Igreja Medieval

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Igreja Medieval – História

Igreja Medieval desempenhou um papel muito maior na Inglaterra medieval do que a Igreja faz hoje. Na Inglaterra medieval, a Igreja dominou a vida de todos.

Todas as pessoas medievais – sejam eles vila camponeses ou vilas pessoas – acreditava que Deus, o céu eo inferno todos existiu. Desde o mais antigo dos tempos, as pessoas foram ensinadas que a única maneira que poderia chegar ao céu foi se a Igreja Católica Romana deixá-los.

Todo mundo teria sido aterrorizada com o inferno e as pessoas teriam sido informados dos horrores pura aguardando por eles no inferno nos serviços semanais que participaram.

O controle A Igreja tinha controle total sobre as pessoas.

Os camponeses trabalhavam de graça em terras Igreja. Isto provou ser difícil para os camponeses como o tempo que passaram a trabalhar em terras Igreja, poderia ter sido melhor gasto trabalhando em seus próprios lotes de produção de alimentos para suas famílias da terra.

Eles pagaram 10% do que ganhavam em um ano para a Igreja (este imposto foi chamado dízimo).

Dízimos poderia ser pago em dinheiro ou em bens produzidos pelos camponeses. Como os camponeses tinha pouco dinheiro, eles quase sempre tinha de pagar em sementes, grãos colhidos, animais etc.

Isso geralmente causavam para o camponês uma série de dificuldades, como sementes, por exemplo, seria necessário para alimentar uma família no ano seguinte.

O que a Igreja arrecadava em dízimos foi mantido em grandes celeiros de dízimos; uma grande parte do grão armazenado teria sido comido por ratos ou envenenado por sua urina.

A falta de pagamento de dízimos, a Igreja convenciam os camponeses que a suas almas iriam para o inferno depois de terem morrido.

Esta é uma das razões por que a Igreja era tão rica.

Uma das razões Henry VIII queria reformar a Igreja foi se apossar do dinheiro da Igreja Católica.

As pessoas estavam com muito medo de não pagar dízimos, apesar das dificuldades que significava para eles.

A Igreja também não tinha que pagar impostos. A grande soma de dinheiro fizeram a Igreja muito mais ricos do que qualquer rei da Inglaterra neste momento.

A enorme riqueza da Igreja é mostrado melhor nos seus edifícios: catedrais, igrejas e mosteiros.

Na Inglaterra medieval, os camponeses viviam em casas Cruck (casa medieval).

Igreja Medieval
Cruck (casa medieval)

Estes eram imundos, geralmente não mais do que dois quartos, com uma estrutura de madeira coberta de pau a pique (uma mistura de lama, palha e estrume).

Não existem mais casas Cruck atualmente – a maioria simplesmente desmoronou depois de um tempo em que foram tão mal construído. No entanto, há muitas igrejas medievais ao redor.

A forma como eles foram construídos e duraram séculos, é uma indicação de quão bem eles foram construídos e que o dinheiro da Igreja teve de investir nestes edifício.

A Igreja – Origem

Igreja Medieval

A Igreja exerceu o monopólio da ideologia, pois controlava o ensino e tinha o domínio sobre as obras escritas (iluminuras).

As escolas pertenciam às paróquias ou às abadias e seus professores eram clérigos que difundiam, através do ensino, uma visão de mundo teocêntrica. Assim, o exercício do poder estava vinculado ao domínio do saber pela Igreja.

A Igreja medieval exerceu seu domínio tanto sobre assuntos religiosos como sobre assuntos mundanos, lançando mão de vários instrumentos de coerção para impor sua autoridade.

Aqueles que não obedecessem os ditames da Igreja eram submetidos à excomunhão. Os excomungados estavam mortos para Cristo, não podiam receber os sacramentos ou ter relações com outros cristãos.

Era uma verdadeira morte social.

Um senhor feudal faltoso com a Igreja poderia ter seu feudo interditado. Pela interdição a Igreja suspendia os cultos e fechava os templos do feudo, deixando a população sem o pão do espírito, o que poderia causar revoltas camponesas.

O mais violento instrumento de força utilizado pela Igreja medieval foi a Inquisição, criada em 1183, para combater as heresias que proliferavam pela Europa.

A pena de morte para bruxas e hereges foi estabelecida pelo Papa Inocêncio III (1198-1216). Esse Pontífice empreendeu a cruzada que exterminou os albigenses no sul da França, em 1209.

A Inquisição revelou-se uma reação da Igreja Católica às heresias que se contrapunham aos dogmas eclesiásticos, foi uma demonstração de força de uma instituição que estava perdendo sua hegemonia.

Dentre as heresias mais importantes destaca-se a dos albigenses, também conhecidos como cátaros, seu maior reduto foi a cidade de Albi no sul da França.

Negavam o clero católico. Os valdenses foram organizados por Pedro Valdo que pregava uma Igreja pobre e humilde e a igualdade entre os homens.

A Igreja interferia no plano econômico proibindo a usura, no plano político nomeando reis e senhores feudais, no plano militar regulando as guerras entre os senhores feudais pela da Pax Dei ou Paz de Deus ( lugares neutros onde a ação bélica era proibida), geralmente cemitérios, proximidade de templos, caminhos santos e também pela Treuga Dei ou Trégua de Deus (dias do ano nos quais a guerra era proibida) quaresma, dias santos e domingos.

A Igreja também interferia na vida cotidiana das pessoas comuns através do monopólio civil: nascimento (batismo), casamento e óbito (extrema unção).

A Igreja Católica

Igreja Católica exerceu uma influência marcante sobre a população medieval, ultrapassando em muito sua função religiosa e espiritual. Sua ação manifestava-se nos setores assistencial, pedagógico, econômico, político e mental, tornando-se o principal centro irradiador de cultura da Idade Média.

A situação da Igreja partia de uma centralizada e bem organizada estrutura, onde, em sua diocese, o bispo era responsável pela fé, pela liturgia e pela assistência social aos pobres e desvalidos, sobressaindo-se pelo poder e riqueza de sua sede. Era auxiliado pelos cônegos e pelos curas(encarregados das paróquias), também letrados e versados na Doutrina da Igreja. Bispos, cônegos e curas formavam o clero secular da Igreja(padres que viviam entre os leigos).

A cristianização do mundo rural foi facilitada pela expansão de mosteiros, abadias e conventos, instituições fundadas por grupos de padres que procuravam o isolamento do mundo para se dedicar a Deus.

Os sacerdotes que faziam parte dessas instituições formavam ordens religiosas, constituindo o clero regular da Igreja.

Os mosteiros

Os mosteiros se multiplicaram a partir da experiência de São Bento de Núrsia, que fundou, no século VI, o Mosteiro de Monte Cassino, na Itália. A regra monástica de São Bento era ora et labora – ore e trabalhe. O ócio é inimigo da alma. Assim, os irmãos devem estar ocupados, em tempos determinados, no trabalho manual e em horas determinadas também, à leitura divina. (SÂO BENTO, citado por FROHLICH, R. Curso Básico de História da Igreja. São Paulo, Paulinas, 1987, p.46.)

Nos mosteiros e nas abadias, tudo era partilhado: a oração, as refeições e o trabalho manual, valorizado e elevado à categoria de oração a serviço de Deus. Os monges trabalhavam nas bibliotecas, nas oficinas e nos campos, onde desenvolveram técnicas avançadas tornando cultiváveis bosques e terrenos baldios, servindo de exemplo aos camponeses.

Os monges realizaram também vasta obra de ação social, distribuindo esmolas aos mendigos, hospedagem aos peregrinos e abrigo aos camponeses fugidos dos domínios. Nas amplas bibliotecas das abadias, conseguiram preservar e transmitir os textos dos autores clássicos da Antiguidade, executando traduções, transcrições e cópias de livros e documentos históricos. As ordens religiosas que mais se espalharam, fundando abadias e conventos por toda a Europa, foram as de São Bento(Beneditinos), de Cluny(Cluniacenses), de São Bruno(Cartuchos), de Cister(Cistercienses), de São Francisco(Franciscanos) e de São Domingos (Dominicanos).

Os monarcas francos, através das capitulares(decretos do rei), contribuíram decisivamente para a consolidação da Igreja na Europa.

Numa capitular para os territórios saxões, determinava-se:

Se alguém procura asilo numa Igreja, ninguém deve fazê-lo sair pela força; seja deixado aí até que ele queira sair espontaneamente.
Aquele que penetra numa Igreja com violência e aí comete roubo ou saque ou incendeia a Igreja será punido com a morte.
Aquele que mata um bispo, um padre ou um diácono também será punido com a morte.
Aquele que conforme o costume pagão faz queimar um cadáver e incinerá-lo será punido com a morte.
Aquele que sacrifica um ser humano ao diabo e o oferece, segundo rito pagão, aos demônios será punido com a morte.
Aquele que fizer voto junto de uma fonte, de uma árvore, de um bosque, ou tiver sacrificado algo à moda dos pagãos(…) pagará multas e, se não o puder, entrará no serviço da Igreja até que pague. (MONUMENTA GERMANIAE HISTÓRICA, Leges, I, 48-50. Citado por FROHLICH, Roland, op. cit., p.56)

Grande proprietária de terras e de riquezas doadas pelos reis e pelos fiéis, a Igreja manteve forte poder econômico durante a Idade Média. À frente dos domínios eclesiásticos, encontravam-se bispos e cardeais, que agiam como senhores feudais, sem muito espírito cristão.

Obtinha também grandes rendimentos através do dízimo, cujo pagamento obrigatório se generalizou na época carolíngia. Equivalia 1/10 dos frutos da terra, portanto, cristãos e não cristãos estavam sujeitos a ele.

A Igreja medieval criou normas econômicas condenando o lucro e os empréstimos de dinheiro a juros.

Essas restrições foram incorporadas pelos governantes, como demonstra essa capitular carolíngia de 806:

Todos os que compram trigo no tempo da colheita ou vinho após a vindima, não por necessidade mas com motivo oculto de cupidez por exemplo, comprar um “modium” por dois “denarli”, retendo-o até este poder ser vendido por quatro ou seis denari, ou mais estão a fazer aquilo a que chamamos um lucro ilegítimo. Mas se compram por necessidade, para seu consumo ou para distribuir pelos outros, chama-se a isso negotium. (MONUMENTA GERMANIAE HISTÓRICA, citado por DUBY, J.Guerreiros e Camponeses. Lisboa, Editorial Estampa, 1980, p.122/123.)

Ao papa, chefe supremo da Igreja Católica, cabiam as funções de presidir as cerimônias de coroação e sagração dos monarcas medievais. Como representante direto de Deus na terra, o papa se considerava superior aos reis e imperadores da cristandade.

Deus, criador do mundo, pôs no firmamento dois grandes astros para o iluminar: o Sol que preside ao dia, e a Lua que preside à noite.

Do mesmo modo, no firmamento da Igreja universal instituiu Ele duas altas dignidades: o Papado, que reina sobre as almas, e a Realeza, que domina os corpos. Mas o primeiro é muito superior à segunda. (Pronunciamento do papa Inocêncio III. Citado por FREITAS, G., op. cit. p.204.)

Essa concepção, a medida em que os reis foram recuperando sua autoridade, no decorrer da Idade Média, trouxe sérios conflitos entre as duas esferas do poder.

A mentalidade medieval

Transformações na mentalidade da população européia ocorreram lenta e claramente a partir da cristianização do Império Romano. O racionalismo e o humanismo, que caracterizaram a cultura greco- romana, foram substituídos por uma inabalável fé em Deus(o Bem) todo-poderoso, criador do Universo.

Somente a fé podia explicar o confuso mundo que cercava os homens, envolvidos com a violência de salteadores e invasores de origens diversas.

Era através dela que se conseguia proteção para vencer o Demônio(o Mal) e alcançar a salvação após a morte.

A existência e o quotidiano do homem medieval eram regulados pela religião.

Durante sua vida, recebia os sacramentos: ao nascer, o batismo, ao se casar, o matrimônio, ao morrer, a extrema-unção, e era enterrado no cemitério da Igreja mais próxima.

As estações do ano estavam marcadas pelas grandes festas religiosas(Natal, Páscoa, etc) e as semanas, pelos ofícios e missas dos domingos.

A Igreja estabeleceu também o tempo político: a Paz de Deus, fixando onde e quando se poderia combater.

A fé popular revelava-se nas concorridas peregrinações aos lugares sagrados, no brilho das festas religiosas, na arte(pinturas e esculturas) inspirada em temas bíblicos e no culto dos santos, da Virgem e das relíquias que serviam para combater o diabo e os demônios, facilitando a obtenção da salvação. Nos períodos de calamidades e de fome, tão comuns na Idade Média, a ação dos padres e monges, distribuindo esmolas e pão aos pedintes, aumentava a autoridade moral da Igreja.

Atormentado pelo temor de ser condenado à danação no Inferno, os cristãos submetiam-se às penas e ameaças de caráter religioso impostas pela Igreja, como jejuns, flagelações, peregrinações a lugares longínquos, entrada para o convento, etc. Em caso de falta muito grave, o culpado sofria a pena máxima a excomunhão isto é, ficava privado de receber os sacramentos e era evitado como se estivesse com a peste.

A vida do ser humano encontrava-se, portanto, nas mãos de Deus, porque sua existência devia-se a ele. Assim, a máxima grega ?o homem é a medida de todas as coisas?, transformou-se para o homem medieval em Deus é a medida de todas as coisas. A ação cultural e pedagógica da Igreja Na época carolíngia, foram criadas escolas nas paróquias, nas catedrais(igrejas dos bispos) e nos mosteiros.

Ministrava-se um ensino imbuído de características religiosas, isto é, a herança cultural greco-romana era transmitida devidamente interpretada e adaptada aos ideais cristãos, revelados pela Bíblia.

As crianças da área rural, que tinham acesso às escolas das paróquias, aprendiam Gramática(língua latina) e Canto. Nas escolas das dioceses e dos mosteiros, os futuros padres e os jovens nobres estudavam Gramática, Lógica, Retórica, Aritmética, Música, Geometria e Astronomia. A partir do século XIII, a Igreja regulamentou a organização das Universidades, sobressaindo-se as localidades em Paris(Sorbone), Bolonha, Salamanca, Oxford, Cambridge, Salerno, Roma e Coimbra.

Igreja Medieval – Prática Religiosa

Igreja Medieval

prática religiosa na Europa medieval (c. 476-1500 EC) foi dominada e informada pela Igreja Católica. A maioria da população era cristã, e “cristão” naquela época significava “católico”, pois inicialmente não havia outra forma dessa religião. A corrupção desenfreada da Igreja medieval, no entanto, deu origem a reformadores como John Wycliffe (l. 1330-1384 DC) e Jan Hus (lc 1369-1415 DC) e seitas religiosas, condenadas como heresias pela Igreja, como a Bogomilos e cátaros, entre muitos outros. Mesmo assim, a Igreja manteve seu poder e exerceu enorme influência na vida cotidiana das pessoas, desde o rei em seu trono até o camponês no campo.

A Igreja regulava e definia a vida de um indivíduo, literalmente, desde o nascimento até a morte, e pensava-se que continuaria seu domínio sobre a alma da pessoa na vida após a morte.

A Igreja era a manifestação da vontade e da presença de Deus na terra, e seus ditames não deviam ser questionados, mesmo quando era evidente que muitos do clero estavam trabalhando com muito mais firmeza em prol de seus próprios interesses do que os de seu deus.

Um golpe dramático no poder da Igreja veio na forma da pandemia da Peste Negra de 1347-1352 EC, durante a qual as pessoas começaram a duvidar do poder do clero, que nada podia fazer para impedir as pessoas de morrer ou a propagação da praga. Mesmo assim, a Igreja repetidamente esmagou a dissidência, silenciou reformadores e massacrou seitas heréticas até a Reforma Protestante (1517-1648 EC), que quebrou o poder da Igreja e permitiu maior liberdade de pensamento e expressão religiosa.

Igreja Medieval – Igreja Católica

Igreja Católica se originou no seio do Império Romano do Ocidente, a partir do momento que o cristianismo deixou de ser uma ameaça ao poder de Roma para tornar-se aliado.

Em 313, Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos. Mais tarde, em 391, o imperador Teodósio proclamou o cristianismo religião oficial do império.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, a Igreja deu unidade à Europa, convertendo vários germânicos ao cristianismo

Na Europa Central, vários territórios foram unificados sob seu poder, originando o que se denomina de Sacro Império Romano-Germânico.

O poder da Igreja

A Igreja foi a instituição mais poderosa da sociedade medieval do ocidente. Seu poder rivalizava com os grande reinos da Idade Média. A arquitetura religiosa, como no caso das grandes catedrais, era símbolo deste poder.

Na Idade Média, a riqueza era medida pela terra, e a Igreja chegou a ser proprietária de dois terços das terras na Europa. A maior parte dos bispos eram proprietários de terra, sendo sua função considerada, para alguns, um grande negócio.

Neste sentido, o apego de alguns setores da Igreja aos bens materiais foi alvo de muitas críticas. Este apego podia ser identificado na venda de cargos eclesiástico e relíquias religiosas.

Além disso, havia ainda a venda de indulgências, ou seja, venda de perdões. Muitos fiéis davam bens para a Igreja, na promessa de que obteriam perdão para os seus pecados. Em alguns casos, pecados maiores exigiam pagamentos mais vultosos.

Organização da Igreja

A direção da Igreja Católica estava nas mãos dos papas e bispos. Cada bispo administrava um território denominado diocese, auxiliado pelos cônegos.
Por sua vez, as dioceses eram formadas por várias paróquias, administradas por um padre.
A Igreja estava organizada como um verdadeiro estado, mais poderoso do que os reinos medievais.
Alguns mosteiros e abadias medievais eram enormes feudos, com numerosos servos.

Ordens Monásticas

As Ordens Monásticas foram fundadas por homens que dedicavam a vida à oração, ao estudo e ao trabalho manual. Algumas destas ordens foram a Beneditina, a Franciscana, a Dominicana, entre outras.
No decorrer da Idade Média, várias ordens religiosas foram fundadas com o objetivo de combater a corrupção e o acúmulo de riquezas em partes da Igreja.
O papel dos monges foi muito importante. Do ponto de vista religioso, pois eles contribuíram para a conversão dos povos germânicos ao cristianismo.
Do ponto de vista econômico, contribuíram para melhorar os métodos de produção agrícola e, do ponto de vista cultural, foram responsáveis pela conservação do conhecimento, pois muitas abadias possuíam bibliotecas.
As abadias se assemelhavam a pequenas cidades, e possuíam igrejas, grandes bibliotecas, quartos (celas), oficinas para produção e conserto, carroças, estrebarias, etc. Uma da maiores foi a Abadia de Cluny, na França.

O Canto Gregoriano

Canto Gregoriano, ou Cantochão, é o nome que se dá à música monofônica, de apenas uma melodia, sem acompanhamento.
Seu nome deriva do papa Gregório I, que comandou a Igreja entre 590 e 604. Gregório I empreendeu uma reforma na Igreja e passou a implementar este tipo de canto nas celebrações religiosas.

As Cruzadas

As Cruzadas foram movimentos militares que partiram da Europa com objetivo de livrar a Terra Santa e Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
Foram convocadas pelo papa Urbano II, em 1095. Entre a primeira e a última, passaram cerca de duzentos anos. O termo ?Cruzadas? deriva da cruz pintada nas armaduras dos voluntários.
Foram realizadas, ao todo, oito Cruzadas. Destas, considera-se que apenas a primeira teve algum êxito.
No geral, as expedições eram mal organizadas e, ao final, não cumpriram seu objetivo. Vale ressaltar que não foram apenas causas religiosas que estimularam estas expedições. Alguns aderiram para fugir da pobreza que viviam, outros iam em busca de aventuras, trabalho ou fortuna que não tinham em suas terras.
Apesar de não terem conseguido reconquistar a Terra Santa, as Cruzadas provocaram grandes mudanças, como a reabertura do mar Mediterrâneo à navegação e ao comércio europeu, além de intensificarem a crise do feudalismo, contribuindo para o ressurgimento do comércio na Europa Ocidental.

Tribunal da Inquisição

Durante a Idade Média, alguns segmentos da Igreja reforçavam a unidade religiosa de forma dominadora e repressora.
Depois das Cruzadas, à medida que sentia enfraquecida, a Igreja buscou formas mais violentas de reagir.
Neste contexto, surgiu a Inquisição, no século XIII, que consistia em um tribunal religioso que julgava e condenava pessoas consideradas hereges.
Herege era a denominação dada àqueles que manifestavam crenças ou dogmas estranhas ao catolicismo, mesmo sendo cristãos. Os praticantes de heresias eram, muitas vezes, queimados em fogueiras.
O órgão da Igreja encarregado de levar adiante as atividades da Inquisição se chamava Tribunal do Santo Ofício.

Idade das Trevas

Idade das Trevas foi um termo cunhado por Petrarca, no séc. XIV, para se referir à decadência da literatura latina.
Posteriormente, foi utilizada por protestantes, no séc. XVI, e pelos iluministas, no séc. XVIII.
O termo é depreciativo, e faz referência a um baixo grau de desenvolvimento cultural – em especial, na Alta Idade Média – devido ao controle social imposto pela Igreja.
Porém, atualmente, os historiadores contestam o termo, pois o período foi marcado pelo nascimento das universidades, o desenvolvimento de técnicas agrícolas, renascimento carolíngeo, surgimento da álgebra, entre outros.

Estrutura da Igreja e Crenças

A Igreja reivindicou autoridade de Deus por meio de Jesus Cristo que, de acordo com a Bíblia, designou seu apóstolo Pedro como “a rocha sobre a qual minha igreja será construída”, a quem ele deu as chaves do reino dos céus (Mateus 16: 18-19. ) Pedro foi, portanto, considerado o primeiro Papa, o cabeça da igreja, e todos os outros como seus sucessores, dotados da mesma autoridade divina.

Na época da Idade Média, a Igreja tinha uma hierarquia estabelecida:

Papa – o chefe da Igreja
Cardeais – conselheiros do Papa; administradores da Igreja
Bispos/Arcebispos – superiores eclesiásticos de uma catedral ou região
Padres – autoridades eclesiásticas de uma paróquia, vila ou igreja de uma cidade
Ordens Monásticas – adeptos religiosos em mosteiros supervisionados por um abade/abadessa

A Igreja mantinha a crença de que Jesus Cristo era o filho unigênito do único Deus verdadeiro, conforme revelado nas escrituras hebraicas e que aquelas obras (que se tornariam o Antigo Testamento cristão) profetizavam a vinda de Cristo. A data da terra e a história da humanidade foram todas reveladas por meio das escrituras que compõem a Bíblia cristã – considerada a palavra de Deus e o livro mais antigo do mundo – que foi consultada como um manual de como viver de acordo com a vontade divina e ganhe a vida eterna no céu após a morte de alguém.

Urbano II no Conselho de Clermont

A interpretação da Bíblia, entretanto, era uma responsabilidade muito grande para a pessoa comum, e assim o clero era uma necessidade espiritual. Para falar com Deus ou entender a Bíblia corretamente, confiava-se no padre, pois esse padre foi ordenado por seu superior que, por sua vez, foi ordenado por outro, tudo sob a autoridade do Papa, o representante de Deus na terra.

A hierarquia da Igreja manteve a hierarquia social. Alguém nasceu em uma determinada classe, seguiu a profissão de seus pais e morreu como eles. A mobilidade social era extremamente rara ou inexistente, pois a Igreja ensinava que era a vontade de Deus que alguém tivesse nascido em um certo conjunto de circunstâncias e tentar melhorar sua sorte era equivalente a afirmar que Deus havia cometido um erro. As pessoas, portanto, aceitaram seu destino e aproveitaram ao máximo.

Fonte: www.historylearningsite.co.uk/ricafonte.com/www.geocities.com/www.worldhistory.org

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