Geomorfologia

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Geomorfologia – Definição

A geomorfologia é o estudo da natureza e da história das formas de relevo e dos processos que as criam. Inicialmente, a disciplina estava empenhada em desvendar a história do desenvolvimento do relevo, mas a esta abordagem evolutiva foi adicionado um impulso para compreender a forma como os processos geomorfológicos operam. Em muitos casos, os geomorfologistas tentaram modelar processos geomorfológicos e, mais recentemente, alguns se preocuparam com o efeito da ação humana em tais processos.

A geomorfologia aborda o estudo das formas de relevo e dos seus processos. O relevo e as águas superficiais são elementos que se integram ao clima, vegetação e solos na organização dos sistemas ambientais físicos. As características desses sistemas são expressas a partir da dinâmica interativa dos processos físicos e biológicos, que incorporam os produtos das atividades humanas.

O sistema ambiental físico compõe o embasamento paisagístico – o quadro referencial para que sejam inseridos os programas de desenvolvimento nas escalas locais, regionais e nacionais. A abordagem sistêmica, como concepção holística, adotada no âmbito do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre, é adequada para o estudo dos sistemas ambientais físicos, pois seus conceitos e noções permitem uma visão de mundo integradora, além de permitir a compreensão da estrutura, organização, funcionamento e desenvolvimento dos sistemas.

De acordo com essa visão integradora, é significativa a contribuição dos estudos geomorfológico se sua inter-relação com outros elementos do sistema ambiental, além de relevante às atividades humanas. As formas de relevo explicitam os condicionantes da litológica, os resultados dos processos endógenos e exógenos e sua evolução.

À primeira vista, a paisagem topográfica parece imutável na escala temporal de milhares de anos. Mas na escala local e pontual apresenta modificações sensíveis no transcurso de anos e décadas. Essas alterações são originadas por deslizamentos, abertura e evolução de voçorocas, carregamento de detritos de vertentes, que são indicadores de desequilíbrios ocorridos num determinado território. Mas não basta que se interpretem essas modificações.

É oportuno que se proceda à análise e mapeamento dos processos morfogenéticos atuais. O conhecimento desses processos, permite que se identifiquem as medidas para estabilizar tais ocorrências. Existe um conjunto de informações geomorfológicas aplicadas aos programas de controle da erosão dos solos, que poderão ser adotadas nas áreas mais susceptíveis.

Os projetos de construção de rodovias, ferrovias e de manutenção e conservação de estradas, por exemplo, devem considerar as formas de relevo, a rugosidade topográfica, a amplitude dos vale se a grandeza das planícies de inundação, dentre outros aspectos. Também nas áreas rurais e urbanas é essencial o conhecimento das características geomorfológicas. As modalidades de uso do solo rural transmitem seus efeitos na intensidade da erosão dos solos e na dinâmica das vertentes.

A implantação e o desenvolvimento das áreas urbanas devem considerar as formas de relevo, aliadas aos tipos de solo e rocha que compõem o meio físico. A ocupação de maneira inadequada acarreta problemas de degradação das áreas, de difícil ou onerosa solução. Lotear, implantar vias, canalizar rios, por exemplo, sem critério, implica em riscos de erosão e escorregamentos, acarretando a destruição de aterros, assoreamento de córregos, enchentes.

Para atender às finalidades do zoneamento do Estado, é necessário compreender, através dos estudos geomorfológicos, como estão configurados os modelados de relevo e quais são os padrões dedissecação1que formam arranjos espaciais distintos. Por meio desses elementos, analisa-se as porções do território com predisposição à erosão.

A partir dessa compreensão, são descritas as grandes características geomorfológicas das terras do Estado ? suas Unidades Morfoestruturais representadas pela Depressão Amazônica, o Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental e a Planície Amazônica.

A Unidades Morfoestruturais do Acre são representadas pela Depressão Amazônica, o Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental e a Planície Amazônica.

A Depressão Amazônica (representada no Estado pela Depressão Rio Acre/Javari) alcança altitudes de, em geral, no máximo 300 m, representada pelas extensas planícies de idade Terciária desenvolvidas sobre a Formação Solimões e pela área de altitudes mais elevadas(até 580m) denominada Complexo Fisiográfico da Serra do Divisor;

O Planalto Rebaixado (da Amazônia Ocidental) foi também desenvolvido sobre a Formação Solimões, em área de interflúvios tabulares de relevo plano com altitudes de 250 m. A Planície Amazônica é representada pelas planícies aluviais margeando os rios e pelos níveis de terraços descontínuos, remanescentes de sedimentos desenvolvidos durante o Pleistoceno Superior (Quaternário) que é a superfície mais baixa (200 m).2.2.1 –

Formas erosivas ( Planície amazônica )

São representadas pelos terraços fluviais altos que são patamares esculpidos pelo rio, com declive voltado para o leito fluvial, geralmente comportando meandros colmatados ou em processo de colmatação.

Formas de acumulação ( Planície amazônica)

Planícies Fluviais: Áreas aplainadas resultantes da acumulação fluvial periódica ou permanentemente alagadas, geralmente comportando meandros abandonados.

Planícies e terraços fluviais médios e baixos impossíveis de serem discriminados nesta escala de trabalho: Área aplainada resultante da acumulação fluvial, geralmente sujeita a inundações periódicas e comportando meandros abandonados; eventualmente alagada, unida com ou sem ruptura de declive, patamar mais elevado, que também comporta meandros abandonados.

Formas de dissecação ( depressão amazônica e planalto rebaixado)

Todas as formas resultantes do processo de dissecação foram condensadas em três legendas básicas: colinas (c), cristas (k) e interflúvios tabulares (t). Estas formas são caracterizadas pelas diferenças de topo: convexo para colinas, aguçado para as cristas e aplainado nos interflúvios tabulares

Geomorfologia

A superfície terrestre é modelada por uma série de processos físicos, químicos, biológicos e antrópicos, que afeiçoam o relevo de forma determinada.

A geomorfologia é a ciência que estuda e interpreta as formas do relevo terrestre e os mecanismos responsáveis pela sua modelação.

As relações entre relevo e povoamento são inúmeras. A configuração do território é o resultado das interacções entre dinâmicas naturais e impacte antrópico, dando origem à paisagem. Os padrões de povoamento dependem do modelado e dos processos ativos no território. A localização e a acessibilidade dos recursos naturais está relacionada com o relevo.

Fonte: www.ac.gov.br/www.ipa.min-cultura.pt

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