Íbis sagrado

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O que é um Íbis sagrado?

O íbis sagrado é uma ave pernalta predominantemente branca, comum na África do Sul e em toda a Etiópia, bem como no sudeste do Iraque e em Madagascar.

Ele é reconhecido pelo bico curvado, preto e plumas pretas na parte inferior das costas e pontas das asas.

As pernas longas e os pés parcialmente palmados do pássaro permitem alimentar-se em pântanos ou áreas alagadas onde a lama pode ser profunda.

Normalmente quieto, os íbis sagrados podem grunhir ou resmungar enquanto voam para locais de reprodução.

Threskiornis aethiopicus é o nome científico desta ave, que era nativa do Egito até que desapareceu daquele país em 1850.

Era um símbolo de Troth, o deus da sabedoria e do tempo.

Os antigos egípcios acreditavam que o deus visitou a Terra como o íbis sagrado para transmitir conhecimento. Cerca de 1,5 milhões de pássaros mumificados foram encontrados em túmulos em uma área do Egito, embora a penalidade por matar um íbis sagrado fosse a morte.

A espécie era importante porque comia um certo caracol que transportava a bilharziose parasita (barriga d’água), que é prejudicial ao fígado humano.

Os íbis sagrados alimentavam-se desses caracóis e criavam buracos que enchiam de água e que os egípcios usavam como locais de banho. Depois que as espécies desapareceram daquele país, a doença da bilharziose aumentou.

Estas aves vivem em lagoas de água doce, pântanos ou nas margens dos rios. Eles também podem ser encontrados em pastagens ou campos que foram inundados. Em algumas áreas, os íbis sagrados encontram casas em estações de tratamento de esgoto ou locais de despejo, às vezes em bandos de até 300.

O ibis sagrado normalmente produz durante a estação chuvosa ou em regiões alagadas durante a estação seca. Até 2.000 pares de pássaros podem se aninhar no chão, em árvores ou arbustos.

O íbis macho reúne paus e galhos para a fêmea construir o ninho, onde ela põe de dois a cinco ovos de cada vez. Os jovens eclodem em 21 dias e deixam o ninho depois de duas ou três semanas.

Bichos como grilos, gafanhotos e gafanhotos compõem a dieta principal dos íbis sagrados. Também comem rãs, vermes, peixes e caracóis. Se a sua comida favorita não estiver disponível, o ibis comerá ovos de crocodilo e os ovos de outras aves, mas também é conhecido por comer restos de comida humana perto de restaurantes. Os pássaros se alimentam em grupos durante o dia e se empoleiram quando escurece.

Íbis sagrado – Características

Era criado nos templos egípcios

O íbis é encontrado na Europa meridional, no norte da África, na América tropical e na Austrália.

No antigo Egito era uma ave sagrada, criada nos templos e enterrada mumificada junto aos faraós. Tot, o deus do tempo e do universo, era representado como tendo a cabeça de um íbis.

Por que os egípcios cultuavam essa ave?

Provavelmente, porque ela surgia na época da cheia anual do Nilo, a qual tornava possível a agricultura e assim a própria sobrevivência dos egípcios.

Hoje em dia, o íbis é caçado por sua carne gostosa e sua linda plumagem. Por isso, o íbis vermelho está quase extinto.

Geralmente essas aves habitam as proximidades de pântanos e lagos, onde encontram sua dieta preferida: rãs, vermes, peixes, répteis, inclusive cobras venenosas.

Com seu bico longo e curvo, elas podem revolver os alagados à cata de alimento.

O íbis careca prefere regiões secas e quentes do Oriente Próximo, alimentando-se de carne putrefata e insetos.

Há outras espécies, todas com linda plumagem.

A espécie americana mais conhecida é o íbis-branco da Flórida e da região setentrional da América do Sul.

Íbis sagrado – História

O íbis é uma ave pernalta de bico longo e recurvado.

Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth.

Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas.

Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra.

O historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.) afirma que uma das causas pelas quais os egípcios adoravam essa ave residia no fato de a variedade, disposição e mescla de suas plumas negras e brancas oferecerem a imagem da Lua arredondada, quando a vemos na dimensão de seus três quartos, o que pode fazer sentido quando lembramos que Thoth era uma divindade lunar.

Outro motivo seria o serviço que o íbis prestava destruindo gafanhotos, lagartas e répteis de mordida mortal.

Um homem com cabeça de íbis era outra das representações daquele deus.

De acordo com a teologia de Mênfis, o deus Ptah seria o criador de todas as coisas. Com forma humana, esse deus concebeu em seu coração todas as formas visíveis e depois as nomeou para lhes dar vida, graças ao verbo criador, manifestado na forma do deus Thoth, o íbis com bico longo cacarejador. As palavras da boca do divino cacarejador fazem existir todos os seres animados, as forças vivas e a organização social. Assim, Ptah, o coração, e Thoth, a palavra, são duas realidades de um mesmo princípio criador. Na figura acima vê-se a foto de uma miniatura em madeira, com 9,6 cm de altura, 16,6 cm de largura e 7 cm de espessura, pertencente ao Museu do Louvre, provavelmente da XXV dinastia (c. de 770 a 712 a.C.), que representa o deus Ptah diante das duas encarnações de Thoth, o íbis e o babuíno.

Os gritos naturais do íbis ao nascer e ao pôr do Sol, enquanto permanece ereto sobre as patas, como que em oração, eram interpretados como um sinal de adoração.

Em Hermópolis, a capital do 15.º nomo do Alto Egito e na qual o deus Thoth era venerado, os íbis, vindos de todo o país, eram mumificados depois de mortos.

Nessa localidade foram encontrados os alicerces de um templo consagrado aos íbis e aos babuínos, os dois animais sagrados do deus Thoth. Por trás de seu santuário havia uma espécie de parque zoológico no qual um tanque da era greco-romana devia servir de habitat para as aves sagradas. Arqueólogos descobriram ainda uma necrópole desses animais, profundamente escondida sob a terra. Uma escada monumental com 120 degraus leva à vasta sala de embalsamamento. De todos os lados, estendendo-se por várias centenas de metros, estavam depositadas as urnas contendo os íbis mumificados, num labirinto de corredores perfurados de nichos.

Mais de quatro milhões de tais urnas foram encontradas.

Algo realmente fantástico!

Num desses corredores, que se aprofundam até 34 metros sob a terra, erguem-se altares consagrados ao deus Thoth por Ptolomeu I (304 a 284 a.C.) e por Alexandre IV (316 a 304 a.C.), filho de Alexandre, o Grande (332 a 323 a.C.). Uma única tumba humana foi encontrada nesse imenso labirinto, a de um sumo sacerdote chamado Ankh-Hor. Grandes íbis de madeira dourada parecem guardar a porta desse sepulcro.

No decorrer do julgamento dos mortos, o próprio deus Thoth, representado nas ilustrações como um homem com cabeça de íbis, segurando uma pena de escrever e uma paleta de escriba, como se pode ver na ilustração acima num detalhe do Livro dos Mortos do escriba Ani, registrava cada um dos movimemtos da balança que pesava o coração do falecido, à medida em que este recitava 42 frases negando ter cometido uma série de pecados.

O Grande poeta Português Fernando Pessoa cantou as aves do deus Thoth.

Veja o que ele escreveu:

Íbis, ave do Egito

O Íbis, ave do Egito
Pousa sempre sobre um pé
(O que é esquisito).
É uma ave sossegada
Porque assim não anda nada.

Quando vejo esta Lisboa,
Digo sempre, Ah quem me dera
(E essa era Boa)
Ser um íbis esquisito
Ou pelo menos estar no Egito.

Íbis sagrado – Ave

Ave pernalta da ordem dos ciconiformes e da família dos tresquiornitídeos, o íbis tem o bico muito longo e curvado para baixo.

A plumagem chama atenção pelos contrastes: vai do branco ao vermelho, à exceção da cabeça, do pescoço e das asas, às vezes negros.

O comprimento varia, segundo a espécie, de 55 a 75cm.

Vive nas margens dos rios e lodaçais do litoral, e alimenta-se de moluscos, vermes, crustáceos e peixes.

Constrói o ninho em lugares baixos ou no solo. As fêmeas põem de dois a cinco ovos, e a incubação dura três semanas.

Há cerca de vinte espécies de íbis. As brasileiras são o guará (Guara rubra), o tapicuru ou coró-coró (Phimosus infuscatus), a curicaca (Theristicus caudatus), o maçarico-real (Harpiprion caerulescens) e o tarã ou trombeteiro (Cercibis oxycera).

A espécie Eudocimus ruber, de coloração escarlate, vive na parte norte da América do Sul; a E. albus é nativa da América Central e do Norte.

Na Ásia destacam-se as espécies Ibis leucocephalus e Thaumatibis gigantea.

O íbis sagrado (Threskiornis aethiopica), de corpo branco e patas, cauda, cabeça e pescoço negros, é encontrado na Arábia e ao sul do Saara. Vivia também no vale do Nilo, e alimentava-se de serpentes à época das cheias. Por motivos ignorados, está hoje quase extinto no Egito.

Alimentação: Caracóis, rãs e insetos aquáticos. Também é conhecido por se alimentar de ovos e crias de outras aves assim como insetos em terreno seco.

Habitat: Lagos, terreno aberto, terrenos agrícolas inundados e lagoas costeiras.

Distribuição Geográfica: Africa e Madagascar. Hoje em dia é raramente observado no Egito mas comum em Africa a sul do Sahara.

Reprodução

Os Ibis sagrados nidificam colonialmente em árvores e arbustos perto de água juntamente com outras espécies aquáticas. Vários casais constroem os ninhos adjacentes ao mesmo tempo.

Cada um dos membros do casal protege o ninho defendendo as crias até elas terem idade de se proteger. O ninho é construído com paus, plantas e outros tipos de material semelhante. A postura é composta por cerca de 5 ovos. Ambos os progenitores alimentam as crias por regurgitação.

As crias são alimentadas pelos progenitores até já estarem afastadas do ninho.

Comportamento

É uma ave gregária, vivendo, deslocando-se e reproduzindo em grupos. Quando voam mantêm o pescoço esticado com as longas pernas semi caídas e formando linhas de voo diagonais. É uma ave muito calma e os sons emitidos são grunhidos muito baixos apenas nos locais de nidificação.

Geral

O Ibis sagrado foi uma ave venerada no antigo Egito. Os anciãos acreditavam que o Deus Thoth aparecia na Terra sob a forma de um Ibis sagrado. Thoth, foi o inventor da escrita e medidor do tempo que simbolizava sabedoria e conhecimento.

Os Ibis estavam gravados em muitos murais e muitos espécies encontrados mumificados. Mais de 1.5 milhares de aves foram encontradas num grupo de tumulos. Herodotus, o historiador e viajante Grego escreveu no Séc. V que a morte secular destas aves, intencional ou não era punível sob pena de morte.

Classificação científica

Nome científico: Threskiornis aethiopicus
Nome comum:
Íbis sagrado
Nome em inglês: Sacred Ibis
Filo: Chordata
Classe: aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Threskionithidae
Altura: 75 cm
Habitat: Vive em colônias
Ovos: 3 a 4 de cada vez, incubados pelo macho ou pela fêmea, os filhotes se alimentam no bico dos pais, a plumagem adulta só aparece aos 2 anos
Filhotes: se alimentam no bico dos pais. A plumagem adulta só aparece aos 2 anos.
Longevidade:
10 a 12 anos

Íbis sagrado – Fotos

Fonte: br.geocities.com/www.wisegeek.org/www.dailymotion.com/www.hbw.com/www.vogelwarte.ch/h167.amli-denton.com/www.zoochat.com

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