Apartheid

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Apartheid – O que é

apartheid foi um sistema de separação racial legal que dominou a República da África do Sul de 1948 a 1993. No entanto, os mecanismos do apartheid foram estabelecidos muito antes de 1948, e a África do Sul continua a lidar com as repercussões.

Sob o apartheid, várias raças foram separadas em regiões diferentes, e a discriminação contra pessoas de cor não era apenas aceitável, mas legalmente arraigada, com os brancos tendo moradia, empregos, educação e poder político prioritários.

Embora a África do Sul tenha sido fortemente criticada pelo sistema, foi só em 1991 que o sistema legal do apartheid começou a ser rompido e, em 1993, foi totalmente eliminado com a eleição de Nelson Mandela, o primeiro presidente negro democraticamente eleito da África do Sul. O termo também é usado de forma mais geral em todo o mundo para se referir ao racismo sistêmico que é tolerado, ao invés de confrontado.

Apartheid é uma palavra em Afrikaans que significa “separado” ou “separado”, e uma das primeiras peças da legislação do apartheid foi a Lei das Áreas de Grupo de 1950, que segregava os espaços residenciais, concentrando os brancos nas cidades e forçando as pessoas de cor para as áreas rurais ou as periferias urbanas. Além de separar os brancos dos não brancos, o apartheid também separou diferentes raças, e a fraternização entre africanos de diferentes tribos, asiáticos e europeus foi mal vista. Brancos e não brancos tinham empregos diferentes, viviam em regiões diferentes e estavam sujeitos a diferentes níveis de remuneração, educação e saúde. O apartheid não deu atenção ao antigo status social ou residencial, dividindo as pessoas por cor.

Quando os não-brancos foram expulsos das áreas urbanas, a maioria deles foi transferida para bantustões, ou “pátrias africanas”. Por terem se tornado cidadãos dos bantustões, os sul-africanos negros não tinham permissão para participar do governo da África do Sul e eram forçados a portar passes e obedecer às leis do toque de recolher se quisessem viajar para fora de sua terra natal.

As terras natais também foram estabelecidas em terras que eram praticamente inutilizáveis e dependiam muito da África do Sul para obter assistência. Nas periferias das cidades, os africanos viviam em enormes e terríveis favelas, muitas vezes separados de suas famílias porque apenas um membro da família conseguia permissão para morar na cidade.

A África do Sul acabou com o apartheid com Nelson Mandela

Nelson Mandela, junto com muitos outros, é membro do Congresso Nacional Africano, um grupo que trabalhou para abolir o apartheid.

Ele aderiu logo antes da Segunda Guerra Mundial e fez parte de um grande esforço para tornar o Congresso Nacional Africano um movimento nacional, incorporando a ética da resistência não violenta, greves e desobediência civil em massa para lutar por direitos iguais. Em 1952, ele foi julgado em tribunal por participar da Campanha de Just Defiance, e recebeu uma sentença suspensa.

Ele passou um tempo dentro e fora da prisão ao longo da década de 1950 e se tornou advogado para ajudar os negros que haviam sido despojados durante o apartheid.

Em 1960, o Congresso Nacional Africano foi banido e Mandela foi um dos membros fundadores do Umkhonto we Sizwe, uma violenta organização de direitos civis. Sua filiação durou pouco, entretanto; em 1962, depois de viajar para fora do país para falar sobre a situação na África do Sul e receber treinamento militar, Mandela foi condenado à prisão perpétua e só foi libertado em 1990.

O Congresso Nacional Africano foi reformado em 1991, quando o apartheid começou a ser desmantelado. e Mandela foi eleito presidente da organização, passando a assumir o cargo de presidente da África do Sul em 1994, servindo até 1999. Em 1993, ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento por seus esforços para acabar com o apartheid na África do Sul.

Origem do apartheid

Existe um equivoco comum que os boeres(povo descendente de holandeses, alemães e também franceses que vivem na África do Sul á mais de 350 anos) introduziu o apartheid na África do Sul quando o partido nacional ganhou as eleições em 1948. Esse ponto de vista é amplamente divulgado na imprensa liberal da Inglaterra, assim como pelo ANC que atualmente governa o país.

O resultado, são que atualmente os boeres são diabolizados, como sendo um povo que não é digno de nenhuma forma de auto-determinação, como eles não podem confiar com todo o poder.

Também serve para justificar as políticas do ANC de empoderamente econômico negro bem como as políticas de afirmação positiva. Parte da propriedade de todas as empresas, incluindo fazendas comerciais, no futuro, deveriam ser entregues a parceiros negros. Um teto é colocado sobre o emprego branco, como o mercado de trabalho deve refletir a realidade demográfica do país como um todo.

Essas medidas são justificadas por razões morais de corrigir as injustiças do passado, mas nada mais é do que uma redistribuição da riqueza, uma filosofia comum na história Africano e baseado na premissa de culpa coletiva, amplamente promovida pelo estabelecimento internacional liberal. Os políticos se referem a essas medidas como a síndrome do cuco.

Deve ser lembrado que a África do Sul, se tornou a União Sul-Africana em 1910. Depois da guerra Anglo-Boer, e até 1910, as quatro colônias eram governadas diretamente pela whitehall? em Londres.

A lei britanica era aplicada a essas colônias. A União Sul-Africana? foi criada em 1910 como um estado autonomo dentro da comunidade britanica.

A situação só mudou em 1961 quando a África do Sul deixou a Commonwealth e se tornou a República da África do Sul. A fim de fixar a responsabelidade para a evolução do apartheid em alguém, seria um exercício interessante para tirar um instantâneo do helicóptero de políticas raciais da África do Sul para determinar onde ou quando o sistema de segregação racial realmente se originou.

A lei do Passaporte nativo foi promulgada pelo governo Britanico em 1809, que exegiu que todas as pessoas negras levassem um documento de identidade, chamado de passagem.

Não cumprir essa norma era um crime.

Em 1865, o governador britânico, Sir Theophilus Shepstone, decidiu que os negros em Natal não deveriam ter direito de voto.

A segregação no desporto pode ser encontrada em 1894, quando John Cecil Rhodes, impediu que Krom Hendriks, um jogador de cricket negro acompanhasse a equipa do Cabo para a Inglaterra.

O Sul African Native Affairs Commission (SANAC) foi apontado por Lord Milner em 1903 e publicou seus resultados em 1905.

Estudiosos de hoje reconhecem as suas recomendações como tendo previsto a impressão azul não apenas para políticas de segregação racial(1910-1948), mas também a política de Desenvolvimento em Separado até 1990.

A segregação nas escolas foi introduzida em 1905, quando Rhodes introduziu a segregação obrigatória entre crianças negras e brancas na cidade do Cabo. Não existiam esse tipo de leis nas duas Repúblicas boeres.

Onde era mais fácil o relacionamento entre boeres e africanos, como as crianças foram largamente ensinada em casa pelos pais ou professores visitantes.

Lord Balfour interveio na Câmara dos Comuns em Londres, e alertou sobre os perigos de se estenbder a franquia para os ?nativos? como a comunidade negra era conhacida na época. Chamberlain, Lord Milner, J.A. Froude, Anthony Trollope e Lord Bryce, entre outros, foram mortos em conjunto contra a extensão da franquia para os ?nativos. As colônias da África do Sul estavam a aderir á Comunidade Branca na forma da União Sul-Africana para se tornar um país do Homem Branco como a Austrália, Canadá e Nova Zelandia.

A lei do Sul Africano, que foi aprovado pelo governo Britanico em 1907 determinou que apenas pessoas de ascendencia europeia pudessem ser eleitos para o parlamento da África do Sul.

O Native Land Actde 1913 que proibiu a propriedade de terras por pessoas negras. Esse é também o corte oficial data-limite de hoje para o processo de restituição das terras que atualmente está sendo implementado.

Ministro H.W. Sampson introduziu o conceito de reserva de emprego na Indústria de Minas e agir de 1925.

O casamento inter-racial ou de sexo era proibido entre os brancos e os outros pelo Natal Immorality Act de 1927. O ato imoralidade de 1957 foi baseado em que atuam.

General Smuts, em seguida, um dos líderes da Commonwealth britânica, apresentou representação separada dos grupos raciais no Parlamento em 1936, de forma a preservar os ingleses ditam que a África do Sul ser um país do homem branco.

Nesse ato os negros foram retirados da lista de eleitores comuns e as recomendações da Comissão Lagden foram implementadas, ou seja, separação de negros sul-africanos e dos sul-africanos brancos como eleitores.

O termo apartheid foi cunhado pelo Gen JC Smuts, quando ele foi primeiro-ministro, e não pelo Dr. Verwoerd os políticos nos querem fazer crer.

Durante a última Smuts de escritório que apresenta o time Área Urbana de Lei 25 de 1945 que determinou que uma pessoa negra não podem estar presentes em uma área em branco por mais que 72 horas sem uma licença. (Semelhante ao disposto na Rússia, onde um morador de uma cidade precisa de uma autorização especial ou visto para visitar uma outra cidade, ainda hoje.)

O conceito de segregação racial foi, portanto, firmemente enraizada na África do Sul após a Segunda Guerra Mundial, quando o Partido Nacional derrotou o pró-britânico Partido Unido da General Smuts às urnas para se tornar o novo governo.

Nacionalismo africânder foi habilmente mobilizados pelos líderes da teologia, setores políticos, culturais, econômicas, agrícolas e industriais, bem como no serviço público.

Uma estratégia de desenvolvimento econômico massivo foi introduzida a África do Sul tornar menos dependente do Reino Unido e criar milhares de oportunidades de emprego.

Foi nessa época em que Grã-Bretanha ofereceu autonomia às colônias contíguas, ou seja, o Lesoto, situado no coração da África do Sul, Suazilândia e Botsuana.

Eles agradecem aceitou a oferta e os três foram recém-independente do tempo do Dr. Hendrik Verwoerd chegou ao poder.

Ele percebeu que a situação política que se desenvolveu ao longo do século anterior, sob o domínio britânico na África do Sul tornou-se insustentável. Isso levou o Dr. Verwoerd para estender a mesma oferta de autonomia a própria África do Sul, as tribos negras, que na maioria dos casos eram economicamente e numericamente mais viável do que os três inexperiente ex-protetorados Grã-Bretanha deu a independência. Botsuana, por exemplo, tinha uma população de apenas 292.755 de acordo com o censo de 1948. Há pouca oportunidade para ganhar salário dentro do protetorado ea maioria das pessoas vivem a vida dos camponeses. (P 354 Encyclopaedia Britannica 1963)

A história do Lesoto não é muito diferente, embora a população na época era o dobro do Botsuana. Em qualquer momento, cerca de um quarto da população do Lesoto seria encontrar emprego na África do Sul branca adjacente nas minas ou em fazendas comerciais. O orçamento anual do Lesoto, em 1960, só foi £ 2 milhões, muito menos do que o orçamento anual do município de médio porte do Sul Africano como Germiston. Terreno no protetorados era comunal de propriedade e administrado na confiança dos chefes locais, semelhante a todas as outras colônias britânicas na África, ao mesmo tempo. A filosofia da mesma propriedade de terra aplicada à terra natal na África do Sul negra.

Dr. Verwoerd política de desenvolvimento separado foi implementado e é, lamentavelmente, comumente confundido com o general Smuts apartheid.

Desenvolvimento separado tentou antecipar-se a necessidade de uma migração em grande escala de pessoas para as cidades, através do desenvolvimento das economias dos países de origem em seu lugar.

Verwoerd argumentado que uma política de descentralização econômica contribuiria para uma sociedade pacífica multicultural, com cada comunidade, exercendo o seu direito de autodeterminação política, o slogan político, após a 2 Guerra Mundial. Os industriais foram encorajados com todos os tipos de incentivos e benefícios fiscais do trabalho para estabelecer as indústrias sobre as fronteiras pátria, resultando em um Symbionic relação entre capital e trabalho dentro de um sistema econômico comum. Durante os sessenta e setenta, o país experimentou um crescimento econômico sem precedentes.

O desemprego estava em seu nível mais baixo da história. Cada um tinha sua própria pátria Development Corporation. Grandes propriedades comunais foram estabelecidos, o que assegura o emprego de milhares de trabalhadores e camponeses que injetou milhões de dólares para os cofres comunitários. Propriedades do chá, as plantações de café, frutas cítricas e propriedades dissiduous com suas próprias conservas e processamento faclities ganhos cambiais valioso para a terra natal e da região como um todo.

Universidades e technikons foram estabelecidos para cada grupo de idiomas, descentralizada em consonância com a política geral e despejando milhares ou alfabetizado profissionais negros.

Capitais Novos foram construídos, cada um com seu próprio parlamento e complexos de administração. Contribuintes África do Sul ?de bom grado pagou esses excessos do apartheid como estão sendo chamados hoje em dia. Ensino na língua mãe era a filosofia no ensino básico, bem como escolas, sempre que possível. Ironicamente, essas intitutions tornou-se o campo de treinamento para líderes negros da África do Sul de New South África.

O problema do reconhecimento internacional para estas terras negras corte muito mais profundo do que as questões econômicas ou políticas.

A questão da indivisibilidade da soberania dos Estados-nação parece ter impedido que a comunidade internacional de aceitar a política de Verwoerd de desenvolvimento separado.

Embora a Grã-Bretanha pode dar independência para protetorados e colônias com fronteiras historicamente definido, o mesmo princípio não se pode aplicar a um país que tenta esculpir a si mesmo para os mesmos fins políticos.

A comunidade internacional determinou que África do Sul deve continuar a ser um Estado unitário e manter suas fronteiras coloniais, tal como definido em 1880. A política foi, portanto, intrinsecamente errado do ponto de vista do direito internacional. O mesmo princípio que prevê a auto-determinação de estados-nação, também witholds que o direito das nações dentro de estados multiculturais, com base na integridade das fronteiras nacionais.

Atividade também contra a Guerra Fria, que existiu durante a década de setenta e oitenta, o papel de África em que o conflito, assim como os Estados Unidos problemas com a sua comunidade emancipada próprio negro, é fácil entender porque a política de desenvolvimento separado, o que foi maliciosamente entrelaçada com a segregação racial, a nível social, não poderiam ser apoiados pela comunidade internacional.

Em suma, ele nunca foi entendido que o apartheid social era um produto distorcida da história colonial do país, que o desenvolvimento separado é a aplicação do conceito moderno de auto-determinação para os grupos étnicos para preservar suas identidades e promover a co-existência pacífica com os outros sem competir pelos mesmos recursos.

Não há comparação entre o desenvolvimento econômico das terras do Sul Africano negro eo desenvolvimento do independente estados vizinhos negros fora das nossas fronteiras. Tragicamente, fundamentos esses ? apartheid de treinamento que serviu de hoje os líderes negros tão bem, têm-se as relíquias de um passado do apartheid. As sociedades de desenvolvimento foram desmantelados.

As propriedades foram autorizados a ir para a ruína. Milhões de pessoas sem emprego e sem teto estão reunidos para as cidades e povoados e vivem em condições de extrema pobreza em barracos de lata, o que coloca graves de saúde e segurança problemas em terreno fértil para o crime.

É que talvez não seja um preço muito alto para ser pago por um sistema democrático simplista, agora reconhecida por aqueles familiarizados com a situação como uma tirania majoritária?

É o processo de engenharia untennable (insustentável) social da construção da nação sustentável em um país com o seu fundo histórico tem falhas étnicas.

Muitas vezes me perguntei como se poderia convencer as autoridades a deixar de acreditar em suas próprias mentiras sobre a adequação do sonho liberal de uma nação unificada perpetuamente servido pela mesma panelinha política e reconhecer o papel crucial Afrikaners poderia desempenhar no desenvolvimento deste país e do continente Africano.

Tudo o que eles pedem é que sejam aceites e respeitado como africanos brancos com as suas próprias necessidades culturais peculiares, que pretende transferir para os seus filhos sem a interferência e a possibilidade de participar livremente na economia.

História do apartheid na África do Sul

África do Sul foi colonizada pelos neerlandeses e britânicos do século XVII em diante. Como acontecia normalmente no caso de colônias na África, os colonizadores Europeus dominavam os nativos através de controle político e militar e do controle da terra e da riqueza.

Depois das guerras boers entre os independentistas bôeres e os ingleses, foi criada a União Sul-Africana em 1910, com o estatuto de Domínio do Império Britânico.

Embora o sistema colonial fosse essencialmente um regime racista, foi nesta fase que se começaram a forjar as bases legais para o Regime do Apartheid.

Por exemplo, na própria constituição da União, embora fosse considerada uma república unitária, com um único governo, apenas na Província do Cabo os não-brancos que fossem proprietários tinham direito ao voto, porque as províncias mantinham alguma autonomia.

Uma das primeiras leis adoptadas foi o “Regulamento do Trabalho Indígena” (“The Native Labour Regulation Act”, em inglês) de 1911, segundo a qual era considerado um crime – apenas para os “africanos”, ou seja, os “não-brancos”, a quebra dum contrato de trabalho. Ainda no mesmo ano, foi promulgada a “Lei da Igreja Reformada Holandesa” (“The Dutch Reformed Church Act”), que proíbia os negros de se tornarem membros de pleno direito daquela igreja.

Mais importante ainda foi a “Lei da Terra” (“Natives Land Act”) de 1913, que dividiu a África do Sul em áreas onde só negros ou brancos podiam ter a posse da terra: os negros, que constituíam dois terços da população, ficaram com direito a 7,5 % da terra, enquanto os brancos, que eram apenas um quinto da população, ficaram com direito a 92,5 % da terra; os mestiços (“coloured”) não tinham direito à posse da terra. Esta lei determinava igualmente que os “africanos” só poderiam viver fora das suas terras quando empregados dos brancos.

Passou também a ser ilegal a prática usual de ter rendeiros negros nas plantações.

Nos anos que se seguiram à vitória do Partido Nacional nas eleições gerais de 1948, um grande número de leis foram aprovadas, instituindo ainda mais a dominação da população branca sobre outras raças.

As principais leis do apartheid foram as seguintes:

Lei de Proibição de Casamentos Mistos (1949)
Emenda à Lei de Imoralidade (1950)
Tornou a(c)to criminoso uma pessoa branca ter relações sexuais com uma pessoa de raça diferente.
A Lei de Regist(r)o Populacional (1950)
Requeria que todos os cidadãos se regist(r)assem como negros, brancos ou mestiços.
A Lei de Supressão ao Comunismo (1950)
Bania qualquer partido de oposição ao governo que o governo decidisse catalogar como “comunista”.
Lei de Áreas de Agrupamento (Group Areas Act de 27 de Abril de 1950)
Barrou o acesso de pessoas de algumas raças de várias áreas urbanas
Lei da Auto-determinação dos Bantu (Bantu Self-Government Act, de 1951) – Esta lei estabelecia as chamadas “Homelands” (conhecidas para o resto do mundo como “Bantustões”) para dez diferentes tribos “africanas” (de negros), onde eles podiam residir e ter propriedades.
Lei de Reserva de Benefícios Sociais Separados (1953)
Proibiu pessoas de diferentes raças de usar as mesmas instalações públicas como bebedouros, banheiros e assim por diante.
Lei de Educação Bantu (1953)
Trouxe várias medidas explicitamente criadas para reduzir o nível de educação recebida pela população negra.
Lei de Minas e Trabalho (1956)
Formalizava a discriminação racial no emprego.
Lei de Promoção do Auto-Governo Negro (1958)
Criou “pátrias” nominalmente independentes para pessoas negras. Na prática, o governo sul-africano tinha uma influência forte sobre um bantustão.
Lei de Cidadania da Pátria Negra (1971)

Mudou o estatuto dos nativos das ‘pátrias’ de forma que eles não fossem mais considerados cidadãos da África do Sul, não tendo assim mais nenhum direito associado a essa cidadania.

Em 21 de Março de 1960, 20.000 pessoas negras congregadas em Sharpeville demonstraram contra o requerimento para negros portarem as identidades (sob as regras estipuladas na Lei da Licença). A polícia abriu fogo nos protestantes, matando 69 e ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas.

O Coronel J. Pienaar, o oficial da polícia encarregado no dia, foi visto dizendo que: “Hordas de nativos cercaram a delegacia. Meu carro foi acertado com uma pedra. Se fazem essas coisas, eles devem aprender a lição do modo difícil.”

Esse evento ficou conhecido como o Massacre de Sharpeville. Como conseqüência, o governo baniu o Congresso Nacional Africano (ANC) e o Congresso Panafricanista (PAC).

O evento levou a uma grande mudança nas táticas do ANC, mudando de meios pacíficos para meios violentos. Apesar de suas unidades terem detonado bombas nos edifícios do governo nos anos seguintes, o ANC e o PAC não eram ameças ao Estado, que tinha o monopólio de armamento moderno.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 1761 em 6 de Novembro de 1962 que condenou as políticas racistas do apartheid sul-africano e pediu que todos os países-membros da ONU cortassem as relações militares e econômicas com a África do Sul.

Em 1964, Nelson Mandela, líder do ANC, foi condenado a prisão perpétua.

Em 1974 o governo aprovou o Decreto de Mídia Afrikaans que forçava todas as escolas a usarem o africânder quando ensinassem aos negros matemática, ciências sociais, geografia e história nas escolas secundárias.

Punt Janson, o vice-ministro de educação bantu disse: “Eu não consultei o povo Africano na questão da língua e não vou consultar. Um Africano pode achar que ‘o chefe’ apenas fala Afrikaans ou apenas fala Inglês. Seria vantajoso para ele saber as duas línguas”.

Essa política foi profundamente impopular. Em 30 de Abril de 1976, crianças da escola primária Orlando West no Soweto entraram em greve, recusando-se a ir às aulas.

A rebelião espalhou-se por outras escolas em Soweto. Os estudantes organizaram um protesto em massa para 16 de Junho de 1976, que acabou com violência – a polícia respondendo com balas às pedras jogadas pelas crianças. O incidente disparou uma onda de violência generalizada por toda a África do Sul, custando centenas de vidas.

Internacionalmente, a África do Sul ficou isolada. Inúmeras conferências aconteceram e as resoluções das Nações Unidas foram aprovadas condenando-a, incluindo a Conferência Mundial Contra o Racismo em 1978 e 1983. Um imenso movimento de cerceamento de direitos iniciou-se, pressionando os investidores a se recusarem a investir em empresas da África do Sul ou empresas que fizessem negócios com a África do Sul.

Os times esportivos da África do Sul foram barrados de participarem de eventos internacionais, e o turismo e a cultura sul-africanos foram boicotados.

Esses movimentos internacionais, combinados com problemas internos, persuadiram o governo Sul-Africano que sua política de linha-dura era indefensável e em 1984 algumas reformas foram introduzidas.

Muitas das leis do apartheid foram repelidas, e uma nova constituição foi introduzida que dava representação limitada a certos não-brancos, apesar de não estendê-las à maioria negra. A violência continou até os anos 1980.

Os anos mais violentos dos anos 80 foram os de 1985 a 1988, quando o governo P. W. Botha começou uma campanha para eliminar os opositores.

Por três anos a polícia e os soldados patrulharam as cidades sul-africanas em veículos armados, destruindo campos pertencentes a negros e detendo, abusando e matando centenas de negros. Rígidas leis de censura tentaram esconder os eventos, banindo a mídia e os jornais.

Em 1989, F. W. de Klerk sucedeu a Botha como presidente. Em 2 de Fevereiro de 1990, na abertura do parlamento, de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o ANC, seriam retiradas. Nelson Mandela foi libertado da prisão. De Klerk seguiu abolindo todas as leis remanescentes que apoiavam o apartheid.

Mandela torna-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em muitos anos. Em 15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de Rand (aproximadamente 85 milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid.

A Comissão da Verdade e Reconciliação, formada para invertigar os abusos da era do apartheid, havia recomendado ao governo pagar 3000 milhões de rands em compensação, pelos cinco anos seguintes.

Apartheid – Resumo

Apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis no mundo.

Ele aconteceu na África do Sul de 1948 até 1990 e durante todo esse tempo esteve ligado à política do país. A antiga Constituição sul – africana incluía artigos onde era clara a discriminação racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo a maioria na população.

Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializado em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.

Apartheid, atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das zonas dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais.

Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.

Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela.

Após o massacre de Sharpeville, o Congresso Nacional Africano optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados Bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos e ficavam amontoados nessas regiões.

Com o fim do império português na África em 1975, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela.

A partir daí, outras conquistas foram obtidas, o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993, uma nova Constituição não – racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul.

regime de segregação racial (apartheid) sul-africano, iniciado em 1948, termina oficialmente com a primeira eleição multirracial do país, em 1994. No entanto, deixa uma pesada herança no país, ainda marcado pelo “apartheid social”. O padrão de vida é bastante desigual quando se trata de brancos e negros, e as taxas de criminalidade e de violência política continuam altas entre os negros. Implementado em 1994 pelo governo de Nelson Mandela o Programa de Reconstrução e Desenvolvimento tenta diversificar a economia, melhorar o sistema de habitação e educação e reduzir o desemprego, cuja taxa era de 29% da força de trabalho, em 1995.

A África do Sul detém sozinha quase 50% da produção industrial do continente africano. Rico em recursos minerais, o país é o maior produtor mundial de ouro. Possui também grandes reservas de diamante, cromita, urânio, antimônio, platina e carvão. Juntos esses minérios respondem por 60% das exportações e 10% do PIB do país.

O turismo é parte importante da economia sul-africana e as maiores atrações são as reservas de animais selvagens.

FATOS HISTÓRICOS

Os europeus tomam contato com a região em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo da Boa Esperança. Ponto estratégico na rota comercial para a Índia, e habitada por grupos negros de diversas etnias (bosquímanos, khoi, xhosas, zulus), a região do Cabo começa a ser povoada por imigrantes holandeses no século XVII. Lentamente, os colonos passam a considerar a região como sua pátria e adotam uma língua própria, o africâner.

Guerra dos Bôeres

Em 1806, os ingleses tomam a Cidade do Cabo e lutam, simultaneamente, contra os nativos negros e os descendentes de holandeses (bôeres), com o objetivo de se instalar na região.

Os choques levam os bôeres a emigrar maciçamente para o Nordeste (a Grande Jornada, em 1836), onde fundam duas repúblicas independentes, o Transvaal e o Estado Livre de Orange.

A entrada de colonos ingleses em Orange e no Transvaal provoca tensões que resultam na Guerra dos Bôeres (1899-1902) e termina com a vitória dos ingleses.

Os estados bôeres são anexados pela Coroa britânica e, em 1910, juntam-se às colônias do Cabo e de Natal para constituir a União Sul-Africana. A população bôer passa a se chamar africâner.

Apartheid

A partir de 1911, a minoria branca, composta de ingleses e africânders, promulga uma série de leis com o objetivo de consolidar o seu poder sobre a população, majoritariamente negra.

Essa política de segregação racial (apartheid, do africâner separação) é oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Partido Nacional (PN) ? a força política dominante por mais de 40 anos.

apartheid impede o acesso dos negros à propriedade da terra, à participação política e às profissões de melhor remuneração. Também obriga os negros a viver em áreas separadas das zonas residenciais brancas.

Os casamentos mistos e as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes tornam-se ilegais.

A oposição ao Regime do Apartheid toma forma na década de 50, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra fundada em 1912, lança campanha de desobediência civil. Em 1960, a polícia mata 67 negros que participavam de uma manifestação liderada pelo CNA em Sharpeville, uma favela situada a 80 km de Johannesburgo. O “massacre de Sharpeville” provoca marchas de protestos em todo o país. Como conseqüência, o CNA é declarado ilegal.

Seu líder, Nelson Mandela, é preso em 1962 e depois condenado à prisão perpétua.

Bantustões

Em 1961, a África do Sul obtém sua independência completa, após um plebiscito que decide por sua saída da Comunidade Britânica. Nos governos dos primeiros-ministros Hendrik Verwoerd (1958-1966) e B.J. Voster (1966-1978), a política do apartheid agrava-se. Uma série de leis aprovadas nesse período classifica e separa os negros em diversos grupos étnicos e lingüísticos, gerando um processo que desemboca, em 1971, na criação dos bantustões ? dez nações tribais independentes, instaladas em uma área correspondente a 13% do território sul-africano, onde os negros são confinados.

O domínio branco começa a enfraquecer-se com o fim do império colonial português (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia (atual Zimbábue), em 1980. Em 1984, uma revolta popular contra o apartheid leva o governo a decretar a Lei Marcial.

A comunidade internacional reage: vários países decretam sanções econômicas como meio de pressão pelo fim do apartheid.

Acuado, o presidente Pieter Botha promove reformas, mas mantém os aspectos essenciais do apartheid. Os protestos prosseguem, sempre reprimidos com violência. No mundo inteiro, ganha corpo um movimento pela libertação de Mandela.

Fim do apartheid

Em 1987, o Partido Nacional perde votos entre os eleitores brancos, tanto à direita (Partido Conservador, para quem o governo deveria ser mais “duro” contra os negros) quanto à esquerda (Partido Democrático, que queria acelerar as reformas).

Mas as mudanças significativas teriam de esperar até a posse de um novo presidente: Frederik de Klerk, que substitui Botha em 1989. Em fevereiro de 1990, Mandela é libertado e o CNA recupera a legalidade.

De Klerk revoga leis racistas e inicia o diálogo com o CNA. Sua política, criticada pela direita, é legitimada por um plebiscito só para brancos, realizado em 1992, em que 69% dos votantes se pronunciam pelo fim do apartheid. Mas entre os negros também há resistência às negociações. O Inkhata, organização zulu, disputa com o CNA a representação política dos negros. O líder zulu, Mangosuthu Buthelezi, acusa Mandela de “traição”. A disputa degenera, várias vezes, em sangrentos conflitos.

Eleições multirraciais

Em 1993, inconformados com o avanço das reformas, líderes de 21 grupos extremistas brancos fundam a Frente Nacional Africâner (FNA), ameaçando criar um país independente no Transvaal. De Klerk, em resposta, convoca para abril de 1994 as primeiras eleições para um governo multirracial de transição. Em outubro de 1993, De Klerk e Mandela ganham o Prêmio Nobel da Paz.

A 27 de abril de 1994, em um pleito histórico, Nelson Mandela é eleito presidente pelo CNA. O partido obtém 62,6% dos votos, conquistando 252 das 400 cadeiras da Assembléia Nacional.

O CNA junta-se ao Partido Nacional, do líder De Klerk, para formar o governo de unidade nacional. Essa aliança possibilita o primeiro governo multirracial do país.

No período entre as eleições e o final de 1995, o Parlamento sul-africano aprova dois importantes projetos. Em novembro de 1994, é a vez da Lei de Direitos sobre a Terra, restituindo as propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que reservava 87% do território sul-africano à minoria branca e proibia os negros de possuir terras nessas áreas.

Em junho de 1995, a Lei de Reconciliação e Promoção da Unidade Nacional é aprovada. A Comissão de Reconciliação e Verdade, estabelecida pela nova lei, investigará a era apartheid, podendo anistiar crimes políticos e estabelecer compensações às vítimas.

Nova Constituição

O ano de 1996 é marcado por mudanças no governo de unidade nacional. Em março, a do Sul ganha o primeiro ministro das Finanças negro de sua história. Trevor Manuel, até então ministro da Indústria, Comércio e Turismo, substitui Chris Liebenderg, que renuncia por motivos pessoais.

Mudança mais radical, no entanto, acontece em maio, quando todos os ministros do Partido Nacional são substituídos por simpatizantes do CNA como conseqüência da retirada do PN do governo de unidade nacional. A decisão do partido de De Klerk foi motivada por não concordar com alguns pontos da nova Constituição, aprovada em maio de 1996, e que substitui a Carta provisória, instituída em 1994.

O documento final diz que aqueles que não possuem propriedade como resultado de leis raciais discriminatórias do passado têm o direito à restituição destas ou a uma compensação. Institui o direito à greve e garante ao estudante o direito à educação em sua própria língua. A nova Constituição só entra em vigor em 1999.

A Comissão de Reconciliação e Verdade, presidida pelo arcebispo Desmond Tutu, abre sua sessão inaugural a 15 de abril.

Fonte: www.geocities.com/www.nacionalismocristao.com/www.colegioweb.com.br/www.ibge.gov.br

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