Império Napoleônico

PUBLICIDADE

QUANDO FOI ESTABELECIDO?

Império estabelecido por Napoleão Bonaparte na França, entre 1804 e 1815.

Resultado da Revolução Francesa, dissemina os ideais da burguesia em ascensão pela Europa.

Com política expansionista, o Império estende-se por todo o continente em seu apogeu, por volta de 1810. Chega ao fim com a derrota francesa na Batalha de Waterloo.

Antecedentes

Líder militar de sucesso, Napoleão ganha prestígio e apoio popular nas guerras da França contra a Itália e a Áustria (1796-1797) e contra o Egito (1798).

Por isso é escolhido pela burguesia francesa para solucionar a grave crise que se havia instalado no governo revolucionário. Em 1799, Napoleão dá um golpe de Estado, conhecido como Golpe do 18 Brumário (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de novembro do calendário gregoriano). A Constituição republicana é suprimida e substituída por outra, autoritária, concentrando todo o poder nas mãos do primeiro-cônsul, cargo que ele passa a ocupar.

Nesse período, chamado de Consulado (1799-1804), Napoleão realiza obras de pacificação e de organização dos territórios franceses. Participa da redação do Código Civil, que confirma a vitória da revolução burguesa e influencia a legislação de todos os países europeus no século XIX. Institui os princípios de igualdade, de propriedade das terras, das heranças, a tolerância religiosa e o divórcio. No exterior assina tratados de paz com a Áustria (1801) e com a Inglaterra (1802).

O Império

O Império Napoleônico nasce de forma oficial em 1804, quando um plebiscito referenda o primeiro-cônsul como imperador da França. Napoleão é sagrado pelo papa Pio VII na Catedral de Notre Dame, em dezembro do mesmo ano. Coroado sob o nome de Napoleão I, preocupa-se em consolidar seu poder, modernizar a França e retomar a tradição do despotismo esclarecido.

A convivência com as potências européias torna-se insustentável por causa da política de guerra permanente do Império, que leva à formação de coalizões contra os franceses. Napoleão I tenta invadir a Inglaterra, mas é derrotado. Volta-se, então, para a Europa Central. Vence a Áustria na Batalha de Austerlitz. Por meio de guerras e acordos, domina a Itália, a Holanda (Países Baixos) e boa parte da Alemanha. Após invadir a Prússia oriental e a Polônia (1806), Napoleão obriga a Rússia a aliar-se à França contra os ingleses e estabelece um bloqueio continental que impede o comércio de mercadorias inglesas na Europa.

O expansionismo gera novas dificuldades. Em 1809, o Exército imperial enfrenta rebeliões militares na Espanha e assiste à formação de uma nova coalizão contra o Império. No mesmo ano, Napoleão derrota novamente a Áustria e assina a Paz de Viena. A aproximação dos dois Estados é reforçada pelo casamento do imperador com a arquiduquesa Maria Luísa da Áustria. Em 1810, o Império Napoleônico atinge o máximo de seu poder, com a anexação da Holanda e do litoral alemão. Nessa época, o Império tem 71 milhões de habitantes, dos quais apenas 27 milhões são franceses.

Decadência

Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia. Entra em Moscou e, durante a retirada, o frio e a fome dizimam grande parte do Exército francês. Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por setores descontentes da burguesia e da antiga nobreza francesas, arma uma conspiração para dar um golpe de Estado contra o imperador. Napoleão retorna imediatamente a Paris e controla a situação. Mas, no exterior, o Império começa a decair. Tem início então a luta da coalizão européia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar. O Tratado de Fontainebleau, de 1814, exila Napoleão na ilha de Elba, de onde foge no ano seguinte.

Desembarca na França com um Exército e reconquista o poder. Inicia então o Governo dos Cem Dias. A Europa coligada retoma sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em junho de 1815, mas é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleônico. Após a derrota de Napoleão, o Congresso de Viena (1815) reúne as potências vitoriosas com o objetivo de reorganizar o mapa político da Europa. Sob a liderança de Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia são restauradas dinastias e fronteiras alteradas pelas guerras napoleônicas. A Santa Aliança, organização política internacional, é criada para impedir novos movimentos revolucionários.

Império Napoleônico – 1804 – 1814

Em 1799, Napoleão provocou um golpe de estado dando origem ao Consulado e ocupando o lugar de destaque. Napoleão enverredou por uma política de centralização do poder e do progresso económico.

Conseguindo suster os ataques exteriores contra a França, Napoleão acaba por conseguir expandir o seu domínio.

Depois de se tornar consul vitalício em 1802, Napoleão declara-se imperador em 1804.

Napoleão e os seus exércitos foram os responsáveis pela difusão das ideias liberais por toda a Europa, à medida das suas conquistas.

Após sucessivas vitórias sobre a Inglaterra, Aústria, Rússia e Prússia, Napoleão convenceu-se que podia ser senhor da Europa.

Napoleão pensou asfixiar economicamente a Inglaterra com o Bloqueio Continental em 1806, que impedia os países Europeus de fazerem transações comerciais com os Ingleses. Esta medida não teve muito efeito, porque alguns países, incluindo Portugal, desobedeceram às ordens de Napoleão.

Em 1812, Napoleão sofre uma grande derrota na Rússia, devido ao rigor do inverno. Esta derrota foi o início do declínio do imperador.

Na sequência de novas derrotas (frente à Rússia, Inglaterra, Aústria e Suécia) a França é invadida em 1814 e Napoleão é obrigado a render-se, e é exilado.

Mais tarde, o ex-imperador regressa ainda a França, mas é derrotado na Batalha de Waterloo em 1815. Napoleão é desterrado então para a ilha de Santa Helena, acabando assim o seu sonho imperialista.

Fonte: br.geocities.com

Império Napoleônico

Império Napoleônico – 1804 – 1814

O 18 de Brumário

A situação na França era extremamente grave.

A Burguesia, em geral, apavorada com a instabilidade interna e as derrotas sofridas para os países inimigos, esquecia seus ideais de liberdade, pregados alguns anos antes, e pensava em um Governo forte, buscando no exército a força capaz de reorganizar a nação, restaurando a lei e a ordem .

Todos sabiam que a única pessoa que poderia exercer um Governo desse tipo deveria ser um elemento de prestígio popular e ao mesmo tempo forte o suficiente para manter com mão de ferro a estabilidade exigida pela Burguesia .

A essa época, o elemento de maior liderança no exército era um jovem general, Napoleão Bonaparte, celebrizado especialmente depois da vitoriosa campanha da Itália, em 1796.

No dia 10 de Novembro de 1799 ( 18 de Brumário, pelo calendário Revolucionário), Napoleão retorna do Egito, com o apoio do Exército e da Alta Burguesia, dissolve o Diretório e estabelece um novo governo, conhecido como O Consulado . O período Revolucionário chegava ao fim e começa um período de consolidação do Poder da Burguesia .

Desenvolvimento

Até 1802 o novo governo francês ( Consulado ) era comandado por 3 magistrados com o título de Cônsules, sendo Napoleão o primeiro e a quem caberiam as decisões, enquanto os outros dois teriam apenas o voto consultivo . De 1802 a 1804, ampliando seu poder, Napoleão estabeleceu o Consulado Uno e em 1804 instituiu o Império .

CONSULADO ( 1802 – 1804 )

Política Interna

A administração Napoleônica foi bastante centralizadora . O país foi divido em departamentos cujos governantes eram nomeados e controlados diretamente pela égide de Paris.

No aspecto Político tudo levava a crer que na verdade a Sociedade Francesa estaria diante de uma Autocracia disfarçada

Como estadista, Napoleão firmou uma lei ratificando a distribuição de terras realizada durante a reforma agrária do período do Terror, ganhando com isso o apoio de 3 milhões de pequenos proprietários que temiam ter de devolver suas terras aos antigos proprietários .

O governo deu grande impulso aos negócios e à indústria ao criar o Banco da França e a Sociedade de Desenvolvimento da Indústria Nacional .

O Sistema Tributário francês foi reformado, com a criação de uma nova moeda: o franco, e o aumento na arrecadação de impostos deu ocupação a milhares de desempregados através de um programa de construção de obras públicas, como alargamento de portos, construções de edifícios públicos, estradas, canais, pontes , drenagem de pântanos, etc.

A Educação recebeu uma atenção especial de Napoleão com o fortalecimento do Ensino Público, a instalação de escolas públicas em cada aldeia ou cidade francesa e a criação de Liceus ( centros de preparação para professores ) .

As mudanças beneficiaram principalmente a Burguesia, cujo poder consolidou-se com as Leis do Código Civil ( ou Napoleônico ), elaborado entre 1804 e 1810 por um corpo de juristas nomeados pelo governo . O Código procurava conciliar a legislação com os princípios da Revolução Francesa de liberdade, propriedade e igualdade perante a lei, ou seja, manteve o fim dos privilégios desfrutados pela Nobreza no Antigo Regime, mas favoreceu os privilégios conquistados pela Burguesia .

Este Código inspirou outros códigos civis em diversas nações, tanto na Europa como na América .

O governo Napoleônico foi fortemente autoritário, ainda que conta-se com amplas camadas da população .

Um dos primeiros atos de Napoleão foi restaurar a união Igreja – Estado, que havia existido antes da Revolução, visto que a religião poderia ser usada como instrumento de domínio político e social . Em 1801 o papa Pio VII e Napoleão assinaram a Concordata, estabelecendo que o governo francês nomearia os bispos e pagaria salários ao Clero .

Napoleão organizou uma polícia secreta que sob o comando de Fouché prendeu arbitrariamente, torturou e assassinou opositores do regime, sendo que a imprensa viveu um de seus piores dias .

Política Externa

No plano externo, Napoleão derrotou os exércitos Austríacos na Batalha de Marengo (1800) . Pouco tempo depois, a Rússia estabeleceu a paz com os franceses e a coligação contra a França acabou por se desfazer . Sentindo-se isolada, a Inglaterra viu-se obrigada a assinar com a França a Paz de Amiens (1802), pela qual renunciava ás suas conquistas coloniais, executando-se Ceilão e Trinidad .

Ao fim da Guerra

A Suíça e Holanda foram submetidas pela França.

Os franceses anexaram o Piomeonte, Parma e a ilha de Elba.

A Espanha de Carlos IV de Bourbon aliou-se aos franceses contra os ingleses.

Em 1803 Napoleão planejava reconstruir seu Império Colonial e adotava medidas de proteção alfandegária que prejudicavam a liberdade Colonial Inglesa .

Esta unindo-se à Rússia, à Áustria e a Suécia formando a 3a Coligação a França e a sua aliada Espanha .

Fortalecido pelo êxito de sua política interna e externa, Napoleão iria proclamar-se Imperador dos Franceses .

IMPÉRIO ( 1804 – 1814 )

Em 1804 Bonaparte fez-se coroar Imperador dos Franceses com o título de Napoleão I . O papa presidiu a cerimônia de coroação, mas para deixar claro que o Estado não se submetia à Igreja, Napoleão colocou a coroa em sua própria cabeça .

Com a criação do Império, Bonaparte centralizou todos os poderes do Estado . Com isso pode agradar seus familiares e agregados com títulos, honrarias e altos cargos .

Napoleão I empregou todas as suas forças no sentido de liquidar o poderio inglês e estabelecer um Império Universal.

Na verdade, estes objetivos significavam:

De um lado a luta de uma nação Capitalista Burguesa ( a França ) contra uma Europa Continental Absolutista e Aristocrática .
De outro, a luta entre duas nações burguesas ( França e Inglaterra ) pela hegemonia político – econômica pela supremacia colonial .

A 3s Coligação (Áustria, Rússia, Inglaterra, Suécia) atacou a França e sua aliada Espanha . Os ingleses venceram a marinha franco – espanhola na batalha de Trafalgar ( 1805) , acabando com as esperanças napoleônicas de invadir as ilhas britânicas . Em terra os franceses foram superiores derrotando os austríacos nas Batalhas de Ulm e os autro – russos em Austerlitz .

Essas vitórias provocaram o fim da terceira coligação e a ruína da Áustria, que cedeu à França a Venécia, a Ístria e a Dalmácia .

Em 1806 Bonaparte recebeu o apoio de dezesseis príncipes alemães, criando assim a Confederação do Reno, que liqüidou o Sacro Império Romano – Germânico .

Na Itália criou dois reinos, o da Itália e o de Napóles .

Em 1806, Inglaterra, Prússia, Rússia e Suécia formaram a 4a Coligação Anti – Francesa . A Prússia foi derrotada na Batlha de Iena (1806) e Berlim foi ocupada . Pela Paz de Tilsit a Prússia foi desmembrada .

Em 1807 os Russos foram derrotados, sendo estabelecida uma aliança Franco – Russo em prejuízo da Prússia e da Inglaterra:

O leste europeu ficou sob o domínio russo e o oeste sob o controle francês ;

Foram criados o Reino da Westfália, cedido para Jerônimo (irmão de Bonaparte), e o Grão – Ducado de Varsóvia ( antiga Polônia ) , que ficou sob o comando do rei da Saxônia .

A Rússia uniu-se ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão em 1806 contra a Inglaterra

O Bloqueio Continental

O ponto fraco do imperialismo francês – a marinha – tornou-se evidente após a derrota naval para a Inglaterra em Trafalgar . Napoleão, pretendendo enfraquecer economicamente os ingleses, decretou em 1806 o Bloqueio Continental .

Com essa medida era proibido que qualquer país comercializa-se com os ingleses. Isto só foi possível porque Napoleão dominava grande parte do leste europeu, além de contar com o apoio russo .

A Inglaterra respondeu proclamando o bloqueio marítimo da Europa: os contatos com o mundo colonial cessaram.

A Inglaterra tomou as seguintes medidas:

Procurou novos mercados nas colônias
Intensificou o contrabando com as Colônias Ibéricas na América do Sul, visando compensar a perda dos mercados europeus

Somente Portugal e o Papado constituía uma brecha na Bloqueio Continental . Depois de muita indefinição, Portugal não aderiu ao Bloqueio provocando sua invasão (1807) pelas tropas do general francês Junot . A invasão de Portugal obrigou D. João VI a fugir para o Brasil com o apoio inglês .

Em 1808, tropas francesas tomaram Roma e prenderam o Papa .

Depois que perdeu sua frota em Trafalgar, o povo espanhol gerou um movimento Anti – Francês . Com pretexto de enviar reforços para Portugal, Napoleão invadiu a Espanha, derrubou a dinastia dos Bourbon e colocou seu irmão José Bonaparte, rei da Sicília, no poder. Na Espanha formou-se guerrilhas, que com apoio inglês, combatia os invasores franceses. Na América Espanhola incentiva-se os movimentos de Independência .

Uma 5a coligação estava sendo formada entre Aústria e Inglaterra obrigou Napoleão a deixar a Espanha . Bonaparte derrotou os austríacos na Batalha de Wagram (1809) e implantou neste território recém conquistado medidas contra o Absolutismo . Neste mesmo ano, Bonaparte é excomungado pelo Papa Pio VII.

Mas o imenso império conquistado por Napoleão tinha dois pontos frágeis: A Espanha e a Rússia .

A França que tinha prosperado com o bloqueio continental, em 1810, começa a entrar em crise . A maioria dos países aliados aos franceses tinha sua economia de base agrária e a indústria francesa não conseguia atender esses mercados .

Como é o caso da Rússia, que com uma economia em crise, necessitava trocar seu excesso de cereais com os produtos manufaturados ingleses, quebrando assim a aliança com a França e abrindo seus portos a Inglaterra . Em represaria Napoleão durante 1 ano reuniu um Exército com mais de 600 mil homens de várias nacionalidades e invadiu a Rússia em 1812, iniciando a sua mais trágica campanha . Vencidos os russos abandonaram a capital Moscou depois de destruir os campos cultivados e de incendiar a cidade . Sem abrigo ou provisões o exército francês, enfrentando o rigoroso inverno, é obrigado a deixar a Rússia sobre o intenso fogo do exército russo, perdendo cerca de 95% de seu exército .

Aproveitando-se da fraqueza de Napoleão, Áustria, Prússia, Rússia, Inglaterra, Suécia formam a 6a Coligação e declaram guerra a França . Napoleão derrotou os exércitos da Rússia e da Prússia, enquanto os exércitos franceses estavam sendo derrotados na península Ibérica por forças espanholas e inglesas .

Após a Batalha de Leipzig, a Batalha das Nações, em 1813, os exércitos de Napoleão abandonaram os principados alemães . A rebelião contra o império se estendeu à Itália, Bélgica e Holanda .

Em 1814, um grande exército da Sexta coligação invade a França e tomam Paris . Napoleão abdica em favor de seu filho Napoleão II, porém os aliados não aceitam . Napoleão é exilado para a Ilha de Elba ( próxima de Córsega ) com 800 homens . A monarquia é restaurada com Luís XVIII, irmão de Luís XVI, que tinha sido guilhotinada durante a Revolução Francesa .

O Governo dos Cem Dias

Tendo em vista os rumos tomados pelo Congresso de Viena (1814), Napoleão em 1815 abandona seu exílio na Ilha de Elba voltando para Paris . O rei enviou uma guarnição de soldados para prendê-lo, mas estes aderiram a Napoleão .

Luís XVIII fugiu para a Bélgica . O governo de Napoleão durou apenas 100 dias .

Contra Napoleão foi formada a 7a Coligação ( Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia) . Napoleão foi derrotado definitivamente na Batalha de Waterloo (1815) . Preso, Napoleão foi mantido prisioneiro na Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde morreu em 1821 . Luís XVIII novamente assumiu o trono .

Resumo dos Principais feitos Napoleônicos

Consulado (1799-1804)

Reequilibro das finanças através do Banco Francês
Criação do Código Napoleônico ( aspiração da classe burguesa )
Assinatura da uma concordata com a Igreja
Seguidas vitórias contra as coligações Anti – Francesas
Enorme popularidade de Napoleão, que em 1804, através de um plebiscito se faz coroar Imperador dos Franceses

Império (1804 -1814/15)

Vitórias Francesas
Formação de um Enorme Império
Organização do Bloqueio Continental (1806), com objetivo de arruinar economicamente a Inglaterra e favorecer as manufaturas Francesas
Expansão das idéias revolucionárias nos Países Absolutistas
Invasão da Rússia (1812) marca o início da derrota Napoleônica

Outubro de 1813

Derrota Napoleônica na Batalha de Leipzig ( “Batalha da Nações” )
Invasão da França e abdicação de Napoleão Bonaparte em Fontainebleu ( 20 de abril de 1814 ), que é exilado para a ilha de Elba

Junho de 1815

Napoleão volta e assume o governo “Dos 100 Dias”, porém é derrotado definitivamente na Batalha de Waterloo e mandado para a Prisão em Santa Helena .

Congresso de Viena

Em Novembro de 1814, os países da 6a Coligação reuniram-se no Congresso de Viena para redesenhar o mapa da Europa Pós – Napoleônica.

Dois princípios básicos orientaram as resoluções do Congresso :

A restauração das dinastias destituídas pela Revolução e consideradas “legítimas” ;
A restauração do equílibrio entre as grandes potências, evitando a hegemonia de qualquer uma delas ;

A divisão territorial não satisfez a nenhuma das potências participantes, porém foi restabelecido o equilíbrio entre essas .

Veja-os:

O Tratado de Paris obrigou a França a pagar 700 milhões de indenizações as nações anteriormente por ela ocupadas . Seu território passou a ser controlado por exércitos aliados e sua marinha de guerra foi desativada . Suas fronteiras permaneceram as mesmas de 1789 . Luís XVIII, irmão de Luís XVI foi reconhecido como novo Rei
A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia
A Áustria anexou a região dos Bálcãs
A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas
A Turquia manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa
A Suécia e a Noruega uniram-se
A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno
A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se com à Holanda formando o Reino dos Países Baíxos
Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemão com 38 Estados , A Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação
A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias . O Brasil foi elevado a Reino Unido a Portugal e Algarves .

Santa Aliança

Para garantir, em termos práticos, a aplicação das medidas conservadoras do Congresso de Viena, o Czar da Rússia propôs a criação da Santa Aliança . Esta servia de ajuda mútua das monarquias européias em nome “da religião, da paz e da justiça” . Seu objetivo era estabelecer o direito de intervenção em qualquer região européia em que se inicia-se um movimento liberal ou uma revolução burguesa . Porém após a independência das Colônias Latino – Americanas, a Santa Aliança se enfraquece e a Inglaterra por motivos econômicos se retira da Santa Aliança .

Conclusão

A situação da França na época do Diretório era extremamente grave . A Burguesia estava encurralada entre os Jacobinos e os Monarquistas internamente e pelos países absolutistas externamente . Napoleão foi a melhor escolha, pois além de defender os ideais burgueses, era um elemento aclamado pelo Povo . A burguesia então poderia de um lado acalmar o Povo e de outro defender seus ideais . Napoleão significou a última etapa da Revolução Francesa, a consolidação do Poder Burguês . O Império Napoleônico somente se sustentou por causa da Burguesia Industrial e Comercial que lucrava venda de seus produtos para os outros países agrários submetidos por Napoleão .

A decretação do Bloqueio Continental acabou por prejudicar mais os países da Europa Continental do que a Inglaterra . A Inglaterra para resolver o problema comercializou com as colônias, porém os países da Europa Continental acabaram entrando em crise, como é o caso da própria França . As guerras eram muito caras, então a partir do momento em que a Burguesia para de apoiar Napoleão, o Império entra em crise . Para os outros países, Napoleão era a imagem viva da Revolução Francesa sendo suas idéias aproveitadas por grupos liberais desses países, porém internamente notava-se a imposição geral da nação .

Os Estados Absolutistas temerosos em perderem seus direitos feudais e as idéias burguesas espalharem em seu território combateram incansavelmente Napoleão ate conseguir derruba-lo, porém a exceção da Inglaterra que não queria ter que competir com outra nação burguesa que poderia diminuir o seu domínio . A cada país conquistado por Napoleão, tinha seus ideais feudais abolidos e em seu lugar colocados ideais burgueses, sendo aclamados pelo burguesia local . Com a queda de Napoleão, mostrou-se que a Europa não mais continuaria absolutista e novas revoluções liberais iriam surgir, por isso foi criada a Santa Aliança que tentava impor, geralmente a força, o absolutismo aos países “renegados”.

Não podemos afirmar, porém se Napoleão não tivesse ascendido ao trono será que hoje seriamos nações burguesas com ideais Capitalistas?

Fonte: www.escolavesper.com.br

Império Napoleônico

História

Qual a medida tomada por Napoleão para combater o desemprego durante a revolução francesa?

Capitalismo burguês contra o absolutismo aristocrático/luta contra a Inglaterra pela hegemonia política e econômica mundial e pelo domínio colonial.

Contexto:

Diretório (fase final da Revolução) – inflação, especulação financeira, corrupção administrativa. Pressão externa provinda da Áustria, Rússia, Inglaterra. Alto custo de vida e guerras constantes inquietavam a população. Burguesia via a situação como risco para sua posição conquistada durante a Revolução.

Ascensão de Napoleão é promovida pela burguesia que buscava um líder que demonstrasse força a fim de garantir sua consolidação como classe social dominante, através da estabilização da situação política e econômica.

Militar de carreira, bem sucedido, Napoleão reorganizou o exército francês e conquistou várias vitórias para a França sob o comando do Diretório.

Grande rival da França, a Inglaterra, após destruir a frota naval francesa no Mediterrâneo, formou uma aliança contra a França, colocando o país numa situação caótica.

Banqueiros financiaram a reorganização das tropas de Napoleão – 1799 ocorre o golpe de 18 Brumário, sendo deposto o Diretório e implantado o Consulado (Ditadura Militar).

Política Interna – censura à imprensa, reforço do aparato policial, centralização da coleta de impostos, fundação do Banco da França (1800), controle da inflação a partir da redução de emissões.

Criação da sociedade de fomento à indústria, abertura de canais, reformas urbanísticas, reconstrução de portos, drenagem de pântanos e planos de irrigação para fomentar a agricultura. Implantação de escolas primárias, secundárias e superiores, sob o controle do estado, criação da escola normal de Paris (1802). Concordata de 1801 (nomeação de bispos pelo Consulado e liberdade de culto).

1800 – após derrotar a Áustria, em 1802, a França e Inglaterra assinam a paz de Amiens.
1804 –
após plebiscito, Napoleão é coroado imperador. Promulgação do Código Civil (liberdade individual, igualdade jurídica, respeito à propriedade privada, proibição de sindicatos operários, punições severas para grevistas.
1805-1808 –
Expansão territorial francesa.
1806 –
Bloqueio Continental. Conquista da Espanha. Apesar do sucesso inicial do Bloqueio, o mesmo perdeu força devido aos prejuízos causados pelos aliados da França (produção francesa não supria a demanda européia, contrabando inglês e desenvolvimento industrial de outros países da Europa) e à própria burguesia francesa (altos impostos), geram oposição ao regime.

Guerras constantes desgastaram a França, paralisação do comércio, movimentos de resistência (nacionalismo).

1808 – Independência da Espanha. Invasão de Portugal. 1809 – Rompimento da aliança com a Rússia.
1812 –
Invasão frustrada da Rússia (mais de 470 mil franceses mortos). 1813 – derrota para a sexta coligação contra a França.
1815 –
Paris é invadida e Napoleão abdica em 6 de abril, sendo exilado na ilha de Elba. Luís XVIII ascende ao trono francês, sendo restaurada a monarquia. Durante o Congresso de Viena, nobreza francesa exilada exige a restituição de suas propriedades e privilégios na França.

Arbitrariedades de Luís XVIII ocasionaram o apoio dos franceses para o retorno de Napoleão em março de 1815, que reassume o poder, permanecendo 100 dias no controle do país. Em junho, após a derrota de Waterloo, Napoleão é definitivamente exilado na ilha de Santa Helena, onde falece em 1821.

Diante da crise econômica e dos primeiros fracassos militares de Napoleão, a burguesia não hesitou em deixar de apoiá-lo, permitindo após a invasão de Paris, que a monarquia fosse restaurada. Impôs-se ao novo rei uma constituição. A burguesia assumiu o controle do legislativo (Câmara dos Pares, hereditária; Câmara dos Deputados, eleita por voto censitário), eliminando o povo da participação política.

O catecismo imperial

Quais são os deveres dos cristãos em relação aos príncipes que os governam, e quais são, em particular, nossos deveres para com Napoleão, nosso Imperador?

Os cristãos devem aos príncipes que os governam, e nós devemos em particular a Napoleão I, nosso Imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar e os tributos necessários para a conservação e a defesa do Império e seu trono; nós lhe devemos ainda preces fervorosas por sua saúde e para a prosperidade espiritual e temporal do Estado.

Por que somos obrigados a obedecer a todos esses deveres para com nosso Imperador?

É porque Deus, que criou os impérios e os distribuiu segundo sua vontade, cumulando nosso Imperador de qualidades, seja na paz, seja na guerra, fez dele nosso soberano e o tornou ministro (representante) de seu poder e de sua presença na Terra. Honrar e servir nosso Imperador é, pois, honrar e servir a Deus. Catecismo imperial de 1806.

Retirada da Rússia

Foi dramática a travessia do rio Berezina pelas tropas francesas em sua retirada da Rússia (28 de novembro de 1812). Os soldados construíram pontes flutuantes em 24 horas, com água gelada até os ombros – o que custou a vida da maioria dos 400 construtores. Carroças carregadas de mantimentos, munição e objetos pessoais foram abandonadas. Os cavalos já tinham sido sacrificados para alimentar as tropas.

Cerca de 40.000 soldados conseguiram atravessar, enquanto que 25.000 morreram sob pesado bombardeio russo.

Manchetes do jornal francês Le Moniteur Universel no episódio da fuga de Napoleão da ilha de Elba:

O antropófago saiu de seu esconderijo.
O monstro dormiu em Grenoble.
O tirano atravessou Lyon.
O usurpador está a 60 léguas da capital.
Bonaparte avança a passos colossais, mas jamais entrará em Paris.
Napoleão chegará amanhã ao pé de nossas muralhas.
O rei e os príncipes partiram à noite. Sua Majestade, o Imperador, chegou à tarde em Fontainebleau.
Sua Majestade imperial entrou ontem no Palácio das Tulherias, em meio aos seus fiéis súditos.
Viva o Imperador! Viva a França!

As leis segundo Napoleão

As boas leis civis são o maior bem que os homens podem dar e receber; elas são a garantia de toda a paz pública e particular.

Elas moderam a autoridade e contribuem para que haja respeito, como se fossem a própria justiça.

Nosso objetivo foi unir os costumes e as leis e propagar o espírito familiar. As virtudes privadas podem sozinhas garantir as virtudes públicas: é pela pequena pátria, que é a família, que se une à grande; são os bons pais, os bons maridos, os bons filhos que fazem os bons cidadãos. Discurso preliminar do Projeto do Código Civil, 1801.

Napoleão segundo um soldado:

Nossas marchas eram forçadas e cansativas, mas o imperador partilhava de nossa fadiga, dia e noite a cavalo, repleto de lama como nós e nos conduzindo como uma luz para todo o lugar onde ele achava ser necessária sua presença estimuladora.
O imperador discursava à maneira dos imperadores romanos, falava da situação do inimigo, do projeto de uma grande batalha e da confiança que depositava em nós.
Apesar da chuva, da neve, do frio cortante, a maioria dos soldados de pés descalços punha-se diariamente em marcha. Nada os impedia aos gritos de “viva o imperador!” Apesar de nossa miséria, a presença de nosso imperador e o nosso sucesso nos fazia suportar tudo. Diário do Capitão François.

Napoleão segundo um opositor:

Você não devorará mais nossas crianças: nós não queremos mais seu alistamento militar, sua milícia, sua censura, seus fuzilamentos noturnos, sua tirania. E não apenas nós, mas a espécie humana que o acusa. Ela nos pede vingança em nome da religião, da moral e da liberdade. Onde você não levou a desolação? Em que canto do mundo uma família escapou de suas devastações?
A voz do mundo o declara o maior culpado que jamais houve sobre a terra, pois não foi sobre as pessoas bárbaras e sobre as nações degeneradas que você verteu tanto mal; foi no meio da civilização, num século de luzes, que você quis reinar pela espada de Átila e pelas sentenças de Nero. François-René de Chateaubriand.

Napoleão por ele mesmo:

Na minha carreira se encontrarão erros, sem dúvida; mas eu soterrei o abismo anárquico e pus ordem ao caos. Eu limpei a Revolução, enobreci os povos e fortaleci os reis. Minha ambição foi consagrar o império da razão. Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça encontrem um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo. Napoleão Bonaparte.

A condenação de Napoleão

Considerando que Napoleão Bonaparte levou a cabo uma série de guerras em violação ao artigo 50 da Constituição que estabelece que a declaração de guerra deve ser proposta, discutida, decretada e promulgada como uma lei;
Procurando fazer considerar como nacional uma guerra que não tinha outra motivação senão o interesse de uma ambição desmedida;
Considerando que a liberdade de imprensa, estabelecida e consagrada como um dos direitos da nação, foi constantemente submetida à censura arbitrária de sua polícia;
Pelo abuso que fez de todos os meios que lhe foram confiados, humanos e financeiros;
Pelo abandono dos feridos sem remédios, sem socorro e sem meios de subsistência;
Por diversas ações cujas conseqüências eram a ruína das cidades, o despovoamento dos campos, a fome e as doenças contagiosas.

O Senado declara o seguinte: Artigo 1º Napoleão Bonaparte é deposto do trono e o direito de hereditariedade é abolido para a sua família. Decreto do Senado, 3 de abril de 1814.

Andreas Schenkel

Fonte: colegiowm.com.br

Império Napoleônico

História

Coube a Napoleão Bonaparte a tarefa de consolidar internamente e difundir externamente algumas das principais conquistas da Revolução Francesa. Sua ascensão ao poder foi conseqüência direta das crises enfrentadas pelo Diretório, atacado pelos partidários da realeza, que queriam a volta do Antigo Regime, e pressionado pelas camadas populares, que exigiam a volta do Terror.

Napoleão julgava-se, de certa forma, sucessor de Júlio César, o conquistador romano. Primeiro-cônsul em 1799, tornar-se-ia imperador em 1804. Seu governo foi despótico, apesar da existência de uma Constituição. Por algum tempo, a prosperidade resultante das reformas internas e o êxito nas guerras permitiram a continuidade do regime. Com os primeiros fracassos militares, porém, seus fundamentos foram abalados, até a queda em 1814 e o eclipse definitivo em 1815.

0 Consulado

Em 1799, a França apresentava aspecto desolador: indústria e comércio arruinados; caminhos e portos destruídos; serviço público desorganizado. Parte da população fugia da desordem e da ameaça de confisco de bens. Clérigos que se recusavam a acatar a nova Constituição eram perseguidos. A guerra civil parecia iminente.

Para vencer essas dificuldades, um setor do Diretório aliou-se a Bonaparte, que se havia destacado no comando do exército francês durante campanhas na península Itálica (1796-1797) e Egito (1798-1799). Prestigiado pelo povo como herói nacional, Bonaparte derrubou o Diretório, dissolveu a Assembléia e implantou o regime do Consulado (1799-1802).

Em fevereiro de 1800, uma Constituição aprovada em plebiscito por mais de 3 milhões de votos reformulou as instâncias de poder.

O poder Legislativo passou a ser composto por quatro assembléias: o Conselho de Estado, que preparava as leis; o Tribunal, que as discutia; o Corpo Legislativo, que se encarregava de votá-las; e o Senado, que velava pela sua execução.

A maior parte dos poderes do Estado, contudo, concentrava-se nas mãos do poder Executivo, confiado a três cônsules nomeados pelo Senado por dez anos.

Mas era o primeiro-cônsul quem detinha mesmo o poder; ele propunha e mandava publicar as leis, nomeava ministros, oficiais, funcionários e juizes. O primeiro-cônsul era Bonaparte.

Para diminuir as tensões, Napoleão procurou promover uma política de reconciliação, tanto no plano externo quanto interno. Em 1802, assinou a Paz de Amienscom a Inglaterra. Colocava fim, assim, aos conflitos com países europeus que duravam desde 1792.

Ao mesmo tempo que conquistava a paz externa, o governo de Napoleão deu novo impulso à racionalização burocrática do Estado, reorganizando e centralizando a administração. Criou um corpo de funcionários para arrecadar impostos e fundou o Banco da França, com direito de emitir papel-moeda. Em decorrência, a situação econômica melhorou sensivelmente. A obra mais relevante de Napoleão, contudo, foi o Código Civil. Inspirado no Direito Romano, nas Ordenações Reais e no Direito Revolucionário, esse corpo de leis continua, em sua essência, em vigor até hoje na França.

Em 1801, estabeleceu com a Igreja a Concordata. Por ela, o papa aceitou o confisco dos bens eclesiásticos. Em troca, o Estado ficou proibido de interferir no culto, mas os bispos seriam indicados pelo governo e prestariam juramento de fidelidade à República. Para completar, as bulas papais só entrariam em vigor depois de aprovadas por Napoleão.

Vitorioso interna e externamente, Bonaparte recebeu o título de cônsul-vitalício em 1802. Dois anos mais tarde, sagrava-se imperador com as bênçãos do papa.

0 despotismo do imperador

A situação era ambígua. Em 1804, Napoleão cingiu a coroa do Império.

Mas a nova Constituição afirmava em seu Artigo l9: “O governo da República é confiado ao Imperador (…}”

Estabelecido em nome da República, o Império seria exercido com mão de ferro. Uma nova corte foi formada e a antiga nobreza reconstituída. Ao Código Civil seguiram-se o Código Comercial e o Código Penal. A economia foi estimulada. No campo, Napoleão manteve as conquistas da reforma agrária. Os camponeses passaram a produzir mais e a apoiar o regime.

O governo concluiu numerosos trabalhos iniciados no Consulado: abertura de canais, reconstrução de portos, construção de estradas, urbanização de cidades. Com essas obras de infra-estrutura, a indústria passou a crescer.

As instituições republicanas foram modificadas, de modo a submeter-se à autoridade do imperador. As assembléias eleitas por sufrágio universal foram suprimidas. Em seu lugar, estabeleceu-se um sistema escalonado de eleições indiretas pelo qual só as pessoas ricas.

Podiam ser eleitas. O Tribunal e os Corpos Legislativos perderam suas funções. As liberdades individuais é políticas deixaram de ser respeitadas. A imprensa ficou sob censura.

Além disso, a intervenção do imperador estendeu-se à educação, alterando o programa de disciplinas consideradas “perigosas” para o regime, como História e Filosofia. No âmbito da religião, o catecismo passou a ensinar os deveres para com Deus e para com o imperador.

Política externa

O equilíbrio interno conquistado possibilitou a Napoleão pôr em prática seu plano principal: fazer da França a maior potência do continente. Para alcançar esse objetivo, tinha de vencer a Inglaterra, país mais industrializado e com a maior frota marítima da Europa.

Em 1803, a Inglaterra se uniu à Rússia e à Áustria para lutar contra a França. Os ingleses venceram a batalha naval de Trafalgar, na Espanha, mas os franceses bateram os austro-russosem terra, em Ausíerlitz, na Boêmia, na mais brilhante vitória de Napoleão (1805). A essa vitória, seguiram-se outras que deram ao imperador o controle de quase toda a Europa central. O Sacro Império, que reunia diversos Estados, como a Prússia, foi extinto e em seu lugar criada a Confederação do Reno, sob tutela francesa.

Para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Coráinental, forçando os países europeus a fecharem seus portos ao comércio inglês. Essa medida garantia também, para a indústria francesa, a exclusividade dos mercados da Europa.

Entre 1807 e 1808, Bonaparte abriu uma nova frente de batalha, invadindo primeiro a Espanha e depois Portugal. O pretexto para a ofensiva contra Portugal foi o não-cumprimento, por esse país, do bloqueio contra a Inglaterra. A invasão francesa e os interesses ingleses levaram a corte portuguesa a transferir-se para o Brasil em 1808. A Áustria tentou reagir, mas foi derrotada na batalha de Wagram, em 1809.

Com um exército que parecia imbatível, o poder napoleônico chegava ao auge. Por volta de 1810, quase toda a Europa ocidental estava sob seu domínio. A grande exceção era a Inglaterra. Entretanto, a dominação francesa provocou revoltas nacionais, principalmente na Prússia.

Em 1812, os russos romperam o bloqueio contra a Inglaterra. Em represália, Napoleão invadiu a Rússia à frente de um exército de 600 mil homens. Venceu a batalha de Moscou, mas suas tropas não conseguiram resistir ao rigoroso inverno russo. Obrigados a uma retirada desastrosa, seus soldados foram dizimados pelo frio e pela tome. Apenas 30 mil deles conseguiram voltar à França.

A Prússia e a Áustria aliaram-se então à Rússia e venceram Napoleão em Leipzig (Confederação do Reno), acabando de destruir seu poderio militar (1813). Derrotado e sem apoio interno, Napoleão acabou renunciando ao poder em 1814 e foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba.

Com a renúncia, políticos franceses, com o apoio das potências européias, procuraram restaurar a monarquia deposta em 1792, entregando a coroa a Luís XVIII, irmão de Luís XVI.

A população francesa reagiu mal à tentativa de restauração. Sentindo-se estimulado, Napoleão fugiu em março de 1815 da ilha de Elba e retomou o governo em Paris. O curto período em que se manteve no poder ficou conhecido como Governo dos Cem Dias. Os ingleses, conduzidos pelo duque de Wellington, o derrotaram na batalha de Waterloo, na Bélgica, em junho de 1815. Definitivamente vencido, abdicou do poder e foi preso na ilha de Santa Helena, na costa africana, onde morreu em 1821.

Após a derrota de Napoleão em Leipzig, as monarquias vitoriosas —Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia —convocaram o Congresso de Viena, cujos trabalhos se estenderam até 1815. A grande preocupação dessas potências foi restaurar o velho equilíbrio europeu existente antes da Revolução Francesa. Dessa for-ma, além de obrigar a França a pagar pesada indenização de guerra, o conclave recolocou no trono francês o rei Luís XVIII e reafirmou os valores do Antigo Regime. Poucos meses depois, a Áustria, a Rússia e a Prússia

Criaram a Santa AJiança. O pacto foi concebido como instrumento de ajuda mútua entre os monarcas desses reinos para sufocar no nascedouro qualquer movimento revolucionário.

Fonte: ecomvestib.dominiotemporario.com

Império Napoleônico

Império Napoleônico – 1804 – 1814

Enquanto no Brasil germinavam as sementes da Independência, na França florescia um novo Império. Coube a Napoleão a tarefa de consolidar internamente e difundir externamente os ideais da Revolução.

Ela havia atingido o auge durante o Terror. A reação veio em 1795 com a implantação do Diretório. Este teve dificuldades para governar, atacado pelos partidários da realeza, que queriam a volta do Antigo Regime, e pressionado pelas cama­das populares, que queriam a volta do Terror.

Alguns diretores resolveram fortalecer o poder do Diretório, conspirando com um líder militar popular, que se havia destacado em guerras da França contra a Itália (1796-1797) e no Egito (1798-1799): Napoleão. Foi ele o escolhido para chefiar o golpe que depôs o Diretório, dissolveu a Assembléia e implantou o regime do Consulado (1799-1802).

Não passava de uma ditadura disfarçada. Em 1804, foi criado o Império, espécie de monarquia vitalícia. Apesar de haver Constituição, Napoleão governou despoticamente. Por algum tempo, a prosperidade resultante das reformas internas e o êxito das guerras permitiram a continuidade do regime. Com os primeiros fracassos militares, seus fundamentos seriam abalados, até a queda em 1814.

O Império Napoleônico e o Congresso de Viena

A Ascensão de Napoleão

Com o golpe do 18 Brumário (10 de novembro de 1799) o jovem General Napoleão Bonaparte, assume o poder, tornando-se primeiro-cônsul da França.

Para a população representava uma esperança de estabilidade, para a burguesia a certeza da garantia dos direitos conquistados.

As realizações do governo napoleônico.

Redistribuição de terras.
Construção de grandes obras públicas.
Reforma do sistema de impostos e fundação do Banco da França.

O Código Civil Napoleônico

Criado em 1804
Basicamente regulava a propriedade privada, mas revelava preocupações com a família, destacando a importância da autoridade do marido sobre a mulher e os filhos.
Quanto ao trabalho defendeu a autoridade dos patrões sobre os funcionários, proibiu as greves e a organização sindical.

A Política Externa

A chegada de Napoleão ao poder intensificou as guerras na Europa, pois em sua política de expansão territorial Napoleão conquistou vários territórios (como Itália, Espanha…), destituindo as monarquias e colocando seus parentes e amigos no lugar e realizando reformas liberais.

A Inglaterra que ele não conseguiu conquistar ele impôs um bloqueio continental, ou seja, Napoleão proibiu os países do continente europeus de fazerem comércio com os ingleses.

Apogeu e queda do Império Napoleônico

Em 1812 o Império Napoleônico atingira o seu máximo em expansão territorial, mas a população dava sinais de que não suportava mais tantos custos financeiros e também humanos.

A derrota para a Rússia também foi um duro golpe.

Aproveitando-se da crise interna do Estado Francês, Inglaterra, Áustria, Prússia, Rússia e Suécia, organizaram uma coligação que venceu a França.

A derrota definitiva de Napoleão, entretanto, se deu em 1815, na Batalha de Waterloo, derrotado, voltou para a ilha de Elba, onde morreu em 1821.

O Congresso de Viena

Representantes dos países que venceram Napoleão reuniram-se em Viena, o objetivo era discutir a situação da Europa após a queda do Império Francês.

Defensores dos privilégios da nobreza monárquica, eles queriam restabelecer o Antigo Regime, eliminando a influencia das idéias liberais espalhadas pela Europa.

Para tanto se baseavam no principio da legitimidade (reis que estavam antes no poder deveriam ter de volta seus tronos e territórios) e principio do equilíbrio de poder (as nações que venceram Napoleão teriam o direito de obter novas possessões fora da Europa).

A Santa Aliança

Para garantir a efetivação do que propunham Rússia, Prússia e Áustria, criaram uma organização político-militar, a Santa Aliança, mas era tarde demais as sementes do liberalismo já tinham germinado em todo o continente europeu e americano.

O general Napoleão Bonaparte

O general Napoleão Bonaparte através de um golpe de Estado acabou com o Diretório e instaurou o Consulado (1799-1804).

O novo regime praticava um despotismo iluminista. Foi por isso que Bonaparte pretendeu ratificar o seu poder através de um plebiscito. A nova Constituição estabelecia uma política ineficaz, que não representava ninguêm e que foi rapidamente esquecida. Napoleão prometeu e obteve a paz com os austríacos e com os ingleses. Internamente, desenvolveu um forte sistema de controlo.

A polícia, sob o comando de Fouché, foi muito eficaz na luta contra os realistas e os velhos jacobinos. O outro sucesso do Consulado foi o acordo com o Papa.

Os anos vitoriosos

A popularidade de Napoleão era tão grande que, mediante plebiscito, passou a ser Cônsul Vitalício, a partir de 1802. Em 1804, outro referendo aclamou-o Imperador dos franceses. Bonaparte convertia-se, assim, em Napoleão I.

A ordem interna em França permitiu consolidar as mudanças administrativas e elaborar novos códigos, que fariam com que a obra revolucionária chegasse ao fim.

A partir daí, dedicou-se ao exterior, com a desculpa de exportar as mudanças para toda a Europa.

Em 1810, Napoleão obteve o domínio absoluto do continente e, durante os seus anos áureos, além de Imperador francês, foi rei de Itália e protetor da Confederação do Reno.

O poderoso Império francês era constituído pela Bélgica e por toda a margem esquerda do Reno. Alcançava, assim, os limites imaginários da antiga Gália. Mas, este domínio alargava-se como um segundo anel territorial de Estados vassalos, formando assim o Grande Império constituído pela Suíça, Províncias Ilírias, Polónia, quase toda a Alemanha, Espanha, Portugal, Nápoles e pelo norte de Itália.

O fim do Império

Napoleão fracassou na sua tentativa de estabelecer um sistema de bloqueio continental, com o objetivo de debilitar o comércio e o poderio naval britânico. A política de dependência colonial, imposta pelo Império Napoleónico aos seus vassalos, despertou um movimento de resistência, especialmente na Alemanha.

Em 1812, o fracasso da invasão da Rússia obrigou Napoleão a organizar um novo exército, que acabou por ser derrotado em Leipzig, em Outubro de 1813.

Meio ano mais tarde, as tropas da Quádrupla Aliança, constituída pela Rússia, Prússia, Áustria e Inglaterra, ocuparam Paris e restauraram a dinastia dos Bourbons com Luís XVIII.

As forças aliadas prenderam o Imperador francês na pequena ilha de Elba, em frente à Itália, o qual conseguiu escapar para depois desembarcar em França, em Março de 1815, e proclamar novamente o Império.

A 18 de Junho de 1815 Napoleão foi derrotado em Waterloo, na Bélgica. Dessa vez, foi exilado no sul do Atlântico, em Santa Helena. Para a França, as condições económicas do castigo foram endurecidas. A assinatura do Tratado de Viena impôs, durante décadas, o triunfo do conservadorismo na Europa.

Fonte: madreiva.com.br

Império Napoleônico

Período Napoleônico

Entre 1799 e 1815, a política européia está centrada na figura carismática de Napoleão Bonaparte, que de general vitorioso se torna imperador da França, com o mesmo poder absoluto da realeza que a Revolução Francesa derrubara.

Primeiras campanhas

Napoleão Bonaparte, jovem general corso, começa a se destacar como militar em 1795, quando sufoca uma revolução monarquista em Paris. Depois de ter se destacado na guerra contra a Itália e na Campanha do Egito, Napoleão é escolhido para chefiar o golpe que depõe o Diretório em 18 brumário.

Campanha da Itália

Em poucos dias Napoleão reorganiza as tropas francesas e vence os austríacos e os piemonteses. Domina pequenos principados, além de centros importantes como Milão e Veneza. Invade a Áustria e vence a guerra pouco antes de invadir Viena. Pelo Tratado de Campoformio a região da Lombardia é cedida à França.

Campanha do Egito

Dos países europeus, a Inglaterra é o que mais se opõe ao movimento revolucionário francês. Para desmantelar uma importante rota de comércio inglesa, Napoleão decide invadir o Egito e enfrentar as tropas britânicas na Índia. Vence os mamelucos na Batalha das Pirâmides e ocupa todo o país. Estimula a pesquisa arqueológica levando estudiosos para a África, entre eles Jean-François Champollion, que mais tarde irá decifrar a escrita hieroglífica com base na Pedra de Roseta.

Pedra de Roseta

Fragmento de estela (espécie de monolito) de basalto negro descoberto em 1799 em Roseta, no Egito, durante campanha de Napoleão. Datado de 196 a.C., o pedaço de rocha apresenta um decreto de Ptolomeu V em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos. A pedra de Roseta é a chave para decifração da escrita hieroglífica, que é basicamente pictórica (cada signo representa o objeto que ele significa), pelo arqueólogo Champollion em 1822. Está exposta no British Museum, em Londres.

Em 10 de novembro de 1799 (dia 18 brumário, segundo o calendário republicano) Napoleão Bonaparte, com o auxílio de militares e membros do governo, derruba o Diretório, dissolve a Assembléia e implanta o Consulado, uma ditadura disfarçada. O golpe de 18 brumário retoma princípios do Antigo Regime e encerra dez anos de lutas revolucionárias que influenciariam profundamente os movimentos de independência na América Latina e a organização dos países da Europa. Em 1804 Napoleão cria o Império, espécie de monarquia vitalícia que se sustenta pelo êxito das guerras e reformas internas.

Consulado

O Consulado é o período de 1799 a 1804, no qual Napoleão promulga uma nova Constituição, reestrutura o aparelho burocrático e cria o ensino controlado pelo Estado. Em 1801 declara o Estado leigo, com a subordinação do clero às autoridades seculares. Em 1804 promulga o Código Napoleônico, que garante a liberdade individual, a igualdade perante a lei, o direito à propriedade privada, o divórcio e incorpora o primeiro código comercial. Em 1805 a França volta a adotar o calendário gregoriano. Napoleão realiza um governo ditatorial, com censura à imprensa e repressão policial, com o apoio do Exército.

Império

Após um plebiscito, Napoleão coroa-se imperador, em 1804, com o nome de Napoleão I. Intervém em toda a Europa, derrotando as tropas austríacas, prussianas e russas, e passa a controlar a Áustria, Holanda, Suíça, Itália e Bélgica. Avança na Espanha mas enfrenta resistência de guerrilheiros locais. Temendo a expansão napoleônica, a família real portuguesa foge em 1808 para o Brasil, sua colônia na América. Em 1812 o Império Napoleônico incorpora 50 milhões dos 175 milhões de habitantes do continente europeu e introduz as reformas burguesas nos demais países da Europa, quebrando as estruturas feudais remanescentes. Impõe o sistema métrico decimal, implanta o direito moderno e difunde amplamente as idéias de liberdade e igualdade da Revolução Francesa.

Bloqueio Continental

É decretado por Napoleão, em 1806, contra a Inglaterra, após a derrota dos exércitos franceses em Trafalgar, na Espanha. A França proíbe que qualquer país europeu abra seus portos ao comércio com a Inglaterra. O objetivo é enfraquecer os ingleses e reservar o mercado continental europeu às manufaturas francesas. O bloqueio recebe a adesão da Espanha e da Rússia em 1807. Portugal, aliado da Inglaterra, recusa-se a aderir e é invadido pelas tropas francesas.

Campanha da Rússia

Em 1812, a pretexto de punir o abandono do Bloqueio Continental pela Rússia, Napoleão declara guerra a Moscou, mas a campanha, em pleno inverno, é um desastre. Diante da iminência da invasão o governador russo ordena que as pessoas abandonem Moscou e incendeia a cidade. O Exército napoleônico encontra apenas destroços. Dos 600 mil homens, sobram cerca de 37 mil para fazer a retirada.

Napoleão Bonaparte (1769-1821), um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos, nasce em Ajácio, na Córsega (ilha do Mediterrâneo sob administração da França), filho de família pobre mas dona de um título de nobreza da República de Gênova. Destaca-se como oficial de artilharia desde 1785.

Adere à Revolução e transforma-se num dos principais estrategistas do novo sistema de guerra de massa. Faz uma carreira meteórica e se destaca pela originalidade nas campanhas militares.

Promovido em 1793, torna-se o mais jovem general do Exército francês com apenas 24 anos. Após a queda de Robespierre é detido sob acusação de ser jacobino, mas depois é encarregado de dirigir a repressão ao levante monarquista de Paris, em 1795. Em 1796 casa-se com Josefina. Entre 1796 e 1799 é o comandante-em-chefe do Exército nas campanhas da Itália, contra os austríacos, e do Egito, contra os ingleses. Além de hábil estrategista, tem grande capacidade de empolgar as tropas exultando glórias e prometendo riquezas. Em 18 brumário do ano VIII do novo calendário da República (10 de novembro de 1799), lidera um golpe de Estado, instala o Consulado e faz-se eleger cônsul-geral.

Promulga uma Constituição de aparência democrática. Divorcia-se da imperatriz Josefina em 1809. Em 1814, depois da desastrada Campanha da Rússia, é derrotado pelos exércitos aliados adversários dos franceses e obrigado a abdicar. Napoleão se exila na ilha de Elba, na costa oeste da Itália. No ano seguinte organiza um exército e tenta restaurar a monarquia (Governo dos Cem Dias) mas é derrotado na Batalha de Waterloo. É deportado e preso na ilha de Santa Helena, no meio do oceano Atlântico (na altura da Namíbia), onde morre aos 52 anos.

Queda de Napoleão

A derrota de Napoleão na Rússia incentiva a formação de uma coalizão reunindo russos, ingleses, espanhóis, prussianos, suecos e austríacos contra a França. Em 1813, os exércitos aliados conseguem derrubar o sistema napoleônico e libertar a Alemanha, a Holanda e o norte da Itália. Em 1814 tomam Paris e formam um governo provisório, dirigido por Talleyrand, que depõe Napoleão. Ele abdica do posto do imperador e exila-se na ilha de Elba, que obtém como principado. Os Bourbon retornam ao poder e entronizam Luís XVIII, irmão de Luís XVI (guilhotinado durante a Revolução Francesa).

Governo dos cem dias

Em março de 1815 Napoleão organiza um exército e volta à França para restaurar seu governo prometendo agora defender ideais democráticos. As tropas do rei Luís XVIII, enviadas para conter o avanço de Napoleão, acabam se unindo ao ex-imperador, que chega a Paris como herói e toma o trono. A família real foge mas as nações vizinhas, lideradas pela Inglaterra, se mobilizam para derrubá-lo novamente. Depois de cem dias no poder, Napoleão é derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica. Preso pelos ingleses, é deportado para a ilha de Santa Helena, no meio do Atlântico, onde morre em 5 de maio de 1821. Luís XVIII retoma o poder em 1815.

Congresso de Viena

Em 1815, com a derrota de Napoleão, representantes dos países europeus, principalmente Áustria, Inglaterra, Rússia e Prússia, reúnem-se para reorganizar o mapa político da Europa e do mundo. Redistribuem entre os vencedores os territórios do Império Napoleônico e tentam abafar os ideais da Revolução Francesa.

Devido às festas e banquetes constantes fica conhecido como o “congresso que não anda: dança”.

Santa Aliança

É criada como instrumento de conservadorismo para impedir o avanço do liberalismo. Os monarcas da Rússia, Áustria e Prússia comprometem-se a estabelecer defesa mútua e governos de natureza cristã. Não têm a adesão da Inglaterra, que defende seus interesses econômicos e liberais. Dissolve-se entre 1822 e 1827.

Doutrina Monroe

Diante da decisão da Santa Aliança de intervir contra qualquer aspiração nacionalista ou liberal e da crescente expansão territorial dos Estados Unidos, o presidente norte-americano James Monroe estabelece, em 1823, uma doutrina que proíbe qualquer Estado europeu de estabelecer colônias no Novo Mundo. “A América para os americanos” é o slogan que justifica, daí em diante, a intervenção dos Estados Unidos nos demais países do continente americano.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br

Império Napoleônico

Expansão Napoleônica

Napoleão foi um dos maiores estrategistas militares dos ultimos tempos, conseguindo ao mesmo tempo o apoio de burquesia e camponeses. Desenvolveu uma rápida carreira no cenário político-militar francês. Aos 24 anos era promovido a general, aos 30 tornou-se cônsul e aos 35 era imperador. Sua primeira tarefa era eliminar o perigo externo (Inglaterra). Para isso avançou sobre a segunda coligação (Inglaterra,Áustria e Rússia). Em 1800 a Áustria foi derrotada na batalha de Marengo e 2 anos depois, em 1802 Inglaterra e França assinaram a Paz de Amiens que na verdade foi apenas uma trégua. Em 1803 se formou uma nova aliança anti-francesa (formada pelos mesmo países da segunda) se opondo a Espanha que havia apoiado a França.

Em outubro de 1805, a marinha franco-espanhola foi dizimada na batalha de Trafalgar pela esquadra britânica comandada pelo Almirante Nelson. Porém em terra se mostrava a superioridade do exército francês nas batalhas de Ulm e Austerlitz, Napoleão derrotou o exército russo e austríaco. Em 1806, Napoleão suprimia o massacrado Império romano-germânico reunindo a maioria dos estados alemães e declarando a si próprio “protetor”. E no mesmo ano é formada a quarta aliança (Inglaterra, Rússia e Prússia) as tropas prussianas foram rapidamente derrotadas na batalha de Iena, enquanto os russos caíram em 1807 nas batalhas de Eylau e Friedland, assinando o tratado de Tilsit, no qual a Rússia se tornava aliada dos franceses.

Depois de derrotada a quarta aliança a França dominava praticamente todo o território europeu, os territórios que não eram comandados pelo próprio imperador estava nas mãos de parentes ou aliados, difundindo instituições francesas por toda parte. Quem poderia derrotar esse mito que era Napoleão? Fora algumas vitórias travadas em alto mar vencidas pela Inglaterra todas as outras batalhas tinham sido perdidas, já estava provada a superioridade terrestre do exército francês, todo o continente estava sob seu comando e em breve a Inglaterra iria desmoronar, pois sua burguesia era aos poucos sufocada pelo bloqueio continental.

A Espanha que antes se aliara a Napoleão se revoltou contra a França quando foi nomeado para o trono espanhol um francês seu irmão José bonaparte. Organizando em forma de guerrilha, os espanhóis destruíram o mito da invencibilidade francesa na batalha de Baylem em 1808. Em 1809 formou-se uma quinta aliança para derrotar a França (Inglaterra e Áustria) mais uma vez derrotada por Napoleão. A notícia da vitória espanhola se espalhou criando várias frentes de luta na qual o Duque de Wellington expulsou os franceses em 1811. Finalmente a Rússia decide romper o bloqueio continental causando imediata reação em Napoleão que decidiu punir exemplarmente invadindo a Rússia com um exército de 450.000 homens enquanto 150.000 ficavam postados na Polônia fornecendo armamentos necessários. Até então parecia a derrocada do Império Russo, mas estes ultilizaram uma tática que se chamou “terra arrasada” retirando-se das cidades sem enfrentar o exército frances levando o que podiam e incendiavam o que restava, envenenavam a água, destruiam plantações. Napoleão conseguiu invadir Moscou mas se surpreendeu ao ver a cidade incendiada pelos próprios russos.

O exército frances decidiu retirar-se mas se viu frente a um poderoso inimigo “o general frio” minando a tropas francesas muitos morriam de fome, sede, doenças como granguena e ao final o gigantesco exército que invadira a Rússia dos 450.000 apenas 30.000 homens retornaram com vida. Encorajados pelo enfraquecimento do Império Napoleônico, mais visível após a grande “derrota” na Rússia, formou-se a sexta aliança (Prússia, Áustria, Rússia e Inglaterra) e após sucessivas derrotas em Março de 1813 os exércitos da sexta coligação tomavam Paris na batalha de Leipzig. O império frances foi desfeito e o imperador exilado para ilha de Elba ficando em sua companhia quase 1.000 soldados. Em 1915 Napoleão foge da ilha de Elba na companhia de seus 1.000 homens e avança até o território francês.

Ciente do que ocorria, Luis XVIII enviou um batalhão para aprisioná-lo, e nas margens do rio Mure, deu-se o histórico encontro entre seu ex-imperador retomando o comando do exército.

Napoleão se aproximou a dez passos das tropas e disse: “Soldados do quinto batalhão, sou vosso imperador.

Reconhecei-me: se entre vós houver um soldado que queira me matar o seu imperador, aqui estou.”. Abriu seu capote cinzendo, os oficiais ordenaram fogo, mas os soldados se recusaram a atirar até que surgiram gritos “aqui esta o nosso general”, “viva o imperador”. Contando com apoio de vários soldados que engrossavam suas fileiras pelo caminho Napoleão avançava rapidamente a caminho de Paris.

Luis XVIII fugiu para a Bélgica e Napoleão tomava o poder pela segunda vez, formou-se a sétima aliança. Foi finalmente derrotado na batalha de Waterloo na Bélgica. Ele pede proteção ao governo britânico e abdica o trono, é exilado para ilha de Santa Helena (costa africana no atlântico sul) onde veio a falecer em 1821.

Fonte: www.ohistoriador.hpg.ig.com.br

Veja também

Criptologia

PUBLICIDADE Criptologia é a ciência preocupada com a comunicação e armazenamento de dados de forma …

Stonehenge

PUBLICIDADE Stonehenge – Monumento Stonehenge é um dos monumentos mais famosos do mundo. Fica na planície …

Neolítico

PUBLICIDADE Neolítico – O que é O termo Período Neolítico refere-se ao último estágio da …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.