Ventos

Origem e comportamento dos ventos

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Aos movimentos do ar damos o nome de vento. A principal causa desses movimentos são as diferenças de temperatura, pois o ar aquecido torna-se menos denso, mais leve, subindo, portanto, enquanto outras porções de ar vem ocupar o seu lugar.

Esses movimentos ocorrem em diversas escalas, desde os pequenos redemoinhos que chamamos de “dust devil”,ate enormes massas de ar que avançam sobre continentes e oceanos.

Chamamos os grandes movimentos de macro-clima ou ventos dinâmicos e os pequenos de micro-clima ou ventos locais. Para que se tenha uma idéia correta das movimentações da atmosfera e preciso visualizá-la como uma massa fluida onde os movimentos ocorrem sem deixar espaços vazios, vindo sempre uma porção de ar ocupar o lugar deixado por outra que se moveu.

A rotação do planeta produz um efeito interessantíssimo chamado força de Coriolis, ou lei de Buys Ballot, que faz com que o trajeto dos ventos tenha sempre formatos curvilíneos e espiralados. Claro que quase sempre nos parecerá reto, pois estaremos observando a fração de uma curva que pode ter centenas de km de raio. Só poderemos observar as curvas diretamente no caso de movimentos em micro-escala, como um “dust”, mas indiretamente, através de fotos de satélite e outros recursos que mapeiam o vento podemos ver claramente suas curvas.

Os principais fatores que determinam as variações de temperatura sobre a superfície da Terra originando os ventos são os movimentos de rotação e translação do planeta, que fazem com que todas as regiões passem por um ciclo ininterrupto de aquecimento e resfriamento conforme a incidência dos raios solares durante a alternância de dias, noites e estações do ano.

É importante saber que o ar, por ser transparente, não é aquecido diretamente pelos raios solares. O Sol aquece o solo e o ar que está em contato com este é aquecido de baixo para cima, esse é um dos motivos da temperatura diminuir com a altitude.

Diferentes tipos de solo são aquecidos pelos raios solares e conduzem esse calor para o ar de maneiras diferentes.

A Rosa dos Ventos

Ventos
Rosa dos Ventos

O vento é chamado pelo nome da direção de onde sopra, assim o vento que vem do sul para o norte é chamado de vento sul e assim por diante. A rosa dos ventos representa os quatro pontos cardeais, Norte(N), Sul(S), Leste(E), Oeste(W) e mais quatro pontos intermediários, Nordeste(NE), Noroeste(NW), Sudeste (SE) e Sudoeste(SW).

Se a direção do vento não for exatamente alguma dessas, nós o chamaremos pelo nome da mais próxima. Para a precisão necessária em vôo livre isso será suficiente, porém é interessante conhecer o sistema usado na aviação, que gradua as direções de 0 a 359, sendo 0 o N, 45 o NE, 90 o E e assim por diante.

Para encontrar os pontos cardeais nada melhor do que uma boa bússola, mas pode-se improvisar com precisão bastante razoável utilizando o seguinte método, desde que seja dia e você tenha um relógio:

Aponte o “meio dia” para o Sol.A bissetriz do ângulo formado pelo “meio dia” e o ponteiro das horas estará apontando para o N. Se for meio dia o próprio número doze do relógio já estará apontando o N.

VENTOS – De onde eles vêm?

Os ventos, deslocamentos do ar atmosférico, surgem com o movimento de algumas partes da atmosfera, ocasionadas pelas diferenças da pressão atmosférica decorrentes de alterações da temperatura. Essas diferenças exercem uma função muito importante no movimento das massas de ar e dos ventos, pois os deslocamentos do ar ocorrem de uma área de alta pressão (baixa temperatura) para uma área de baixa pressão (temperatura alta).

O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão.

O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas latitudes, desce, fazendo surgir uma área de alta pressão. Uma vez que há tendência das massas de ar igualar essas pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os trópicos e os pólos passando pelas zonas de médias latitudes.

O vento deve, então, ser considerado como o ar em movimento, porque resulta do deslocamento de massas de ar derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas, sendo, porém, influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo.

Essas diferenças de pressão têm uma origem térmica, estando diretamente relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar, e são formadas a partir de influências naturais, como os continentes, os mares, a latitude e a altitude. Sua velocidade é medida com aparelhos chamados anemômetros, que normalmente possuem três ou mais pás girando ao redor de um pólo vertical.

Quanto mais rápido for esse giro, maior é a velocidade do deslocamento do ar. A quantificação desses dados é feita através da Escala de Beaufort, que possibilita realizar uma estimativa da velocidade através da observação visual, sem necessariamente fazer uso de aparelhos.

Sir Francis Beaufort (1774-1857), contra-almirante da marinha inglesa, pesquisou a ação do vento no mar e as conseqüentes alterações na sua superfície e no tamanho das ondas, criando a partir daí uma escala de 0 a 12 para identificar cada uma dessas situações:

00 – Calmaria (0 a 1) – mar espelhado.
01 – Bafagem (2 a 6) – mar encrespado em pequenas rugas com aparência de escamas.
02 – Aragem – (7 a 12) – ligeiras ondulações de 30 cm de altura (1 pé), com cristas, mas sem arrebentação.
03 – Fraco (13 a 18) – grandes ondulações de 60 cm de altura, com início de arrebentação e alguns “carneiros”.
04 – Moderado (19 a 26) – pequenas vagas mais longas, de 1,5m de altura, com frequentes “carneiros”.
05 – Fresco (27 a 35) – vagas moderadas de forma longa, de uns 1,4m de altura, muitos “carneiros” e possibilidade de alguns borrifos.
06 – Muito fresco (36 a 44) – grandes vagas de até 3,6m de altura, com muitas cristas brancas e probabilidade de borrifos.
07 – Forte (45 a 54) – mar grosso com vagas de até 4,8m de altura, espuma branca de arrebentação, com o vento arrancando laivos de espuma.
08 – Muito forte (55 a 65) – vagalhões regulares de 6 a 7,5, com faixas de espuma branca e fraca arrebentação.
09 – Duro (66 a 77) – vagalhões de até 7,5 metros de altura, com faixas de espuma densa. O mar rola e os borrifos começam a afetar a visibilidade.
10 – Muito duro (78 a 90) – vagalhões variando entre 9 e 12m de altura, com o vento arrancando faixas de espuma e a superfície do mar ficando toda branca.
11 – Tempestuoso (91 a 104) – vagalhões excepcionalmente grandes, de até 13,5m. A visibilidade é muito afetada, e navios de tamanho médio somem no cavado das vagas.
12 – Furacão (105 em diante) – mar todo de espuma. Espuma e respingos saturam o ar. A visibilidade é seriamente afetada.

Posteriormente, em 1903, a equivalência entre a velocidade do vento em milhas náuticas por hora (colocada entre parênteses), e a escala da força estabelecida por Beaufort (registrada com a numeração inicial 00, 01, etc.), foi determinada matematicamente, e o resultado adaptado para as condições observadas em terra, conforme relação abaixo:

00 – Calmaria (0 a 1) – a fumaça sobe verticalmente.
01 – Bafagem (2 a 3) – a direção da bafagem é indicada pela fumaça, mas o cata-vento ainda não reage.
02 – Aragem (4 a 6) – sente-se o vento soprando no rosto, as folhas das árvores começam a se movimentar, e os cata-ventos passam a girar lentamente.
03 – Fraco (7 a 10) – as folhas das árvores se agitam com mais velocidade e as bandeiras ficam desfraldadas.
04 – Moderado (11 a 16) – Poeira e pequenos papéis soltos são levantados no ar. Os galhos das árvores movem-se com força.
05 – Fresco (17 a 21) – Movem-se as pequenas árvores. Nos lagos a água começa a ficar ondulada.
06 – Muito fresco (22 a 27) – Assobios na fiação aérea. Movem-se os maiores galhos de árvores. O guarda-chuva passa a ser usado com dificuldade.
07 – Forte (28 a 33) – Movem-se as grandes árvores. É difícil andar contra o vento.
08 – Muito forte (34 a 40) – Quebram-se os galhos das árvores. É difícil andar contra o vento.
09 – Duro (41 a 47) – Danos nas partes salientes das árvores. Impossível andar contra o vento.
10 – Muito duro (48 a 55) – O vento arranca árvores e danifica a estrutura de prédios.
11 – Tempestuoso (56 a 65) – Esta situação é muito difícil de ser observada em terra.
12 – Furacão (66 em diante) – Grandes estragos

O vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo.

Essas diferenças de pressão têm uma origem térmica, estando diretamente relacionadas à radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar.

Formam-se a partir de influências naturais: continentalidade, maritimidade, latitude, altitude e amplitude térmica.

Histórico

Sir Francis Beaufort (1774-1857), almirante Britânico, criou uma escala, de 0 a 12, observando o que acontecia no aspecto do mar (superfície e ondas), em consequência da velocidade dos ventos. Posteriormente, esta tabela foi adaptada para a terra.

Em 1903 a equivalência entre os números da escala e o vento foi estabelecida pela fórmula:

U = 1.87B3/2 onde U é a velocidade do vento em milhas náuticas por segundo e B é o número Beaufort.

ESCALA BEAUFORT DE FORÇA DOS VENTOS
Força Designação
Velocidade
km/h nós
Aspecto do Mar Influência em Terra
0 CALMARIA 0 a 1 0 a 1 Espelhado. A fumaça sobe verticalmente.
1 BAFAGEM 2 a 6 2 a 3 Mar encrespado em pequenas rugas, com aparência de escamas. A direção da bafagem é indicada pela fumaça, mas a grimpa ainda não reage.
2 ARAGEM 7 a 12 4 a 6 Ligeiras ondulações de 30 cm (1 pé), com cristas, mas sem arrebentação. Sente-se o vento no rosto, movem-se as folhas das árvores e a grimpa começa a funcionar.
3 FRACO 13 a 18 7 a 10 Grandes ondulações de 60 cm com princípio de arrebentação. Alguns “carneiros”. As folhas das árvores se agitam e as bandeiras se desfraldam.
4 MODERADO 19 a 26 11 a 16 Pequenas vagas, mais longas, de 1,5 m, com frequentes “carneiros”. Poeira e pequenos papéis soltos são levantados. Movem-se os galhos das árvores.
5 FRESCO 27 a 35 17 a 21 Vagas moderadas de forma longa de uns 2,4 m. Muitos “carneiros”. Possibilidade de alguns borrifos. Movem-se as pequenas árvores.
Nos lagos a água começa a ondular.
6 MUITO FRESCO 36 a 44 22 a 27 Grandes vagas de até 3,6 m. muitas cristas brancas. Probabilidade de borrifos. Assobios na fiação aérea. Movem-se os maiores galhos das árvores. Guarda-Chuva usado com dificuldade.
7 FORTE 45 a 54 28 a 33 Mar grosso. Vagas de até 4,8 m de altura. Espuma branca de arrebentação; o vento arranca laivos de espuma. Movem-se as grandes árvores. É difícil andar contra o vento.
8 MUITO FORTE 55 a 65 34 a 40 Vagalhões regulares de 6 a 7,5 m de altura, com faixas de espuma branca e franca arrebentação. Quebram-se os galhos das árvores. É difícil andar contra o vento.
9 DURO 66 a 77 41 a 47 Vagalhões de 7,5 m com faixas de espuma densa. O mar rola. O borrifo começa a afetar a visibilidade. Danos nas partes salientes das árvores. Impossível andar contra o vento.
10 MUITO DURO 78 a 90 48 a 55 Grandes vagalhões de 9 a 12 m. O vento arranca as faixas de espuma; a superfície do mar fica toda branca. A visibilidade é afetada. Arranca árvores e causa danos na estrutura dos prédios.
11 TEMPESTUOSO 91 a 104 56 a 65 Vagalhões excepcionalmente grandes, de até 13,5 m. A visibilidade é muito afetada. Navios de tamanho médio somem no cavado das vagas. Muito raramente observado em terra.
12 FURACÃO 105 a … 66 a … Mar todo de espuma. Espuma e respingos saturam o ar. A visibilidade é seriamente afetada. Grandes estragos.

O vento pode ser considerado como o ar em movimento. Resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo.

Essas diferenças de pressão têm uma origem térmica estando diretamente relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar.

Se formam a partir de influências naturais, como: continetalidade, maritimidade, latitude, altitude…

A velocidade do vento é medida com aparelhos chamados anemômetros. Esses aparelhos, normalmente possuem três ou mais pás girando ao redor de um pólo vertical. Quanto mais rápido for esse giro, maior é a velocidade do deslocamento do ar. A quantificação desses dados é feita através da Escala de Beaufort, que possibilita realizar uma estimativa da velocidade através da observação visual, sem necessariamente fazer uso de aparelhos.

O vento horizontal é muito usado para a impulsão de veleiros e a sua ausência, pouco apreciada pelos esportistas, é conhecida como calmaria.

Os movimentos verticais são essenciais nos vôos de planadores, asas delta e de toda sorte de aves.

Ventos

O deslocamento vertical de massas de ar deve-se ao esfriamento progressivo da atmosfera com a altitude. Na superfície da terra está quente e, a medida que sobe, fica cada vez mais fria. Deste modo, haverá vento vertical e os poluentes dispersam com facilidade.

A ausência do vento vertical é denominada inversão térmica.

Fenômeno meteorológico que pode ocorrer em qualquer parte do planeta, principalmente em metrópoles e principais centros urbanos. Costuma acontecer no final da madrugada e no início da manhã, particularmente nos meses de inverno.

No fim da madrugada, dá-se o pico de perda de calor do solo por irradiação. É quando se registram as temperaturas mais baixas, no solo e no ar. Quando a temperatura próxima ao solo cai abaixo de 4ºC, o ar frio, impossibilitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes. Camadas mais elevadas da atmosfera são ocupadas com ar relativamente mais quente, que não consegue descer.

Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima, fenômeno definido como inversão térmica.

Ventos

Logo após o nascer do sol, à medida que vai havendo o aquecimento do solo e do ar próximo a ele, o fenômeno vai gradativamente desfazendo-se. O ar aquecido sobe e o ar resfriado desce, voltando a ter circulação atmosférica. A inversão térmica se desfaz.

Como já foi dito, esse fenômeno pode ocorrer em qualquer lugar do planeta, porém é mais comum em lugares onde o solo ganha bastante calor durante o dia, mas em compensação perde muito à noite, tornando as baixas camadas atmosféricas muito frias e impossibilitando sua ascensão.

Assim, um ambiente muito favorável para a ocorrência da inversão térmica são justamente as grandes cidades. Pelo fato de apresentarem grande área construída, portanto desmatada e impermeabilizada, as grandes cidades absorvem grande quantidade de calor durante o dia. À noite, no entanto, perdem calor rapidamente.

É justamente aí que está o problema: com a concentração do ar frio nas camadas mais baixas da atmosfera, ocorre também a concentração de toneladas de poluentes, emitidos por várias fontes, o que agrava sobremaneira o problema da poluição em baixas camadas da atmosfera, constituindo um sério problema ambiental em centros urbano-industriais.

Propriedades do ar

O ar pode ser comprimido, pode se expandir e pode realizar trabalho (colocar corpos em movimento)

É o ar em movimento. Este termo é aplicado ao movimento horizontal próprio da atmosfera. Os movimentos verticais, ou quase verticais, são chamados de correntes. Os ventos são produzidos por diferenças de pressão atmosférica, atribuídas principalmente a diferenças de temperatura. As variações na distribuição de pressão e temperatura devem-se principalmente à distribuição desigual do calor solar, assim como às diferentes propriedades térmicas das superfícies terrestres e oceânicas. Quando as temperaturas de regiões adjacentes diferem, o ar mais quente tende a ascender e a soprar sobre o ar mais frio e, portanto, mais pesado.

Os ventos predominantes criam padrões climáticos que se apresentam muito diferenciados entre janeiro e julho. Os ventos do oeste sopram com maior persistência durante o mês de janeiro no hemisfério norte. Estes ventos sopram constantemente no hemisfério sul. Na América do Norte e na Ásia, a elevada pressão causa o deslocamento de massas de ar. No verão, a baixa pressão causa o influxo de massas de ar e de vento. Os ventos de monções sopram em direção ao sul, a partir da Ásia, no mês de janeiro, e em direção ao norte, a partir da Austrália, no mês de julho. Existem regiões de calmaria na áreas equatoriais dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.

A Velocidade dos Ventos

Os ventos não se formam com a mesma velocidade.

Por isso, existem vários tipos de vento:

Brisa – É um vento fraco e agradável. Pode ser marítima ou terrestre.

A brisa marítima ocorre durante o dia e se desloca do mar para a terra. Isso acontece porque os raios solares aquecem a terra mais rapidamente do que a água, originando uma corrente de ar quente que sobe. Seu lugar é ocupado pelo ar frio que estava sobre o mar.

A brisa terrestre ocorre durante a noite e se desloca da terra para o mar. À noite, sem o calor do sol a terra esfria, mas a água ainda conserva o calor. Assim, o ar que está sobre o mar fica quente e sobe, e o ar frio da terra se desloca para o mar.

Ventos Alísios – São ventos brandos, regulares e constantes. Favorecem a navegação marítima. Os ventos brandos são aproveitados pelo homem para suas atividades de lazer e de trabalho. Para empinar pipas, praticar Windsurfe, navegar transportando mercadorias ou pessoas, ou aproveitando a força do vento para fazer funcionar bombas d’água através do moinho de vento, por exemplo.

Ciclone – Perturbação atmosférica no centro da qual a pressão é muito baixa, provocando ventos superiores a 150 km/h. Formam-se nas regiões tropicais sobre os mares quentes. O ciclone que se forma sobre o Atlântico é chamado de furacão, enquanto o que se forma sobre o Pacífico é comumente chamado de tufão.

Furacão – Ciclones tropicais migratórios que se originam sobre os oceanos em regiões ao longo da linha do equador, em particular as Antilhas, incluindo o Caribe o o golfo do México. Os ciclones do tipo furacão originados no oeste do Pacífico, são chamados de tufões.

Os furacões consistem de ventos muito rápidos, que sopram de forma circular em redor de um centro de baixa pressão, chamado olho do furacão. A força de um furacão é avaliada com índice entre 1 e 5. Os mais fortes, com categoria 5, superam os 250 km/h. O furacão Gilbert, o maior do século XX, com ventos em rajadas que alcançaram os 350 km/h, devastou a Jamaica e partes do México.

Tornado – Vento que toma a forma de um turbilhão circular (diâmetro de menos de 2 km) se deslocando a uma velocidade de 30 a 60 km/h. Gira no sentido horário no Hemisfério Sul e no sentido anti-horário no Hemisfério Norte. Os ventos fortes do tornado carregam tudo à sua passagem.

Monção – Vento que muda de direção com a passagem das estações. Predomina no oceano Índico. Sopra do sudoeste, geralmente entre abril e outubro, e na direção oposta, para nordeste, entre outubro e abril.

Nuvem

Forma condensada de umidade atmosférica, composta de pequenas gotas de água ou cristais de gelo. As nuvens são o principal fenômeno atmosférico visível e representam um passo transitório, embora vital, no ciclo da água.

Em meteorologia, a formação de nuvens por causa do esfriamento do ar provoca a condensação de vapor de água, invisível, em gotinhas ou partículas visíveis de gelo. As partículas que compõem as nuvens têm um tamanho que varia entre 5 e 75 micra (0,0005 e 0,008 cm). As partículas são sustentadas no ar por correntes verticais leves.

Tipos de Nuvens

Alguns tipos de nuvens são responsáveis pela precipitação das chuvas ou de neve. Em regiões tropicais, entre a passagem das estações do verão e do outono, é comum a formação de nuvens que precipitam granizo. As nuvens movem-se conforme o deslocamento das massas de ar. As nuvens responsáveis pela precipitação de chuvas são formadas com a condensação do vapor de água. As nuvens que precipitam neve e granizo formam-se com a condensação do vapor de água que acarreta na formação de flocos de gelo e pequenas formações cristalizadas.

Quanto aos tipos de nuvens, há quatro classificações básicas: nuvens fátuas (cirrus, nuvens cinzentas ou brancas, ocorrendo em altitudes mais elevadas), reunião de muitas nuvens (cumulus, nuvens de bases escuras e topos brancos, situando-se a altitudes de 5.000 pés; trazem chuvas), nuvens assentadas (stratus, nuvens baixas, que trazem chuva ou neve), nuvens que comportam as chuvas (nimbus, nuvens que, agrupadas verticalmente, assim chamando-se cumulonimbus, trazem tempestades e trovoadas). Alguns tipos de formação de nuvens de características peculiares também podem apresentar variações compostas de dois tipos como os apresentados acima.

Massas de ar

Corpo de ar com características próprias de umidade, pressão e temperatura. Uma massa adquire suas propriedades a partir do contato com a superfície terrestre. Quando estacionada sobre uma região tropical do oceano, com corrente marítima quente, isto é, com evaporação de muita água, será uma massa quente e úmida. No caso de parar sobre o pólo, será fria e transportará a umidade do lugar.

Temos os seguintes tipos de massa de ar, de acordo com as diversas regiões que as formam:

Continental polar – massa de ar frio.
Continental tropical –
massa de ar quente.
Marítima polar –
massa de ar frio.
Marítima tropical –
massa de ar quente.
Equatorial –
massa de ar quente.

Frentes Climáticas

O clima nas regiões temperadas do mundo é controlado por depressões. Elas são formadas quando as massas de ar polares encontram as massas subtropicais.

O limite de confronto das duas massas de ar é chamado de frente polar.

As depressões consistem em círculos de ar que giram num raio de centenas de quilômetros. As depressões possuem tanto frentes quentes quanto frentes frias.

As frentes quentes ocorrem quando o ar quente subtropical se impõe por sobre a massa fria de ar polar, formando um manto de nuvens que podem comportar chuvas leves ou neve.

As frentes frias ocorrem após as frentes quentes. O ar frio desce sob o ar quente. Isto pode resultar em nuvens heterogêneas (cumulunimbus) que comportam chuvas fortes ou neve.

A Poluição do Ar

É a contaminação da atmosfera por resíduos ou produtos secundários gasosos, sólidos ou líquidos, que podem pôr em risco a saúde do homem e a saúde e bem-estar das plantas e animais, atacar diferentes materiais, reduzir a visibilidade ou produzir odores desagradáveis. Entre os poluentes atmosféricos emitidos por fontes naturais, somente o radônio, um gás radiativo, é considerado um risco importante para a saúde. A poluição do ar é causada por gases tóxicos e material particulado (micropartículas sólidas suspensas na atmosfera).

Quanto à sua natureza química, os poluentes do ar se classificam em:

Compostos sulfurosos (derivados de enxofre)
Compostos nitrogenados (derivados de nitrogênio)
Compostos orgânicos (derivados de carbono)
Óóxidos de carbono
Halógenos (metais)
Matéria particulada (poeira e fumaça)
Compostos radioativos
Principais efeitos dos poluentes presentes no ar
Lesões e queda de folhas
Inibição da fotossíntese
Morte de liquens
Irritação de mucosas respiratórias
Irritações na garganta, olhos
Bronquite, asma
Enfisema pulmonar
Efeitos carcinogênicos
Asfixia
Perturbações nos ossos
Problemas glandulares
Problemas de pele

Cada ano, os países industrializados produzem milhões de toneladas de poluentes. Os contaminantes atmosféricos mais frequentes e mais amplamente dispersos se descrevem na tabela anexa. O nível pode ser expressado em termos de concentração atmosférica (microgramas de contaminante por metro cúbico de ar) ou, no caso dos gases, em partes por milhão, ou seja, o número de moléculas do poluente por milhão de moléculas de ar.

Muitas substâncias contaminantes provém de fontes facilmente identificáveis; o dióxido de enxofre, por exemplo, provém das centrais energéticas que queimam carvão ou petróleo. Outros se formam pela ação da luz solar sobre materiais reativos previamente emitidos à atmosfera (os chamados precursores). Por exemplo, o ozônio, um perigoso poluente que faz parte do smog,se produz pela interação de hidrocarburetos e óxido de nitrogênio sob a influência da luz solar.

Nas grandes cidades, durante o inverno, a qualidade do ar fica seriamente comprometida devido ao fenômeno da inversão térmica, no qual, com o rápido resfriamento do Ventos durante a noite, ou com o rápido aquecimento das camadas atmosféricas mais altas, o ar quente fica por cima do ar frio, impedindo que as camadas mais próximas da superfície possam circular.

Com isso, os poluentes presentes nas camadas mais baixas não tem condições de ser dissipados e acumulam-se em concentrações bastante tóxicas. Já nos dias quentes, uma vez que maiores temperaturas reduzem a solubilidade dos gases dissolvidos na água dos rios, gases como o gás sulfídrico, derivado de enxofre, são liberados da águas poluídas dos rios para a atmosfera, causando intenso mau cheiro nas áreas próximas.

O escurecimento das construções e edifícios nas grandes cidades, bem como das cascas das árvores nos parques urbanos, são reflexo do acúmulo de material particulado pesado (poeira) e mais leve (fumaça), o qual é produzido principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e derivados de petróleo.

Atualmente a poluição do ar tem recebido especial atenção em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a CETESB tem monitores automáticos espalhados nos pontos mais críticos da cidade, indicando a qualidade do ar à população.

Uma rede de telemetria avançada, utilizada para medir a concentração dos poluentes produzidos especialmente pelos veículos automotores (“acredita-se que 60 % da poluição atmosférica provém dos automóveis”) está constantemente em operação, e nos meses de inverno é instalada a operação inverno na qual propõe-se o rodízio de carros na cidade e o isolamento de áreas em estado crítico.

Ações isoladas neste sentido não resolvem o problema. A consciência de que a convivência em um ambiente onde o ar respirado não é adequado já está sendo consolidada em todas as frações da sociedade e isso tende a gerar a longo prazo melhorias na qualidade de vida das metrópoles.

O instrumento destas melhorias é o desenvolvimento de tecnologia anti-poluente da indústria automobilística, e o controle das emissões industriais, dos caminhões, ônibus e veículos em mal estado de conservação, os quais circulam hoje nas cidades.

Efeito estufa

Fenômeno natural, causado pela presença de gases na atmosfera, que provoca o aquecimento gradual do planeta. Os gases da atmosfera, sobretudo o carbônico, funcionam como redoma. Retêm na Terra o calor das radiações infravermelhas emitidas pelo Sol e mantêm a temperatura média em torno de 16ºC.

Sem os gases, as radiações que chegam à superfície terrestre seriam refletidas para o espaço. A temperatura não passaria de 27ºC negativos e a superfície seria coberta de gelo.

A expressão efeito estufa também identifica o aquecimento que tem sido verificado no planeta nas últimas décadas. Pesquisas da agência americana Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) indicam que a temperatura global média subiu 0,18ºC desde o início do século. Fotos tiradas pelo satélite meteorológico Nimbus mostram redução da área de gelo nos pólos.

Essas alterações climáticas ocorrem paralelamente a um aumento significativo da concentração de gases à base de carbono na atmosfera, provocado pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e derivados de petróleo. A relação entre o aquecimento do planeta e a emissão de gases estufa não está comprovada, embora haja muitas evidências nesse sentido. Entre as conseqüências do superaquecimento do planeta está a elevação exagerada da temperatura do ar. Esse fato modificaria o regime dos ventos e aumentaria a evaporação da água, criando mais nuvens e chuvas.

Projeções para meados do século XXI indicam a possibilidade de chuvas intensas em áreas hoje desérticas e falta de água em regiões atualmente férteis. Prevêem também o aumento do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas de gelo polares, que podem diminuir ou até desaparecer.

Ar e Saúde

Tuberculose – Doença infecciosa aguda ou crônica provocada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, que pode afetar qualquer tecido do organismo, mas geralmente localiza-se nos pulmões.

O agente causal foi descoberto em 1862 por Robert Koch.

Na tuberculose pulmonar, os sintomas típicos são: afecções respiratórias como tosse, dor torácica e escarros sanguinolentos. O bacilo pode permanecer latente no organismo durante um longo período, até que uma diminuição das defesas lhe dê a oportunidade de multiplicar-se e provocar os sintomas da doença. O tratamento completo com antibióticos dura entre seis meses e dois anos.

Pneumonia – Termo aplicado a qualquer das cerca de 50 doenças inflamatórias diferentes dos pulmões, caracterizadas pela formação, nesses rgãos, de um exsudato fibrinoso (isto é, formado pela fibrina, uma proteína esbranquiçada presente nos coágulos sangüíneos. Pode ser causada por bactérias, vírus, rickéttsias, micoplasma, fungos, protozoários ou pela aspiração de vômito.

Pneumonia bacteriana: pode apresentar-se como uma pneumonia lobar (afetando um lóbulo pulmonar) ou como uma broncopneumonia (afetando regiões próximas aos bronquíolos respiratórios).
Pneumonia viral:
constitui a maioria dos casos identificados atualmente; em geral, são brandas e se resolvem de forma espontânea, sem tratamento específico.
Pneumonia atípica primária:
é causada por um organismo procariótico pequeno, o Mycoplasma pneumoniae. Geralmente, a doença se cura de forma espontânea.
Pneumonia por Pneumocystis carinii:
é a causa mais freqüente de morte nas pessoas afetadas pela Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

Difteria – Doença aguda muito infecciosa, que ocorre principalmente na infância, caracterizada pela formação de falsas membranas nas vias do trato respiratório superior. O agente causal da moléstia é a bactéria Corynebacterium diphtheriae. Alguns dias após penetrar no organismo, o bacilo diftérico provoca a formação de um exsudato branco-acinzentado, que acaba se tornando uma falsa membrana acinzentada. Esta pode chegar a obstruir as vias respiratórias.

Coqueluche – Nome comum aplicado a uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Caracteriza-se, em seus estágios finais, por tosse violenta que termina num som sibilante de alta intensidade.

Meningite – Inflamação das meninges ou membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A maioria dos casos de meningite, especialmente os causados por bactérias (sobretudo meningococos e Haemophilus influenzae), apresentam um início brusco, com sintomas que incluem cefaleia, rigidez da nuca, febre, náuseas e vômitos. Progride com rapidez e, se não for tratada em um período que vai de 24 a 72 horas, pode levar à morte.

Gripe – Doença infecto-contagiosa aguda do trato respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que afeta de maneira especial a traqueia. Um episódio não complicado de gripe caracteriza-se por um quadro que inclui tosse seca, dor de garganta, congestão e secreção nasal abundante e irritação ocular. Nos casos mais complexos, acrescentam-se calafrios, febre de rápida instauração, cefaleia, dores musculares e articulares e, às vezes, sintomas digestivos. A febre regride paulatinamente em poucos dias. Contudo, quando o processo é acompanhado ou seguido por uma pneumonia viral ou bacteriana, pode se tornar uma doença mortal.

Caxumba – Doença infecciosa aguda. causada por um vírus e caracterizada pela tumefação das glândulas salivares. Provoca, às vezes, surtos epidêmicos. A incidência mais elevada se dá entre 5 e 9 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade. Como a glândula que afeta, com mais frequência, é a parótida, é chamada ainda de parotidite epidêmica.

Sarampo – Doença infecto-contagiosa aguda e febril, provocada por um vírus filtrável e caracterizada pelo surgimento de pequenas manchas vermelhas na superfície da pele, irritação ocular, tosse e rinorréia (secreção nasal abundante). Aos doze dias de contágio, aparecem febre, espirros e rinorréia. Trata-se de uma doença benigna na maioria dos casos. Só eventualmente o vírus pode alcançar o tecido cerebral e provocar encefalite ou mesmo a morte. Não há tratamento específico.

Poliomielite – Doença infecciosa viral do sistema nervoso central que, em muitos casos, provoca, como sequela, paralisia. O vírus penetra no organismo por via digestiva e estende-se pelas células nervosas, afetando várias partes do sistema nervoso central.

Para prevenir a doença, desenvolveu-se, inicialmente, uma vacina de vírus inativados, misturando as três cepas do poliovírus (vacina tipo Salk). Mais tarde, elaborou-se uma vacina oral das três cepas do vírus atenuado, a vacina trivalente oral para a pólio ou tipo Sabin, que, por sua maior eficácia, substitui em todo o mundo a vacina Salk.

Fonte: www.ventoforte.com.br/www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/ www.scubadiver.com.br/www.infoterm.com.br/www.biomania.com.br

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