Explosão Cambriana

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O período Cambriano é uma divisão importante do tempo geológico, estendendo-se de cerca de 542 a 488 milhões de anos atrás. É o primeiro período da era paleozóica mais ampla. O Cambriano é caracterizado pelo aparecimento de uma ampla gama de organismos multicelulares complexos e fossilizáveis. Antes disso, os organismos multicelulares eram mais como colônias simples (esponjas e medusóides) do que animais diferenciados.

A explosão cambriana ou radiação evolutiva cambriana foi o aparecimento súbito (do ponto de vista geológico ) e de rápida diversificação de organismos macroscópicos multicelulares complexos. Este período marca uma transição brusca no registro fóssil com o aparecimento dos membros mais primitivos de muitos filos de metazoários (animais multicelulares).

Em um período que durou cerca de 10-20 milhões de anos durante o início do período Cambriano, ocorreu um evento chamado de explosão Cambriana, referindo-se ao súbito surgimento de numerosos fósseis de animais bem preservados. Durante a explosão cambriana, todos os principais tipos de corpo surgiram. O período cambriano recebeu o nome de Cambria, um nome mais antigo para o País de Gales, onde os fósseis da era cambriana foram encontrados pela primeira vez.

Em 1859, Charles Darwin falou sobre esse fenômeno como uma das principais objeções à sua teoria da evolução por seleção natural ; existem atualmente, porém, que as teorias evolucionistas explicam este fenômeno, sendo compatível com a seleção natural; como um desenvolvimento moderadamente acelerado e sustentado por dezenas de milhões de anos, pode levar a esse fenômeno evolutivo. Isto é devido a um aumento em alterações físicas ou anatómicas (como aconteceu durante o Cambriano) também se correlacionou com um aumento na modificações genéticas . Nossa hipótese é que, neste período, no caso de artrópodes , os índices de desenvolvimento sobre as alterações físicas foram 4 vezes mais rápido, e cerca de 5,5 vezes mais rápidos genética; pelo qual a evolução que não poderia ter acontecido em um período normal de 150 milhões de anos ocorreu em apenas 30 milhões.

Causas da explosão cambriana

Não há uma causa universalmente aceita para explicar a explosão cambriana, um fenômeno constante em discussão na comunidade científica. Foram propostos vários fatores biológicos e geológicos como as possíveis causas que levaram à radiação adaptativa da explosão: a competição ecológica , os genes HOX , a fragmentação do supercontinente Pannotia , as alterações climáticas catastróficas como glaciação global, aumentando a concentração de oxigênio atmosférico capacidade ou aumento de produzir colágeno no início da vida. Um desenvolvimento deste novo adaptações competitivos apareceu durante este período (predação, visão, natação ativa, etc) seria adicionado; desenvolvimentos que teria causado o enorme desenvolvimento de novos ramos evolutivos para se adaptar a ocupar novos nichos.

Diversificação

Pouco antes da explosão cambriana tinha ido agências da biota do período Ediacarano (representando os organismos multicelulares complexos mais antigo conhecido) . Desde a primeira aparição explosão cambriana no registro fóssil dos padrões básicos e morfologias que depois formam a base dos animais modernos.
Dos 20 filos de metazoários, pelo menos 11 apareceram pela primeira vez no Cambriano.
Embora este período é fundamental para encontrar e compreender o fenômeno da rápida diversificação e da emergência de novas formas, a sua importância está sendo relativizada, dado atenção em fósseis macroscópicos. Assim, a evidência molecular sugere que, pelo menos, seis das lâminas foram definidos como as vias de desenvolvimento distintas durante o Pre-cambriano.

Explosão Cambriana – História da vida

A história da vida começa um pouco antes de 3,5 milhões de anos, quando as primeiras formas de vida surgiram a partir de elementos bioquímicos mais simples, elementos que possivelmente não eram responsáveis pela hereditariedade, mas quando sujeito a milhões e milhões de anos de seleção natural produziu uma molécula auto-replicadora que hoje domina o mundo com suas maquinas chamadas corpos.

No trajeto da vida, nosso planeta era habitado por uma imensa pequena população de organismos impossíveis de serem visto a olho nu. Os mais antigos registros são os estromatólitos que surgiram em um período denominado proteozóico. Os paleontólogos dividem o tempo em diversas eras para facilitar a classificação dos organismos em relação ao próprio tempo.

As bactérias começavam a dominar nosso planeta e foi por volta desse mesmo tempo que surgiu a atividade fotossintética pelas cianobactérias. Os primeiros protistas heterótrofos e metazoários caracterizando o Fanerozóico e posteriormente os primeiros Eucariotos.

Explosão Cambriana
Gráfico da explosão do Cambriano. Preenchimento de nicho.

No meio desse ambiente quase inóspito surge uma fauna muito peculiar, a chamada fauna de Ediacara, formada principalmente por organismos mais sofisticados em relação aos primeiros organismos vivos que habitaram a Terra. Eram organismos multicelulares, tais como anelídeos, artrópodes de corpo mole, microfósseis vegetais e algumas algas. No final do período ocorreram várias variações o clima da Terra, variações de temperatura, da química do mar e a atmosfera mudou muito.

A América do sul se separou da América do norte embora possivelmente elas interagissem entre si. A América do norte se chocou com o noroeste da África, contemplando aquilo que chamamos de Pangea.

A fauna Ediacariana que até o presente momento apresentava-se de corpo mole, mudou drásticamente em relação ao período Cambriano a 640 milhões de anos. Neste momento da história da vida ocorre a mior de todas as mudanças na fauna, formando estruturas esqueletais de carbonato de cálcio, fosfato de cálcio ou sílica. Os padrões anatômicos que encontramos todas as formas de vida podem ser classificados em 6 ou 8 padrões, variando um pouco, mas basicamente em todo o mundo existem somente eles.

Deve-se notar que isso representa um passo muito sofisticado na história da vida na Terra, essencial para a sobrevivência dos futuros organismos e estudo da evolução. Para um organismo que deixou de ter partes moles para ter partes duras constituintes foi um salto vantajoso imenso em relação ao passado.

Deste dia em diante podemos ver uma fauna formada por animais de concha, e o surgimento de organismos como trilobitas, muito bem estudado por grandes paleontólogos como Zofia Kielan. Parentes deles como os Limulus, Euripterigios posteriormente que deram origem aos primeiros aracnídeos terrestres no Devoniano.

Os trilobitas eram animais marinhos que viviam em diferentes níveis de profundidade do oceano e representam os organismos mais promíscuos com uma radiação enorme, ou seja, distribuídos em várias regiões do globo. Os trilobitas apresentavam exoesqueleto de várias formas, e diversos hábitos de vida incluindo hábitos alimentares, predadores, filtradores comedores de detritos no fundo do oceano, o estilo de dieta deles definiam sua morfologia e tamanho.

Explosão Cambriana
Anomalocaris

Outros organismos compunham a fauna do Cambriano, como a Anomalocaris, terrível predador com uma morfologia sofisticada para sua época. Durante muitos anos ele foi o maior dos mares medindo por volta de 65 centímetros. Já foram encontrados até fósseis com restos de trilobitas dentro de seu corpo.

Além desses organismos os gastrópodos, esponjas primitivas, ancestrais dos equinodermos, como os pepinos-do-mar, corais vermes protoconodontes, crinóideos, monoplacóforas, poliplacoforas, crustáceos antigos, picaias e estromatólitos também compunham o nicho Ediacariano e Pré-Cambriano. Os estromatólitos existema até hoje em alguns pontos específicos do planeta, são formados através de bactérias e algas azuis. É possível estuda-los na Austrália, pois lá existe um ecossistema idêntico a fauna ediacariana

O foco deste artigo não é só descrever o período Cambriano mas sim discutir porque antes do cambriano não temos fósseis, e porque a diversidade de formas de vida explode neste período.

A resposta leviana certamente seria dada por um criacionista dizendo que neste momento Deus decidiu povoar a Terra, e de fato em 1830 o criacionista Murchison pregava veemente esta falácia.

Para o olhar do biólogo esta resposta não é nada, porque não foi averiguada a ecologia do lugar. A vida explodiu logo no começo do Cambriano devido a um conjunto de fatores. Vejamos

Em relação as condições atmosféricas, quando a taxa de oxigênio aumentou possibilitando uma maior disposição dele na água ocorre instantaneamente a melhora nas trocas gasosas. A disposição deste sustentou o resfriamento do planeta que anteriormente era quente demais para suportar outras formas de vida.

A mudança na química dos mares de todo planeta permitiu a sedimentação de carbonato de cálcio que faz parte do esqueleto da fauna. Uma maior demanda desse carbonato foi logo aproveitada pelos animais. Aqueles que tiveram de alguma forma a capacidade de utilizar esse carbonato como uma estratégia de defesa ou de ataque, teve sua vida poupada pela seleção natural.

Desta forma ao fim do período Ediacariano onde uma terrível tragédia assolou a vida marinha atuou como gatilho para que uma nova leva de animais surgisse e preenchesse um nicho totalmente aberto deixado pelos falecidos.

Sem considerar a questão ecológica do local nenhuma resposta coerente pode ser dada. Não se responde uma questão dessas as cegas, é necessário que os criacionistas no mínimo se insiram no contexto ecológico e paleontológico que estão discutindo e discordando. Eu sei que é difícil, afinal, eles acreditam que a Terra tem 10 mil anos, com essa idade, nem a fossilização é possível.

Scritto da Rossetti

Fonte: es.wikipedia.org/netnature.wordpress.com

 

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