando úmidas apresentam coloração bege escura e quando secas

bege claro

podem ser amaciadas

clarificadas

tingidas

misturam-se facilmente com material reciclado

pode-se fazer até papel artesretal.

Se você se interessou pela bananeira, aí vai uma dica de como extrair suas fibras: Corte o pseudo-caule da bananeira, separe as folhas e faça uma seleção.

Coloque em cima de uma mesa uma das folhas e com auxílio de uma escova de aço penteie a folha em um único sentido, até chegar as fibras que ficarão divididas em fios.

Após lave estes fios em água corrente e coloque para secar em um varal.

Se desejar pode colocar no clarificante, e amaciante. Após estar seca a fibra já pode ser trabalhada.

O resíduo que sobra na escova de aço pode ser lavado, amaceado, secado e ser utilizado para fazer recheio de almofada travesseiro ou colchão.

Este é um dos trabalhos desenvolvidos pela professora Regiane Castione, atuante em projetos de feiras Agrocientícicas no Oeste do Paraná.

Fonte: www.soartigos.com

Dia da Banana

22 de Setembro

A banana é uma ótima fonte de energia muscular pois é um concentrado de carboidratos, razão porque os atletas recorrem a esse aporte, após grande esforço físico.

Este fruto da bananeira possui muitos minerais, como potássio que é revitalizante do sistema muscular, o fósforo que fortalece os ossos; e o sódio e o ferro que dão vigor ao organismo.

Pessoas que fazem dieta, geralmente, cortam a banana de sua alimentação, achando que ela faz engordar, mas ao contrário, são poucas suas proteínas e o fruto tem apenas 90 calorias. Esta fruta tem muita fibra que sacia rapidamente o apetite.

Sendo muito aconselhável para problemas gástricos, sobretudo para diarréias, quando ainda está verde; e para constipação (prisão de ventre), quando está madura.

Outra qualidade da banana é a de tranqüilizante, embora sua ingestão seja também recomendada para facilitar o bom funcionamento dos rins ou também para enriquecer o leite materno.

A banana não contém colesterol e possui vitaminas A, B e C, por isso imunizando o corpo.

Ela possui ainda outra vantagem, pois, seu açúcar é tolerado pelas pessoas diabéticas, podendo deste modo adoçar a alimentação monótona e rotineira deste grupo de pessoas.

Fonte: www.viaki.com

Dia da Banana

22 de Setembro

A banana é o fruto da bananeira, pertencente à família Musaceae. É cultivada em todas as regiões tropicais e originária do sudeste da Ásia. O maior produtor mundial de banana é o Equador, seguido da Índia e do Brasil.

As bananas formam-se em cachos, estes ficam pendurados no caule da bananeira e pesam de 30 a 50 kg. O cultivo é fácil, já que os primeiros cachos podem ser colhidos após o primeiro ano de plantio.

A banana é composta de 75% de água e 25% de matéria seca. É fonte de vitaminas A, C, B1, B2, carboidratos, fibras, sais minerais e potássio. Possui baixo teor de gordura.

Quando imatura, é uma fruta de cor verde. Ao madurar apresenta cor amarela ou vermelha. Existem mais de 500 variedades de banana em todo o mundo. As quatro variedades principais são: banana-prata, banana-maçã, cavendish e a banana-da-terra.

Enquanto está verde, a banana é composta por água e amido, o que lhe garante o sabor adstringente. Pode ser consumida fresca, assada, cozida ou frita. É usada para a preparação de doces. É a fruta mais consumida no Brasil e no mundo, sendo um alimento energético bastante apreciado por atletas.

Você já parou para pensar onde ficam as sementes da banana?

Muitas pessoas acreditam que as sementes são aqueles pequenos pontinhos pretos no interior da banana. Alguns até retiram esses pequenos pontinhos com o receio de estar comendo uma semente.

Na realidade, as espécies que consumimos (banana-prata, ouro, maçã, etc) não possuem sementes.

Aqueles pontos pretos na polpa da banana são apenas óvulos não fecundados. As bananas que cultivamos são estéreis e se reproduzem assexuadamente.

Para plantar uma nova espécie de banana, basta cortar um pedaço da raiz e plantá-la em outro local. Alguns biólogos adotam o nome de “propagação vegetativa” a esse tipo de reprodução das bananeiras.

Apenas algumas espécies selvagens possuem sementes, conforme figura abaixo:

Banana verde: uma fruta ainda pouco conhecida.

Você sabia que existem cerca de 100 tipos de banana cultivadas no mundo todo? Pois é. O que você não sabia é que a banana verde ainda é pouco explorada, apesar de seu potencial. Seus derivados possuem 0% de colesterol, são ricos em cálcio, potássio, fibras e vitaminas.

Mas a banana verde está começando a ser mais explorada. A Max Brasil, empresa do setor alimentício, está lançando uma linha de três produtos derivados dessa fruta: bananas chips salgadas, banana passa e mariolas (balas e palitos de banana).

Esses tipos de banana são produtos naturais e nutritivos, ricos em cálcio e potássio, fundamentais para o desenvolvimento e bom funcionamento dos ossos, músculos e dentes. Além disso, essa fruta contém fibras, ideais para o sistema digestivo.

Os tipos de banana mais conhecidos no Brasil são:

banana-nanica (conhecida também como banana-d’água, banana-da-china, banana-anã ou banana-chorona) – tem casca fina e amarelo-esverdeada (mesmo na fruta madura) e polpa doce, macia e de aroma agradável. Cada cacho tem por volta de duzentas bananas.

banana-prata (ou banana-anã-grande) – tem fruto reto, de até 15 cm de comprimento, casca amarelo-esverdeada, de cinco facetas, polpa menos doce que a da banana-nanica, mais consistente e indicada para fritar.

banana-da-terra (banana-chifre-de-boi, banana-comprida ou pacovan) – são as maiores bananas conhecidas, chegando a pesar 500 g cada fruta e a ter comprimento de 30 cm. É achatada num dos lados, tem casca amarelo-escura, com grandes manchas pretas quando maduras e polpa bem consistente, de cor rosada e textura macia e compacta, sendo mais rica em amido do que açúcar, o que a torna ideal para cozinhar, assar ou fritar.

banana-maçã (ou banana-branca) – de tamanho variado, pode atingir, no máximo, 15 cm e pesar 160 g. É ligeiramente curva, tem casca fina, amarelo-clara, e polpa branca, bem aromática, de sabor muito apreciado. Recomendada como alimento para bebês, fica muito gostosa amassada e misturada com aveia, biscoito ralado ou farinhas enriquecidas.

banana-de-são-tomé (banana-curta ou banana-do-paraíso) – existem dois tipos, que se diferenciam apenas na cor da casca – roxa ou amarela. São pouco apreciadas, devido à polpa amarela e ao cheiro muito forte. Recomenda-se consumi-las cozidas, fritas ou assadas.

banana-ouro (inajá, banana-dedo-de-moça, banana-mosquito ou banana-imperador) – é a menor de todas as bananas, medindo no máximo 10 cm. Tem forma cilíndrica, casca fina de cor amarelo-ouro, polpa doce, de sabor e cheiro agradáveis. É muito usada para fazer croquetes.

banana-sapo – fruto curto, grosso e anguloso, com casca espessa e dura, e polpa pouco delicada, mais usada como alimento de animais domésticos.

A banana verde pode ser utilizada em diversos tipos de alimentos, rendendo receitas altamente saudáveis e nutritivas para o consumo de pessoas de todas as idades.

Fonte: www.tropicalfresh.com.br

Dia da Bana

22 de Setembro

Musa é um dos três géneros da família das Musaceae que inclui as plantas herbáceas vivazes que produzem vulgarmente designados como bananeiras, incluindo as cultivadas para a produção de fibras (abacás) e para a produção de bananas. Existem cerca de 50 espécies de Musa, utilizadas pelo ser humano para diversas finalidades, originárias do sudeste da Ásia – na região ocupada, atualmente, pela Malásia, Indonésia e Filipinas.

Muitas variedades de bananas selvagens existem ainda nessa região. Caracterizam-se por um caule suculento e subterrâneo (rizoma), cujo “falso” tronco (um pseudocaule) é formado pelas bainhas superpostas das suas folhas.

Estas são grandes, de coloração verde-clara, brilhantes e de forma, em geral, oblonga ou elíptica. As flores dispõem-se numa espiga terminal, em torno do chamado “coração” da bananeira, com glomérulos androgínicos, apesar de, na prática, os glomérulos superiores funcionarem apenas como masculinos e os inferiores como femininos. Apresenta ainda brácteas em forma de espata. O “fruto”, conhecido como banana, é, na verdade, uma pseudobaga. As espécies do género Ensete, incluindo a bananeira-da-abissínia (Ensete ventricosum) são vulgarmente designadas como “falsas bananeiras”.

Taxonomia e morfologia

O género Musa era, tradicionalmente, classificado em cinco seções (Ingentimusa, Australimusa, Callimusa, Musa e Rhodochlamys) mas estas foram recentemente (2002) reduzidas a três. Outras classificações referem apenas quatro seções: Australimusa, Callimusa, Rhodochlamys e Eumusa. Anteriormente, as espécies com 2n = 20 cromossomas estavam separadas nas seções Australimusa e Callimusa, enquanto que as espécies com 2n = 22 cromossomas estavam distribuídas pelas seções Musa e Rhodochlamys. Recentemente, pesquisas de Carol Wong e colegas de Singapura revelaram que as diferenças genéticas entre cada seção do mesmo grupo cromossómico são menores que as identificadas dentro de cada seção.

Isto significa que a separação tradicional das seções não é reflexo da realidade biológica. Os estudos de Wong defendem, contudo, que se deva manter a sepração entre as espécies de 20 e 22 cromossomas, mantendo a seção de 14 cromossomas como grupo distinto.

A identificação morfológica do grupo, quanto ao número de cromossomos, pode ser feita observando-se as brácteas das bananas; neste caso, as bananeiras com 10 cromossomos seriam aquelas que apresentam externamente brácteas livres, e com 11 cromossomos aquelas com brácteas onduladas. Pode-se também efetuar a contagem do número de cromossomos através das células das pontas das raízes.

A seção Australimusa, onde estão as plantas com 10 cromossomos (n=10), apresentam cachos e “umbigos” (inflorescência masculina) eretos; compreende 5 espécies, sendo as mais conhecidas, a Musa textilis e a Musa fehi; as plantas desta seção são utilizadas para a extração de suas fibras, consumo dos frutos e na forma de vegetal. A seção Callimusa, engloba plantas com 10 cromossomos (n=10), compreende 5 a 6 espécies de pequeno tamanho e de interesse botânico, sendo a mais conhecida a Musa coccinea.

Na seção Rhodochlamys estão as plantas com número básico de 11 cromossomos (n=11), apresentando inflorescência ereta e poucas flores em cada bráctea; a espécie mais conhecida é a Musa ornata que apresenta brácteas rosa-violeta e tendo interesse como planta ornamental.

Fazendo parte da seção Eumusa estão as bananeiras com 11 cromossomos (n=11), apresentando cachos e “umbigos” (inflorescência masculina) horizontais ou cadentes, seiva leitosa ou aguada; nesta seção localizam-se as bananas comestíveis, de grande valor comercial, incluindo a Musa acuminata e a Musa balbisiana.

Bananas comestíveis

São vários os grupos distintos de bananas comestíveis que se desenvolveram a partir de espécies do género Musa. Até à atualidade, as variedades mais cultivadas e usadas comercialmente derivam das espécies Musa acuminata (principalmente) e Musa balbisiana – seja em variedades puras ou em diversas combinações híbridas. O grupo seguinte, mais utilizado, deriva dos membros da seção Callimusa (antes classificada como Australimusa) e a sua importância económica restringe-se praticamente à Polinésia. De importância ainda mais reduzida, existem alguns grupos híbridos cultivados na Papua-Nova Guiné; um grupo derivado, entre outras espécies, de Musa schizocarpa e um grupo híbrido de Musa x seção Callimusa.

Desde a época de Linnaeus até à década de 1940 que tipos diferentes de bananas comestíveis e de bananas-da-terra receberam a sua designação segundo a nomenclatura binomial, como Musa cavendishii como se fossem espécies distintas. De fato, as bananas comestíveis têm uma origem extremamente complicada que envolve a hibridação, mutação e, finalmente, a seleção pelo Homem. Assim, como estas variedades híbridas complexas receberam nomes científicos, a confusão está instalada em tudo o que diz respeito à botânica das bananas. Na década de 1940 e de 1950s tornou-se claro que as bananas cultivadas e as bananas-da-terra não deveriam receber nomes científicos de acordo com a convenção da nomenclatura binomial, sendo mais prudente utilizar nomes de cultivares. Assim, um sistema alternativo, baseado no genoma, foi criado para a seção das bananas Musa.

Como já foi referido acima, o principal grupo de bananas comestíveis derivam de Musa acuminata e Musa balbisiana. Como exemplo da aplicação do sistema de nomenclatura baseada no genoma, a planta antes designada como Musa cavendishii tornou-se Musa (grupo AAA) ‘Cavendish anã’. O “novo” nome mostra, de forma clara, que a ‘Cavendish anã’ é triplóide, com três grupos de cromossomas, todos derivados de Musa acuminata, agora designada pelo “A”. Quando nos referimos a Musa balbisiana utilizamos a letra “B” para o mesmo efeito. Assim, a cultivar ‘Rajapuri’ passa a ser designada como Musa (grupo AAB) ‘Rajapuri’. ‘Rajapuri’ é, portanto, triplóide, com dois grupos de cromossomas de Musa acuminata e um de Musa balbisiana. Nas bananas comestíveis, podemos encontrar combinações de genoma como AA, BB, ABB, BBB e mesmo AAAB.

Não foi criado um sistema de nomenclatura semelhante para o grupo seguinte de bananas comestíveis derivadas da seção Callimusa. Contudo, este grupo é conhecido geralmente como bananas “Fe’i” ou “Fehi”, existindo numerosas cultivares deste grupo na região do pacífico Sul. São plantas com características muito distintas com frutos em cachos ascendentes – como se pode ver em três pinturas de Paul Gauguin. A polpa deve ser cozinhada antes de ser consumida, tem uma cor alaranjada brilhante – quando consumida, modifica a cor da urina de quem a ingere. As bananas Fe’i já não têm atualmente grande importância na alimentação humana, ainda que algumas tenham o seu papel em determinados rituais. É provável que as bananas Fe’i bananas derivem principalmente de Musa maclayi ainda que as suas origens não estejam tão bem esclarecidas como as da seção Musa. As cultivares podem ser designadas, formalmente, por exemplo, como Musa (grupo Fe’i) ‘Utafun’.

Cultivo

Enquanto que as bananeiras originais produziam frutos com grandes sementes, as que são utilizadas após seleção para a produção alimentar humana são cultivares triplóides (logo, produzem frutos sem sementes formados por partenogénese). Estas, propagam-se asexuadamente a partir de brotos ou rebentos que nascem das socas da planta. As socas são obtidas a partir da remoção cuidadosa de uma parte do caule subterrâneo que contenha algum rebento e algumas raízes intactas, geralmente na base do pseudocaule. Um só rizoma pode dar origem a vários rebentos (vulgarmente designados como filhos ou filhotes). Para que frutifiquem em condições, contudo, é necessário que alguns sejam suprimidos – caso contrário competirão entre si pelos recursos da planta (água e sais minerais). O escapo floral forma-se 5 a 8 meses após a formação dos brotos. Como a “bananeira” é cortada após a colheita do cacho, deve-se ter especial cuidado, nesta operação, para não danificar os brotos mais jovens.

O tempo de vida médio de um banretal é de cerca de 25 anos. A manutenção das plantações por meios mecanizados é dificultada pelo fato de não ser possível manter as bananeiras dispostas de forma regular. Isto deve-se ao fato de os novos rebentos crescerem na periferia do cormo de forma algo aleatória em relação à posição original das socas (cormos simpodiais), dando a impressão que as bananeiras se vão movendo pela plantação ao longo do tempo.

Existem dois sistemas de produção, conforme se pretendam colheitas sazonais ou ao longo de todo o ano. O sistema de pé de galinha consiste em permitir o desenvolvimento em simultâneo dos vários rebentos, procedendo-se à colheita em simultâneo, seguindo-se uma época sem produção, dedicada apenas ao crescimento dos novos rebentos. O sistema da mãe, filha, neta consiste em proceder à manutenção dos rebentos, de modo a existir um pronto a frutificar e outros, que lhe sucederão, em diferentes fases de crescimento, de modo a existir produção de bananas ao longo de todo o ano.

Doenças

Ainda que não esteja propriamente em perigo de extinção, é possível que a cultivar Cavendish se torne inviável para cultivo a larga escala nos próximos 10 a 20 anos. A cultivar Gros Michel, que a precedeu no monopólio do comércio mundial sofreu o mesmo destino. Apesar da sua popularidade nos mercados europeus e americanos, a Cavendish, tal como a maioria das bananas, não apresenta qualquer diversidade genética (já que se reproduz assexuadamente), o que a torna particularmente vulnerável a doenças que ameaçam, de igual forma, a agricultura de subsistência. As principais doenças são:

Doenças fúngicas

As doenças provocadas por fungos estão entre as que mais danos causam na cultura da bananeira. Muitos entranham-se na planta, absorvidos juntamente com a água da seiva bruta, infectando o pseudocaule e as folhas. Os seus efeitos nefastos podem resultam em perdas de 100% nas colheitas. A propagação destas doenças está, em muitos casos, relacionada com o comércio global de bananas. Os próprios trabalhadores ajudam à dispersão dos fungos nos utensílios usados na lavoura ou mesmo nas roupas. Os meios de controle, adaptados a cada caso, incluem a utilização de variedades cultivares resistentes, a eliminação de partes atacadas pelos fungos (folhas, flores, etc.), de acordo com os sintomas apresentados pela planta, utilização de fungicidas (com moderação, já que a resistência dos patógenos tem aumentado), controlo de plantas daninhas e nematóides, proteção dos cachos com polietileno perfurado, entre outras medidas.

Antracnose – Colletotrichum musae
Mal-do-panamá – ou fusariose.
Sigatoka-amarela
Sigatoka-negra
Lesão-de-Johnston – ou pinta-de-pyricularia (Pyricularia grisea)
Mancha-de-cladosporium
Mancha-de-cordana
Mancha-parda – (Cercospora hayi)
Mancha-losango (mancha “diamond”)
Pinta-de-deightoniella – (Deightoniella torulosa)
Ponta-de-charuto
Podridão-da-coroa
Finger rot (Botryodiplodia theobromae)

Doenças bacterianas

As doenças, provocadas por bactérias devem, acima de tudo, ser combatidas através da prevenção, evitando que se propaguem, quer em utensílios (desinfectando-os convenientemente), quer através de insetos onde as bactérias se hospedam. As principais doenças deste género são:

Murcha-bacteriana (Moko)
Podridão-mole

Viroses

Os vírus, geralmente transmitidos por insetos hospedeiros, como os afídios, podem, por vezes, estarem relacionados com outras culturas de vegetais onde estes são infectados. As doenças virais mais representativas são:

Estrias da bananeira
Mosaico
Bunchy top (Topo em leque)

Nematóides

Nematóide cavernícola
Nematóide espiralado
Meloidoginose
Nematóide das lesões radiculares

Pragas

Contamos entre as principais pragas que atacam as bananeiras:

Broca-do-rizoma
Tripes
Lagartas desfolhadoras
Pulgão-da-bananeira
Ácaros de teia

Tipos de Banana

Seção Ingentimusa – da Papua-Nova Guiné

Musa ingens

Seção Callimusa (incorpora a antiga Australimusa)

M. alinsanaya
M. beccarii
M. boman
M. borneënsis
M. bukensis
M. campestris
M. coccinea
M. exotica
M. fitzalanii
M. flavida
M. gracilis
M. hirta
M. insularimontana
M. jackeyi
M. johnsii
M. lawitiensis
M. lolodensis
M. maclayi
M. monticola
M. muluensis
M. paracoccinea
M. peekelii
M. pigmaea
M. salaccensis
M. splendida
M. suratii
M. textilis
M. tuberculata
M. violascens

Seção Musa (incorpora a antiga Rhodochlamys)

M. acuminata
M. angcorensis
M. aurantiaca
M. balbisiana
M. banksii
M. basjoo
M. cheesmanii
M. flaviflora
M. griersonii
M. itinerans
M. laterita
M. mannii
M. nagensium
M. ochracea
M. ornata
M. rubra
M. sanguinea
M. schizocarpa
M. siamea
M. sikkimensis
M. thomsonii
M. velutinaepens
M. sp. ‘Burmese Blue’
M. sp. ‘VN1-054’

Fonte: tiosam.net

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