Judaísmo

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Judaísmo – O que é

O Judaísmo é a primeira religião monoteísta da humanidade. Funda-se sobre a revelação dos dez mandamentos de Deus a Moisés no monte Sinai, Egito.

A palavra judeu deriva de Judeia, nome de uma parte do antigo reino de Israel.

Judaísmo reflete essa ligação. A religião é chamada ainda de mosaica, já que se considera Moisés um de seus fundadores.

O Estado de Israel define o judeu como alguém cuja mãe é judia e que não pratica nenhuma outra fé. Aos poucos essa definição foi ampliada para incluir o cônjuge.

O Judaísmo constitui-se nas doutrinas e ritos dos Judeus, que seguem as leis de Moisés.

O Judaísmo está baseado no Zoroastrismo.

Do Judaísmo surgiram duas grandes religiões do mundo, ou Cristianismo e o Islamismo.

Os muçulmanos admitem que sua religião tem os fundamentos no Judaísmo. O Corão é muito claro neste ponto. A concepção de Zoroastro de Ahura Mazda como sendo o ser Supremo é perfeitamente idêntica com a idéia de Elohim (Deus) Jeová, o qual nos encontramos no Antigo Testamento.

Abraão, o Profeta, foi o primeiro homem que desvelou Deus para toda a humanidade. Ele foi o fundador da raça hebraica. Os Hebreus são descendentes de Jacó, um israelita, um Judeu. Isaac teve dois filhos, Esaú e Jacó, e seus descendentes são cristãos e judeus. Abraão teve dois filhos, um de Sara, e outro de Hagar, uma mulher egípcia, Isaac e Ismael que foram os pais dos Judeus e Muçulmanos respectivamente.

O Antigo Testamento

Antigo Testamento contém os escritos sagrados no ambiente da raça judaica. A porção nova das Escritura Bíblicas são chamadas de Novo Testamento, os qual iniciaram depois da vinda de Jesus Cristo, cerca de dois mil anos atrás. Durante a época em que Jesus veio ao mundo, os judeus escreveram e estudaram seus livros sagrados. Eles foram escritos na língua hebraica.

Os antigos livros hebraicos foram traduzidos para o grego, cerca de duzentos anos depois do início da era cristã. O Novo Testamento não é aceito pelos judeus.

Os livros dos judeus foram arranjados em três divisões principais. A primeira foi chamada de ?A Lei?.

Ela lida com as leis do mundo.

Estes livros são agora a primeira parte da Bíblia, a saber: Gênese, Êxodo, Levíticos, Números, e Deuteronomonio. A segunda parte estão os Profetas.

Neles incluem-se Joshua, Isaías, e Jeremias. Salmos e Provérbios, constituem a terceira classe de leituras. O Antigo Testamento contém 39 livros.

Judaísmo – Seitas judaicas

As Leis judaicas foram apresentadas como um sistema completo, pelos quais as pessoas devem viver. Por lei, entendemos o sentido especial do Pentateuco.

Cada palavra do Pentateuco é considerada como sendo inspirada, e uma revelação imediata de Moisies.

a) Há uma necessidade de explanação da Lei. Os Escribas foram os intérpretes da Lei. Eles explicaram e aplicaram as regras do Torah para os casos especiais. Os Escribas foram reconhecidos como os legisladores e juízes de Israel. Suas decisões tinham a forca da Lei. Os primeiros Escrivas foram sacerdotes.
b) 
A fraternidade dos Fariseus foram um partido popular ou nacional. Eles acreditavam na doutrina da imortalidade, ressurreição do corpo, na existência dos anjos e espíritos. Como mestres religiosos, eles sustentavam a tradição oral com a mesma validade da lei escrita. Eles eram inclinados ao fatalismo em questão de liberdade e vontade. Os Zelotes representam o lado extremo do movimento Farisaico.
c) 
Sadducus foram os sacerdotes aristocráticos. Eles guardaram a carta da revelação Mosaica. Eles negaram a autoridade oral da tradição como interpretavam os Fariseus. Eles ensinaram a completa liberdade da vontade na ação moral. Ele não acreditavam em anjos ou espíritos. eles não aceitavam a doutrina da imortalidade como dedução do Pentateuco.
d) 
Os Essênios seguiam o celibato, a isolação, o silêncio, a ablução cerimonial, a abstinência da alimentação de carne. Eles praticavam o asceticismo. Eles faziam adoração para o Sol e para os anjos. Eles acreditavam Ana doutrina dualista do bem e do mal, e no simbolismo da luz. Eles abstinham-se de sacrifícios de animais na adoração do tempo.

Judaísmo – O Torah

O profetas de Israel possuíam um grande líder religioso, que trouxe grande progresso no pensamento hebraico. Os rabinos eram a autoridade mestre. Eles trabalharam arduamente no campo do Torah.

Eles produziram uma massiva literatura Talmúdica. Eles foram os representantes dos Fariseus. O Talmude é indispensável para o conhecimento do pensamento Hebraico. O Torah foi dado em dez palavras.

Cada palavra tornou-se uma voz. Cada voz foi dividida em 70 vozes, todas as quais brilham e iluminam os olhos de toda a Israel. O Torah denota a divina revelação para Israel no monte Sinai, sendo incorporado nos cinco livros de Moises.

Torah (Lei), que foi dado para Moisés, consiste em 613 mandamentos, os quais são a essência dos mistérios terrestres e divinos.

Torah indica o caminho da vida numa forma particular de crença.

Moisés recebeu o Torah (Lei, direção, instrução), no monte Sinai, e entregou a Joshua, Joshua para os anciãos, e os anciãos aos profetas, e os profetas entregaram para os homens da Grande Sinagoga, um sínodo para o zelo dos homens, criado por Ezra, o Escrita no quinto século antes de Cristo. A função da sinagoga era estudar e ensinar o Torah. A sinagoga era uma igreja, uma escola, e a corte de justiça.

Ela era uma casa de instruções. A unidade de Deus, a imaterialidade de Deus, e a santidade de Deus, são os traços principais do Judaísmo.

Judaísmo – Os Mandamentos

Eu Sou o Senhor Teu Deus, o qual os trouxe da terra do Egito, para fora do cativeiro.
Não deveis ter outro Deus diante de Mim. Não deveis esculpir ou fazer nenhuma imagem, nem acima nem abaixo na terra, nem sobre a água, etc., não deveis vos curvar para qualquer imagem, nem servi-las; porque Sou o Senhor Teu Deus, que vim visitar a iniquidade dos pais sobre os filhos para a terceira e quarta geração, daqueles que tem ódio, e demonstrar misericórdia para milhares daqueles que Me amam e seguem Meus mandamentos
Não deveis tomar o nome do Senhor teu Deus em vão; o Senhor não deseja que tomem o Seu Santo Nome em vão. Guarde o dia se Sabbath como dia santo. Seis dias deveis trabalhar, e fazer todo o teu labor, mas no sétimo dia é o Sabbath para o Senhor teu Deus; neste dia não deveis fazer qualquer trabalho, nem vós, nem vosso filho, nem filha, nem o servo, nem a serva, nem teu gado, nem o estrangeiro dentro de teus portões. Em seis dias Deus fez os céus e a Terra, e no sétimo descansou; e Deus abençoou o sétimo dia ou dia do Sabbhath e o santificou.
Honraras teu pai e tua mãe; que teus dias sejam longos sobre a Terra a qual o Senhor teu Deus deu a ti.
Não matarás;
Não cometerás adultério;
Não roubaras;
Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo;
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não o invejaras, nem desejarás a esposa dele, nem seu servo ou serva, nem seu rebanho, nem seu cavalo, nem qualquer coisa do teu próximo.

Princípios do Judaísmo

Os Judeus creem na ressurreição, nos anjos, na existência de dois poderes a saber, Deus e o Demônio ou Satan. Os Judeus acreditam que todas as ações humanas serão medidas no dia do Julgamento numa balança.

Os homens terão que passar por sobre a ponte do inferno após a ressurreição.

A unidade de Deus é o ponto principal da religião dos Hebreus. Deus não tem corpo; está é uma doutrina de grande importância. Deus é sempre puro e sagrado; e o terceiro atributo importante de Deus.

Ele é o Criador de todo o mundo. Ele é o Pai de todas as Suas criaturas. Ele é justo e misericordioso. Ele não possui iniquidade.

Os Judeus santos têm falado muito sobre a eficácia e o poder do arrependimento. “Feliz é o homem que se arrepende”, é dito por eles. Os portões do arrependimento jamais se fecham.

O arrependimento prolonga a vida das pessoas. As lágrimas do verdadeiro arrependimento não são largadas em vão. Mesmo o mais reto não irão alcançar o elevado local no céu como o verdadeiro arrependido.

Arrependa-se sinceramente, com o coração contrito antes de morrer. Após o arrependimento você não deverá repetir o ato maldoso. Mesmo uma hora despendida no arrependimento, com o coração constrito no mundo, é preferível do que toda uma vida no mundo vindouro. O final e meta de toda a sabedoria é o arrependimento.

A unidade de Deus, a incorporeidade de Deus, e a Santidade de Deus, são as principais características do Judaísmo.

Primórdios do judaísmo

Judaísmo
Abraão e os três Anjos às portas do purgatório, segundo descrição de Dante Alighieri em 1250 gravura de Gustave Doré (1832-1883

Ainda que o judaísmo só vá ser chamado como tal apenas após o retorno do cativeiro dos judeus, na Babilônia, de acordo com a tradição judaico-cristã a origem do judaísmo estaria associada ao chamado de Abraão à promessa de YHWH. Abraão, originário de Ur (atualmente Iraque, antiga Caldéia), teria sido um defensor do monoteísmo em um mundo de idolatria, e pela sua fidelidade à YHWH teria sido recompensado com a promessa de que teria um filho, Isaac do qual levantaria um povo que herdaria a Terra da promessa. Abraão é chamado de primeiro hebreu, e passa a viver uma vida nômade entre os povos de Canaã.

De acordo com a Bíblia, YHWH não seria apenas o Senhor de Israel, mas sim o Príncipio Uno que criou o mundo, e que já havia se revelado a outros justos antes de Abraão.

Mas com Abraão inicia-se um pacto de obediência, que deveria ser seguido por todos os seus descendentes se quisessem usufruir das bençãos de YHWH.

Alguns rituais tribais são seguidos pelos membros da família de Abraão que depois serão incorporados à legislação religiosa judaica.

Alguns estudiosos, no entanto, creem que YHWH trata-se de uma divindade tribal, que apenas posteriormente será elevada ao status de Deus único.

A questão é que com a libertação dos descendentes de Israel da terra do Egito pelas mãos de Moisés será organizado pela primeira vez o culto a esta Divindade. Ao contrário de outras religiões antropomórficas, YHWH é tido como uma figura transcendente, toda-poderosa,ilimitada, que influencia a sociedade humana e revela aos israelitas sua Torá, que consistiriam em mandamentos de como ter uma vida justa diante de YHWH.

A religião mosaica pré-judaísmo só atingirá sua maturação com o início da monarquia israelita e sua subsequente divisão em dois reinos: Judá e Israel.

Esta divisão marcará uma separação entre os rituais religiosos dos reinos do norte e do sul que permanecem, até hoje, entre o judaísmo e o judaísmo samaritano.

No entanto, a visão histórica e bíblica mostram que esta religião mosaica não era única e exclusiva. Durante todo o período pré-exílio as fontes nos informam que os israelistas serviam diversas outras divindades, dos quais os mais proeminente era Baal. Enquanto a maioria dos religiosos aceita que a mistura entre os israelitas e os cananitas após a conquista de Canaã tenha corrompido a religião israelita, a maioria dos estudiosos prefere aceitar que o mosaismo era apenas mais uma das diversas crenças entre as tribos israelitas, e que só virá a se firmar com os profetas e com o exílio.

A hierarquia e os rituais de culto mosaico serão firmemente estabelecidos com a monarquia, quando serão elaboradas as regras de sacerdócio e estabelecidos os padrões do culto com a construção do Templo de Jerusalém. Este novo local de culto, substituto do antigo Tabernáculo portátil de Moisés,serviu como centro da religião judaica, ainda que em meio a outros cultos estrangeiros.

Exílio em Babilônia e o início da Diáspora

Um dos elementos fortes da religião pré-judaísmo é o surgimento dos profetas, homens de diversas camadas sociais que pregariam e anunciariam profecias da parte de Deus.

Sua pregação anunciando os castigos da desobediência para com Deus encontraram eco com a destruição de Israel em 722 a.C. e com a conquista de Judá pelos babilônios em 586 a.C..

Com a dispersão dos reinos israelitas, muitos judeus assimilaram-se aos povos para o qual foram dispersados. Mas as comunidades israelitas remanescentes desenvolveram sua cultura e religião, criando o que temos hoje como judaísmo. O fortalecimento da comunidade e a descentralização do culto (através da criação das sinagogas), além do estabelecimento de um conjunto de mandamentos que deveria ser aprendidos pelos membros da comunidade e obedecidos em qualquer lugar em que vivessem, aliaram-se à esperança no restabelecimento novamente na Terra Prometida, dando aos judeus uma consciência messiânica. No entanto, com a liberação do retorno dos judeus para a Judeia, poucas comunidades retornaram para a Judeia.

Judaísmo ortodoxo

Considera que a Torá foi escrita por Deus que a ditou a Moisés, sendo as suas leis imutáveis. Os judeus ortodoxos consideram o Shulkhan Arukh (compilação das leis do Talmude do século XVI, pelo rabino Joseph Caro) como a codificação definitiva da lei judaica. O judaísmo ortodoxo exprime-se informalmente através de dois grupos, o judaísmo moderno ortodoxo e o judaísmo haredi.

Esta última forma é mais conhecida como “judaísmo ultraortodoxo”, mas o termo é considerado ofensivo pelos seus adeptos. O judaísmo chassídico é um subgrupo do judaísmo haredi.

A HISTÓRIA DOS JUDEUS

Segundo a Bíblia, Abraão recebe uma revelação de Deus, abandona o politeísmo e muda-se para Canaã, atual Palestina, em torno de 1800 a.C. De Abraão descendem Isaque e o filho deste Jacó.

Jacó um dia luta com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Seus doze filhos dão origem às doze tribos do povo judeu. Em 1700 a.C., os hebreus vão para o Egito, onde são escravizados por 400 anos.

Libertam-se por volta de 1300 a. C., liderados por Moisés, descendente de Abraão, que recebe as tábuas com os Dez Mandamentos no monte Sinai. Por decisão de Deus, peregrinam no deserto por 40 anos, aguardando a indicação da terra prometida, Canaã.

O rei Davi transforma Jerusalém em centro religioso e seu filho, Salomão, constrói um templo em seu reinado. depois de Salomão, as tribos dividem-se em dois Reinos, o de Israel, na Samaria, e o de Judá, com capital em Jerusalém. Com a cisão, surge a crença na vinda de um messias ( o enviado de Deus para restaurar a unidade do povo judeu e a soberania divina sobre o mundo), que persiste até hoje.

O Reino de Israel é devastado em 721 a.C. pelos assírios. Em 586 a.C., o imperador babilônico Nabucodonosor II invade o Reino de Judá, destrói o Templo de Jerusalém e deporta a maioria dos habitantes para a Babilônia, iniciando a diáspora judaica.

Os judeus começam a voltar a Palestina templo e vivem breves períodos de invasões estrangeiras. No ano 6, a Em 70, os romanos invadem Jerusalém a cidade é destruída, iniciando o de espalhados por todos os continentes, religiosa. A dispersão só termina em em 539 a.C., onde reconstroem o independência, interrompidos por região torna-se província de Roma. e arruínam o segundo templo.

Em 135, segundo momento da diáspora. Apesar os judeus mantêm a unidade cultural e 1948, com a criação do Estado de Israel.

FESTAS RELIGIOSAS

Elas são definidas por um calendário lunisolar e, por isso, têm datas móveis.

As principais são: Purim, Pessach, Shavuót, Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucót, Chanucá e Simchat Torá. No Purim comemora-se a salvação de um massacre planejado pelo rei persa Assucro.

A Páscoa (Pessach) celebra a libertação da escravidão egípcia, em 1330 a.C. Shavuót homenageia a revelação da Torá ao povo de Israel, em aproximadamente 1300 a.C. Rosh Hashaná é o Ano-Novo dos judeus.

A partir de Rosh Hashaná, começam os Dias Temerosos, em que se faz um balanço do ano terminado. Eles culminam no Yom Kipur, dia do perdão, quando os judeus jejuam 25 horas para purificar o espírito. Sucót rememora a peregrinação pelo deserto, após a saída do Egito. Chanucá homenageia a vitória contra o domínio assírio e a restauração do Templo de Jerusalém, no século V a.C.

O Simchat Torá comemora a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

Judaísmo – História

Judaísmo

A religião judaica iniciou-se com a ideia do Deus Único, no primeiro livro da Bíblia, o Gênesis.

Por volta de 1800 a.C., Abraão deixou a cidade de Ur atual sul do Iraque e partiu com sua esposa em busca da benção de Deus: terras e descendentes.

Tempos depois, os filhos dos filhos de Abraão, os israelitas, foram escravizados no Egito. E sofreram muito fazendo trabalhos forçados na fabricação de tijolos do faraó.

Aproximadamente no ano 1200 a.C., liderados por Moisés, se libertaram da escravidão no Egito e, depois de peregrinar 40 anos no deserto, conquistaram Canaã, a Terra Prometida.

Foi nesta passagem pelo deserto que Moisés recebeu as duas tábuas da Lei, colocadas na Arca da Aliança.

A Arca da Aliança acompanhou os judeus durante toda a travessia do deserto, como sinal da presença do Deus Único, Vivo e Verdadeiro, fiel a seu povo e merecedor de toda a fidelidade.

No ano 1000 a.C., a monarquia foi introduzida em Israel pelo rei Saul e atingiu seu ponto mais alto durante os reinados de Davi, que fortaleceu a tradição judaica, e de Salomão, que construiu o primeiro Templo de Jerusalém e nele guardou a Arca da Aliança.

Cerca de 750 a.C., as lideranças no país sofreram decadências religiosas, morais e política. Isso provocou a reação dos profetas, que atacavam a opressão social, valorizando a justiça e os ideais éticos.

O reino foi dividido em dois: Norte (Israel) e Sul (Judá) sendo Jerusalém a capital de Judá.

O reino do norte foi destruído pelos assírios em 722 a.C., e tal destruição enfraqueceu o poder político e religioso daquela região. Pouco depois, em 587 a.C., os babilônios invadiram o reino do sul e destruíram o Templo de Jerusalém. A maior parte da população foi deportada para o exílio na Babilônia, e somente em 539 a.C., puderam retornar à sua terra.

Passaram a ser conhecidos como judeus (palavra derivada de Judá e Judeia).

Mais tarde, em 516 a.C., o Templo de Javé foi reerguido e ampliado pelo rei Herodes.

Porém, uma revolta contra os romanos, em 70 d.C., resultou novamente na destruição do Templo. O Judaísmo passou a ser centrado nas sinagogas e os judeus se dispersaram pelo Mediterrâneo.

Nos séculos XII e XIII, o judaísmo teve grande penetração na Espanha. No entanto, durante o século XIV, os judeus foram exilados da Inglaterra e da França e em seguida, no ano de l492, foram perseguidos e expulsos também da Espanha.

A Noruega instituiu uma lei em 1687 que negava aos judeus a permissão de entrar no país sem uma autorização. Somente no ano 1851, esta cláusula foi anulada.

A maior perseguição aos judeus ocorreu entre 1933 a 1945, na Alemanha nazista, onde 6 milhões de judeus foram exterminados. Após a Segunda Guerra Mundial, no ano 1948, foi proclamado o Estado de Israel.

Judaísmo – As Sagradas escrituras

O livro sagrado dos judeus é a Bíblia, uma coleção de textos de natureza histórica, literária e religiosa. A Bíblia judaica equivale ao Antigo Testamento, porém é organizada de maneira um pouco diferente.

O cânoe judaico foi fixado por um concilio em Jabne por volta de 100 d.C.

Compreende 24 livros, divididos em três grupos:

A Lei (Torá) o Pentateuco, ou os cinco livros de Moisés.
Os Profetas (Neviim)  os livros históricos e proféticos.
Os escritos (Ketuvim)  os demais livros.

Se tomarmos as letras iniciais dessas três partes, veremos que forma o acrônimo Tenakh, que é o nome judaico comum dado para a Bíblia.

A Lei (Torá)

Na época de Cristo, os cinco livros de Moisés eram considerados pelos judeus uma só entidade e chamados de A Lei, pois continham as normas judaicas legais e morais, assim como as regras relativas ao culto.

Os cinco livros de Moisés não foram escritos por um único autor do inicio ao fim. A miríade de historias que neles se encontra foi, por muito tempo, transmitida oralmente. Os livros de Moisés compreendem, portanto, um complexo conjunto de textos escritos durante um longo período, num processo que se completou por volta de 400 a.C.

Os Livros Históricos E Proféticos: É típico desses livros considerar os acontecimentos políticos uma expressão das relações entre Deus e os israelitas, sob circunstancias variadas.

Toda a história de Israel é apresentada como um exemplo da lei da justa retribuição. O destino de Israel é constantemente interpretado à luz das exigências divinas. Assim, tais livros podem ser lidos como uma justificativa para a destruição do Templo de Jerusalém e para o exílio de grande parte da população na Babilônia.

Trata-se da mais antiga história escrita de há registro no mundo.

No entanto, o objetivo dos livros históricos do Antigo Testamento não era propriamente registrar a historia, e sim dar a ela uma interpretação religiosa.

Dois livros históricos receberam nomes de mulher. Os livros de Rute e de Ester são histórias curtas e belas, com mulheres no papel principal.

Os livros proféticos são Isaías, Ezequiel e os Doze Profetas Menores, assim chamados por causa da brevidade de suas obras; Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Segundo seu próprio testemunho, os profetas foram chamados para proclamar a vontade de Deus. Muitas vezes eles usam a fórmula Diz a Senhor.

Ao transitar uma mensagem, por exemplo, vinda de um rei, o mensageiro a iniciava com as palavras Diz o rei. Desse modo, deixava claro que não estava falando por si mesmo.

Os profetas acreditavam que tinham sido enviados por Deus para levar a mensagem dele ao povo.

Se as pessoas não vivessem segundo as exigências feitas por esse Deus justo, ele iria, segundo os profetas, distribuir seu julgamento e aplicar seu castigo.

Assim como as profecias prediziam que haveria um julgamento severo sobre Israel, elas previam também a salvação. Essas promessas, palavras de consolação, afirmavam que Deus haveria de salvar do julgamento e da destruição alguns remanescentes de seu povo, e enviar um príncipe ou rei da paz, vindo da linhagem de Davi, que faria Israel reviver e o conduziria a um futuro feliz.

Um terceiro tipo de voz profética é a exortação, representando algo intermediário entre os dois outros tipos de profecia. Aqui, o caminho está aberto para que as pessoas se salvem do julgamento divino, desde que se arrependam e vivam de acordo com a vontade de Deus.

Os Escritos Poéticos: Entre os textos poéticos do Antigo testamento, foram os Salmos que tiveram maior significado histórico. A maioria dos 150 salmos foi escrita na época dos reis. Foram compostos, sobretudo para os serviços do Templo e as grandes festas do Templo em Jerusalém.

Com base em seu conteúdo, podemos dividir os salmos em vários tipos. Os três mais importantes são os cânticos de louvor (hinos), de lamentação (orações) e de ação de graças.

O Talmud Comentários Sobre A Lei: Além da Torá escrita, os judeus também tinham regras e mandamentos transmitidos oralmente. Segundo a tradição judaica, no monte Sinai, Moisés recebeu não apenas a Lei escrita de Deus, mas ainda a Lei falada. Era proibido escrever a Lei falada, pois esta deveria ser adaptada às condições reais de vida em diferentes lugares e épocas. Porém, depois que os judeus se dispersaram pelo mundo, surgiu o medo de que a Lei falada se perdesse.

Assim, decidiu-se registra-la por escrito, o que foi feito nos séculos que se seguiram à destruição de Jerusalém. Esse material se chama Talmud, palavra hebraica que significa estudo. O Talmud contém leis, regras, preceitos morais, comentários e opiniões legais, mas também historias e lendas que discutem esse conteúdo. É bem sabido que o Talmud , em si, um livro de ensinamentos, e sim um texto usado pelos rabinos em seus ensinamentos, para orientação dos fiéis em situações concretas.

Judaísmo – Fases da vida

Circuncisão

Oito dias após o nascimento os meninos são circundados, conforme o mandamento da Torá. A circuncisão é feita por um especialista. Os padrinhos levam a criança até o representante, que a segura durante a cerimônia. Esta é acompanhada de orações, e a criança recebe formalmente seu nome. Costuma ser seguida por uma refeição festiva.

A menina também recebe seu nome formalmente na sinagoga uma semana depois do nascimento. Seu pai é chamado até a Torá, e se faz uma oração pela mãe e pelo bebê.

Bar Mitsvá E Bat Mitsvá: Aos treze anos o menino judeu se torna um Bar Mitsvá, expressão em hebraico que significa filho do mandamento. Isso acontece na sinagoga, no primeiro sábado após seu 13° aniversário.

Durante o anão precedente ele deve ter aulas com um rabino ou outra pessoa instruída, para aprender as leis e os costumes judaicos.

Deve também aprender o trecho da leitura da Torá que será feita no sábado em questão. Quando chega o dia, ele deve se levantar e ler alto seu texto, cantando-o conforme o costume.

Uma menina se torna automaticamente Bat Mitsvá (filha do mandamento) quando completa doze anos. Costuma-se celebrar esse fato no primeiro sábado após seu 12° aniversário.

Para isso ela prepara algumas palavras que deve dizer com a bênção (o kidush) depois do serviço. Por volta do quinze anos as meninas aprendem o principal da história e dos costumes judaicos, particularmente as regras alimentares, que são responsabilidade da mulher.

Casamento

O casamento é considerado o modo de vida ideal, instituído por Deus, e é o único tipo de coabitação permitido.

Alguns dias antes do casamento a mulher deve tomar um banho ritual. No dia do casamento, o noivo e a noiva ficam em jejum até o final da cerimônia. O casamento pode ser celebrado em qualquer lugar, mas normalmente acontece na sinagoga, debaixo de uma espécie de toldo (hupá) que simboliza o céu. Em geral é um rabino que realiza a cerimônia e lê as bênçãos e exortações.

Os noivos então compartilham de um mesmo copo de vinho, como sinal de que irão dividir tudo o que a vida lhes trouxer.

Em seguida, o noivo põe a aliança no dedo da noiva, dizendo em hebraico: Eis que tu és consagrada a mim por esta aliança, segundo a Lei de Moisés e de Israel.

Nesse ponto a ketubá é lida e entregue à noiva. A ketubá consiste no contrato de casamento, que é assinado pelo noivo antes da cerimônia e reúne todos os seus deveres para com a noiva.

O casamento propriamente dito começa com a leitura de sete bênçãos especiais; depois disso o casal toma vinho mais uma vez. O noivo então quebra um copo com o pé, em memória da destruição do Templo.

Após o casamento os noivos são levados a um quarto particular, onde podem quebrar o jejum e ficar a sós.

O divórcio é permitido, mas para que seja legitimo, deve ser sancionado por um tribunal rabínico e selado pelo marido, que dá à esposa a carta de divorcio.

Enterro

O enterro deve ocorrer o mais rápido possível depois da morte, em consideração às condições do corpo. O corpo do falecido é lavado, vestido com uma roupa branca simples e colocado num caixão de madeira sem ornamentos. Os homens são enterrados com seu xale de oração.

Não se usam flores nem musica na cerimônia, que é realizada pelo cantor sacro.

Ele joga três pás de terra sobre o caixão enquanto recita: O Senhor dá e o Senhor tira bendito seja o nome do Senhor. O rabino faz um discurso em memória do morto, e os filhos homens, ou parente mais próximo do sexo masculino, recitam uma oração o Kadish. Após o funeral, a família fica de luto por uma semana. No aniversário da morte, todos os anos, os parentes mais próximos acendem uma vela na sepultura e lêem o Kadish.

O Ano-Novo (Rosh hs-Shaná) é celebrado em setembro ou outubro. No mês anterior, todos os judeus procuram cuidar especialmente bem de suas obrigações religiosas e praticar atos de caridade.

É uma data em que cada um deve se concentrar na auto-análise e no arrependimento, refletindo sobre suas ações e tentando melhorá-las.

Mas os festejos do Ano-Novo também comemoram Deus como criador e rei. Os serviços religiosos do Ano-Novo que contém orações em que predomina o arrependimento.

Uma parte do ritual consiste em tocar um chifre de carneiro. Este simboliza o carneiro que Abraão sacrificou no lugar de Isaac e lembra, portanto, a compaixão divina. Uma grande refeição festiva é preparada nas casas, com diversos pratos simbólicos. É hábito comer maças mergulhadas no mel, enquanto os convivas fazem votos de que todos tenham um ano bom, um ano doce.

O Dia do Perdão, ou Yom Kippur (dia da expiação), termina o período de dez dias de arrependimento iniciado no Ano-Novo.

Hoje em dia os pecados são confessados na sinagoga e o individuo pede perdão a Deus depois de ter se reconciliado com seus semelhantes.

O serviço é finalizado com o toque do chifre de carneiro e com os votos: No ano que vem em Jerusalém. Essa é a comemoração mais importante e mais pessoal para os judeus.

A Festa dos tabernáculos, ou Sukot (festa das tendas), acontece poucos dias depois do dia do Perdão. Nela se constroem cabanas de folhas, no jardim da casa ou próximo a sinagoga.

Isso é feito em memória das tendas onde os judeus moraram durante sua peregrinação no deserto e do cuidado que deus dedicou a eles.

No ultimo dia se conclui o ciclo anual da leitura da Torá, e um novo ciclo se inicia. Os rolos da Torá são tirados de sua arca e levados numa procissão cerimonial.

A Festa da Inauguração (Chanuká) é comemorada em novembro ou dezembro durante um período de oito dias. A cada dia se acende uma vela, num candelabro de oito ramificações típico de Chanuká.

Essa festa comemora uma grande vitória dos judeus ocorrida em 165 a.C., quando inauguraram novamente o Templo de Jerusalém, depois que os invasores sírios o haviam profanado e proibido o culto judaico.

Essa festa vem adquirindo características semelhantes às do Natal cristão, com troca de presentes e muita atenção às crianças.

A Páscoa em hebraico é chamada Pessach, que significa passar por cima. É uma referencia ao relato da Torá sobre o anjo do senhor que, ao levar a décima praga ao Egito, passou por cima das casas dos israelitas e, desse modo, só os primogênitos egípcios morreram.

O Pessach é celebrado em março ou abril e comemora o êxodo dos judeus da escravidão do Egito. Antes do inicio do Pessach, os judeus devem fazer uma limpeza ritual na casa.

Devem usar ainda um serviço especial de pratos para a comida e não podem comer nem beber nada que contenha grãos ou farinha fermentada. Durante os oito dias da Páscoa se come apenas matsá, que é o pão ázimo, ou sem fermento.

Quando a família se senta para fazer as refeições de Pessach, uma criança pergunta: Por que esta noite é diferente de todas as noites?

E o pai então explica como os judeus saíram do Egito e se tornaram um povo.

A refeição da Páscoa é chamada seder, palavra hebraica que quer dizer ordem, pois segue um ritual fixo, com pratos tradicionais de significado simbólico.

Devem-se mergulhar ramos de salsa numa tigela com água salgada, simbolizando as lágrimas dos judeus no Egito. As ervas amargas lembram a infelicidade da escravidão sob o domínio do faro.

Uma mistura de maça ralada, nozes, vinho e mel representam o cimento que os judeus utilizavam para fazer tijolos. Um osso de carneiro assado simboliza o sacrifício pascal.

Ovos cozidos recordam os sacrifícios feitos no Templo. Bebe-se também vinho, o símbolo da alegria.

A Festa das Semanas (Shavnot), ou o Pentecostes judaico, cai em maio ou junho e comemoram a ocasião em que a Torá foi dada ao povo no monte Sinai. Na sinagoga são lidos os dez mandamentos e o Livro de Rute.

A refeição é composta, sobretudo de frutas, peixe e alimentos leves feitos de leite: bolos de queijo, panquecas etc. Isso porque quando os judeus receberam a Torá no Sinai, com a proibição de comer carne e leite na mesma refeição, decidiram se afastar da carne.

Fonte: gita.ddns.com.br/www.crencasecrendices.hpg.ig.com.br/www.conhecimentosgerais.com/E-Deus.org

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