Tsunami

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As ondas do mar geradas por eventos geológicos catastróficos em regiões oceânicas, como os sismos de forte magnitude com ruptura superficial, as erupções vulcânicas e os movimentos de massa (deslizamentos) submarinos, são atualmente designados por tsunamis, que em japonês significa “onda de porto”.

O idiograma representativo de tsunami é constituído por dois caracteres, correspondendo o superior a “tsu” (porto) e o inferior a “nami” (onda).

Na literatura anglo-saxónica estas ondas são também designadas por “tidal waves” (ondas de maré), embora em nada estejam relacionadas com a maré, ou “seismic sea waves”, embora possam ser geradas sem ser por eventos sísmicos.

Em português a designação convencional é a de maremotos, se bem que esta designação se aplique fundamentalmente às situações em que a amplitude das ondas é suficientemente elevada para causar danos significativos, e a sua aplicação transcende, consequentemente, as dos tsunamis.

O termo tsunami foi adoptado para utilização científica genérica no decurso de uma conferência internacional realizada em 1963.

Os tsunamis são ondas com períodos e comprimentos de ondas muito grandes. As ondas geradas pelo vento, no meio de oceano, e que rebentam na costa portuguesa têm frequentemente períodos de cerca de 10 segundos e comprimentos da ordem de 150m. Pelo contrário, os tsunamis têm comprimentos de onda que podem exceder 100km e períodos da ordem de 1 hora.

Devido ao seu muito grande comprimento de onda, os tsunamis comportam-se sempre como ondas em propagação em águas pouco profundas. Considera-se que uma onda se propaga em águas pouco profundas quando a razão entre a profundidade e o comprimento de onda é muito pequeno. Como em águas pouco profundas a velocidade das ondas é igual à raiz quadrada do produto da aceleração da gravidade pela profundidade, tal significa que no Atlântico ao largo de Portugal, onde as profundidades das planícies abissais é da ordem de 4 000 a 5 000 metros, a velocidade de um tsunami varia entre 700 e mais de 800 km/h (isto é, velocidade análoga à de um avião comercial).

Atendendo a que a razão a que uma onda perde energia está inversamente relacionada com o comprimento de onda, os tsunamis não só se propagam a alta velocidade como também se podem propagar através de distâncias muito grandes (transoceânicas) apenas com pequenas perdas de energia.

Nas costas do Pacífico a ocorrência de sismos tsunamigénicos é bastante frequente, existindo mesmo um sistema de monitorização e alerta específico.

Nas costas da Europa, se bem que a ocorrência de tsunamis seja muito menos frequente, os tsunamis são, desde tempos remotos, objeto de medo e de admiração por parte das populações costeiras, dando origem às mais diversas interpretações, lendas e histórias. No Mediterrâneo os casos mais devastadores foram os do tsunami gerado pela erupção do vulcão da ilha de Santorini, na Grécia, cerca do ano 1400aC, que conduziu ao desaparecimento da civilização mineana, e o do tsunami gerado pelo sismo submarino de Creta, a 21 de Julho de 365dC.

Já na Grécia antiga se encontram textos em que se procura explicar a origem dos tsunamis.

No sec. V aC Tucides dava a seguinte explicação para um tsunami que então ocorrera: “a causa (…) deve ser procurada no sismo; na altura em que o choque foi mais violento, o mar foi puxado para trás e, repentinamente, voltou com força redobrada causando a inundação”.

Aristóteles, no texto “De Mundo” escrevia: “Durante os sismos abrem-se crateras no fundo do oceano e as suas águas retiram-se ou, noutras ocasiões, correm para lá; isto é por vezes seguido por um retroceder mas, por vexes, é meramente uma torrente para a frente, como a que ocorreu em Helice”.

O exemplo que toca mais de perto Portugal é o do tsunami gerado pelo sismo de 1 de Novembro de 1755, que inundou a parte baixa da cidade de Lisboa e provocou grandes danos ao longo de toda a costa portuguesa, principalmente a do Alentejo e do Algarve. A baixa lisboeta foi inundada por ondas com cerca de 4 a 6 metros de altura. No Algarve, a literatura da época refere ondas de bastante maior altura. Os efeitos destruidores do tsunami foram também fortemente sentidos em todo o Golfo de Cádiz e na costa noroeste de Marrocos. Este evento foi também observado em todo o Atlântico Norte, existindo relatos de testemunhas desde a ilha da Madeira até à Cornualha e à Escócia.

Apesar da baixa taxa de ocorrência de tsunamis catastróficos nas costas europeias, as suas consequências podem ser de tal forma dramáticas que a probabilidade destes acontecimentos tem de ser contemplada em qualquer trabalho sobre riscos geológicos das zonas costeiras.

O estudo de um tsunami é, geralmente, dividido em três fases:

1 – Formação da onda devido à causa inicial e propagação próximo da fonte
2 –
Propagação em oceano aberto (águas profundas)
3 –
Propagação em águas costeiras (águas pouco profundas) onde, como resultado da baixa profundidade, se verifica forte deformação e empolamento da onda, culminando com a sua rebentação e espraio.

A amplitude do tsunami observada na costa e nas estações maregráficas é o resultado da combinação de todos estes fatores.

O tsunami é uma onda gigante gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira.

A palavra vem do japonês “tsu” (porto, ancoradouro) e “nami” (onda, mar).

O termo foi criado por pescadores que, vindos da pesca, encontraram o porto devastado, ainda que não tenham visto nem observado a onda no alto mar.

Um tsunami pode ser produto de qualquer revolta que desloque uma massa grande de água, tal como um terramoto, um deslocamento da terra, uma manifestação vulcânica ou um impacto de meteoro.

Uma tsunami pode causar estragos a milhares de quilómetros de distância da sua origem, podendo passar muitas horas entre a sua criação e o seu impacto na costa, chegando bastante depois da onda sísmica que a originou.

Neste trabalho daremos resposta a inúmeras questões feitas vulgarmente pela maioria das pessoas, nomeadamente “O que é o tsunami?”, “Os estragos que provocam?”, entre outras questões.

O que é o tsunami?

Um tsunami é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água. Pode-se identificar o termo com “maremoto”, contudo maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de fato originar um tsunami.

A energia de um tsunami é função da sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta, à medida que a sua velocidade diminui.

Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição.

Fatores que originam o tsunami?

Um tsunami pode ser gerado por qualquer tumulto que desloque uma massa grande de água, tal como um sismo, um deslocamento da terra, uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro.

Os tsunamis podem ser gerados sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a massa de água. Os sismos tectônicos são um tipo particular de sismo que origina uma deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio. As ondas são o resultado da ação da gravidade sobre a perturbação da massa de água. Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas litosféricas.

Deslizamentos de terra submarinos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também perturbar a coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami.

Grandes deslizamentos de terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar a estabilidade do oceano, com transferência de momento destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos movimentam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afetar de forma menos significativa a costa distante e assim acontece o tsunami.

Porque existem os tsunamis?

O Tsunami é uma das mais assustadoras e destrutivas formas de manifestação da natureza. São ondas gigantes e catastróficas que têm origem por erupções vulcânicas subaquáticas ou terramotos, cujo o epicentro se situa no mar, no fundo dos oceanos, ou perto da costa.

A terra abre-se debaixo do mar recolhendo as águas da orla costeira que seca num espaço de vários quilómetros, como uma grande maré vazia. Normalmente entre cinco a trinta minutos depois, a “maré” volta a encher e o mar retorna numa onda que pode ultrapassar os vinte metros.

Nas águas profundas do oceano a mais de 20, 000 pés as ondas de Tsunami podem viajar à velocidade que em casos extremos, chega a atingir 200 metros, aproximadamente (800 km/h). Podem-se deslocar de um lado do Oceano Pacífico para o outro em menos de 24 horas.

Em alto mar essas ondas podem atingir aproximadamente 100 km de comprimento. Elas não podem ser sentidas pelas embarcações nem podem ser vistas ao ar livre.

Os estragos que provocam?

Os tsunamis têm um comportamento muito diferente das típicas ondas de surf; propagam-se a altas velocidades e podem percorrer distâncias transoceânicas sem grande perda de energia.

Uma tsunami pode causar estragos a milhares de quilómetros de distância da sua origem, podendo passar muitas horas entre a sua criação e o seu impacto na costa, chegando bastante depois da onda sísmica que a originou.

Tipicamente, cerca de dez minutos antes de um tsunami, o mar recua da costa, expondo parte do leito marinho. Se a inclinação for rasa, este recuo pode exceder 800 metros. As pessoas inconscientes do perigo podem permanecer na costa, devido à curiosidade, mas este pode ser um sinal de advertência da vinda de um tsunami. Pode haver diversas ondas, com intervalos entre dois e quarenta e cinco minutos.

No tsunami mais destruidor que se conhece, que foi gerado pela explosão vulcânica do Krakatoa, em 1883, e viajou através do Pacífico a cerca de 500 km/h, as ondas chegaram a ter 40 metros de altura.

No alto mar as ondas dos tsunamis não são praticamente detectáveis: a sua altura não excede alguns metros e é muitas vezes inferior a um metro. Propagam-se a grandes velocidades pelo oceano e descem depois para velocidades menores ao aproximarem-se da costa. E é só quando se aproximam da costa que elas crescem a alturas terrificantes – geralmente de 5 a 20 metros.

Por vezes, as ondas ao chegarem à costa causam apenas uma repentina e enorme inundação, do tipo das que são causadas pelas marés.

É quando o perfil da costa causa uma refração, que concentra a energia das ondas, que se formam ondas altíssimas, como se fossem uma perigosa e alta parede de água que avança para a costa. O primeiro sinal que anuncia a sua chegada à costa é a formação ao longe de uma onda mais elevada do que é usual, acompanhada muitas vezes por um som de trovão e depois por um som como o de um helicóptero que estivesse muito perto. Passados alguns minutos, o primeiro grande vale chega e os sons vão desaparecendo. A água é sugada da praia como se tivesse começado bruscamente uma fortíssima maré baixa. A praia fica cheia de peixes e com as rochas do fundo à vista. Depois de alguns minutos de silêncio, chega a primeira onda à praia, acompanhada muitas vezes por um silvo parecido com o de um avião a jato que voasse baixo. Seguindo-se sempre mais ondas, separadas entre si por intervalos que podem ir de quinze minutos a várias horas. Normalmente, as terceiras ou quartas são as mais altas e destruidoras.

Tsunamis ou muralhas de água

Os tsunamis são um resultado dos sismos. Estes maremotos não têm origem no vento, mas sim na atividade sísmica submarina.

São provocados por abalos da terra e por erupções vulcânicas que ocorrem nas fossas oceânicas e nas ilhas. Os maremotos provocam um ligeiro arqueamento bem localizado da superfície do mar que origina a formação de ondas ao longo de várias dezenas de quilómetros. Estas ondas são praticamente invisíveis em mar aberto.

Embora se possam propagar a 800 Km/h, os navegadores quase não dão por elas. No entanto, ao aproximarem-se do litoral, essas montanhas de água erguem-se subitamente, devastando tudo à sua passagem.

Os tsunamis atravessam o oceano em poucas horas. Em 1960 um sismo sacudiu o Sul do Chile. Menos de 24 horas depois, do outro lado do mundo, o sismo deu origem a um tsunami que devastou as costas do Japão.

Em 1883 a explosão do krakatoa, na Indonésia, provocou nas costas de Java, Sumatre e ilhas vizinhas ondas terríveis, com 30 m de altura. Uma destas vagas arrastou uma embarcação deixando-a a 10 Km da beira-mar. Também no Oceano Atlântico ocorreram violentos maremotos, como o de 1755, que destruiu a cidade de Lisboa.

O que são tsunamis

A palavra ”tsunami” quer dizer, em japonês, ”onda do porto” (”tsu” — porto, ancoradouro, e ”nami” — onda, mar). Trata-se não de uma única onda, mas de uma série de um tipo especial de ondas oceânicas, de proporções gigantescas, geradas por distúrbios sísmicos, em geral terremotos submarinos, e que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira.

Com devastação e alcance cataclísmicos, a tsunami que varreu a costa de vários países da Ásia, no dia 26 de dezembro de 2004, foi considerada sem precedentes. A ameaça que elas representam, porém, assombra várias regiões do planeta.

Tsunamis são séries de grandes ondas que se originam nas profundezas, por causa de deslocamentos do fundo do mar. Esses deslocamentos podem ser causados por vulcões, grandes deslizamentos submarinos e, principalmente, terremotos. Quando o fundo do oceano se desloca, a água acompanha o movimento.

— Esses grandes terremotos basicamente sacodem o fundo do oceano. É como se você estivesse movendo a água numa banheira, e aquela onda pode viajar basicamente através do oceano — descreveu o geofísico Bruce Presgrave, da USGS, a Vigilância Geológica dos EUA.

Sem obstáculos, a onda gigante varre enormes distâncias. Terremotos no Chile já provocaram pelo menos uma tsunami no Japão. Elas podem viajar pelo oceano com velocidades de mais de 800 quilômetros por hora.

As tsunamis costumam ser desencadeadas por terremotos ocorridos nas chamadas falhas propulsoras, em que a direção do deslocamento empurra o fundo do mar e água para cima.

Perto do epicentro, o deslocamento da água pode não ser muito claro, por causa da profundidade. Quando a tsunami entra na linha costeira, sua velocidade diminui, mas a altura aumenta. À medida que se aproxima da terra, com a diminuição da profundidade do mar, a onda se agiganta. Uma tsunami de alguns centímetros ou metros de altura pode atingir de 30 a 50 metros de altura na costa, com força devastadora.

No oceano profundo, centenas de quilômetros podem separar os topos das ondas. Muitas pessoas morreram durante tsunamis depois de voltar para casa, achando que as ondas tinham acabado.

Para quem está na praia, não há sinais da aproximação. O primeiro indício costuma ser uma elevação da água, mas não como nas tempestades.

Em 1883, uma tsunami formada depois da erupção do vulcão Krakatoa, entre as ilhas indonésias de Java e Sumatra, matou 36.000 pessoas. A passagem da Tsunami foi registrada até no Panamá.

Em julho de 1998, dois terremotos submarinos de magnitude 7 criaram três tsunamis que mataram pelo menos 2.100 pessoas perto da cidade de Aitape, na costa norte de Papua Nova Guiné

Como se forma a onda mortal (tsunami)

Tsunami

1. A ruptura causada pelo tremor no leito do mar empurra a água para cima, dando início à onda.
2.
A onda gigante se move nas profundezas do oceano em velocidade altíssima.
3.
Ao se aproximar da terra, a onda perde velocidade, mas fica mais alta.
4.
Ela então avança por terra, destruindo tudo em seu caminho.

Para uma melhor compreensão

Tsunami
Erupções vulcânicas injetam toneladas de lava no chão oceânico, gerando ondas gigantes e devastadoras

Tsunami
Quase sempre, terremotos submarinos deslocam a crosta oceânica, empurrando a massa de água para cima

Tsunami
Uma bolha de gás surge no fundo do oceano, com o mesmo efeito de uma explosão incomum

Mega Tsunami: a onda da destruição

Ao longo dos oceanos encontramos indícios de possíveis “bombas” geológicas. Uma vez disparadas, poderiam criar fenômenos extraordinários como ondas gigantes (muito maiores que as tsunamis normais) que viajariam através dos mares, destruindo países com regiões costeiras.

Faz alguns anos que os cientistas encontraram indícios de que da próxima vez um destes fenômenos poderia ocorrer ocasionado pela erupção do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, nas Ilhas Canárias, na costa norte do continente africano. Uma muralha de água poderia num desses dias se formar e viajar através do oceano atlântico a velocidade de cruzeiro, para destruir a costa este dos Estados Unidos. A América seria alcançada por uma mega tsunami.

Em 1953, dois geólogos foram para uma baia remota do Alaska em busca de petróleo. Através de seus estudos se deram conta de que no passado a baia havia sido golpeada por ondas enormes e se perguntaram o que poderia tê-las causado. Cinco anos depois obtiveram a resposta. Em 1958 um gigantesco deslizamento de terra (que se derramou dentro da baia) levantou uma onda de 500 m de altura, mais alta do que qualquer arranha-céu do mundo.

O potencial destruidor da tsunami induzido pelo deslizamento — ao que os cientistas chamaram “mega tsunami” — começou a ser estudado: se um deslizamento de algumas dimensões consideradas “moderadas” no Alaska criaram uma onda deste tamanho, que estragos não poderia criar um deslizamento gigante?

Os cientistas começam a dar-se conta de que um dos maiores perigos reside nas ilhas vulcânicas de grandes dimensões, que são especialmente vulneráveis a estes tipos de deslizamentos. Os geólogos começaram a buscar provas destes eventos no fundo dos oceanos e as evidências encontradas deixaram-nos impressionados. As profundezas ao redor do arquipélago do Havaí, por exemplo, estão recobertas de depósitos de tamanhos colossais, produzidos por deslizamentos ocorridos ao longo de milhares de anos.

Todavia, mega tsunamis que estes enormes deslizamentos de terra podem causar são eventos muito raros. O último registrado ocorreu no arquipélago da Reunião há 4000 anos. E uma das maiores preocupações dos cientistas é que as condições sob as quais um deslizamento desta magnitude — e por extensão uma mega tsunami — ocorrem neste momento em La Palma, nas Ilhas Canárias. Em 1949, o vulcão Cumbre Vieja que entrou em erupção na zona sul da ilha gerou uma fenda considerável ao longo de um dos flancos do vulcão, que fez com que esta parte da ilha avançasse uns poucos metros no Atlântico, antes de parar sua trajetória.

Enquanto se mantiver inativo o vulcão não representa nenhum perigo. Contudo, os cientistas acreditam que o flanco oeste da ilha colapsará durante uma erupção futura. Em outras palavras, que em qualquer momento nos próximos mil anos, uma grande parte do sul de La Palma (com um volume de 500 milhões de toneladas) se derramará no Oceano Atlântico.

Tsunami
A onda penetrará 20 km terra adentro

O que acontecerá quando o vulcão de La Palma entrar em erupção? Estudos científicos afirmam que ocasionará uma onda quase inconcebivelmente destruidora, muito maior do que qualquer processo observado nos tempos modernos. Atravessará o Atlântico em poucas horas engolindo completamente a costa este dos Estados Unidos e varrerá do mapa tudo o que existe 20 km terra adentro. Boston seria a primeira zona a ser afetada, seguidos de Nova York, a península de Miami e as ilhas do Caribe. É evidente que toda a costa brasileira também seria atingida por grandes tsunamis.

Tsunami, é uma expressão do idioma japonês que significa onda gigantesca. Elas se formam por distúrbios sísmicos ou adversidades oceânicas. Por exemplo, um terremoto (exemplo mais comum), pode gerar um abalo no volume das águas do oceano que ao serem agitadas acabam produzindo estas ondas que se propagam aumentando gradativamente o perímetro de ação atingindo litorais muito distantes. Outra maneira de se observar um tsunami é quando ocorre uma erupção vulcânica de grandes proporções, tendo liberada entre os detritos, elementos minerais da chaminé do vulcão, uma parte substancial de massa sólida que ao ser lançada contra o litoral de uma ilha, pode causar uma agitação das águas promovendo o mesmo efeito. Se ocorrer a queda de um meteoro, ou uma explosão superior ou em torno de 1 ou 2 megatons, também podemos obter os mesmos efeitos.

Em geral este fenômeno ocorre no Oceano Pacífico sobre todas as nações que são banhadas por suas águas, sendo muito menor e muito menos ativo para o Oceano Atlântico e menor ainda para os mares como o Mediterrâneo, Mar Vermelho, Mar Adriático, Mar Negro, Mar Egeu, etc. Isso porque o volume das águas do Oceano Pacífico o favorece na percepção do fenômeno, pois ele se desenvolve com maior força para este oceano.

Estas ondas são altamente destrutivas, porque uma onda têm maior força, quando é mais elevada. A relação, força, volume, altura da onda é uma matemática que se resume em uma equação aritmética, ou seja, uma onda de 60 cm terá quatro vezes a força de outra de 30 cm.

O Oceano Pacífico se apresenta como um oceano aparentemente calmo, mas na verdade ele esconde o poderio de sua força. Seu volume também o condiciona a uma oscilação muito maior de suas águas quando dos intervalos entre maré alta a maré baixa. Por exemplo, enquanto que o oceano Atlântico oscila em 30 cm no região do Equador (aqui é preciso considerar que suas águas nesta região contam com o efeito de um represamento promovido pelo grupo de ilhas que formam uma bacia na América Central), na costa do Panamá oriental, as águas do Oceano Pacífico variam de maré baixa para maré alta em 9,75 m na costa ocidental do Panamá e entre 9 e 9,5 m na costa das Filipinas e Indonésia.

Estas variantes e as condições de volume e extensão permitem que ao se observar um abalo sísmico à tão somente 30 km de distância de um litoral, possamos perceber nada menos do que 10 m de ondas atingindo o litoral. Quando um abalo ocorre em um extremo do Oceano Pacífico, o outro não estará livre de seus efeitos, ao contrário, pode perceber uma força ainda maior do que ocorreria se o tremor estivesse em suas proximidades, deste modo, um terremoto ocorrido no Chile em 03/03/1985 da ordem de 6.7, foi sentido em Buenos Aires na Argentina, São Paulo no Brasil e causou tsunamis generalizados pelo Oceano Pacífico conduzindo elevação do Oceano em 1.1 m em Val Paraíso, Chile; 48 cm em Hillo no Havaí; 15 cm em Sand Point, Alaska; 12 cm em Adak, Alaska; 11 cm em Rikitea, Ilhas Gambier; 10 cm em Papeete, Taiti; 10 cm em Kushiro, Nemuro e Miyako, Japão; 5 cm em Seward, Alaska; 4 cm em Kodiak, Alaska; e 3 cm em Honolulu e Pearl Harbor, Havaí.

Uma elevação de apenas alguns centímetros representam nada menos que alguns metros de elevação para as costas dos países atingidos. A elevação na costa japonesa na data referida, representou cerca de 8 metros para as ondas que surgiram na forma do Tsunami.

Sua formação é curiosa, inicia pelo silêncio, quem estiver no litoral não consegue ouvir nem mesmo o canto das aves (elas emudecem prevendo alguma tragédia e voam procurando abrigo), a sensação de silêncio também se deve ao fato de que, quando um tsunami inicia sua forma, a primeira coisa que ele faz é conferir o recuo do litoral, as águas da praia vão sendo sugadas, temos algo semelhante a um vácuo sendo desenvolvido. Ela então começa a tomar sua forma, constituindo uma coluna de água que se eleva e ao mesmo tempo passa à se avançar em direção ao litoral, formando uma imensa coluna de água com quilômetros de extensão e vários metros de altura.

Sua velocidade é descomunal como fenômeno, ela se desloca acima de 650 km/h, não sendo raros os que avançam em 850 km/h ou mais. O deslocamento desta massa de água que tanto é elevada, quanto é veloz e sua força de destruição é algo que não pode ser comparado. Quando temos a força de um furacão cuja massa física é o ar e sua velocidade é superior à 250 km/h (categoria F-5) provocando desastres inumeráveis e um rastro de destruição, imaginemos então o que seria um fenômeno que tem como elemento físico a água (mais consistente e mais densa), com velocidade três ou quatro vezes maior.

Para se ter idéia, um tsunami ocorrido em 27/03/1964 em Kodiak no Alaska, lançou um trem carregado de minério de ferro à 400 metros de seu local e 10 metros acima do nível em que se encontrava.

Estes fenômenos normalmente atingem o litoral com medidas em torno de 120 a 180 km de comprimento, duração de 15 min. e velocidade de 360 nós (650 km/h) com altura média de sua forma em torno de 7 a 8 metros.

Quando mais expressivo, ele têm mais de 500 km até ou mais de 1.000 km de comprimento, duração em torno de 2 horas, velocidade de 480 nós (890 km/h) e altura média acima de 10 ou 20 metros (quanto mais elevado mais forte e mais rápido).

Quando se iniciam, eles não possuem mais do que um ou dois metros nas águas profundas, sendo raramente percebidos, mas ao atingirem o litoral é que eles se desenvolvem “puxando” as águas das praias para desenvolver sua forma e golpear a costa com o impacto de sua força.

Se por um lado a aplicação e uso desta denominação se deveu à uma influência oriental, isso se explica pelo fato de que seja um fenômeno muito comum para a costa dos países do oriente, em razão das condições já tratadas que o favorecem. Mas por outro lado diferencia a maneira como deva ser tratado quando comparado com um maremoto, que possui relação intrínseca com o fenômeno que o proporciona, terremoto.

Deste modo, um Tsunami pode se originar à partir de qualquer adversidade que confira alteração nas águas oceânicas conferindo a formação de ondas que se propagam em centímetros ou poucos metros, mas que finalizam com o efeito devastador de uma onda gigantesca que destrói todo o litoral atingido.

Apenas para complementar e para que se conheça a realidade oceânica para cada um, a costa da França está habituada a perceber ondas que atingem o seu litoral na forma de Tsunamis, porém eles são muito menores, com apenas alguns centímetros ou poucos metros, mesmo quando dos abalos da ordem de 5 ou 6 graus na escala Richter no Oceano Atlântico, Mar Mediterrâneo ou América Central. Eles só ocorrem com ondas destrutivas quando o abalo ocorre acima de 8 graus e em pontos específicos do Atlântico Norte ou Mediterrâneo, sem o que, estes efeitos acabam não sendo percebidos.

Fonte: www.cfloriental.net/www.starnews2001.com.br/ ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br/w3.ualg.pt

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