Arara Azul Grande

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O que é uma arara?

Uma arara é o maior membro da família dos papagaios, originária das regiões neotropicais do sul do México e da América Central até a América Central do Sul.

Araras são coloridas com caudas longas, corpos aerodinâmicos e cabeças grandes com uma mandíbula ou bico.

A própria visão de uma arara traz à mente a palavra tropical.

Na natureza, essas belas aves encontram-se no dossel superior das florestas tropicais, onde vivem em pares acasalados que às vezes se reúnem em bandos de 10 a 30.

Aves altamente social com vocalização alta, eles chamam um ao outro a partir do momento em que acordam apenas antes do amanhecer durante todo o ritual da manhã.

Como um grupo, elas voam para buscar alimentos para o dia, consistindo de nozes e frutas, muitas vezes percorrendo grandes distâncias para localizar pomares adequados.

As araras estão na lista de espécies ameaçadas devido principalmente à contínua destruição das florestas tropicais e outros habitats de araras. Eles se reproduzem lentamente, tendo apenas dois ovos por embreagem. Além disso, ao longo dos anos 80, mais de um milhão dessas aves magníficas foram capturadas para serem enviadas para os Estados Unidos e outros países para serem vendidas no comércio de animais de estimação. Esta combinação de fatores tem desempenhado mal para as araras.

Arara Azul Grande – Características

Também conhecida como araraúna é o ma ior de psitacídeo do mundo, medindo 93 cm de comprimento, penas centrais da cauda com 55 cm, 1,5 kg de peso.

A plumagem é predominantemente azul cobalto, mais escura nas asas, o bico é cinza escuro, muito grande, aparentando ser maior que o próprio crânio, sem dentes na maxila, porém com pronunciado entalhe na mandíbula, com mandíbula e pele do contorno dos olhos amarelos.

A língua é negra com uma tarja amarela longitudinal.

Não há distinção entre machos e fêmeas. Os machos normalmente são mais robustos, principalmente no bico, com a cabeça mais quadrada. A cauda também é maior. Podem atingir de 30 a 40 anos de idade.

Habitat

Buritizais, pantretal, matas ciliares e cerrados adjacentes.

Na região do Pantretal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras, enquanto seus ninhos estão localizados na borda ou interior de cordilheiras e capões, bem como em áreas abertas para o pasto. Na região do Pará, utiliza as florestas úmidas, preferindo locais de várzeas ricas em palmeiras.

Nas regiões mais secas (TO, PI, MA e BA), é comum encontrá-las em áreas sazonalmente secas, preferindo os platôs e vales dos paredões rochosos, nesta região faz ninhos em ocos de palmeiras (TO), árvores emergentes (PA) ou em falhas de paredões rochosos (PI).

Ocorrência

No Brasil nos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Sul do Piauí e do Maranhão e no Pará.

Hábitos

Espécie é monógama, permanecendo unidos por toda a vida. São animais muito sedentários e gregários, cuja população está relacionada a existência de árvores para nidificação e aos cocos de poucas espécies de palmáceas. A falta de um destes fatores impede a sobrevivência da ave. Na natureza, observam-se as araraúnas em famílias, pares ou bandos de até 63 indivíduos (no Pantretal, até julho de cada ano). No Pantretal, é comum observar araraúnas próximas às sedes de fazendas; isto ocorre porque as sedes são construídas nas partes mais elevadas e onde se localizam os acuris e as bocaiuvas (palmáceas). Têm o voo pesado, no entanto são capazes de descrever curvas fechadas.

Alimentação

Sementes e frutos

Os alimentos preferidos incluem legumes semi cozidos (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico), milho, verduras, brotos, frutas (tomate, mamão, maçã, frutas cítricas, frutas de época), cereais, proteína de soja, óleos vegetais, sementes de boa qualidade e em pequena quantidade (girassol, castanhas), proteína animal (queijo magro, ovo cozido), aminoácidos essências, cálcio, vitaminas, minerais e probióticos. Adaptar as aves a esse cardápio variado não é uma tarefa fácil e requer a ajuda de um veterinário ou um zootecnista especialista em nutrição animal. Para resolver esse problema, surgiram as rações balanceadas para psitacídeos, que vêm prontas para uso. A ração peletizada ou extrusada pode ser comparada em seu formato e facilidade de uso às rações para cães, gatos e outros animais domésticos. A ração de araras é palatável e contém todos os nutrientes que a ave necessita em doses corretas. Não devemos confundir a ração balanceada com as misturas de sementes, que permite à ave separar os itens alimentares que mais gosta dos que não gosta, tal qual uma criança que separa no seu prato somente o alimento que mais lhe agrada.

Reprodução

Atingem a maturidade aos 3 anos. Época reprodutiva vai de novembro a janeiro.

Fazem ninhos em árvores e nos buritis. Postura de 01 a 3 ovos e incubação dura de 27 a 29 dias. Os ovos são redondos.

Os filhotes nascem medindo 10 a 12 cm e pesando 20 a 27 gramas. Ganham peso e crescem rapidamente.

Os filhotes abandonam o ninho com 15 semanas de idade.

Produzindo em média dois filhotes a cada dois anos, mas com a sobrevivência de apenas um filhote na maioria dos casais, a arara-azul também tem baixa taxa reprodutiva.

Além disso, 20 a 40% dos ovos são predados a cada: ano e 10 a 15% dos filhotes que nascem, são predados ou morrem antes de completar cinco dias de vida.

As árvores para a nidificação, no Pantretal, é a ximbuca (Enterolobium cortisiliquun), o angico-branco (Albizia niopoides) e, principalmente, o manduvi (Sterculia striata). São árvores de grande DAP (diâmetro na altura do peito) e por isso possuem ocos compatíveis com os ninhos ideais para a araraúna. Esta ave nunca inicia um oco, porém pode aumentá-lo. O preparo do ninho, a postura e o cuidado com os filhotes são ações que demonstram a cooperação do casal.

As araraúnas são fiéis a seus pares e na perda do macho ou da fêmea, seu par fica sozinho, não se compondo novamente com outro indivíduo.

Os ninhos são disputados com outras espécies de aves como: arara-vermelha (Ara chloroptera), gavião-relógio (Micrastur semitorquatus), urubu (Coragyps atratus) e pato-do-mato (Cairina moschata) e, mais raramente, por marreca-cabocla (Dendrocygma autumanalis), Falco refigulares e tucano (Ramphastos toco). Outros animais como porco-espinho (Coendou prehensilis) e abelhas (Melis apiphera) também podem ocupar os ninhos da araraúna.

Tamanho

Comprimento: até 1 m (da ponta do bico a ponta da cauda). Sendo a maior espécie no mundo da família Psittacidae.

Peso: Adulto até 1,3 kg porém filhotes podem atingir até 1,7 kg no período de pico de peso.

Região onde é encontrado

As araras pertencem à ordem Psittaciformes, família Psittacidae, gênero Ara. Existem aproximadamente 30 espécies de araras, que ocorrem naturalmente da América do Sul à América do Norte (México).

O bico é recurvado e forte, capaz de quebrar sementes. A língua é grossa, sensível, cheia de papilas gustativas (portanto o sentido do paladar é desenvolvido) e manobra facilmente o alimento na boca. As araras têm papo, onde o alimento é armazenado durante horas. A visão é desenvolvida. São zigodátilos, ou seja, têm dois dedos para frente e dois para trás nas patas, o que facilita a manipulação do alimento. Observe que as araras prendem o alimento com as patas e abocanham pedaços do alimento.

Predadores naturais

Os prováveis predadores de seus ovos são: gralha (Cyanocorax sp.), tucano (Ramphastos toco), carcará (Poliborus plancus), quati (Nasua nasua), irara (Eira barbara) e gambá (Didelphis albiventris).

Os prováveis predadores de filhotes são: gavião-relógio (Micrastur semitorquatus), gavião-pernilongo (Geranospiza caerulesncens), gavião-preto (Buteogallus urubutinga) e irara.

Ameaças

Ameaçada de extinção. Hoje a população é diminuta por causa da destruição dos habitats (desmatamentos e queimadas), do tráfico e do baixo sucesso reprodutivo. O pisoteio do gado dificulta o crescimento e a manutenção da população da bocaiuva, o que dificulta a oferta de alimentos para a araraúna. O manejo da pastagem para o gado é feito através de queimadas, as quais se alastram e queimam as cordilheiras e capões, onde existem o alimento e os ninhos das araraúnas. A caça que foi intensa até a década de 80 e hoje ainda é uma ameaça para as populações Norte e Nordeste do Brasil, juntamente com a coleta de penas para cocares e colares nas áreas indígenas.

Classificação científica

Nome comum: Arara Azul Grande
Nome Científico Anodorhynchus hyacinthinus
Família: Psittacidae
Ordem: Psittaciformes
Filhotes: 
2 ovos – incubação 28 dias

A arara azul grande se destaca pela sua beleza e por ser o maior dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas, etc) existentes. No verde que caracteriza a paisagem pantaneira, a arara azul se destaca por voar em pares ou em grupo de até 60 indivíduos.

No final da tarde, elas se reúnem em locais chamados “dormitórios”, que funcionam como “centros de troca de informação”. As araras-azuis nascem frágeis e somente com três meses de vida se aventuram em seus primeiros voos. Apenas com sete anos de idade a arara azul começará sua própria família.

Em média, a fêmea terá dois Filhotes e passará a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos que têm o tamanho de um ovo de galinha. O macho se responsabilizará por alimentá-la. A dieta da arara azul é bastante energética.

A espécie se alimenta das castanhas retiradas de cocos de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiuva.

Distribuição geográfica

Norte e Nordeste do Brasil. Vive nas matas do interior do Brasil: Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Hoje é raro encontrá-la em liberdade. Mas, no interior da Bahia, ainda podemos encontrar alguns espécimes em liberdade.

Hábitos alimentares

É omnívora. Alimenta-se de sementes e frutas. Em cativeiro, é comum comer amendoim, girassol, milho verde e frutas.

Conservação

Vulnerável. Ameaçada de Extinção

A arara-azul é a maior espécie da família Psittacidae no planeta. Da ponta do bico até a ponta da cauda, um indivíduo adulto pode atingir 1 m de comprimento e pesar 1,3 kg. A arara-azul ou arara-grande, como todo psitacídeo, vive rigorosamente aos casais.

Quando não estão juntos no ninho, buscam as áreas de alimentação. As árvores mais procuradas são as frutíferas (jabuticabeira, goiabeira, mamoeiro e outros). Os cocos de muitas palmeiras também são muito procurados pela arara-azul, sendo que a espécie desce ao solo para apanhá-los (buriti, tucum e carandá).

A arara-azul é uma espécie ameaçada de extinção no Brasil e vulnerável de acordo com a União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês). Também está listada no apêndice I do Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites), ou seja, o risco de extinção está associado ao comércio e sua comercialização só é permitida em casos excepcionais, mediante autorização expressa.

Arara Azul Grande – Resumo

Você sabia que a maior arara do mundo é brasileira?

Brasileira e bonita como só ela!

A Arara Azul Grande tem penas de um azul muito escuro, tanto que, de longe, elas parecem pretas.

Além disso, sua cabeça é cheia de detalhes em amarelo: há um anel em torno dos olhos e, perto deles, na parte inferior do bico, uma faixa em forma de meia-lua.

Os machos e fêmeas da Arara Azul Grande são muito parecidos. Por conta disso, é difícil dizer quem é quem.

Mas não se engane: a semelhança só é problema para nós. Para as aves, ela não causa confusão.

Na hora de se reproduzir, quem disse que a Arara Azul Grande se confunde?

Machos e fêmeas se encontram e… iniciam o namoro!

No Pantretal do Mato Grosso, o período de reprodução da Arara Azul Grande vai de julho a março.

Os ninhos são construídos em cavidades encontradas nos buritis ou em outras árvores que têm o tronco oco, podendo ser reutilizados em outros anos. Ali, a Arara Azul Grande põe de um e três ovos, que são chocados, aproximadamente, por um mês. E que ninguém tente se aproximar do ninho desta ave!

Seja homem, seja bicho, o resultado é o mesmo: um ataque muito agressivo!

Arara Azul Grande alimenta-se de sementes de frutas, principalmente, de cocos de palmeiras. Mas isso não impede que ela seja atraída também por árvores frutíferas como mangueiras, jabuticabeiras, goiabeiras, laranjeiras e mamoeiros. No Pantretal do Mato Grosso, essa ave desce ao chão para colher coquinhos de um tipo de palmeira conhecida como acuri.

Arara Azul Grande também tem o costume de abrir os cocos da macaúba, uma palmeira muito freqüente no Brasil Central, usando um pedaço de madeira, que fixa ao seu bico.

O desmatamento e o comércio ilegal da Arara Azul Grande são os motivos que a colocam na lista dos animais ameaçados de extinção. Embora sua compra e venda sejam proibidas sem licença especial, essa ave, por ser tão bonita e colorida, costuma ser procurada por pessoas que querem criá-la em cativeiro. A destruição de árvores que abrigam os ninhos da espécie e que servem como fonte de alimento para a Arara Azul Grande também contribui para agravar a situação da espécie. A boa notícia, no entanto, é que você e seus amigos podem, sim, ajudar a impedir a extinção desse belo animal.

Como?

Protegendo a natureza para que essa arara tenha sempre o que comer e onde fazer os seus ninhos.

Arara Azul Grande – Fotos

Fonte: www.vivaterra.org.br/www.ecologiaonline.com/www.papegaaien.nl/club.doctissimo.fr/www.thesprucepets.com/www.rainforestcruises.com

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