Cidades Gregas

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As principais cidades gregas

A origem das cidades-estados também chamadas de Pólis gregas está na união de genos (clãs) que eram comandados pelo pater e estes se uniram para conquistar terras, visto que a geografia grega é acidentada e de terras pouco férteis.

Da união de genos originaram as tribos e da união das tribos surgiram às cidades-estado, sendo elas governadas por um Filo-basileu. É no período destas guerras gentílicas que ocorreu a Segunda Diáspora do povo grego na chamada formação da Magna Grécia por volta do século VIII a.C.. Mas de todas as cidades-estado na Grécia, duas são as mais importantes. Esparta e Atenas.

A cidade de Esparta fica na península da Lacônia e teve o povo guerreiro dórico como fundador. Uma cidade que sempre cultivou a disciplina e a guerra como objetivos maiores. Esparta dominou cidades vizinhas e pensava dominar todo Peloponeso.

Os espartanos chamados de esparciatas ou homoioi (iguais), eram os proprietários das terras, só eles exerciam o poder político na cidade, por isso era uma Oligarquia (governo de poucos), também eram eles que participavam das falanges, tropas de elite. Havia ainda uma classe de estrangeiros livres que viviam na cidade, eram os periecos, estes pagavam impostos aos esparciatas e eram obrigados a servir o exército em época de guerra.

Por fim existiam os hilotas, eram quase escravos, não podiam ser vendidos, mas tinha obrigações com os eupatridas o que não lhes dava liberdade. Ai está uma razão da cultura militar dos esparciatas, justamente poder dominar os hilotas que eram em muito maior número.

Sistema da política na cidade de Esparta
Sistema da política na cidade de Esparta

A política em Esparta foi atribuída a Licurgo, que criou uma oligarquia da seguinte forma:

Haviam dois reis uma diarquia, eles eram os sumos sacerdotes, controlavam os exércitos e eram os juízes supremos. Depois a Gerúsia um conselho de 28 anciãos com mais de 60 anos de idade, que faziam as leis. A Apela era formada por todos os esparciatas com mais de 30 anos, que escolhiam os membros da Gerúsia e ratificavam ou não suas leis. Cinco Éforos (vigias) comandavam as reuniões da Gerúsia e da Ápela, além de fiscalizar a vida pública, o comércio na cidade e ainda podiam vetar leis. Isto era uma forma de controlar os periecos e hilotas dentro da cidade e áreas dominadas.

A cidade de Atenas localiza-se na região da Ática e foi povoada por Aqueus, Pelasgos, Jônios e Eólios, sabe-se muito pouco destes povos. Mas Atenas desenvolveu sua política das chamadas formas impuras segundo Aristóteles que é a tirania  até a democracia chamada de forma pura.

A sociedade ateniense estava dividida entre os “bem nascidos” chamados de eupátridas que eram os grandes proprietários de terras; os georgóis ou pequenos proprietários e os demiurgos que era o povo, composto de artesãos e comerciantes. Estes sendo filhos de atenienses tinham os direitos políticos. Já os metecos que eram estrangeiros e os escravos, estes não eram considerados cidadãos da polis. Também as mulheres eram colocadas de lado na vida política da cidade. É muito estranho falar em democracia sendo que um grupo se mantém explorando outros grupos.

Até o século VIII a.C. Atenas era uma monarquia governada por basileus, depois o poder caiu nas mãos dos eupátridas que formaram uma oligarquia de nobres os arcontes, que formavam o arcontado. E o Areópago era o conselho supremo de Atenas, criando leis que não eram escritas, mas que conheciam bem.

Mas os ricos no poder foram deixando os pobres cada vez em condições piores, até estes se tornarem escravos por dívidas. E por volta do século VII a.C. o povo (demos) se revoltou contra os eupátridas, contando com apoio de ricos comerciantes. Frente a esta crise começam a surgir os legisladores de Atenas.

Drácon foi um arconte que no ano 621 a.C. criou leis inflexíveis para todos, mas manteve alguns privilégios aos aristocratas.

Sólon dem 594 a.C. acabou com a escravidão por dívidas e soltou os que estavam presos por dívidas. Também incentivou o comércio e o artesanato e substituiu o direito político que antes era por nascimento pelo de riqueza (censitário).

Pisístrato em 561 a.C. apoiado pelo partido popular tornou-se o primeiro tirano de Atenas, fez a reforma agrária, empreendeu-se em obras públicas que gerou empregos, incentivou as artes e incentivou as festas.

Clístenes assumiu em 506 a.C, e marcou o fim do governo dos tiranos, ele instituiu a Democracia com forma de governo. O século a seguir V a.C. foi o século de ouro de Atenas, quando Péricles governa a cidade.

No governo de Péricles (461 a 429 a.C.) a democracia chegou ao seu auge em Atenas, os princípios eram o da isocracia (igualdade de poder político), a isonomia (igualdade de todos perante a lei) e da isegoria que é a igualdade de direito em falar na assembléia. Era a democracia na sua forma direta, atualmente usamos a democracia representativa. Também criou a punição do ostracismo, para aqueles que não se interessavam pela política da Polis.

Todo ateniense com 18 anos ou mais, deveria participar da assembléia, discutiam os problemas da cidade normalmente na praça da cidade, chamada de Agora. O ócio era valorizado, pois se só trabalhassem, não teriam tempo de discutir a política da Polis.

Frederico Czar
Professor de História

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