Corredor Bioceânico

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Avisa-se de contramão que o nome dado a esse projeto nada tem de biologia e pouquíssimo de oceano. Parece mentira, mas é a verdade mais contrária encontrada nos últimos tempos na América do Sul, que foge, inclusive das perspectivas de estudos das duas áreas do conhecimento cientifico: a Biologia e a Geografia. Mas o que de fato se trata isso que alguns estudiosos chamam de discrepante?

O primeiro ponto a se demarcar é que o Corredor Bioceânico é o projeto de estrada ou várias estradas – envolvendo também ferroviais e rodovias -, de cerca de 4 mil quilômetros que cruzará o continente sul americano no sentido leste para oeste (E-W), unindo em uma integração regional, o Brasil que partilha em certa medida do oceano Atlântico ao Chile e Peru que se banham pelo oceano Pacífico. Isto é, está estrada sairá do maior porto da América Latina, que é o porto de Santos (SP) e chegará aos portos de Ilo no Peru e Iquique e Arica no Chile. Tal fato deu aos seus planejadores a ideia de que deveria se chamar Bioceânico. Parece confuso, não é mesmo?

Corredor Bioceânico

E de fato é, uma vez que os únicos objetivos pré-estabelecidos pela Iniciativa da Infraestrutura Regional Sul Americana (IIRSA) são estreitar as relações econômicas dos países envolventes e melhorar a forma como são enviadas as matérias primas brasileiras para a China e outros países do oriente.

Mas tudo isso tem um histórico. Ele foi planejando pela IIRSA em 1996 e desde seu surgimento, visa-se modernizar as infraestruturas de comunicação, energia, transporte e matéria-prima entre alguns países membros do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), dando facilidade e livre acesso aos dois oceanos. O Brasil, por exemplo, não possuí saída no oceano Pacífico, com este projeto, torna-se mais fácil o acesso para os continentes e países localizados no oriente, como Austrália, Ásia e Nova Zelândia. Além disso, visa-se reduzir em até 2 dias o percurso feito em estradas em péssimas condições.

No entanto, as cidades acima não são as únicas a receberam o corredor, pretende-se ainda passar pelas cidades brasileiras de Uruguaiana e Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Valparaíso no Chile, Puerto Suarez e Santa de laSierra na Bolívia, detentora de grande parte do investimento financiado pela Corporação Andina de Fomento (CAF), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela União Europeia (EU).

Mas existe um problema que pode dificultar essa construção, que é a Cordilheira dos Andes, sendo, portanto, necessário investir em mais tecnologia para ultrapassar as barreiras naturais amenizando os impactos ambientais que isso pode causar. Além disso, tem-se as burocracias e políticas internas desses diversos países, que se torna um fator preponderante para o impedimento da construção.

Gean Alef Cardoso

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