Povos Visigodos
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Em Alemão Westgoten, ou godos Oeste, ou Tervinges, eram um povo germânico de origem escandinava, derivados do sul da Suécia e, mais tarde incorporada no Ocidente romano.
Após a queda do funcionário Império Romano do Ocidente (476), os visigodos continuou por quase 250 anos a desempenhar um papel importante na Europa Ocidental. Este eram, certamente, os bárbaros o de maior prestígio na Europa, tanto em sua longa história e suas origens míticas, desde que deixaram seus vestígios na mente das pessoas.
Em seguida, eles ocuparam a antiga província romana da Dácia, desde o final do terceiro século, os visigodos adotado o arianismo, gradualmente, a partir do ano 341, ou seja, um ramo do Cristianismo que diz que Jesus Cristo não é Deus, mas uma parte que está sendo criado diretamente por este último.
Essa crença era em contraste com a crença cristã, que tinha maioria no Império Romano e, posteriormente, dividiu-se em ortodoxia e catolicismo.
Os visigodos eram fiéis à heresia ariana oficialmente até 589, quando o rei Recaredo (em espanhol: Recaredo) escolhe para converter publicamente, assim oficialmente a adesão à Igreja Católica no reino da Espanha visigótica.
No entanto, após essa data, um forte partido Arian permaneceu bastante ativo e influente, especialmente entre a nobreza. Ele ainda vai questionar o início do século VII, nos últimos dias da Espanha visigótica.
Roupas e os costumes
Eles se opõem ao mundo romano que os arredores. Eles preservaram as tradições, língua, atitudes e germânicas códigos legais contra a Roma, mantendo o código de Teodósio.
Evidências arqueológicas ainda é fraca aqui. Depois de ter preservado as suas tradições ainda parece que não fez próprio ofício. Assim, eles deixam a produção de artigos de artesãos locais, o que limita a descoberta de pedaços enormes do tipo Visigodo.
Reconstrução de um guerreiro visigodo
Descrição do traje apresentado
O traje apresentaram as seguintes influências orientais, o banco de dados permanece perto o suficiente para que os irmãos ocidentais adiciona um caftan. A fivela do cinto simples que pode ser encontrada em quase toda parte na Europa e no Cáucaso. Um saco cujo padrão é extraído de uma “fivela do cinto” ostrogodo. O armamento é composto por ele, quando uma lança e um scramasax grande, inspirado por peças encontradas em tumbas do germânico nobre.
Fonte: ordalies.asso.free.fr
Visigodos
A História dos Visigodos do passado aos tempos presentes
Vindo do Sul das Terras Suecas, segundo os romanos, das regiões Balticas da Alemanha e PoLônia, veio a se estabelecer a Leste do Rio Dniester, atualmente Moldávia e Ucrânia, durante um período que compreendeu do Século I ao Século III, da era vulgar, um povo que demarcou profundas transformações na Europa, em todos os locais por eles tocados.
Estes eram os Povos Godos.
A princípio, possúiam uma qualidade natural de outros povos das regiões de onde vieram.
Sendo então, nômades, e estando organizados em Clãs e Tribos, com um chefe para cada Clã, sob o qual pesava o encargo dos costumes, das celebrações, da religiosidade e o passar da tradição, para o posterior Líder do Clã. Estes líderes não possuíam poder executivo, uma vez que todas as grandes decisões eram tomadas na assembléia dos Homens lívres onde, em momentos de Guerra, normalmente efetuavam a eleição de um Líder, que os comandaria até que o perigo passasse.
Os Godos normalmente trabalhavam a terra em que estavam, e todos os homens eram Lívres, e não havia uma diferença de classes sociais entre eles mesmos.
Possuíam os costumes Tribalistas Religiosos ligados aos Deuses Germânicos, já que suas raízes tem proveniência de lá, saudando então a Wotan, Donnar, Lauka, Freya, Frigg, Gullveig, Idunna, Tir e haimdallr, entre outros Deuses e Deusas. Tendo assim uma particular visão do Mundo, entrecortado por outros mundos, onde o contato do Ser Humano com o ambiente a sua vota, causauma alteração neste ambiente e no próprio humano, havendo portanto uma relação direta entre a Natureza e a Humanidade.
Quando viéram a se estabelecer na região do Rio Dniester, ocorreu uma primeira divisão entre os costumes dos Godos, movida por um processo nem muito lento nem muito rápido.
Ocorre que os Godos vém a cruzar o Rio Danúbio, e passam a se estabelecer na Dácia, onde começam a explorar as riquesas minerais daquele local.
Isto desencadeou o nascimento de várias castas, onde anteriormente haviam apenas irmãos e homens livres, unidos em um Clã e estes Clãs em uma Tribo.
A casta dos agricultores torna-se livre de ter que entrar nas batalhes, pois nasceu uma casta de guerreiros profissionais, e todo o povo Godo passa então a procurar o estabelecimento de uma Nação em terras férteis.
Daqui ocorreu a diferenciação, pois os Godos que passaram a vivier em situação mais afável a Oeste, entraram nesta alteração de costumes, mais densamente do que os Godos que estavam a Leste do Danúbio.
Esta divisão causou a diferenciação entre os Visigodos, os que estavam a Oeste, e os Oustrogodos, os que estavam a Leste, pois os Oustrogodos estavam em permanente contato e guerra com os Hunos.
Durante muito tempo, o próprio Império Romano utilizou-se dos Godos, para manter os Hunos longe e afastados da Fronteira do Rio Dniester. Para isso pagavam em altos valores, que em dado momento não mais foram enviados aos Godos.
Durante o confronto “diplomático”, Os Godos atacaram as Tropas Imperiais, e quase obtiveram êxito, se os Hunos nãos os tivessem atacado pela retaguarda, forçando-os a pedir auxílio e residência nas terras após o Danúbio, em que foram aceitos aproximadamente 200.000 Godos, dos quais alguns eram Oustrogodos.
Isto desencadeou em decorrência outros conflitos, com o próprio Valente, que os aceitou alí, para mantê-los sob vigia.
No decorrer do tempo, ao Vencer a Valente, tornaram-se Senhores da região das Balcãs, e dalí em diante, contidos algumas vezes (por Estilicon por exemplo), mais sempre em constante expanção posterior, acabaram tendo seu território reconhecido, e alí naquele período da história nasceu o Reino Godo de Tolosa.
No entanto, o “morbus gothorum” e a instabilidade acabaram desencadeando no final de 200 anos, o fim do Reino de Gothland, pois tudo que fazia dos Godos o Povo forte que dominou a tantos povos em tão pouco tempo, havia sido perdido em função da aproximação com a forma de ser dos Romanos, e com a perda de sua cultura superior anterior.
Notemos que a natureza de matar o Rei para colocar outro mais afim aos interesses desta ou daquela pessoa, caracteriza apenas e tão somente a falta de FIDELIDADE.
Além disso, vemos claramente o desenrolar quando de sua saída das Terras a Oeste de Dniester, o engendrar da perda da liberdade pessoal, em função da criação de castas, aos moldes do que podemos observar como sendo o contato com as culturas estrangeiras.
Esta característica gerou a enorme absorção, séculos depois, da maneira de ser dos romanos, de toda a sua burocracia, e lsua forma de atividade.
Isto criou entre os Visigodos, costumes inertes.
Não eram mais uma Grande Família disposta a lutar pelo crescimento e bem estar do Clã, tornaram-se uma Cópia dos Fracos “Impérios” que derrotaram após sua saída do Dniester.
A perda desta cultura superior original, lenta e fatal, levou-os a terem cada vez mais influencias cristãs dentro de suas terras, e este verme doentio, causou a debilidade maior e mestra, que por sua vez levou-os a derrota nas mãos dos mulçumanos, quando estes invadiram a espanha.
Não mais existia Lealdade, os Clãs eram coisa do passado.
Não mais existia Honra, as traições múltiplas, desencadearam dor e sofrimento, e mataram a muitos que poderiam ter dado um estado forte aos Godos.
Nãos mais existia a coragem de lutar, e a prontidão para lutar.
Não mais existia a Verdade de uns para com os Outros.
A burocracia e a corte copiadas dos cristãos, enfraqueceu a Força e a Disciplina dos Godos.
Não mais erguiam suas Armas com Vontade e Trabalho, a saída tornou-se a mesma do enfraquecido e tolo império cristão, ou seja, os acordos e as tramas, onde se busca deixar que outros trabalhem e o esforço seja mínimo.
Não mais confiavam em Si Mesmos, pois não mais existia a Identidade de ser Godo, na maioria da população, embora muitos ainda levassem o emblema da força dentro de si.
A Hospitalidade foi estendida a estranhos, com o intuíto de assassinar ao Dono da casa, fato que causou o fim da de Gothland, e o maior emblema disto foi o “morbus gothorum”.
Os Godos naqueles tempos estavam divididos entre os Nacionalistas e os Hispanos-Romanos, em em meio a todos os termos e meias palavras que residem nestes dois meios de designá-los, temos então a idéia clara dos que acima foram citados como portadores em seus corações da Força que provinha no sangue dos Godos.
Assim, nos tempos que se seguiram quase que imediatamente a isso, vieram as chamadas grandes navegações.
Entre os navios que cruzaram o oceano, para o chamado Novo Mundo, muitos descendentes dos Visigoth, entre os espanhóis que estavam naquele navio, e mesmo entre os Descentedes Galegos, quando estenderam seus reinos pela Região da Gália, influenciando ao posterior estado de Portugal, acabaram aportando nos Continentes do Novo Mundo.
Houveram problemas, infelizes costumes cristãos entranhados na mioria, choques com as culturas já existentes nos continentes chamados de novos, muitas vezes massacres, mas havia também a presença inquestinável da herança Visigoth no sangue de alguns.
Posso citar os inúmeros casos de Execução Sumária por Prática de Feitiçaria, da Época do Brasil Colônia de Portugal, por exemplo, que testemunham para a presença de uma herança Européia, presente nos hábitos dos povos que entraram no continente, e que não tendo morrido, sobreviveu um tanto quanto distorcida pela falta de contato com suas origens, é verdade, mas que serviu de ponte para o futuro.
A mesma coisa veio a acontecer em todo o território continental abaixo do Norte dos Estados Unidos.
Com o decorrer dos tempos, influenciada pela existência de costumes e hábitos mantidos na clandestinidade, dentro de organizações diretas ou indiretas, e em alguns casos, destituídos de entendimentos a respeito das tradições antigas, começou um pequeno retorno público de algo do conhecimento ancestral germânico.
Infelizmente, a presença crescente de formas de expressão cristãs, que como uma doença contaminaram fontes de informação e locais onde esta era divulgada, e pela também forte presença Vehmica, assim como a presença de abominações de abominações, como a teoria de um certo padre ário, veio a nascer algo que sob o pretesto de proteção, maniqueisticamente, veio a ser uma fonte de bloqueio para o conhecimento que tentava retornar a público.
Em meados do começo do século, até a quase metade deste, o nascimento do Termo Odinista, veio a existir em meio a estes dois movimentos citados.
No entanto, o natural racismo presente em livros como o deuteronomio bíblico, fonte para as abominações de abominações, influenciou o retorno do conhecimento por uma fonte que carescia de sentido, e nas palavras de um pensador de nome Évola: “…A preocupação com a pele, veio a ser apenas o meio para que o incapaz, e néscio, o estulto, mantenha-se em cargos altos de comando…”.
Os Odinistas passaram então a serem tão maltratados como o restante o era, e muitos forma atirados em campos de concentração, e o objetivo “iluminatticamente” elaborado pelas facções diferentes do Renascer da Cultura Germânica daquela época, saborearam isso.
Pouco depois do fim da II Guerra, nasceu um movimentod e características religiosas, com o intuíto de continuar os trabalhos nascidos daquele período.
Infelizmente, abarrotado de todos os preconceitos e formas inexatas de ser, que estavam presentes na Alemanha, e outros locais, durante a primeira metade do Século 20 e todo o período do Século 18 e 19.
Este vetor durante a década de 70, do Século XX, causou uma rachadura em toda a instituição, engendrando formas diferentes de abordagem, e causou um dos piores males que existem no campo de existência do Odinista, o Asatru nasceu como fruto da irresponsabilidade daquela época.
Pois se sua proposta originalmente, seria a de não ser racista, seus grupos ativos mais expressivos, alegam que somente os descendentes puros europeus podem participar dele.
E pior do que isso, nele o termo “Religiosidade ao Pé da Letra”, existe no sentido extrito da palavra, em muitos casos inclusive há o costume quase “evangélico/gosphel”, de citar as Eddas a moda do pentateuco, em alguns casos ocorrendo a visão de Donnar, como um outro “arcanjo miguel” que expulsa serpente (que fique bem entendido jourmungandr), do paraíso.
E indo nos extremos bíblicos do dízimo, há a cobrança e envio de valores de todos para o Foco central principal, irradiador deste tipo de abordagem do “antigo caminho”.
Levando-se em conta as vertentes que nasceram no pós impacto dentro da Church of Odin, acabou ocorrendo algo proveitoso.
Que a orientação de muitos discordantes do sectarismo e racismo, acabaram propiciando a aparição de vertentes do Odinismo, que poderiam realmente vir a abraçar a Raíz Germânica Tradicional, sem maneirismo, preconceitos, e formas de abordagem absurdas.
Estas Linhagens Nascidas desta orientação em retorno ao caminho Germânico, com deveriam ter sido, podem ter muitas linhas e subdivisões.
No entanto seus Guardiões dentro da conceitualização Tribal, como foi nos tempos dos Godos antes de sua chegada as margens do Dniester, somente podem ser encontrados em expoente de poder e força, dentro de formas de apresentação Odinistas, que se apresentem com disciplina similar a do Tribalismo Odinista Visigoth.
Assim depois de um largo tempo, correndo contra o próprio tempo, e lutando contra tudo que estava em oposição direta, que em resumo não foram poucas coisas, lentamente o Tribalismo Visigoth veio a se reorganizar, no entanto inicialmente apenas com efeito dentro do território Europeu.
Mas o chamado dos Ancestrais no Sangue, causou a procura dos que naturalmente vem a ser herdeiros dos Antigos Godos.
Assim com muito esforço o primeiro foco Visigoth de Odinismo Tribalista, nasceu no Continente Americano, no México, levando em conta a forma como as atitudes e comportamentos, e a maneira correta de ser deveria ser empregada desde tempos imemoriais.
Levando em conta as lições que a história ensinou a todos nós, mas que puderam se acompanhadas de novo, de novo e de novo.
Não sem sangue, não sem dor, pois a total falta das 9 Virtudes, acarretou muitos problemas e tramitações em todos os sentidos, no contado com outras facções e formas de “abordagem”. Pois inúmeros foram os casos de mentiras, acusações de racismo (incompatíveis com a Linhagem de Tribalismo Visigoth Odinista), movidas em infinitas vezes por pessoas diversas, mas especificamente por agentes atuantes não odinistas, por asatruares em que o meteórico caso de Okimoto, e seu gosto por causar intrigas e criar inimigos, atuaram decisivamente para causar, embates, lutas e má interpretação do conhecimento antigo, em poucas palavras, o ato do enlamear lhe caia bem.
E após uma década, o Odinismo Tribalista Visigodo saído da Raiz Germânica, começou a se expandir e crescer e a gerar Clãs.
Clãs em torno de um Chefe Tribal, como deveria ser no passado.
Clãs que procuram as livres assembléias, para realizar e discutir o que é melhor para todos.
Clãs Unidos, no Norte, Leste e no Sul.
Clãs que envolvidos com as Virtudes e o Estudo, procuram ser mais do que apenas outra religião.
Clãs que estudam, que procuram o desenvolvimento, que não se chocam com a ciência, e que acima de tudo, buscam nas raízes das tradições, suas mais alta norma para conduta, aplicando-a em evolução aos tempos atuais.
Como Herdeiros destes tempos, assim vieram em Primeiro Lugar os Irmãos, Brothru´s da Hermandade Odinista do Fogo Sagrado em volta do Gothi Hoen Falker, e mais contemporaneamente da Gythia Alfrun Falker.
Que estenderam este anel de influência, levando o chamado Visigoth a Europa, e a América do Sul, em retorno.
A presente força nos países Latinos, que estão procurando se sintonizar com este vetor de influência do Tribalismo Odinista Visigoth, em que no Brasil temos o Clã Falkar, em volta da Gythia Adeltrud Falkar e do Gothi Aistan Falkar, procurando crescer e expressar tudo o que a Tradição Tribal Odinista Visigoth, emite de si para o desenvolvimento de todos e de cada um, dentro do Clã.
Para o futuro, temos o crescimento, e a prosperidade de todo o Tribalismo Visigoth Odinista, apoiado na Severidade e no Esforço, dentro das 9 Virtudes, da Edda, e do desenvolvimento baseado em sabedoria antiga e evolutiva, e bem como, no que a histório nos ensinou.
Fonte: www.geocities.com
Visigodos
Da Escandinávia, os Godos instalaram às margens do Mar Negro, no segundo século. Após dois séculos de invasões e batalhas nos Bálcãs e Europa Central, eles se separam em dois ramos distintos, ostrogodos e visigodos. A partir do terceiro século, eles vagam no Império Romano, antes de se estabilizar, a 412, no sudoeste da Gália e na Espanha, onde fundaram um reino que durou até a chegada dos árabes em 711. A arte dos visigodos, “nação” rapidamente cortar raízes germânicas, reflete esta vagando e uma aculturação claro.
1. Da Ucrânia para a Gália (metade do terceiro século – 412)
Divisão dos godos (terço médio século..).
Na chegada dos hunos na Ucrânia (375), é impossível isolar uma arte específica quanto a civilização visigótica visigótico está intimamente misturado com o de ostrogothiques seus pais. Ele não será mais o mesmo após os acontecimentos de 375.
De fato, enquanto a maioria dos ostrogodos aceitar o protetorado dos hunos e manter sua estabilidade geográfica e cultural, a maioria dos visigodos deixaram a pátria para entrar no Império, onde vão vagar até o início do século quinto. Estabelecido pela primeira vez na Trácia, onde triunfo para Adrianópolis para o imperador Valente, que queria eliminar (378), os visigodos vai viajar os Balcãs até 401, repetidas incursões destrutivas sendo intercaladas com breves períodos de estabilidade, onde geograficamente aparecem como a Roma Federados (foedus = tratado). Repetidamente ameaçado Constantinopla, eles vão passar em Moesia (margem sul do Baixo Danúbio), na Ilíria (antiga Jugoslávia) e na Grécia.
Depois de devastar os países dos Balcãs, os visigodos, liderados pelo rei Alarico I, entraram em Itália em 401, onde eles agiram da mesma forma, saquearam Roma em 410 (desde a partição de 395, a “Cidade Eterna” que era a capital do Império Romano do Ocidente, Constantino.
Os Godos
Originários das regiões meridionais da Escandinávia, os Godos eram um povo germânico que se distinguia pela fidelidade ao seu rei e comandantes, também por usar espadas pequenas e escudos redondos. Desta forma, deixaram a região do rio Vístula (atual Polônia) em meados do século II, e alcançaram o Mar Negro.
Templo de Éfeso
Com a presença goda, os outros povos germânicos passaram a pressionar o Império Romano de Marco Aurélio através do rio Danúbio.
No século seguinte, foram várias as incursões, ataques e saques as províncias de Anatólia e toda a península balcânica. A Costa Asiática e o Templo de Éfeso foram vítimas da fúria dos Godos.
Já sob o reinado de Aureliano (270 – 275), Atenas foi invadida e seguiram-se a tomada de Rodes e Creta. Os romanos foram expulsos de Dácia, e os Godos se instalaram definitivamente na região do Danúbio. Assim de acordo com a região ocupada, os Godos foram denominados também de Ostrogodos e Visigodos.
A partir deste momento, a cultura e política do Godos passaram a influenciar gradativamente a Europa através do Império Romano.
Godos
Ostrogodos
O reino ostrogodo, que se estendia do mar Negro até o Báltico, e alcançou o apogeu com Ermanarico.
Porém, por volta do ano 370 foram dominados pelos Hunos. Em 455 o império huno entrou em colapso com a morte do líder Átila.
Os ostrogodos invadiram o Danúbio central e seguiram para a Itália, onde o imperador Rômulo Augústulo havia sido derrotado (476) por Odoacro, chefe dos hérulos. O rei ostrogodo Teodorico I o Grande, derrotou Odoacro (493) e governou a Itália até a sua morte em 526.
Teodorico I
Teodorico foi um governante hábil, que soube conservar o equilíbrio entre as instituições imperiais e as tradições bárbaras. Homem culto, educado na corte de Constantinopla. Conseguiu a simpatia da aristocracia romana e do povo, que assistia satisfeito à realização de obras públicas para a reconstrução e modernização de Roma. Ao que parece, Teodorico alimentava o projeto de fundar um império godo que impusesse seu domínio sobre o resto do mundo bárbaro. Para isso, manteve contato com outras tribos godas e estabeleceu vínculos familiares com os francos, os vândalos e os burgúndios. Sua morte criou um intrincado problema de sucessão, fato de que se valeu o imperador bizantino Justiniano para intervir na Itália. O exército romano oriental, sob o comando de Belisário, derrotou completamente os ostrogodos, dirigidos por seu novo rei Totila, cujo nome original era Baduila. Os sobreviventes se dispersaram ou foram reduzidos à escravidão.
Visigodos
O “povo valente”, possível significado do nome visigodos, conquistou no século III a Dácia, província romana situada na Europa centro-oriental.
No século IV, ante a ameaça dos hunos, o imperador Valente concedeu refúgio aos visigodos ao sul do Danúbio, mas a arbitrariedade dos funcionários romanos os levou à revolta. Penetraram nos Balcãs e, em 378, esmagaram o exército do imperador Valente nas proximidades da cidade de Adrianópolis. Quatro anos depois, o imperador Teodósio I o Grande conseguiu estabelecê-los nos confins da Mésia, província situada ao norte da península balcânica. Tornou-os federados do império e deu-lhes posição proeminente na defesa. Os visigodos prestaram uma ajuda eficaz a Roma até 395, quando começaram a mudar-se para oeste. Em 401, chefiados por Alarico I, que rompera com os romanos, entraram na Itália e invadiram a planície do Pó, mas foram repelidos.
Em 408 atacaram pela segunda vez e chegaram às portas de Roma, que foi tomada e saqueada em 410.
Alarico II
Nos anos seguintes, o rei Ataulfo estabeleceu-se com seu povo no sul da Gália e na Hispânia e, em 418, firmou com o imperador Constâncio um tratado pelo qual os visigodos se fixavam como federados na província de Aquitania Secunda, na Gália. A monarquia visigoda consolidou-se com Teodorico I, que enfrentou os hunos de Átila na batalha dos Campos Catalâunicos. Em 475, Eurico declarou-se monarca independente do reino visigodo de Tolosa (Toulouse), que incluía a maior parte das Gálias e a Espanha.
Seu reinado foi extremamente benéfico para o povo visigodo: além da obra política e militar, Eurico cumpriu uma monumental tarefa legislativa ao reunir as leis dos visigodos, pela primeira vez, no Código de Eurico, conservado num palimpsesto em Paris. Seu filho Alarico II codificou, em 506, o direito de seus súditos romanos, na Lex romana visigothorum, mas carecia dos dotes políticos do pai e perdeu quase todos os domínios da Gália em 507, quando foi derrotado e morto pelos francos de Clóvis, na batalha de Vouillé, perto de Poitiers. Desmoronou então o reino de Tolosa e os visigodos foram obrigados a transferir-se para Espanha.
O reino visigodo na Espanha esteve inicialmente sob o domínio dos ostrogodos da Itália, mas logo tornou-se independente. Para conquistar o domínio da península ibérica, os visigodos enfrentaram suevos, alanos e vândalos, povos bárbaros que haviam ocupado o país antes de sua chegada.
A unificação quase se concretizou durante o reinado de Leovigildo, mas ficou comprometida pelo problema religioso: os visigodos professavam o arianismo e os hispano-romanos eram católicos. O próprio filho de Leovigildo, Hermenegildo, chegou a sublevar-se contra o pai depois de converter-se à religião católica. Mas esse obstáculo para a fusão com os hispano-romanos se resolveu em 589, ano em que o rei Recaredo proclamou o catolicismo religião oficial da Espanha visigótica. A monarquia visigoda foi destruída em 711 pela invasão muçulmana procedente do norte da África.
Os visigodos, mais civilizados que outras tribos germânicas em virtude de seu longo contato com Roma, criaram formas artísticas originais, como o arco de ferradura e a planta cruciforme das igrejas, e realizaram um importante trabalho de compilação cultural e jurídica. Figuras como santo Isidoro de Sevilha, ou obras jurídicas como o Código de Eurico, a Lex romana visigothorum e o Liber judiciorum, código visigótico que forneceu as bases da estrutura jurídica medieval na Espanha, expressam o grau de desenvolvimento cultural que o reino visigodo alcançou.
Do “Gótico” dos godos ao adjetivo “Gótico”
Apesar dos godos terem sido extintos no começo do século VIII, seus feitos e conquistas deixaram marcas permanentes nos povos italianos. Principalmente a Queda do Império, com tantas construções greco-romanas destruídas, trouxe um trauma que foi passado de geração em geração.
Desse modo, na época do Renascimento, no século XVI, o termo godo era sinônimo de “inculto destruidor da arte clássica”. E esse conceito pejorativo, passa a ser usado para classificar a arte cristã produzida entre o século XII e XVI, período em que a Igreja absorvia a estética pré-cristã da região onde se instalava, chegando até mesmo a absorver certas características pagãs.
Assim, analogicamente, esse estilo arquitetônico predominante nesses séculos, cheio de ogivas, vitrais e gárgulas, passou a ser considerado pelos italianos, o “povo bárbaro” que “invade” o “povo clássico-cristão”, tornando impura a arquitetura cristã da época.
A grande intenção era vulgarizar todo o estilo, mas pelo que foi visto nos séculos posteriores, o termo “gótico” acabou formando uma coesão do obscurantismo medieval, fincando deste modo, raízes permanentes na Europa.
Fonte: www.universalis.fr/www.spectrumgothic.cjb.net
Visigodos
O Reino Visigodo na Península Ibérica
Visigodos significa Godos do Ocidente (Westgoten, alemão).
Os Godos, povo germânico saído da Escandinávia no século I, constituíram no século III um grande estado na Europa Oriental, entre os rios Don e Danúbio.
A chegada dos Hunos (375), vindos da Ásia Central iria dividi-los definitivamente em dois grupos:
Ostrogodos (Godos do Oriente) entre o Don e o Dniepre, e
Visigodos (Godos do Ocidente) entre os rios Dniepre e Danúbio.
Com Alarico I (370-410), os Visigodos passaram para a Itália e, dali, com Ataúlfo, para a Hispânia (411).
Domínio sobre a Península Ibérica
Nos princípios do século V (409-411), aproveitando o vácuo de poder gerado pela decadência do Imperio Romano, os povos germânicos Vândalos e Suevos penetram na Península Ibérica e aí implantam reinos de curta duração. Uma importante fonte para a História desta época é a Crónica de Hydatius de Aquæ Flaviæ (Chaves).
Até conquistarem o domínio total sobre toda a Península Ibérica, os Visigodos tiveram pois que enfrentar Suevos, Alanos e Vândalos, povos guerreiros germânicos que haviam ocupado a região desde antes de sua chegada.
A unidade do reino teria sido completa já durante o reinado de Leovigildo, mas ficou comprometida pela questão religiosa: os Visigodos professavam o Arianismo e os Hispano-romanos eram Católicos.
O Reino dos Visigodos, apoiado por Teodorico e Eurico, alcançou o apogeu com Leovigildo, cujos filhos, Hermenegildo e Recaredo, abjuraram o Arianismo e converteram-se ao Catolicismo, institucionalizando os Concílios de Toledo.
O filho de Leovigildo, Hermenegildo, chegou a sublevar-se contra o pai, depois de converter-se ao Catolicismo. (A rebelião do filho católico de Leovigildo foi apoiada também por aristocratas arianos.)
Mas a fusão com os Hispano-romanos resolveu-se em 589, ano em que o rei Recaredo I proclamou o Cristianismo religião oficial da Hispânia visigótica.
Na realidade, as aristocracias visigoda e hispano-romana encontravam-se de tal forma entrelaçadas, que a existência da diferença religiosa e de leis específicas para cada um dos grupos era apenas uma barreira formal: na prática, os casamentos mistos eram comuns, e a própria divergência religiosa podia ser matizada, como se pode comprovar pelo fato de a Igreja Católica na região nunca ter passado por perseguições sistemáticas por parte da monarquia visigoda, até o reinado de Leovigildo.
A conversão de Recaredo, no III. Concílio de Toledo, em 589, marca o início de uma estreita aliança entre a monarquia visigoda e a Igreja cristã ibérica, desenvolvida ao longo do século VII, a qual ganharia uma expressão peculiar em textos de eclesiásticos da época, cujo ícone mais famoso é Isidoro de Sevilha.
As lutas internas levaram a que o seu último rei, Rodrigo, fosse derrotado pelos Muçulmanos na batalha de Guadalete (711). Assim, a monarquia visigoda foi destruída pela invasão muçulmana procedente do Norte de África, que substituiria o Reino Visigodo por Al-Andaluz.
Herança visigoda
Os visigodos caracterizaram-se pela imensa influência que receberam da cultura e da mentalidade política romana, e criaram formas artísticas originais, como o arco de ferradura e a planta cruciforme das igrejas, e realizaram um importante trabalho de compilação cultural e jurídica.
A arte visigótica que chegou aos nossos dias é constituída principalmente por arquitetura (p. ex. São Frutuoso de Montélios), escultura subjacente à arquitetura (frisos, capitéis) e ourivesaria (p. ex. os tesouros de Guarrazar e Torredonjimeno, em Espanha).
Figuras como Isidoro de Sevilha, ou obras jurídicas como o Código de Eurico, a Lex romana visigothorum e o Liber judiciorum, código visigótico que forneceu as bases da estrutura jurídica medieval na Península Ibérica, expressam o desenvolvimento cultural que o reino visigodo alcançou.
Arquitetura paleocristã / visigótica
A monarquia visigoda foi suficientemente vital para desenvolver uma arquitetura (e uma escultura arquitetônica) derivadas da tradição romana e com influências bizantinas, com características singulares.
São exemplos da arquitetura paleocristã/visigótica na Peninsula Ibérica:
Basílica paleocristã de Mértola
São Pedro de Lourosa
Igreja de Santo Amaro, Beja
São Gião, Nazaré
Basílica paleocristã de Idanha-a-Velha
Tongóbriga
San Martín de Salas
Torre de Palma, Monforte
São Frutuoso de Montélios (Braga)
Igreja de San Cugat del Vallés, Barcelona
Igreja em Cabeza de Griego, Cuenca.
San Juan de Baños de Cerrato (Palencia)
Cripta de San Antolín de Palencia
San Pedro de la Mata (Toledo)
Santa Comba de Bande (Orense)
San Pedro de la Nave (Zamora)
Santa María de Quintanilla de las Viñas (Burgos)
Santa María de Melque (Toledo)
San Vincente, Córdoba
A arquitetura visigótica
A arquitetura visigótica, começado no final do império romano e durando até o início do Românico, pouco ou nada acrescentou à evolução das técnicas construtivas dos Romanos. Os construtores da Alta Idade Média, de uma forma geral, tinham poucos conhecimentos técnicos e limitavam-se a utilizar as técnicas construtivas e os materiais dos Romanos.
Os edifícios mais significativos que hoje conhecemos são as igrejas em geral pequenas , resultado da sua insuficiente destreza técnica, cuja consequência se refletia na dificuldade em vencer grandes vãos.
A tipologia utilizada não apresentou muito de novo e resumia-se a plantas basílicais de três naves, sendo a central mais elevada que as laterais, com uma ou três absides retangulares.
Graças a trabalhos de escavação e reinterpretação de dados efetuados um pouco por todo o país, como os proporcionados pelas escavações das basílicas suevo-visigóticas de Dume, Braga, de Viseu, da igreja do Montinho das Laranjeiras, Alcoutim, da basílica paleocristã de Mértola e do templo alto-medieval de São Torcato, Guimarães, onde se identificaram sequências estratigráficas complexas e significativos restos de edifícios de tipologias variadas, temos hoje de uma melhor leitura dos modelos arquitetônicos cristãos usados entre os séculos V-VI e X-XI.
Identificaram-se modelos arquitetônicos diferentes, com origens diversas e que, servindo o culto cristão, parecem ter convivido cronologicamente em distintas zonas do atual território português.
As construções
Os materiais utilizados, principalmente a pedra, eram frequentemente provenientes das obras romanas e muito poucos de produção própria. Por isso, o seu tamanho era frequentemente desproporcionado face às necessidades da construção a que se destinavam; em consequência, o seu manejo era difícil.
Como resultado, as paredes apresentavam um aspecto muito rudimentar. Os blocos de maior dimensão e mais bem talhados eram utilizados nas esquinas e nos contrafortes.
A técnica construtiva utilizada nas paredes era o opus emplectum romano (as paredes são constituídas por três elementos:
Dois panos exteriores de blocos de pedra com juntas de cal
E no meio um núcleo composto por uma argamassa de cal com restos de cerâmica e ou pedras de qualidade inferior) com panos de diversos tipos.
Os visigodos também copiaram a técnica construtiva das coberturas, normalmente de pedra, abobadadas ou com cúpulas, ou de madeira.
Surge nesta altura uma particularidade: quase sempre se construía por cima da cobertura de pedra um telhado de armação triangular de madeira, que aumentava o peso sobre as paredes.
Nesta época as igrejas perderam luminosidade devido ao pouco avançado sistema estrutural adoptado. As janelas eram muito pequenas, arqueadas ou formadas por lintéis monolíticos.
A arquitetura visigótica também foi influenciada por elementos gregos e bizantinos, para além da natural presença romana.
Destas influências surgiram dois tipos de edifícios:
- O latino com as características próprias da decadência a que a civilização hispano-romana tinha chegado. As suas características: planta regular, conjunto exterior prismático alargado, armação triangular de madeira e pormenores de estilo latino.
- O bizantino inspira-se na arquitetura bizantina que está no seu apogeu; contudo apresenta-se marcado por um certo primitivismo, explicado pela distância do centro artístico originário e pela incultura dos seus intérpretes. As características principais: planta em geral quadrada ou em cruz grega, conjunto exterior piramidal, coberturas abobadadas e pormenores de estilo bizantino.
Arte Visigótica
Teve a uma forte expressão em peças de ourivesaria, em mosaicos e em iluminuras. A arte visigótica exprimiu-se na Península Ibérica desde a entrada dos Visigodos (415) até à invasão muçulmana.
Segundo P. de Palol, é a partir do século IV que a arte cristã se divulga na Península Ibérica: “entendemos na Hispânia como manifestações de arte paleocristã, as peças que correspondem à Tetrarquia e, sobretudo, a tempos constantinianos, quer dizer, aos séculos IV e posteriores. Em relação ao limite final, é muito difícil estabelecê-lo na Península”.
Vertente importante do mundo tardo-romano, esta arte prolongar-se-á para alguns autores até às primeiras manifestações artísticas de Islâmicos e Moçárabes.
«Arte visigótica» designa as expressões artísticas criadas pelos visigodos, que entraram na Península Ibérica em 415 e se tornaram a casta dominante da região até à invasão dos mouros em 711.
A ourivesaria visigótica
Com as migrações bárbaras chegaram à Peninsula Ibérica expressões artísticas novas. Na época visigótica, as artes ditas menores (dever-se-ia dizer mobiliárias) superam a arquitetura e a escultura afirmam alguns especialistas.
Pode-se ligar essa arte ao desejo de mostrar a riqueza e o estatuto social nas armas, nos trajes e nas jóias. Mas também é uma arte muito vinculada aos Bizantinos.
A habilidade dos artesãos godos ou francos, primeiro ambulantes e depois fixados nas margens do Reno, em Worms, Colónia ou Bona, onde as suas oficinas são célebres já no século VI, demonstra o interesse mantido no trabalho e na decoração de armas, na joalharia religiosa ou profana (fíbulas, fivelas de cintos, colares de ouro).
O trabalho investido na produção de um objeto único rompe com a produção grosseira, em série, da Gália romana. Afirmam-se novas técnicas. Aparecem trabalhos em finas folhas de metal, em filigrana, em placas cloisonnées incrustadas de esmalte.
Das tradições nómades e do Oriente, os Bárbaros conservam também o gosto pelo luxo, os metais preciosos e as cores vivas, as vestimentas sumptuosas, jóias de ouro e prata, de bronze dourado incrustado de pedras duras ou preciosas.
Alguns testemunhos de época falam do luxo bárbaro: as descrições de Sidónio Apolinário, as dos cronistas árabes que mostram os nobres visigodos cativos em Damasco após a conquista, os tecidos e as jóias encontrados no túmulo da princesa Amegunda em Saint-Denis (por volta de 570), os tesouros visigóticos da Peninsula Ibérica, especialmente as coroas votivas descobertas em Guarrazar.
Este artesanato usa decoração lisa e simplifica o relevo: pedras gravadas, desenhos em filigrana. O gosto prefere motivos abstratos, entrelaçamentos geométricos, formas estilizadas; de vez em quando, um artesão consegue ser naturalista.
A ourivesaria visigótica desenvolveu-se essencialmente em Toledo.
A produção do artesanato visigótico consiste sobretudo de jóias (broches, anéis, brincos, fíbulas ou alfinetes, colares), placas e fivelas de cinto.
No século II surge um interesse artístico particular em peças em ouro e com incrustações de pedras preciosas por parte dos Godos, possível legado dos Cítias e Sármatas, e de influência romana.
Este período fornece também relicários, cruzes e coroas, com técnicas de trabalho do metal muito refinadas. A damasquinação consiste em incrustar, por martelamento, um fio de ouro, prata ou cobre, numa superfície de cobre ou prata.
A joalharia cloisonnée consiste em desenhar uma série de alvéolos separados por pequenas peças metálicas a uma placa de metal. Talvez os melhores exemplos sejam os achados na Roménia (em Pietrarossa).
Os Godos levaram este estilo à Itália, Gália e Hispânia e, um exemplo disso, é esta coroa votiva de Recesvinto, rei de Toledo, de cerca de 670, encontrada em Fuente de Guarrazar, perto de Toledo, que não se destinava a ser usada, mas sim exposta numa igreja.
Na cidade de Toledo foram encontrados objetos de arte visigótica no século IX, que ficaram conhecido como o Tesouro de Guarrazar.
Paulo Heitlinger
Fonte: algarvivo.com
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