Pérsia

PUBLICIDADE

Pérsia – História

Pérsia, região histórica do sudoeste da Ásia associado à área que hoje é o Irã moderno, está entre as regiões habitadas mais antigas do mundo.

O termo Pérsia foi usada durante séculos e teve origem a partir de uma região do sul do Irã anteriormente conhecido como Pérsia, alternativamente, como pars ou Parsa, Fars modernos.

O uso do nome foi gradualmente estendido pelos antigos gregos e outros povos que se aplicam a todo o planalto iraniano.

O povo daquela região, tradicionalmente chamado seu país Irã, “terra dos arianos.”

Esse nome foi adotado oficialmente em 1935.

Sítios arqueológicos no país estabeleceram habitações humanas que datam de 100.000 anos até o Paleolítico, com assentamentos semipermanentes (mais provavelmente para grupos de caça) estabelecidos antes de 10.000 aC.

O antigo reino de Elam nesta área estava entre os mais avançados de seu tempo (seu assentamento mais antigo, o sítio arqueológico de Chogha Bonut, data de cerca de 7200 aC) antes de partes dele serem conquistadas pelos sumérios, mais tarde completamente pelos assírios, e então pelos medos.

O Império Medo (678-550 AC) foi seguido por uma das maiores entidades políticas e sociais do mundo antigo, o Império Aquemênida Persa (550-330 AC), que foi conquistado por Alexandre o Grande e mais tarde substituído pelo Império Selêucida ( 312-63 aC), Pártia (247 aC-224 dC) e o Império Sassânida (224-651 dC) em sucessão.

O Império Sassânida foi o último dos governos persas a dominar a região antes da conquista árabe muçulmana do século 7 EC.

Pérsia – Origem

Achados arqueológicos, como assentamentos sazonais e ferramentas de Neandertal, traçam o desenvolvimento humano na região desde o Paleolítico até o Neolítico e o Calcolítico. A cidade de Susa (atual Shushan), que mais tarde se tornaria parte de Elam e depois da Pérsia, foi fundada em 4395 AEC, tornando-a uma das mais antigas do mundo. Embora Susa seja freqüentemente equiparado a Elam, eles eram governos diferentes; Susa foi fundada antes mesmo do período proto-elamita (c. 3200-2700 aC), embora fosse contemporâneo da cultura elamita.

Acredita-se que as tribos arianas tenham migrado para a região em algum ponto antes do terceiro milênio aC e o país seria mais tarde referido como Ariana e Irã – a terra dos arianos. ‘Ariano’ deve ser entendido de acordo com a antiga língua de Avestan iraniana, significando “nobre”, “civilizado” ou “homem livre” e designando uma classe de pessoas, não tendo nada a ver com raça – ou caucasianos de qualquer forma – mas referindo-se a Indo-iranianos que aplicaram o termo a si próprios nas obras religiosas conhecidas como Avesta. O termo ‘ariano’ interpretado como uma referência a caucasianos raciais não foi avançado até o século 19 EC.

Essas tribos arianas eram formadas por diversos povos que se tornariam conhecidos como alanos, bactrianos, medos, partos e persas, entre outros.

Eles trouxeram consigo uma religião politeísta intimamente associada ao pensamento védico dos indo-arianos – o povo que se estabeleceria no norte da Índia – caracterizada pelo dualismo e a veneração do fogo como uma personificação do divino. Esta religião iraniana primitiva considerava o deus Ahura Mazda como o ser supremo com outras divindades como Mithra (deus do sol/deus das alianças), Hvar Khsata (deus do sol) e Anahita (deusa da fertilidade, saúde, água e sabedoria), entre outros, formando o resto do panteão.

Em algum ponto entre 1500-1000 AC, o visionário persa Zoroastro (também conhecido como Zaratustra) reivindicou a revelação divina de Ahura Mazda, reconhecendo o propósito da vida humana como a escolha de lados em uma luta eterna entre a divindade suprema da justiça e da ordem e seu adversário Angra Mainyu, deus da discórdia e da contenda.

Os seres humanos foram definidos por cujo lado eles escolheram agir. Os ensinamentos de Zoroastro formaram a base da religião do Zoroastrismo, que mais tarde seria adotada pelos impérios persas e informaria sua cultura.

Os persas se estabeleceram principalmente no planalto iraniano e foram estabelecidos no primeiro milênio AEC. Os medos se uniram sob um único chefe chamado Dayukku (conhecido pelos gregos como Deioces, 727-675 aC) e fundaram seu estado em Ecbátana. O neto de Dayukku, Cyaxares (r. 625-585 aC), estenderia o território mediano até o atual Azerbaijão. No final do século 8 aC, sob seu rei Achaemenes, os persas consolidaram seu controle da região centro-oeste das montanhas Bakhityari com sua capital em Anshan.

Os elamitas, conforme observado, já estavam estabelecidos nesta área na época e, provavelmente, eram os povos indígenas. Os persas sob seu rei Teispes (filho de Achaemenes, r. 675-640 AEC) estabeleceram-se a leste de Elão no território conhecido como Persis (também Parsa, Fars moderno), que daria à tribo o nome pelo qual são conhecidos. Posteriormente, eles ampliaram seu controle da região para o território elamita, casaram-se com elamitas e absorveram a cultura. Algum tempo antes de 640 AC, Teispes dividiu seu reino entre seus filhos Ciro I (r. 625-600 AC) e Ararnamnes. Cyrus governou o reino do norte de Anshan e Arianamnes governou no sul. Sob o governo de Cambises I (r. 580-559 AEC), esses dois reinos foram unidos sob o governo de Anshan.

Os medos eram a potência dominante na região e o reino dos persas um pequeno estado vassalo. Essa situação seria revertida após a queda do Império Assírio em 612 AEC, acelerada pelas campanhas dos medos e babilônios que lideraram uma coalizão de outros contra o enfraquecimento do Estado assírio.

Os medos mantiveram o controle até serem derrubados pelo filho de Cambises I da Pérsia e neto de Astíages da Média (r. 585-550 aC), Ciro II (também conhecido como Ciro, o Grande, rc 550-530 aC), que fundou o Império Aquemênida.

Pérsia – Localização

Pérsia está situada entre a Mesopotâmia, o Golfo Pérsico e o Oceano Índico, a Índia e o Turquestão, na Ásia Central.

Seu clima é seco e quente. Quase não chove ali.

O solo é árido, com pequenas faixas férteis nos vales, onde se formam oásis.

Os povos medos e os persas, habitantes do planalto iraniano, pertenciam ao grupo dos indo-europeus que viviam nas estepes orientais do Mar Cáspio e denominavam-se ários, que quer dizer nobres. Os medos (povos) estabeleceram-se na parte setentrional dos Montes Zagros, próximos da Assíria, por volta do século IX a.C.

Eram altos, bons cavaleiros, valentes. Dedicavam-se à agricultura e ao pastoreio. Trabalhavam o cobre, o bronze e o ouro.

História Política

As origens

No século VIII a.C. os assírios, no apogeu do seu militarismo, dominaram os medos. As tribos, distintas e vencidas, uniram-se na luta contra o invasor. No século seguinte estavam formando o Reino Medo, com a capital em Rebátana.

Os reis medos

Segundo a tradição, Déjoces foi o primeiro rei medo. Ciáxares (625 a 585 a.C.), com um exercito bem armado e disciplinado, impôs o seu domínio aos persas e tentou aniquilar o poderio assírio.

Auxiliado pelos caldeus e pelos citas, apoderou-se de Nínive, destruindo o Império Sargônida. Astíages (585 a 548 a.C.) continuou a política expansionista do seu pai Ciáxares. Foi destronado por Ciro.

Pérsia – Império Persa

Império Persa

A História do Império Persa começa em 549 a.C. graças a Ciro “ Grande” e se estende até 330 a.C., apesar do curto tempo o Império Persa é conhecido como o maior Império de sua época, no seu auge o Império se estendia nos países que conhecemos hoje: Irã, Iraque, Líbano, Líbia, Grécia, Afeganistão, Jordânia, Israel, Egito, Turquia, Kuwait, Palestina, Geórgia, Chipre, Cazaquistão, Turcomenistão, Azerbaijão e Paquistão.

O surgimento do Império Persa se deve a junção de dois povos, os meados que tem origem da Ásia Central e os persas do sul da Rússia, estes dois povos se encontram no lesta da Mesopotâmia, tendo com grande personagem deste evento Ciro “o Grande”.

Ciro o grande (560 a 529 a.C.). Segundo a tradição, Ciro o fundador do Império Persa, era neto de Astíages e filho da princesa Mandane, casada com Combises, príncipe persa. Educado por pastores, tornou-se posteriormente guerreiro.

Notável administrador, recebeu o titulo de “rei do mundo” Fundou Pasárgada. Estabeleceu um sistema de correios. Tratou bem os vencidos, respeitando sua religião e seus costumes.

Suas conquistas militares mais notáveis foram:

a) Reino da Média;
b) Reino da Lídia, onde se apoderou da fabulosa riqueza do rei Creso. nomeado seu conselheiro;
c) Babilônia, onde foi auxiliado pelos aristocratas, sacerdotes e mercadores babilônicos, que lhe abriram as portas da cidade. Os hebreus cativos foram libertados;
d) Cidades gregas do litoral do Mar Egeu.

Ciro morreu em 529 a.C., combatendo os massagetas, nômades da Asia Central.

O sucessor de Ciro é o seu filho que é oposto do pai no sentido de respeitos os outros povos, ele é conhecido por Cambises. O grande feito de Cambises foi dominar o Egito, a sua morte é dada de foram misteriosa.

Para ficar a frente do Império Persa Dario I assume o poder em 521 a.C. considerado o mais importante rei Pérsia, foi à frente do seu comando que o Império tem seu auge, Dario I amplia as terras dominadas, e sua morte é em uma batalha contra os atenienses. A grande contribuição que ele deixou foi o complexo aparelhamento político-administrativa do Império.

Ao longo de sua trajetória Dario I sempre teve de seu exército, mais sempre foi uma pessoa com bastante bondade sobre os povos dominados.

Por conta de o Império Persa ter um enorme território, Dario I dividiu a Pérsia em províncias para facilitar a administração publica, desta forma ele dividiu a Pérsia em 20 províncias, colocando para governa cada província um membro da nobreza. Estes governadores tinham a responsabilidade de manter a justiça e a ordem, fiscalizar os tributos pagos e administrar a organização e construções publicas.

Apesar de o rei ter cedido à província para o nobre governa, o rei também direcionava um general e um secretario para fiscalizar o governo na província, sendo esta um forma de manter o nobreza com boas atitudes e fazer seu trabalho.

O rei Persa se preocupava com a ordem nas províncias, pois ainda não satisfeito com o nobre, general e o secretario, era mandado com frequência fiscais às províncias para vê a ordem pública esta sendo mantida.

Dario com preocupação em deixar as transações comerciais mais simples e fáceis criou a moeda, que era feita de ouro ou prata, válida para todo o Império, esta moeda foi batizada pelo nome de dárico, e somente o rei detinha do poder de mantar fazer estas moedas.

Devido as importante estradas construídas pelo persas, o transporte e a comunicação entre as cidade eram feitas de forma inteligente e rápidas devido a logística que as estradas forneciam.

Nas estradas do Império a cada 20 quilómetros eram fornecidos áreas de descanso para os viajantes, os mensageiros do rei poderiam troca de cavalo para que suas viajem fossem mais rápidas. Distancias de 2500 km, eram feitas em menos de duas semanas.

A base da riqueza Pérsia era a agricultura, pois esta atividade econômica proporcionava ao Império grandes fortunas, mantendo comercio com Egito, índia e Fenícia.

A classe social responsável em promover a agricultura era o povo o camponês, que viviam em extrema miséria, porque não eram os donos das terras e eram obrigados a entregar quase toda a sua produção para o dono da terra. Além de ter que trabalhar de graça para as obras públicas como nas construções de estradas, palácios e outra qualquer obra do rei.

Desta forma o Império Persa explorava seu povo, e mantinha o exército e a grandeza do Estado.

A religião persa tem como fundador o profeta Zoroastro. Porém tem seu fortalecimento com o sacerdote Magi, que adotou o dualismo com forma de representação divina, para os persas existia dois deus o do bem que foi o Mazda e do mal representado por Arimã. Para um melhor entendimento da religião persa, era foi muito parecida com o cristianismo e islamismo, devido à composição de suas fés, representatividade divina e do mundo, também a forma que o homem deveria agir sendo sempre bom honesto e justo com o próximo.

Lembrando que o zoroastrismo foi o criador do dualismo, sendo à base das crenças como o cristianismo, judaísmo e islamismo.

Além da sua religião fica de grande legado do Império Persa a arquitetura dos palácios, a originalidade de seus trabalhos em tijolos esmaltados e a escultura.

Cambises

Era filho de Ciro – auxiliado pelos fenícios, cipriotas e semianos, conquistou o Egito, em 525 a.C. na batalha da Pelusa. Saqueou túmulos, surrou a múmia de um faraó e matou o Boi Ápis.

Tentou conquistar a Etiópia cujas riquezas eram lendárias.

Cambises morreu em 523 a.C. a caminho da Média em circunstância misteriosas.

Dario I, o Grande (521 a 485 a.C.) Filho de Histaspes, conselheiro de Ciro, foi notável administrador e guerreiro. Venceu a Trácia e a Macedônia. Formou uma satrapia na região ocidental do Rio Indo.

Combateu os gregos na primeira guerra média.

Realizou grandes obras administrativas, entre as quais:

a) pacificou e reorganizou o Imperio, dividindo-se em satrapias para facilitar a administração;
b) cunhou moedas de ouro e prata chamadas “dáricas”,
c) construiu estradas que ligavam as satrapias as cidades onde residia o soberano. A “estrada real” entre Sarde e Susa tinha 2500Km;
d) aperfeiçoou o sistema de correios.

Império Persa – Decadência

As causas da decadência do Império Persa foram:

a) as guerras continuas;
b) a grande extensão do Império;
c) a incapacidade dos sucessores de Dario I;
d) as intrigas palacianas.

O domínio macedônico

No reinado de Dario III (336 a 330), o império Persa caiu sob o domínio de Alexandre Magno, rei macedônio.

Organização Política

Monarquia absoluta: O governo Pérsico era estruturado na monarquia até o surgimento de Dario I. Com os seus sucessores o poder real decaiu, passando o monarca a dividi-lo como os nobres.
O rei persa: 
Era chamado “rei dos reis”, residia alternadamente em ecbátana, Susa, Pasárgata e Persépolis, Sua corte era deslumbrante.
Satrapas: 
Eram os governadores de satrapias, eram representantes do rei com poderes para recrutar soldados, praticar justiça, cobrar impostos e realizar obras públicas.
O general:
 Comandava as tropas de ocupação e seu poder contrabalançava com o do sátrapa.
Secretário Real:
 Era o delegado pessoal do rei junto ao sátrapa.
Visão do Rei: 
Eram inspetores reais, que fiscalizavam as satrapias.

Organização Social

Os nobres

Os nobres eram privilegiados, donos de vasta propriedades, exerciam grande influência na direção dos negócios políticos e sobre os camponeses.
Os sacerdotes eram chamados de magos, tinham grande influência social, Não só pela função que desempenhavam mas também pelas suas riquezas e sabedoria.

Os camponeses: Os camponeses eram fortes, rústicos, constituíam a maioria da população. Viviam simplesmente como agricultores ou nômades nas planícies e montes da meseta do Irã.

Religião

Masdeísmo

Organizado por Zoroastro ou Zaratustra.
Com excelentes normas de moral, tem seus fundamentos fixados no “Avesta” livro sagrado.

Admite a existência de duas divindades independentes, hostis e opostas: ORMUZ-MAZDA e ARIMÃ.

Ormuz-Mazda – criador de tudo que é bom na terra:
O direito, a justiça, a felicidade dos homens, o sol, a água, as árvores, os animais domésticos, os pássaros, porque vivem na luz, e o gato, que anuncia o dia.
Concedia favores aos que: não mentissem, não contraíssem dividas, não concebessem maus pensamentos, cultivassem a terra, fossem chefes de família.
Arimã: Fonte de todo o mal:
 escuridão, doenças, vícios, crimes, miséria, secas, serpentes, parasitas, aves de rapina.

A luta entre o Bem e o Mal

Na luta entre o bem e o mal o espirito do Bem, auxiliado pelos “gênios benéficos”, devia sustentar luta contra o espirito do Mal, ajudado pelos “demônios infernais”. Esta luta terminaria com a vitória de Ormuz-Mazda.

As características do Masdeísmo são:

Dualismo;
Crença na imortalidade da alma, na vinda de um messias, na ressurreição dos mortos, no juízo final;
Condenação da cobiça, calúnia, usura, ascetismo, jejum;
Divindades não representadas em escultura;
Inexistência de templos

Economia

A agricultura ocupou o primeiro lugar entre as atividades econômicas dos persas. Cultivaram grandes variedades de frutos, cereais e flores.

Na indústria, fabricavam tecidos de luxo, joias, armas, mosaicos esmaltados, móveis finos.

O comércio persa estendeu-se por terra, até a Fenícia, Egito e Índia. Por mar, pelo Golfo Pérsico e mares da Índia, reduzindo-se as operações ao intercâmbio com produtos naturais e manufaturados.

Artes

Nas artes os persas não foram originais. Receberam influência dos assírios, dos hititas, dos babilônios e dos egípcios.

Na arquitetura foi a mais importante arte dos persas. Construíram palácios, com egípcias, porém mais leves.

As principais construções foram:

Palácios de Ciro, em Pasárgata;
Palácio de Dario, em Persépolis.

Os Persas também foram ótimos escultores – as estátuas de touros alados dos persas lembraram as da Assíria.

Ciências e as Letras

Os persas não foram bons em ciências.

A literatura era pobre e de caráter religioso. Deixaram apenas algumas inscrições lacônicas.

A escrita – receberam a escrita cuneiforme dos sumerianos e adaptaram-na à sua própria língua.

Contribuições

Forma despótica de governo
E uma religião mais coerente e de bons valores moral.

Império Persa – Resumo

Povos do Irã: medos e persas.
Reis medos: Déjoces, Ciáxares e Astiages.
Reis persas: Ciro, Cambises, Dario I e Dario III.
Governo: rei absoluto, sátrapa, general, secretario real, inspetor real.
Sociedade: nobres, sacerdotes, camponeses.
Religião: Masdeísmo ou Zoroastrismo; dualista, imortalidade da alma, juízo final, vinda do Messias.
Economia: agricultura: atividade básica.
Artes, letras e ciências: sem importância.

Antiga Pérsia

Antiga Pérsia é uma parte importante da História Mundial. Datadas de antes do Período Neolítico, as primeiras comunidades na Antiga Pérsia domesticavam animais e plantavam para colher trigo.

O atributo mais distinto dos persas era a sua olaria pintada.

A olaria era muito abundante em artefatos como pode ser comprovado nos vários sitios arqueológicos persas encontrados.

O Império Persa governou muitos outros impérios, incluíndo a Mesoptâmia, Egipto, Síria, e algumas partes da Ásia Menor e India. Os persas dominaram a Mesoptâmia desde 612 a 330 A.C. Por volta de 520 A.C., Dário I subiu ao trono da Pérsia.

Ele fez grandes obras e realizações para o Império Persa, incluindo a construção da cidade Persepolis a Capital ceremonial do Império Achaemeniano. Outros reis mais tarde desenvolveram Persepólis, contudo o maior crédito foi dado por Dário I.

Com a construção de grandes monumentos e templos. Infelizmente, a capital ceremonial foi reduzida a colunas,escadas, e aos portões do grande palácio depois de ter sido incendiado por Alexandre o Grande em 331 A.C.

Uma das melhores coisas que Dário realizou durante a sua carreira foi o desenvolvimento de um sistema de governo que muitos outros copiaram e adoptaram.

Este novo modelo incluía um sistema de recolha de impostos, autorizando as populações locais a manter os seus costumes religiões e a ter o seu próprio sistema de estradas.

O novo governo também apontava para um Império Persa com duas capitais oficiais, uma em Susa e outra em Persepólis.

Pérsia
A arte da Mesopotâmia e Pérsia

Dario também tinha a visão de empurrar as fronteiras da Pérsia para o Egito a Oeste e para o Oriente até ao Rio Indus.

A cidade-estado de Iónia da Ásia Menor estava também governada pela lei persa, mas eles estavam revoltados com as suas condições de vida.

O anterior governante da Pérsia, Ciro o Grande, tinha-a conquistado antes de Dário ter subido ao trono. Durante o Século V A.C., Dário liderava a Pérsia nas Guerras Persas, numa tentativa de conquistar toda a Grécia.

As Guerras arrastaram-se durante 20 anos, de 499 A.C a 479 A.C.

Elas começaram quando um tirano local começou, o governador de Miletus, organizou a revolta contra Dário. Dárius esmagou a revolta, contudo perdeu a guerra ao longo dos anos.

As suas forças foram derrotadas pelos gregos na histórica Batalha de Maratona em 490 A.C.

Dário morreu antes das guerras terem acabado completamente.

O seu filho e seu sucessor, Xerxes, tentou continuar com o plano de expansão do seu pai.

Eventualmente, contudo, Xerxes viu o seu exército ser derrotado numa longa jornada pelos gregos, e um ano depois ele retirou-se, as guerras acabaram e a Pérsia perdeu.

Pérsia, um Império no Planalto

A região planáltica que se estende junto ao golfo Pérsico, onde hoje se encontra o território do Irã, era ocupada por medos e persas, povos de origem indo-européia.

Temendo o avanço dos assírios durante a ocupação da Mesopotâmia, os dois povos se uniram, depois de décadas de disputas e domínio dos medos, sob a liderança de um único chefe persa, Ciro I.

Esse primeiro rei persa iniciou a expansão do império no século V a.C., ocupando a Mesopotâmia.

Seus sucessores, Cambises e Dario I, continuaram a política expansionista dos persas. O primeiro conquistou o Egito e o segundo dominou a Índia, a Ásia Menor e algumas colônias gregas na Europa.

Desde o início da formação do império, os persas procuraram manter a autonomia cultural e religiosa, dos povos conquistados. Com o objetivo de controlar os diversos povos, Dario criou uma sólida organização administrativa, baseada na autonomia relativa das satrapias, que eram províncias governadas pelos satrapas.

Além disso, havia um rígido regime de cobrança de impostos e tributos e de prestação de serviço militar.

Para manter o controle político e administrativo desse vasto império dividido em províncias, os reis persas construíram uma longa estrada. Composta por mais de 2 mil quilômetros, essa estrada tornou-se a principal rota comercial entre o Oriente e a Europa.

Dario e depois Xerxes tentaram manter o projeto expansionista ao invadir a Grécia. No entanto, após vários fracassos e o enfraquecimento do império, Alexandre, o Grande, da Macedônia, derrotou e conquistou o Império Persa em 330 a.C.

A formação desse vasto império, composto por diversos povos, foi responsável por um interessante cenário cultural, em que a mistura da cultura oriental e da ocidental constituiria um marco.

De um lado, a cultura persa era influenciada pela cultura egípcia, mesopotâmica e grega; de outro, ela influenciou, de maneira original, a religião desses povos.

A religião popular dos persas, o zoroastrismo, acrescentou às outras religiões elementos como a luta entre o bem e o mal, o dever de praticar a justiça e o bem, para ser acolhido no paraíso, e a ideia de juízo final.

Civilização Persa

civilização persa conheceu grande esplendor com a dinastia aquemênida, que manteve longa disputa com as cidades gregas pela hegemonia na Anatólia e no Mediterrâneo oriental.

O território central da civilização persa foi o planalto do Irã, entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico, um dos grandes focos de civilização do rio Indo e da Mesopotâmia.

Segundo Heródoto e outros historiadores gregos da antiguidade, o nome Pérsia deriva de Perseu, antepassado mitológico dos soberanos daquela região.

Desde tempos ancestrais, sucessivos grupos étnicos estabeleceram-se na região. Ao longo do terceiro e do segundo milênios anteriores à era cristã foram formados os reinos dos guti, dos cassitas e dos elamitas, entre outros.

No segundo milênio surgiram também as primeiras tribos indo-européias, provavelmente originárias das planícies do sul da Rússia, e no início do primeiro milênio ocorreu a segunda chegada de povos indo-europeus procedentes da Transoxiana e do Cáucaso, entre os quais estavam os medos e os persas.

Os dois grupos são mencionados pela primeira vez em inscrições da época do rei assírio Salmanasar III, por volta do ano 835 a.C. Entre os séculos IX e VII a.C. ocorreu o estabelecimento, em solo iraniano, de povos citas chegados através do Cáucaso. Acredita-se que os citas já tivessem se diluído entre os povos árias quando surgiu a figura de Ciaxares, que levou os medos ao auge de seu poderio.

Rei dos medos entre 625 e 585 a.C., Ciaxares reorganizou o exército – com a adoção de unidades de arqueiros montados – e, depois de unir suas forças às da Babilônia, enfrentou o poder hegemônico da região, o da Assíria, cuja capital, Nínive, foi destruída em 612.

Arqueiros persas no palácio de Dario em Susa.

Medos e babilônios dividiram entre si o império assírio. Astíages, que reinou de 585 a 550 a.C., herdou do pai um extenso domínio, que compreendia a planície do Irã e grande parte da Anatólia.

Dinastia Aquemênida

O rei persa Ciro o Grande, da dinastia aquemênida, rebelou-se contra a hegemonia do império medo e em 550 a.C. derrotou Astíages, apoderou-se de todo o país e em seguida empreendeu a expansão de seus domínios. A parte ocidental da Anatólia era ocupada pelo reino da Lídia, ao qual estavam submetidas as colônias gregas da costa da Anatólia.

Uma hábil campanha do soberano persa, que enganou o rei lídio Croesus com uma falsa operação de retirada, teve como resultado sua captura, em 546 a.C.

A ocupação da Lídia se completou mais tarde com a tomada das cidades gregas, as quais, à exceção de Mileto, resistiram durante vários anos.

A ambição de Ciro voltou-se então para a conquista da Babilônia, a poderosa cidade que dominava a Mesopotâmia.

Ciro tirou proveito da impopularidade do rei babilônio Nabonido e apresentou-se como eleito pelos deuses da cidade para reger seu destino, e, apoiado pela casta sacerdotal, dominou-a facilmente em 539 a.C.

Sucedeu a Ciro o Grande seu filho Cambises II, que em seu reinado, de 529 a 522 a.C., empreendeu a conquista do Egito, então governado pelo faraó Ahmés II, da XXVI dinastia.

Ahmés tentou defender suas fronteiras com a ajuda de mercenários gregos, mas, traído por estes, abriu as portas do Egito a Cambises, que cruzou o Sinai e destroçou o exército de Psamético III, sucessor de Ahmés, na batalha de Pelusa.

A capital egípcia, Mênfis, caiu em poder dos persas e o faraó foi aprisionado e deportado. Do Egito, Cambises tentou levar a cabo a conquista de Cartago, o poderoso império comercial do Mediterrâneo ocidental, mas a frota fenícia negou-se a colaborar com a campanha, o que a inviabilizou.

Ao retornar de uma vitoriosa expedição à Núbia, o exército persa foi dizimado pela fome. Enquanto isso, um impostor, fazendo-se passar por irmão de Cambises, apoderou-se da parte oriental do império.

Cambises morreu quando descia o Nilo com o resto de suas tropas. Dario I reinou entre 522 e 486 a.C. Um conselho de nobres persas decidiu reconhecer como herdeiro de Cambises um príncipe da casa real, Dario, que se distinguira como general dos exércitos imperiais por mais de um ano.

Os esforços para consolidar-se no trono ocuparam o novo “rei dos reis”, que soube manejar habilmente o castigo e o perdão, até que as forças inimigas foram dizimadas em todo o império.

Tão logo se livrou de seus adversários, Dario prosseguiu com a política de expansão e incorporou a seus domínios grandes territórios do noroeste do subcontinente indiano (mais tarde o Paquistão).

Depois, as tropas persas tentaram, com pouco êxito, estabelecer o controle das terras litorâneas do mar Negro, para opor obstáculo ao comércio grego. Em 500 a.C., as colônias helênicas da Anatólia se rebelaram contra a autoridade imperial, apoiadas por Atenas. A reação tardou vários anos, mas depois da derrota da frota grega em Mileto, o exército persa recuperou todas as cidades rebeldes.

Quando, no entanto, o imperador persa tentou tomar as cidades da Grécia européia, sofreu a derrota de Maratona, em setembro de 490 a.C. Dario começou a recrutar um enorme exército para dominar a Grécia, mas morreu em 486, ao tempo em que a rebelião do Egito proporcionava um repouso aos helênicos. As principais atividades de Dario o Grande à frente do império persa foram as de organização e legislação.

Dividiu o império em satrapias (províncias), a cada uma das quais fixou um tributo anual. Para desenvolver o comércio, unificou a moeda e os sistemas de medidas, construiu estradas e explorou novas rotas marítimas.

Respeitou as religiões locais e parece ter, ele mesmo, introduzido o zoroastrismo como religião estatal. Deslocou a capital para Susa e construiu um palácio em Persépolis.

O exército persa, antes formado mediante recrutamento em tempo de guerra, foi reorganizado por Ciro e depois por Dario, que criaram um exército profissional e permanente, só reforçado por recrutamento geral em caso de guerra. A elite do exército profissional era constituída pelos “dez mil imortais”, guerreiros persas ou medos, dos quais mil integravam a guarda pessoal do imperador.

Imperador entre 485 e 465 a.C., Xerxes, filho de Dario I, reprimiu duramente a revolta que abalou o Egito no momento em que subiu ao trono, e abandonou a atitude respeitosa de seu pai frente aos costumes das províncias.

Nova revolta, na Babilônia, foi dominada em 482 a.C. Conseguida a pacificação do império, o exército de Xerxes invadiu a Grécia dois anos mais tarde. Depois de vencerem a resistência grega nas Termópilas, os persas tomaram e incendiaram Atenas, mas foram derrotados na batalha naval de Salamina. A derrota de Platéias, em 479 a.C., conduziu ao abandono da Grécia pelas tropas persas.

O próprio imperador perdeu o interesse por novas conquistas e dedicou-se à vida palaciana nas capitais do império até 465 a.C., quando foi assassinado. Artaxerxes I, imperador de 465 a 425 a.C., teve que enfrentar uma nova rebelião no Egito, que levou cinco anos para ser dominada. Depois do breve reinado de Xerxes II, que governou de 425 a 424 a.C., subiu ao poder Dario II, ocasião em que os governadores da Anatólia souberam aproveitar habilmente a rivalidade entre Esparta e Atenas.

Nas guerras do Peloponeso, inicialmente a Pérsia ajudou Atenas, mas depois da desastrosa campanha ateniense contra a Sicília, o império aquemênida contribuiu para o triunfo final de Esparta.

Artaxerxes II reinou de 404 a 359 a.C. e manteve a política de dividir as cidades gregas. Uma revolta levou à independência do Egito, e o império começou a se debilitar. No ano 401 a.C., pela primeira vez uma força militar grega internou-se até o centro do império persa. Dez mil mercenários, sob o comando de Xenofonte, deram apoio a Ciro o Jovem, que se rebelara contra Artaxerxes II.

Depois da derrota de Cunaxa, tiveram que empreender uma longa retirada, narrada por Xenofonte em Anábasis, até voltarem a sua pátria. Durante seu reinado, de 359 a 338 a.C., Artaxerxes III conseguiu reconquistar o Egito, o que levou o faraó a fugir para a Núbia. Enquanto isso, uma nova potência, a Macedônia, surgia nas fronteiras ocidentais do império. Seu rei, Felipe II, depois de derrotar os gregos em Queronéia, em 339 a.C., conseguiu manter toda a Grécia sob sua hegemonia.

Concluído o curto reinado de Arses (de 338 a 336), subiu ao poder o último rei aquemênida, Dario III (336 a 330). A batalha de Granico, em maio de 334, pôs o império persa em mãos do filho de Felipe, Alexandre o Grande. Dario III foi assassinado pouco depois de fugir de Persépolis.

A formação e o desenvolvimento do império aquemênida significaram a criação de um vasto espaço político no mundo, no qual reinou uma tolerância até então desconhecida. Os impérios anteriores – o egípcio, o babilônio, o assírio – tinham uma visão política muito mais localista. O império aquemênida foi precursor, em certa medida, dos sonhos universalistas de Alexandre e de Roma.

Graças a sua tolerância teve lugar nele, e a partir dele, uma fermentação filosófica, científica, econômica e religiosa de vastas consequências no mundo antigo.

império aquemênida esteve na origem das nações mais antigas do mundo.

Fonte: www.consulteme.com.br/historiaantiga.org/sites.google.com/www.nomismatike.hpg.ig.com.br/www.worldhistory.org

Veja também

Criptologia

PUBLICIDADE Criptologia é a ciência preocupada com a comunicação e armazenamento de dados de forma …

Stonehenge

PUBLICIDADE Stonehenge – Monumento Stonehenge é um dos monumentos mais famosos do mundo. Fica na planície …

Neolítico

PUBLICIDADE Neolítico – O que é O termo Período Neolítico refere-se ao último estágio da …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.