Vikings

História

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Os vikings eram aventureiros marítimos e atacantes da Escandinávia que se espalham pela Europa e do Atlântico Norte no período de expansão vigorosa escandinavo (800-1100 dC), conhecida como a Era Viking.

Por muitos séculos antes do ano 800, tribos como os Cimbrians, godos, vândalos, burgúndios e Angles foi vagando fora da Escandinávia.

Os vikings eram diferentes porque eles eram guerreiros do mar e eles levaram com eles uma civilização que foi de certa forma mais desenvolvidos do que aqueles das terras que visitou.

A Escandinávia era rica em ferro, que parece ter estimulado os Viking ao desenvolvimento cultural.

Ferramentas de ferro apuradas as florestas e as terras aradas, levando a um grande aumento na população.

Cidades comerciais, como Birka e Hedeby apareceu e tornaram-se os centros de fortes reinos locais.

Vikings
Navio Viking

O navio Viking, com seu casco flexível e sua quilha e vela, foi muito superior ao dos barcos a remos cobertas de vegetação que ainda são utilizados por outros povos.

Reis e chefes foram enterrados em navios, e os ricos bens destes e de outros locais de sepultamento dar testemunho da perícia técnica dos Vikings em trabalhar com têxteis, pedra, ouro e prata, e, especialmente, de ferro e madeira.

Os túmulos também contêm prata árabe, sedas bizantinos, armas francos, vidro Renana, e outros produtos de uma extensa comércio.

Em particular, as de prata kufic (ou cufic) moedas que fluíram para as terras Viking do califado crescimento econômico ainda mais estimulada.

A civilização Viking floresceu com sua literatura e poesia de skaldic Eddic, suas inscrições rúnicas, suas vilas e mercados, e, acima de tudo, a sua capacidade de organizar as pessoas sob a lei para alcançar tal tarefa comum como uma invasão.

A expansão aparentemente foi impulsionado pela busca de novas oportunidades comerciais e em novas áreas em que para resolver a crescente população.

Até o final do século oitavo, os Vikings suecos já estavam nas terras ao redor do golfo da Finlândia, vikings dinamarqueses haviam se estabeleceram ao longo da costa holandesa, e vikings noruegueses tinham colonizado as ilhas Orkney e Shetland.

Vikings – Tor e Odin nos esperem no Valhalla

Vikings
Vikings

Assim como todo povo antigo, muitas lendas cercam a história dos vikings. O comum é se pensar que eles eram arruaceiros, um povo escroto que só saqueava e estuprava todo mundo que aparecia na frente. Não! Os vikings não eram vikings o tempo todo! Como assim?

Muitas tradições dos vikings são muito mal interpretadas. Apenas se já tiver estudado sobre os navios antigos saberia diferenciar um navio nórdico de algum outro. Quando os dinamarqueses estavam partindo para comércio, retiravam as cabeças de animais da proa (a parte da frente) do barco, para que não espantassem os espíritos em terra; e quando estavam lá para saques, deixavam as cabeças de animais para que os espíritos não interferissem em batalha.

Então porque os viking são tão “mal vistos” na história? Minha opinião é que tem alguma relação com a religião, já que a maioria dos dinamarqueses na época eram pagãos e os cristãos são completamente contra isso. História não tem fatos, tem versões; e quem está aí até hoje? Os pagãos é que não são.

História

Originados na região da Escandinávia, a rica cultura foi gerada do comércio marítimo, artesanato e atividade agrícola. Graças à vida marítima, a pirataria também era uma importante atividade econômica. Saquearam e conquistaram terras, principalmente na região da Bretanha (atualmente é o Reino Unido). Os nórdicos alegavam que seu terreno não era bom para agricultura, e que isso gerava a necessidade de ocupar novos territórios.

Os vikings estavam em auge por volta de VIII e XI. A invasão à Bretanha ocorreu pelos fins de VIII. Em 865, um grande exército viking batalhou, resultando na conquista de grande parte das terras britânicas (o livro O Ultimo Reino passa aproximadamente nessa época). Continuaram sua expansão em terras escocesas.

Era muito comum que antigamente os povos invadissem as terras dos outros, querendo espalhar suas origens e predominar; expulsar os povos de sua terra e abrigar o próprio povo lá, ou matar os homens e “procriar” com as mulheres do terreno ocupado.

Costumes

Vestimenta

Devido às baixas temperaturas, existia a necessidade de trajes que pudessem suportar o frio, geralmente combinava-se couro com peles grossas e havia um grande apreço por metais e pedra, e o mais utilizado na época era a prata. Quando um senhor achava que seu vassalo tinha feito um bom trabalho, presenteava-o com um bracelete de prata.

Os povos germânicos no Norte da Europa usavam roupas semelhantes, variando um pouco entre oriental e ocidental. Os homens usavam uma túnica que apertava no peito, com uma camisa de linho por baixo, por ser mais confortável, e calça, que podia ser larga ou apertada. As mulheres usavam um vestido longo.

Tanto homens quanto mulheres usavam uma longa capa ou casaco. Acredita-se que os mais pobres usavam roupas mais curtas, para evitar que sujasse enquanto trabalhavam. A maioria dos conhecimentos de vestuário viking vem de achados arqueológicos, não se confia muito na visão romantizada, como os chifres presos ao elmo.

Política e sociedade

A autoridade maior era o rei, mas quase sempre o rei era apenas uma figura de poder, e quando isso ocorria, quem realmente tinha poder sobre as terras eram seus respectivos jarls. Existiam três classes sociais, porém não eram tão rígidas como nas outras partes da Europa naquela época. A maioria dos nórdicos pertenciam à classe média, denomiada karl. Eram homens livres e proprietários de terra, geralmente agricultores e ferreiros. Famílias de karls geralmente viviam em grupos.

Na classe nobre estavam os jarls. Há indícios que os jarls viviam em pequenas fortificações, levavam uma vida requintada, porém, não existem evidências arqueológicas suficientes para provar isso. Foram distinguidos pela riqueza, seguidores, tesouro, navios e propriedades. O filho mais velho seria o jarl seguinte.

Porém, um karl que ganhasse fama e riqueza suficiente poderia se tornar um jarl, o seu poder dependia da vontade dos seus seguidores, e a tarefa essencial dele era manter a prosperidade, segurança e a honra dos apoiantes.

A classe onde estavam os escravos e fiadores era chamada þræll. Os escravos dessa época eram, geralmente, presos que foram apanhados em saque. Se um homem nórdico de qualquer classe não pagasse suas dívidas, ele seria obrigado a se tornar um escravo e trabalhar até a divida ser paga. Mas a realidade era muito diferente, havia muitas gradações de um lugar pra outro.

Os reis não eram vistos como algo especial ou sagrado. Na presença do rei, os dinamarqueses não demonstravam submissão. Houve um relato de um rei franco chamado Charles que foi a uma reunião com os dinamarqueses, foi mandado que eles demonstrassem submissão e beijassem o pé do rei. O lider se recusou a fazê-lo, e um dos seus seguidores foi cumprir a tarefa. Agarrou o pé do rei, levantou-o até a altura da sua cabeça, fazendo o rei ficar de cabeça pra baixo, e assim beijou o pé. Era esperado que o rei fosse generoso, não só com alimentos e bebidas, mas roupas, armas e presentes. Ele era obrigado a ser um lutador forte, ousado e astuto. Tinha de ser um bom orador e capaz de inspirar seus homens.

Religião

Os vikings cultuavam os deuses da mitologia nórdica, e buscavam a morte em batalha, pois a crença era que aqueles que morriam em batalha iriam banquetear, foder e embebedar-se junto de Odin e outros deuses no Valhalla. Quase todos os nórdicos pagãos utilizavam um pingente do Mjölnir (martelo de Tor) no pescoço, e sempre que temiam algo espiritual, tocavam o pingente.

Os vikings valorizavam a morte. Após a morte, havia ritos como a queima do defunto, junto com o sacrifício de animais e as vezes de algum homem do exército inimigo. Existem casos que até mesmo os navios foram enterrados. Era comum que, quando o homem morresse, sua mulher favorita fosse enterrada viva junto a ele.

Eram politeístas, com deuses de diversas características, personalidades, história e influências. Quando estavam em batalha, ao atirar um machado ou faca, gritavam o nome de Odin, deus da guerra.

Para as guerras

Além de machados, espadas, martelos e facas, os vikings também usavam arco-e-flecha, porém seus arqueiros não tinham tanto poder quanto os arqueiros ingleses e os arcos eram rústicos, sem muitos enfeites.

Os escudos eram de madeira e com um detalhe de ferro no centro e ao longo da borda. Tinham a tradição de por os escudos na borda do navio, cada homem tinha pelo menos dois escudos, quando colocavam os escudos na borda do navio, dava a impressão de que o exército era muito maior. Essa estratégia também foi usada por Genghis Khan, quando estava do lado de “fora” da muralha da China, ordenou que seus homens acendessem mais de uma fogueira por pessoa, já que geralmente fica mais de um homem em uma única fogueira.

Havia vários tipos de infantaria, entre eles os berserkers, que imitavam animais e muitas vezes não usavam armadura ou qualquer tipo de proteção, e para conseguir isso, usavam cogumelos e bebidas.

Invasões

Com toda certeza o primeiro pensamento que surge na cabeça das pessoas ao ouvir a palavra “viking” é: “ah sim, aquele povo lá que roubava e estuprava tudo”.

Os registros históricos da Europa (escrito muitas vezes pelas vítimas desses ataques) chamou-os de “um povo mais vil”. Claro que os atacantes não mantém essa opinião. Para eles, foi um acontecimento normal, já que a sociedade e a religião estava se expandindo. É interessante notar sempre existiram ataques semelhantes em toda a Europa, o que fez os vikings serem tão notados foi o sucesso dos ataques e da extensão alcançada.

Para os nórdicos, “invadido” era algo bem diferente de “roubado”. Roubo era abominado, inclusive na Edda, o roubo foi um dos poucos atos que condena o homem para um lugar de tormento após a morte. Invadir era um desafio honroso, já que havia uma batalha e o vencedor poderia ficar com as terras. As invasões aumentaram o poder de um homem na sociedade Viking. O invasor bem-sucedido volta para casa com riqueza e fama, as duas qualidades mais importantes para subir de classe social.

Yule

Yule é um evento que ocorre no inverno que com o tempo foi absorvido pelo Natal. Os viking alegavam que o Natal era como o Yule, só que sem a parte “legal”. No Yule pagão, eles jogavam jogos de luta, faziam sacrifícios aos deuses, fodiam, bebiam e comiam por dias.

Onde foram parar?

As invasões eram temporárias, ficavam lá por um tempo e depois retornavam à suas casas.

Usando esta definição como base, é fácil de responder à pergunta: o que aconteceu com os vikings? Nada aconteceu com eles. Após a Era Viking, os homens do norte continuaram vivendo suas vidas nos países escandinavos, foram parando com os ataques.

Fyawk Geus

Fonte: www.missgien.net/Nerd and Stuff

Vikings

Como funcionavam os vikings

O ano é 817 e é manhã avançada em um mosteiro na costa da Irlanda (em inglês).

Da praia vem um grito de alerta: barcos dragão aparecem no horizonte, aproximando-se rapidamente com o vento enfunando suas velas. Um monge corre para dentro do mosteiro para alertar os outros. Esse local guarda relíquias cristãs sagradas como ouro, tapeçarias, jóias e especiarias, além de ser o lar de duas dezenas de monges e de algumas freiras. O lugar também guarda um pequeno rebanho de gado e outros animais domésticos. Tudo isso torna o mosteiro um imã para os homens dos barcos dragão – os vikings.

Rapidamente os monges trabalham para esconder os artefatos sagrados, para levantar algum tipo de defesa, mas os vikings chegam à praia com uma velocidade impressionante. Eles usam máscaras e capacetes de ferro apavorantes e portam espadas e escudos. Os monges e freiras são massacrados no ataque e alguns são torturados. Tudo o que tem valor é levado para os barcos, inclusive o gado e as relíquias sagradas. Os sobreviventes são capturados também – eles serão vendidos como escravos (em inglês) a seus novos amos escandinavos. É ateado fogo em tudo o que resta. No fim da tarde, o terreno do mosteiro está silencioso, os vikings se foram e não há nada além de cinzas.

Esse é o terror que assolou grande parte da Europa (em inglês) entre os séculos 9 a 11 – a Era dos Vikings. Isso é o que se conhece com base nos escritos dos sobreviventes, das descrições da cultura popular e mesmo de suas próprias sagas épicas – a história de invasores brutais e impiedosos atacando a partir dos mares do norte. Mas os vikings foram mais do que invasores e saqueadores. Eles foram a peça-chave de uma rica cultura escandinava que não apenas devastou parte da Europa, mas também a colonizou. Os vikings fundaram Dublin (em inglês), conquistaram a Normandia (em inglês), controlaram mais da metade da Inglaterra (em inglês) e até descobriram e se estabeleceram na América do Norte (em inglês) séculos antes de Cristóvão Colombo (em inglês) existir. Eles também estabeleceram lucrativas rotas de comércio que chegaram tão longe quanto ao norte da África (em inglês).

Neste artigo vamos conhecer a mitologia e dar uma olhada nos verdadeiros vikings e na cultura que os gerou. Tentaremos entender de onde eles vieram, o que os fez tão sanguinários e o que os levou a se tornar uma das superpotências mundiais no auge de sua era.

Quem foram os vikings?

Embora o termo viking seja usado de maneira geral para descrever o povo da Escandinávia durante o período medieval, na realidade ele é o nome de uma profissão – é como se chamássemos todo o povo da Espanha ou da França de piratas. Entre os escandinavos também havia exploradores, agricultores, pescadores e mercadores – não apenas vikings. O povo normalmente chamado de viking era, na realidade, composto de vários grupos diferentes, incluindo dinamarqueses, suecos e noruegueses, que também eram divididos em reinos menores.

Os verdadeiros vikings eram todos homens. Eles usaram sua experiência em marinharia e batalhas para fazer incursões nas cidades e igrejas dos reinos vizinhos.

Essas incursões eram parte de uma cultura bélica que enfatizava a batalha como um meio de um homem colocar a si mesmo à prova.

Ir a tais incursões era conhecido como ir “i viking”.

A verdadeira origem da palavra está perdida na história e há muitas teorias contraditórias. Algumas sugerem que é derivada do idioma nórdico antigo, vikingr, que significa “pirata”.

No entanto, é provável que vikingr tenha se originado com as vítimas dos vikings e só mais tarde tenha sido adotada pelos próprios vikings. A palavra também pode ter se originado da palavra wic, do inglês antigo, que significa “porto de comércio”, referindo-se ao hábito dos vikings de atacar esses lugares.

Outra teoria ainda sugere que ela é baseada na palavra nórdica vik, significando “baía” ou “massa de água” ou uma palavra de sonoridade similar que significava “dirigir-se para longe” ou “partir em uma jornada”.

Em todo caso, a concepção moderna do termo viking vem dos registros históricos da época feitos pelos dignitários da igreja, as pessoas mais instruídas daquele período. Os vikings costumavam atacar igrejas devido a sua opulência. Os cristãos ficavam horrorizados com esses ataques porque, com isso, aviltava-se a santidade de tais lugares. Como resultado, a maioria dos registros escritos remanescentes vem de relatórios cristãos de prestação de contas e descreve os vikings sob uma luz particularmente desagradável. Isso não quer dizer que essa descrição seja injustificada – os ataques Viking às cidades e às igrejas européias eram realmente brutais, mas isso representa apenas um aspecto da cultura escandinava.

Na próxima seção vamos examinar as tradições e a cultura dos vikings.

Onde fica a Escandinávia?

Suécia (em inglês), Noruega (em inglês), Dinamarca (em inglês) e Finlândia (em inglês), assim como os Países Baixos (em inglês) formam a região conhecida como Escandinávia. Em certos períodos históricos, o território da Dinamarca se estendia muito mais além, para dentro da Alemanha (em inglês) e as similaridades culturais são freqüentemente usadas para unir a Islândia (em inglês) e a Groenlândia (em inglês) à região. O território foi originalmente colonizado por povos germânicos e se desenvolveu em relativo isolamento porque permaneceu fora até mesmo das fronteiras mais extremas no norte do Império Romano (em inglês).

Esses povos eram endurecidos pelas condições da região que era montanhosa, fria e pouco adequada para uma agricultura bem sucedida. Circundados pelo mar, eles se tornaram adeptos da pesca. Abençoados com florestas abundantes, construíram muitos barcos e desenvolveram habilidades extraordinárias no mar. O ferro dos pântanos podia ser coletado sem trabalho intensivo de mineração e era o que fornecia matéria-prima para armaduras e armas.

Cultura viking

Os vikings eram pagãos – adoravam um panteão de vários deuses e deusas, cada um representando um aspecto diferente do mundo em que viveram. Mais tarde, os escandinavos acabaram se convertendo ao cristianismo, embora mais lentamente que outros povos europeus (em inglês). Não havia nenhuma igreja central em nenhum dos reinos escandinavos e nenhuma de suas tradições religiosas foi descrita de maneira consistente. Conseqüentemente, a religião viking variava bastante de um lugar para outro. Ela desenvolveu-se ao longo do tempo para uma amplitude bem maior do que a das religiões normalmente codificadas.

Dois grupos de deuses, o Aesir e o Vanir, eram fundamentais para sua religião. Os deuses viviam em Asgard, um reino conectado à Terra mortal (conhecida como Midgard) por uma ponte de arco-íris conhecida como Bifrost. O panteão incluía Odin, o deus principal; Thor, o deus do trovão que empunhava o martelo; e Frejya, a deusa da fertilidade e da beleza. Havia também gigantes maus, duendes perversos e anões. Os deuses eram destinados a lutar contra os gigantes e outras forças malignas em uma batalha conhecida como Ragnarok. As profecias nórdicas prediziam que os deuses perderiam a batalha, permitindo que Asgard, Midgard e o universo inteiro ruíssem em meio à escuridão e ao caos.

Guerreiros que morriam nobremente em batalha podiam acabar em Valhalla, uma espécie de céu dos guerreiros onde todos podiam lutar ao lado de Odin. Eles eram escoltados até Valhalla pelas Valquírias, espécie de guerreiras que auxiliavam Odin. Na verdade, não havia guerreiros viking femininos – a sociedade escandinava era fundamentalmente patriarcal, com os homens detendo a maior parte do poder político e econômico.

Quando morriam vikings abastados ou poderosos, seus corpos podiam ser cremados em um barco junto com muitos de seus pertences ou podiam ser sepultados em um túmulo, uma grande câmara feita de barro. Em qualquer um dos casos, animais de estimação e, às vezes, escravos (em inglês) eram sacrificados e enterrados (ou cremados) junto com o viking. Também há evidências de que os escandinavos ofereciam sacrifícios humanos em cerimônias religiosas.

Os vikings não escreveram sua história (com exceção de inscrições rúnicas ocasionais em pedras) até que se converteram ao cristianismo. Qualquer fato anterior a isso foi passado adiante por uma tradição oral transmitida por skalds – que eram bardos escandinavos que recitavam poemas épicos (chamados sagas) e narravam as façanhas de famosos reis e senhores vikings. Esses poemas podiam ser incrivelmente longos e detalhados. Algumas das sagas foram escritas em épocas posteriores, mas a maioria se perdeu na história.

Essas eram as tradições vikings, mas, e aquele símbolo freqüentemente associado aos vikings: o capacete com chifres? Na próxima seção, vamos ver a tecnologia militar e não militar usada pelos vikings.

Armas e navios vikings

Quando os homens do norte se tornaram i viking, estavam bem armados e protegidos com armaduras. Embora uma variedade de armas fosse usada, incluindo arcos, lanças e dardos, normalmente os vikings portavam machados resistentes que podiam ser arremessados ou brandidos com força. A espada longa viking também era comum e tinha quase o comprimento do braço de um homem.

Como armadura, os vikings usavam camisas de couro acolchoadas, às vezes protegidas por um peitoral de ferro. Os vikings mais ricos podiam usar cotas de malha de ferro. Eles também usavam capacetes de ferro. Alguns eram feitos de uma peça sólida martelada no formato de uma tigela ou cone. Outras eram feitas de peças separadas rebitadas a uma faixa de cabeça de ferro e nas junções ou usava-se couro para conectar as peças. Uma peça de ferro ou couro para proteção do nariz se estendia para baixo para proteger a face – em alguns casos era construída uma proteção facial mais elaborada ao redor dos olhos. Extensões para proteção das bochechas não eram incomuns. Os escudos dos vikings eram feitos de madeira, também freqüentemente fronteados com peças de ferro.

É provavel que os vikings não tenham usado o tão conhecido capacete com chifres. Tal invenção não era prática em batalhas, pois o peso excessivo era mal distribuído e não oferecia real proteção. Arqueólogos (em inglês) encontraram tais capacetes em colonizações escandinavas e, na falta de tecnologia que permitisse datar objetos com precisão, admitiram que tivessem pertencido aos vikings. Mas esses capacetes podem ter sido usados por chefes de tribos na era pré-viking. A imagem do viking com um capacete com chifres foi consolidada devido ao uso em óperas, o preeminente espetáculo de cultura popular nos séculos 17 e 18. Juntamente com suas armas, os vikings se tornaram famosos por seus barcos. O barco longo com o qual eles são normalmente associados, não foi o único tipo de embarcação que os escandinavos construíram. Eles fizeram navios mercantes e embarcações de carga também.

Entretanto, todos os seus desenhos têm várias características comuns:

Construção com madeira rebitada;
Quilha (a peça de madeira na parte inferior de um barco que ajuda a impedir que ele vire);
mastro único com uma vela quadrada de lã;
Casco de duas faces (a proa e a popa tinham o mesmo formato, assim o navio podia se mover em ambos os sentidos sem fazer a curva);
Timão lateral.

Os cascos eram recobertos com pele de animal alcatroada, o que permitia vedação contra a água. No total, um típico navio de longo curso de 21 metros teria exigido 11 árvores para ser costruído, cada uma com um metro de diâmetro, além de mais uma árvore para fazer a quilha.

Os navios de guerra eram mais estreitos e tinham mais remos para aumentar a velocidade. Os remadores não tinham assentos especiais – simplesmente sentavam nas vigas mestras que formavam o vigamento interno do barco ou em baús que continham seus pertences. Os furos para os remos podiam ser cobertos de discos de madeira e os navios de guerra tinham suportes onde os escudos vikings podiam ser enfileirados, proporcionando proteção adicional contra ataques.

A vela quadrada viking podia ter até 100 m2 de lã de espessura dupla, geralmente tingida de vermelho ou com listras vermelhas para impor medo em seus inimigos.

Os vikings também usavam âncoras de metal e dispositivos de navegação primitivos.

Veja na próxima seção por que os vikings eram tão belicosos.

Por que os vikings saqueavam?

Os escandinavos certamente não eram o único povo de sua época a invadir e saquear seus vizinhos, mas faziam isso com maior freqüência e com uma eficiência brutal não encontrada em outras culturas. O que os induziu a ser i viking? Há várias teorias diferentes e provavelmente nenhuma explica isso por completo. Uma combinação de vários fatores possivelmente provocou o comportamento sanguinário dos vikings.

Terreno

Os escandinavos viviam em ilhas (em inglês) ou penínsulas (em inglês) sem espaço para se expandir. A terra normalmente era fraca para a agricultura ou muito montanhosa para se viver e o clima era muito frio. Assim, eles buscaram em outras partes, não só lugares para colonizar ou conquistar, mas locais onde simplesmente pudessem obter os recursos que lhes faltava em casa.

Pressões populacionais

As culturas escandinavas existiram por várias centenas de anos antes de desenvolverem sua reputação de saqueadores. O que mudou? A população. Avanços na tecnologia agrícola e o clima permitiram que eles cultivassem mais alimentos e lavrassem mais terra. Os recursos adicionais levaram a uma população mais saudável, a uma expectativa de vida mais longa e a um aumento geral da população. Essa pressão populacional se manifestou como disputas entre vários clãs e reinos dentro da Escandinávia, mas também como um impulso para deixar o lar, explorar e conquistar novas terras.

Tradição

Ataques costeiros podem ter começado como um simples trabalho. Alguns homens escandinavos ganhavam a vida fazendo esse trabalho perigoso. Mas ele se tornou uma tradição que se auto-sustentou, até que praticamente cada homem escandinavo estava na fila para participar dos ataques. Esperava-se que os homens jovens se colocassem à prova dessa maneira.

Exílio

A lei viking freqüentemente se valia do exílio como pena para criminosos condenados. Quando se despacha criminosos condenados em um escaler para se exilar por contra própria, há uma boa chance de que ocorram algumas pilhagens e saques costeiros.

Ganância

Os vikings queriam moedas, animais domésticos, escravos, tesouros, especiarias, obras de arte, matérias-primas. Provavelmente não desejavam isso tudo mais que outras culturas e geralmente as adquiriam por meio do simples comércio. Porém, com sua habilidade no mar e tendências violentas, freqüentemente se encontravam em posição de tomar aquilo que quisessem.

Vikings estabelecem colônias na América do Norte

Os escandinavos colonizaram a Islândia no princípio da era dos vikings. Um viking conhecido como Erik, o Vermelho (em inglês) foi exilado da Islândia (em inglês) devido a uma condenação por assassinato. Ouvindo narrativas sobre terras para o oeste, ele partiu com um barco cheio de homens e suprimentos e encontrou a Groenlândia (em inglês), onde estabeleceu uma colônia. Embora as colônias da Groenlândia não tenham exatamente prosperado, elas não desapareceram.

O filho de Erik, Leif, chamado de Leif Ericson (em inglês), rumou para oeste a partir da Groenlândia e encontrou ainda mais terra. Essa área, contudo, estava ocupada por nativos com quem os vikings nem sempre se deram bem. Não obstante, Leif estabeleceu novas colônias e até comercializou com os nativos. Mas as colônias caíram em declínio após 1200 d.C. e, aos poucos, nos 100 anos seguintes, ambas as colônias na “Vinland” (em inglês) de Leif e na Groenlândia foram completamente abandonadas. Apenas histórias orais preservaram o fato de que os vikings já visitaram a América do Norte (em inglês).

Depois da década de 60, um norueguês, Helge Ingstad, descobriu os restos de uma série de construções em L’Anse aux Meadows, na Terra Nova (em inglês). A escavação revelou provas físicas de que os vikings tiveram colônias na América do Norte.

A política viking

As primeiras investidas dos vikings foram em colônias na própria Escandinávia. Depois dos ataques, os vikings retornavam para casa com seus despojos. Por fim, começaram a estabelecer postos avançados de comércio nas terras atacadas, como a Irlanda (em inglês) e a Inglaterra (em inglês). Esses postos também serviam como pontos de lançamento de novos ataques. Os vikings conquistavam e mantinham parte do território que atacavam.

Em 839, um viking dinamarquês conquistou Ulster (em inglês), na Irlanda, estabeleceu uma colônia – que um dia se tornaria a cidade de Dublin (em inglês) – e coroou a si mesmo rei. Com o tempo, os pequenos grupos de ataque vikings se tornaram exércitos (em inglês). Eles navegavam rio acima ou marchavam pela terra, avançando pelo interior, distante dos locais costeiros que normalmente atacavam. Os vikings até sitiaram Paris (em inglês) e provavelmente a teriam capturado se o povo não tivesse pago um resgate.

O exército viking na França (em inglês) provocou grandes problemas, continuamente atacando e sitiando cidades. O rei franco Charles, o Simples, finalmente fez um acordo com um líder viking chamado Rollo. Sob a condição de que se convertesse ao cristianismo, Rollo foi agraciado com o território hoje conhecido como Normandia (em inglês), que em sua forma original significava algo como “terra dos homens do norte”. Alguns escandinavos se estabeleceram na área e gradualmente se mesclaram com a cultura francesa que os rodeava.

Vikings dinamarqueses controlaram cerca de metade da Inglaterra do fim do século 9 até o século 11. Essa área era conhecida como Danelaw (lei dinamarquesa). Ela não foi um reino totalmente viking – antes, as leis dinamarquesas dominavam devido à influência de vários lordes escandinavos. A quantidade de postos diretos de governo dos líderes vikings sobre a região variou ao longo das décadas.

Enquanto isso, a Irlanda foi conquistada, retomada, reconquistada e tomada novamente por várias facções escandinavas e povos celtas. Por fim, os celtas na Irlanda e os anglo-saxões na Inglaterra absorveram o povo nórdico que veio para viver com eles (e às vezes dominá-los) através de casamentos e adoção de costumes e tradições. Essas pessoas adotaram o cristianismo prontamente, ainda que a religião tenha se difundido mais lentamente na própria Escandinávia.

Nas terras natais dos vikings, o governo tomou a forma de uma democracia primitiva. Cada reino era dividido em distritos. Dentro de cada distrito, todos os homens livres se encontravam a intervalos regulares em uma assembléia geral. Reis, nobres, homens ricos, guerreiros, mercadores e agricultores tinham todos tecnicamente uma voz igual nos procedimentos, que podiam incluir decisões políticas, disputas de terras e julgamentos de criminosos. Um oficial eleito ou nomeado conhecido como porta-voz da lei atuava como um juiz imparcial para conduzir as reuniões. Entretanto, aqueles que tinham mais riqueza e poder exerciam mais influência que os outros e haviam alguns procedimentos formais. Se uma disputa não pudesse ser decidida, eles freqüentemente recorriam a duelos ou a provas conhecidas como ordálios. Em um ordálio, alguém podia receber a ordem de caminhar sobre a água ou segurar ferro quente (pense nos julgamentos das bruxas de Salém). Se a pessoa permanecesse incólume, era considerada inocente graças aos deuses olhando por ela.

Berserkers

Berserkers eram guerreiros vikings lendários que eram tão consumidos pelo furor da batalha que não sentiam mais dor e podiam investir com um vigor e fúria que aterrorizavam qualquer um que os enfrentasse. Não se sabe quantos berserkers reais existiram – eles aparecem com mais freqüência nas sagas nórdicas como poderosos realces para os protagonistas heróicos. A tradição do berserker tem origem nos antigos povos germânicos e, freqüentemente, inclui elementos sobrenaturais. Os berserkers geralmente usavam peles de lobo ou urso e dizia-se que eles se transformavam nesses animais quando lutavam.

Fonte: hsw.uol.com.br

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