História do Jeans

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História do Jeans

O jeans é uma peça indispensável no guarda roupa da maioria das pessoas.

São diversas peças confeccionadas nesse tecido como calças, shorts , jaquetas, vestidos, camisas  entre outros.

Em meados do século 19 nos Estados Unidos, quando os imigrantes resolveram transformar em roupa a lona q era usada na cobertura de barracas, nasceram as primeiras calças, essas eram marrons.

Levi Strauss registrou a marca da invenção da peça logo que  começou a ser produzida com a brim azul sob marca Levis.

Em 1890 a Levis criou a famosa calça modelo 501.

O nome jeans passou a ser usado em 1940 nos Estados Unidos.

Na década de 50 o jeans era usado por toda juventude americana influenciado o mundo todo.

Depois da Levis, mais empresas começaram a produzir produtos no jeans. Surgiu a marca Lee a produção de jeans Lee e Wrangler

A Calvin Klein fez o primeiro desfile utilizando o jeans em suas modelos.

Introdução

Quando não se sabe o que vestir, a indicação da maioria dos consultores de estilo, um dos mais badalados profissionais dos bastidores da moda, atualmente conhecidos como stylists, é unânime — use uma calça jeans e uma camiseta branca que está tudo certo.

Além do mais, esse é o uniforme dos modelos masculinos e das top models para seleções de trabalho — jeans, camiseta e tênis ou chinelas Havaianas.

Desde o princípio da história da humanidade, surgiram diversas maneiras de cobrir o corpo, mas a moda foi uma invenção distinta. Surgiu no final da Idade Média, com o aparecimento da burguesia e da proposta de um sistema novo de vestir, que se tornou obrigatório para a sociedade ocidental.

A fase, que se pode considerar como o início da moda, remonta à metade do século XIV, época ao mesmo tempo artesanal e aristocrática, na qual as vestes revelavam seus traços sociais e estéticos. Assim, para o sociólogo francês Gilles Lipovetsky (1989), “a procura estética é exterior ao estilo de cada época, não ordena novas estruturas nem novas formas do traje, funciona como simples complemento decorativo, adorno periférico” (LIPOVETSKY apud CATOIRA, 2006, p. 25).

Em 1853, em São Francisco, Estados Unidos, o jovem imigrante alemão Levi Strauss abre a casa atacadista Levi Strauss & Co., que comercializava tecidos e roupas para vestir os trabalhadores das minas do Oeste norte-americano.

Anos depois, o denim foi transformado numa das mais adoradas peças de roupa da história, dando origem à calça jeans e à marca LEVI’S. Em 1858, surge, em Paris, França, com o estilista inglês Charles-Fréderick Worth, a Alta Costura — confecção de modelos assinados, feitos sob medida, que monopolizam a moda de luxo.

Esses dois importantes acontecimentos — a confecção industrializada da calça jeans e a alta-costura — revolucionaram a história do comportamento humano, caracterizando-se como dois fenômenos paradoxalmente opostos: A alta-costura, durante o século XX, funcionou como uma espécie de “ditadora” das tendências de moda.

Ao longo de várias décadas, os modelos de alta-costura confeccionados para as divas do cinema e grandes celebridades ditaram a moda, influenciando as classes sociais inferiores até chegar ao nível de massificação e, conseqüentemente, deixar de ser moda.

Já a calça jeans teve a curva de adoção inversa, foi criada para vestir os trabalhadores, caiu no gosto dos cowboys, foi aderida pelos jovens como signo de protesto nos movimentos de contracultura, ganhou popularidade em torno do mundo e o estrelato nas passarelas de moda, atingiu a maturidade no seu ciclo de vida de produto, ressurgindo renovada através do conceito premium jeans, tornando-se um ícone de status social, tal como são considerados os atuais artigos de luxo: bolsas, relógios e óculos.

Origem

Denim não é simplesmente um tecido de algodão, mas a matéria-prima que dá forma à calça jeans; inspira fortes paixões, tem lugar reservado no coração de designers, estilistas, modelos, jovens, adolescentes, estrelas de cinema, repórteres, escritores e publicitários, entre outros.

O interesse, que beira a paixão, pode ser o fundamento entre o tecido e os historiadores de moda até hoje, especialmente, no que se refere à verdadeira origem do denim. Segundo Lynn Downey (1995), em This is a pair of Levi’s jeans, no ano de 1969, um escritor de uma revista de tecidos norte-americana declarou: “denim é um dos tecidos mais antigos do mundo, contudo permanece jovem”. Seu uso contínuo e o grande interesse por este produto certamente o fizeram ser qualificado como “eternamente jovem”.

Desde o século XVII, o denim tem sido um tecido usado no trabalho de tapeçaria, na confecção de calças e toldos; está presente em museus, sótãos, loja de antiguidades e em escavações arqueológicas; usado como tecido resistente ao trabalho, como expressão de uma brava rebelião; usado, na lenda, nas velas do barco Santa Maria de Cristóvão Colombo, quando este descobriu o Novo Mundo em 1492; e usado, na realidade, por mineiros e vaqueiros norte-americanos. Conforme Gorguet-Ballesteros (apud DOWNEY, 1995), pesquisadora do Museu da Moda de Paris, um tecido chamado serge de Nîmes era conhecido na França, desde início do século XVII, e na Inglaterra, no final do mesmo século.

Na mesma época, também havia um tecido conhecido na França como “nim”. Ambos os tecidos eram parcialmente compostos de lã. Havia também um outro tecido conhecido como gean (mais tarde passou a ser chamado de jeans, em alusão à calça jeans), um fustão de algodão misturado com lã e/ou com linho, o fustão de Gênova, Itália.

Este tecido, bastante popular, foi produzido na Inglaterra em grandes quantidades durante o século XVI. No século XVIII, o jeans era tecido completamente em algodão, usado para fazer vestimentas masculinas e especialmente avaliado por sua propriedade de durabilidade e resistência a muitas lavagens.

A popularidade do denim também era grande, ele era reconhecido como mais forte e mais caro que o jeans. As indústrias têxteis norte-americanas começam com uma pequena produção no final do século XVIII, a fim de se tornarem independentes de produtores estrangeiros — principalmente, dos ingleses. Mesmo no começo, os tecidos de algodão eram um componente importante da linha de produtos.

Uma fábrica do estado de Massachusetts teceu denim e jeans norte-americano, ambos com urdidura e trama de algodão. Os dois tecidos eram muito parecidos, entretanto eles tinham uma diferença principal: o denim era tecido com uma linha tingida (urdume) com índigo e uma linha de algodão natural (trama); o jeans era tecido com as linhas da trama e do urdume na mesma cor.

Segundo DOWNEY (1995), em Nova Iorque, no ano de 1849, um fabricante anunciou vestes, sobretudos, coletes ou jaquetas curtas nas cores: castanheiro, azeitona, preto, branco e blue jeans.

Foram divulgadas finas calças compridas em blue jeans; foram anunciados waist overall (como eram chamadas as primeiras calças jeans com suspensórios removíveis, fixados aos botões presos ao cós) e roupas para o trabalho confeccionadas no fantástico blue denim.

Outros anúncios norte-americanos mostravam para os homens a utilidade da roupa e ilustravam a diferença funcional entre uma roupa de jeans e de denim. Mecânicos e pintores usaram overalls (jardineiras) feitos de denim azul; os homens trabalhadores em geral, incluindo os não ocupados do trabalho manual, usavam calças compridas produzidas em jeans.

Denim, então, era utilizado na confecção de roupas de trabalho duro, quando havia a necessidade de durabilidade e conforto. Jeans era em geral usado na confecção do workwear (roupas de trabalho), sem os benefícios somados de denim.

A hipótese mais divulgada pela mídia, com relação à origem do termo denim, é a de que o local de origem deste tecido acabou por nomeá-lo: Nîmes, cidade francesa. Daí, denim, uma corruptela do francês de Nîmes. “Índigo blue, índigo blue, índigo blusão…”. A canção de Gilberto Gil está no nosso inconsciente e faz referencia à cor do denim.

O corante azul, inicialmente obtido a partir das plantas orientais indiosfera e isati tinctoris, está registrado na alfândega de Gênova, cidade portuária da Itália, desde 1140. O corante sintético foi desenvolvido pela indústria de pigmentos da BASF e colocado à venda no mercado, em 1897.

Hoje, o termo “índigo” é utilizado tanto para designar a cor, quanto para referir-se ao próprio tecido. Ao longo da história da indústria têxtil, o denim caracterizou-se como tecido de maior produção e popularidade durante determinado tempo, pois a calça jeans tem mais fama do que o de qualquer outro item de vestuário.

O corante índigo é um dos pigmentos mais fabricados para a indústria têxtil, confirmando a eficácia mercadológica do blue jeans. Quando foi lançada, a calças jeans era conhecida por outro nome — waist overalls. Em 1926, passou também a ser chamada de cowboy overalls.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando se dá verdadeiramente o início de sua expansão global, os marinheiros passam a usá-las e rapidamente as fazem entrar na Europa, juntamente com o refrigerante da COCA-COLA, os famosos chicles ADAMS (gomas de mascar), os cigarros com filtro da MARLBORO e o Plano Marshall

Provavelmente, por causa da cor azul — blue jeans —, os marinheiros europeus passaram a clamar pelas desejadas calças genes — cuja pronúncia com sotaque italiano é jeans — ao se referirem às calças usadas pelos marinheiros da marinha norteamericana, em seus momentos de “lazer”. Portanto, a origem da palavra jeans, tão comum ao nosso vocabulário, vem de Gênova, pois era lá que os marinheiros usavam calças azuis como uniforme oficial, chamadas carinhosamente de genes, em 1567.

O jeans, de fato, já iniciou seu caminho como um elemento globalizado: produzido com um tecido cuja origem do nome é francesa; industrializado em território norte-americano; batizado de jeans pelos marinheiros italianos; virou “epidemia” no mundo todo.

Fonte: colegiosaofrancisco.com.br/www.unimar.br

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