Avestruz

PUBLICIDADE

A AVE DOS OVOS DE OURO!

Avestruz

Um dos mais promissores segmentos do agro-business desta década, é o avestruz , uma in-dústria que está em plena consolidação e que apresenta um dos mais atraentes indicadores de custo-benefício do mercado.

O avestruz se mantém econômicamente produtivo até os 40 anos de idade e tem capacidade de postura de 40 a 60 ovos/ano, atinge a idade de abate aos 13 meses, com 140KG em média! Não existe desperdício na Estrutiocultura!

Avestruz – “ostrich” na língua inglesa, esta ave é cientificamente conhecida como – Strutio Camelus Australis – originária do continente Africano, pertence a família das “Ratitas” – ou seja aves que não voam. Desta mesma família, fazem parte a Ema, originária das Américas e o Emu, raça originária da Austrália.

Tabela comparativa – Porção 100g ( Nutricional )

  Calorias
Kcal (a)
Proteína
(%)
Gordura
(%)
Gortura
Sat (%)
Gordura
Mon (%)
Avestruz 96,9 22 1,2 0 0
Frango 140 27 3 0,9 1,1
Peru 135 25 3 0,9 0,5
Boi 240 21 15 6,4 6,9
Suíno 275 24 19 7 8,8
  Gordura
Poli (%)
Colesterol
(MG)
Carboidrato
(MG)
Cálcio
(MG)
Avestruz 0 58 2,1 5,2
Frango 0,7 73 0 13
Peru 0,7 59 0 16
Boi 0,6 77 0 9
Suíno 22 84 0 3

Ave de grande porte, pode alcançar na fase adulta de 2 a 2,5 m de altura e de 100 a 150 kg de peso; notável animal corredor (atinge até 60 km/h); possui pés com dois dedos, dos quais apenas um com unha.

Seu aparelho digestivo é semelhante ao dos ruminantes: ou seja, não possui papo, possui 2 estômagos, 2 cecos, longo intestino grosso, digestão bacteriana e alimenta-se de ração e pasto verde.

Dotado de vida longa (50 a 70 anos de vida), a ave conta com 20 a 30 anos de ciclo reprodutivo – início com 2-3 anos. Uma fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano que, pesam aproximadamente de 1,2 a 1,8 Kg e são incubados em média por 42 dias.

O Dimorfismo sexual é marcante: nos adultos o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, entretanto tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade. É um animal bastante rústico, muito resistente a doenças e possui uma ótima capacidade de adaptação climática, suportando bem altas e baixas temperaturas.

A criação de avestruzes, chamada estrutiocultura, se iniciou no Brasil em 1995 e cresceu rápidamente como uma das mais rentáveis atividades agropecuárias.

Principais sub-produtos da criação Carne

Um avestruz produz entre 30 a 45 Kg de carne vermelha de primeiríssima qualidade. O consumo em nosso país, é relativamente dependente da importação, pois o abate ainda é muito pequeno.

Couro

É utilizado na confecção de roupas finas, bolsas e carteiras, valendo de US$150 a US$300 o metro quadrado.

Plumas

Uma ave na fase adulta fornece em torno de 2kg de plumas por ano. O Brasil, é o maior importador mundial de plumas demandando grande mercado para este sub-produto.

Ovos

Nada se desperdiça na strutiocultura – ovos inférteis são utilizados para o artesanato em geral – sendo comercializados entre US$10 e US$30/unidade.

Filhotes/Matrizes

Na fase atual, é a maior fonte de renda para os criadores, pois o Brasil está na fase de formação dos plantéis.

Fonte: www.avestruzbrasil.com.br

Avestruz

Avestruz

O Avestruz já vem sendo criado no Brasil há alguns anos como animal de Zoológico, mas não para fins produtivos. Várias tentativas haviam sido feitas neste sentido, mas a falta de informações e experiência com o animal levaram estes ensaios ao fracasso, criando-se a falsa concepção de que o Avestruz é um animal frágil e difícil de ser criado .

Em maio de 1995, a NovAvis Avestruzes do Brasil Ltda, contando com conhecimentos técnicos adquiridos no exterior, implantou em Bragança Paulista (SP) o primeiro criatório comercial de avestruzes do Brasil.

O objetivo principal deste operação é a difusão da exploração comercial do animal – a exemplo do que vem ocorrendo com grandes sucessos nos Estados Unidos, África, Europa, Isrrael e Austrália – despertando o interesse do mercado nacional para os seus principais produtos: carne, couro e plumas.

A criação comercial de avestruzes não é difícil, é preciso conhecer as técnicas adequadas. Cada animal tem necessidades específicas em termos de instalações, manejo, alimentação etc. . A maior dificuldade encontrada hoje pelos novatos nessa criação aqui no Brasil é falta de técnicos preparados que dêem assistência ao criatório.

A escolha de iniciar-se nessa nova atividade econômica deve ser feita com conhecimentos não só das vantagens mas também de todas as potencialidades e desafios encontrados hoje no Brasil.

Histórico da criação

O Avestruz começou a ser criado na África do Sul, na metade do século passado, para produção de plumas. Era uma criação extensiva, os animais não eram abatidos, as plumas eram cortadas dias vezes por ano e exportadas para a Europa e Estados Unidos. O animal foi introduzido na Austrália no século passado para exploração comercial. A criação foi abandonada no início deste século, os animais ficaram soltos e se tornaram selvagens.

No início do século XX (com a I e II Guerra Mundiais e a quebra da bolsa dos EUA) houve um colapso do mercado de plumas; por alguns anos a criação de avestruzes ficou desprovida de interesse econômico. Na década de 60 começou a desenvolver-se novamente graças a valorizações de outros produtos do animal: a carne e o couro.

Atualmente a África do Sul tem o maior plantel no mundo, por ser o avestruz originário dessa região e por ser este o pais que primeiro iniciou a criação comercial há cerca de 100-150 anos. O segundo maior plantel está nos Estados Unidos, mas também a Austrália, Israel, Canadá e outros países têm um número considerável de animais.

Distribuição geográfica e diferentes raças

O avestruz é originário da África (Namíbia, Botswana, África do Sul).

Comercialmente se definem 3 raças de “avestruz”: black nec (ou pescoço preto), red nec (pescoço vermelho) e blue nec (pescoço azul). Esta classificação se baseia na coloração de pele dos adultos. Na verdade todos apresentam a mesma coloração das plumas ( machos pretos e fêmeas cinza). O avestruz black nec ( também conhecido como African black) é na verdade um animal domesticado, fruta da seleção enpírica feita pelos sul-africanos ao longo dos últimos 150 anos.

Os animais foram selecionados em base a certas características produtivas:

Maior fertilidade e precocidade (maior número de ovos, início da postura mais cedo);

Docilidade (manejo mais simples);

Alta densidade de plumas.

As “raças” red e blue nec são de maior porte, mas iniciam a postura mais tarde e são agerssivas. Hoje não se pode dizer que uma raça seja melhor do que a outra: nos EUA, os criadores de Red e Blue Nec denigrem o African black e os criadores do African black denigrem os “coloridos”… Há muito trabalho a ser feito em termos de melhoramento genético cruzando as diferentes raças.

Classificação

Podemos incluir o avestruz no grupo das ratitas, aves corredoras de grande porte (como a Ema, o Meu e o Casuar). O termo “ratitas” vem do latim, significando “jangada”. O esterno dessas aves é plano, desprovido de carena, ao contrário das aves voadoras. A carena, nas aves voadoras, é sede de inserção dos potentes músculos peitorais.

O avestruz, não é uma ave voadora, logo, não tem peitorais desenvolvidos como um pato ou uma galinha. Deste fato decorre uma importante peculiaridade produtiva do avestruz: a maior quantidade de carne produzida não estará no peito mas nas coxas, já que se trata de animal corredor.

No grupo da ratitas temos

O avestruz (Struthio camelus australis), originário da África do Sul;
A ema, encontrada na América do Sul ( Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai);
O casuar, natural da Nova Guiné;
O meu australiano.

Características

Grande porte, alcançando quando adulto de 2 a 2,5 m de altura e de 100 a 150Kg de peso;

Temperatura corpórea 38-39 Cº (é uma temperatura baixa para ave, a galinha por exemplo, tem um temperatura corpórea em torno de 40-41 Cº);

Aparelho digestivo semelhante ao de ruminantes (sem papo, 2 estômagos, 2 cecos e intestinos longos, digestão bacteriana);
Asas rudimentares, não voam;

Animal corredor (atingindo até 60Km/h);

Pernas longas;

Vida longa (50 a 70 anos de vida), contando de 20 a 40 anos de vida reprodutiva;

Início da vida reprodutiva com 2-3 anos; há, contudo, relatos de avestruzes criados em zoológicos no Brasil que iniciaram a postura com 18 meses;

Dimorfismo sexual marcado: nos adultos o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, tal diferença só a partir de 1 ano e meio de idade;

O pé tem dois dedos, dos quais apenas um com unha.

Ambiente

Originário das regiões semi-áridas, planas (savana africana), na altura do Trópico de Capricórnio;

Tem uma ótima capacidade de adaptação (criado com sucesso no Canadá, Estados Unidos Europa, Israel) suportando altas e baixas temperaturas.

Comportamento

No estado selvagem

Vive em bandos separados de machos e fêmeas.

Durante a temporada reprodutiva os machos formam haréns em que há uma fêmea dominante.

A fêmea choca os ovos durante o dia e o macho durante a noite.

Em cativeiro

O manejo pode reproduzir organização no estado selvagem, com o macho sendo posto num piquete com uma ou mais fêmeas. Contudo uma das fêmeas será predominante, ou seja, será mais coberta pelo macho. As outras fêmeas serão menos cobertas e conseqüentemente botarão menos ovos fecundados (que não gerarão filhotes).

Por este motivo não convém por muitas fêmeas para um só macho; em geral nos criatórios comerciais os animais são postos em piquetes formando casais ou no máximo trios (um macho e uma fêmea ou 2 fêmeas).

Produtos

Plumas

Produto muito conhecido no Brasil, mas utilizado desde a antigüidade. O maior produtor é a África do Sul, o mercado consumidor está na Europa, Ásia e Américas, sendo o Brasil um dos maiores consumidores, principalmente no carnaval para adornos e fantasias) e para fazer espanadores. As plumas do avestruz são classificadas cm vários tipos (as mais curtas usa—as nos espanadores, as mais bonitas e longas usadas nos adornos), com valor variando de USS 27 a USS 160/Kg,. No Brasil temos um mercado seguro para as plumas, mas este não é o produto mais interessante do avestruz.

Carne

É o produto que está dando maior impulso à criação comercial de avestruzes atualmente. Apesar de ter sido consumida c apreciada desde a antigüidade, a carne hoje está sendo redescoberta por ser semelhante à carne de bovinos em termos de aspecto, sabor e textura, mas com a vantagem de ter baixos teores de colesterol e gorduras (sua composição é semelhante a carnes brancas como frango ou peru). Esta característica da carne se deve à distribuição das gorduras no organismo do animal: estas se localizam em volta do estômago e sob a pele, propiciando cortes de carne magra e couro extremamente macio.

Atualmente o maior mercado consumidor está nos Estados Unidos e Europa. A Suíça por exemplo importa 200-300 toneladas por ano de carne de avestruz. No Brasil existe um grande interesse por carnes exóticas, e a carne de avestruz inicialmente se introduziria neste setor.

Couro

É um outro produto muito interessante que vem encontrando grande aceitação no mercado internacional. Cada animal irá produzir de 1,2 a 1,5 m2 de couro de fácil extração e curtimento, que aceita bem várias colorações e é naturalmente decorado por causa dos orifícios dos cálamos. O valor europeu do couro é de cerca de USS 200 a USS 300 por peça de couro cru e de USS 500 a USS 600 pelo couro tratado.

Ovos

pesam de 1.200 a 1800g. O seu sabor é muito semelhante ao ovo de galinha. Hoje não se consome porque fará nascer um pintinho que vale muito mais.

Produtividade

O avestruz alcança o peso de abate (100 a 120 Kg) por volta de 12 meses de idade, produzindo em média de 30 a 40Kg de carne: 15Kg de carne de primeira, ou seja, de pedaços mais inteiros (tipo filé) e 15Kg de carne de segunda, assim chamada não por tratar-se de carne de menor qualidade em termos de composição ou maciez, mas, porque vem mais picadinha, sendo ideal para a preparação de pratos tipo strogonoff ou hamburgers.

Nos Estados Unidos um animal abatido com 100-120Kg rende cerca de USS 400 pela carne, USS 250 pelo couro e USS 100 pelas plumas, totalizando USS 750.

O rendimento por animal abatido é proporcionalmente baixo (30% do peso vivo) se comparado com o rendimento de bovinos, mas este fato é largamente compensa—o pela grande produção anual de filhotes. Enquanto uma vaca produz um bezerro por ano, que vai para o abate com 2 ou 3 anos, uma fêmea de avestruz produz em média 30 filhotes por ano, fornecendo de 800 a 1200Kg de carne por fêmea/ano.

Estes são os motivos que justificam o enorme sucesso que está encontrando a criação comercial de avestruzes em outros países: trata-se de um animal que gera em quantidade produtos de primeira qualidade com baixos custos de produção, já que não requer muitas construções ou estruturas.

Cria: de 0 a 3 meses

lnstalações, manejo e alimentação:

. mantê-los abrigados à noite ou quando chove, em galpão coberto, de pelo menos 20 m2 (6-10m2/animal);

. aquecidos com campânulas a gás se a temperatura é inferior a 20ºC;

. piquete ao ar livre de 50 m2 para 4-6 animais.

. jejum nos primeiros 2 a 5 dias;

. ração com 22% de proteína

. introduzir pasto aos poucos a partir do 1º mês.

Patologias

Um avestruzinho saudável está sempre em movimento, ciscando no chão, andando, correndo em grupo com a cabeça bem alta. Se um animal fica parado (em pé ou sentado), anda com a cabeça baixa, se isola do grupo e fica piando, provavelmente está doente. Apresentamos a seguir os problemas mais comuns enfrentados nesta fase de desenvolvimento e algumas sugestões de tratamento. a mortalidade nesta fase é em tomo de 30%.

Manejo e alimentação adequados podem melhorar os resultados produtivos, mas poucos criatórios, no mundo todo, conseguem taxas de mortalidade inferiores a 20%.

Incompleta absorção do saco vitelino

Com conseqüente infecção e morte do animal – é um dos maiores problemas encontrados nos primeiros 15 dias de vida.

Deformidades nas patas

Decorrentes do intenso período de crescimento dos filhotes; temos rotação de dedos, perna ou coxa, ou deformidades nos ossos ou articulações. A solução é difícil: a colocação de talas, cirurgia ou o uso de suplementos minerais não reverte uma deformidade já instalada.

Entorses, deslocamentos, traumatismos

Massagear a parte afetada com Calminex pomada.

Apatia, anda com a cabeça baixa

Antibiótico terapia + soro.

Diarréia (fezes muito moles, misturadas com a urina)

Se o animal está bem, ativo, pode ser excesso de grama => diminua a quantidade de grama.

Se o animal está apático, de cabeça baixa: antibiótico terapia + soro

Fonte: www.agrov.com

Avestruz

Nome comum: Avestruz
Nome científico: Struthio camelus
Nome em inglês: Ostrich
Filo: Chordata
Classe: aves
Ordem: Struthioniformes
Família: Struthionidae
Altura: 2 m (média)
Peso: até 135 kg
Curiosidade: Dois dedos em cada pé. Asas atrofiadas. Penugem escassa na cabeça, pescoço e pernas.
Ninhada: uma por ano (10 a 12 ovos)
Período de incubação: 40 a 42 dias

Avestruz

Plínio, o Velho, um naturalista de Roma Antiga, disse que o avestruz é o mais estúpido dos animais. Observando essa ave com atenção, no entanto, nada encontraremos que justifique essa afirmação. Fala-se que o avestruz engole objetos estranhos, como latas de conservas, despertadores, pedaços de metal e assim por diante. Isso não é certo. Mas é verdade que esse animal engole grandes quantidades de areia e cascalho, cuja função é puramente digestiva.

A alimentação básica do avestruz consiste em gramas, sementes e também insetos e pequenos animais. Essa ave estranha compensa a incapacidade de voar com sua grande habilidade de correr. Um avestruz perseguido pode chegar a uma velocidade de 45 km/h, com passos de mais de 3,5 m!

O avestruz em geral vive em pequenos grupos de um macho e algumas fêmeas. A fêmea do grupo põem seus ovos no mesmo ninho. Os filhotes são coberto de uma penugem bem rija. O avestruz vive bem em cativeiro. Como suas penas são muito apreciadas, há numerosas criações de avestruz.

Fonte: www.felipex.com.br

Avestruz

A avestruz pode ser considerada a maior e a mais pesada das aves. É considerada uma ave primitiva.

Quase nenhum animal terrestre pode competir com ela em velocidade; quando perseguida chega a atingir e a ultrapassar os 95 km/h.

A sua mais conhecida característica : Quando tem medo, põe a cabeça debaixo da terra!

Fonte: azinheira.ese.ips.pt

Avestruz

Carne de avestruz

A carne de avestruz apresenta maciez que sempre surpreende ao ser saboreada pela primeira vez. O segredo desta característica é a baixíssima quantidade de colágeno, uma proteína do tecido conjuntivo dos animais e que caracteriza a resistência das carnes à mastigação.

A carne é muito saborosa, sendo seu sabor muito próximo ao da carne bovina, e levemente adocicada. Sua coloração é vermelha e intensa devido ao alto nível de ferro(Fe) em sua composição, comparativamente, o nível médio deste mineral situa-se entre 260 a 290 mg/ 100 g de carne de avestruz, enquanto os níveis encontrados em cortes bovinos e na carne de frango são de, respectivamente, 130 a 220 mg/100 g e 10 a 30 mg/100 g.

É uma ótima alternativa para quem se preocupa com a saúde sem deixar de lado a suculência e sabor da carne vermelha. Sua qualidade é atestada e recomendada pela American Heart Association. No Brasil, ela deve seguir o mesmo caminho, pois o produto adequa-se a todas as exigências nutricionais da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

PROTEÍNA

A carne de avestruz é excelente fonte de proteína animal, seus valores médios são de 21% praticamente os mesmos valores de proteína de cortes bovinos, porém, na carne do avestruz, destacam-se os teores de creatina, aminoácido regulador do metabolismo energético do coração, e a quantidade de carnitina, aminoácido responsável pelo metabolismo intracelular da gordura, transformando-a em energia

% PROTEÍNAS/PORÇÃO DE 100g

Avestruz: 22
Frango: 27
Peru: 25
Boi: 21
Porco: 24

A carne de avestruz é extremamente magra, o conteúdo de gordura em média representa 1,5% que em maior parte é formada pelas gorduras insaturadas, tendo os ômegas 3 e 6 como seus mais famosos representantes.

% GORDURA/PORÇÃO 100 g

Avestruz: 1,2
Frango: 3
Peru: 3
Boi: 15
Porco: 19

A composição média de lipídios totais da carne de avestruz, segundo dados do Departamento de Nutrição de Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo:

Ácidos graxos saturados: 37,52%
Ácidos graxos insaturados: 34,57%
Ácidos graxos poliinsaturados: 27,91%.

Vale lembrar que a porcentagem dos ácidos graxos Ômegas 3,6 e 9 referem-se as sua participações na quantidade total de poliinsaturados. Esta participação é apresentada a seguir:

% MÉDIA DE

Ômega: 3 5,68;
Omega: 6 22,75;
Ômega: 9 10,77.
Ômega: 3 e 6

São denominados ácidos graxos essenciais que desempenham papel fundamental no metabolismo. São chamados essenciais por não serem produzidos pelo nosso corpo, devendo ser consumidos através dos alimentos, portanto, é fundamental tê-los em nosso cardápio.

A carne do avestruz, assim como a carne de peixe, possui quantidades generosas destes ácidos graxos. Agem na redução dos conteúdos de trigliceres circulantes na corrente sanguínea e aumentam a flexibilidade das artérias, contribuem para o correto metabolismo do colesterol, sendo o seu excedente destinado à fabricação de hormônios como a prostaglandina.

COLESTEROL

A quantidade de colesterol encontrada na carne de avestruz é uma das menores, se comparada com os outros tipos de carne, que seja vermelha ou branca. Inúmeros trabalhos internacionais atestam o seu valor nutritivo. Citaremos os níveis de colesterol entre cinco espécies animais consumidas no Brasil, destacando-se o corte do avestruz, com média de 36 mg/ 100g, longe dos dados encontrados na carne bovina e suína, as mais consumidas pelos brasileiros com 118 e 86 mg de colesterol por 100 g de carne respectivamente.

COMPARATIVO DE COLESTEROL ENTRE ESPÉCIES COMERCIAIS (100G)

Avestruz: 36
Frango: 89
Peru: 86
Boi: 118
Porco: 86

Como ocorre em todos os animais de produção pecuária, o avestruz possui vários cortes de carnes com diferentes graus de maciez. Esta maciez está relacionada à intensa utilização ou não do músculo ao qual se origina o corte e também à idade do animal, quanto mais velho maior a resistência à mastigação. Por se tratar de um animal com reduzida quantidade de gordura, principalmente de gordura intramuscular, cuidados no seu preparo devem ser tomados.

O excesso de cozimento pode causar enrijecimento das fibras musculares, tornando a carne menos atrativa. Não que deva ser consumida mal passada, mas seu limite de cozimento deve ser ao ponto.

Dessa forma, além de seu sabor realçado, temos um produto com maciez potencializada.

GRAU DE MACIEZ DE DIFERENTES CORTES DE CARNE DO AVESTRUZ

Cortes da Coxa: Maciez Média;
Cortes da Sobre Coxa: Macio
Cortes do Lombo (Filés): Extra Macio

Apesar de ainda ser pouco conhecida, seu consumo é uma tendência mundial. A carne de avestruz é macia e saborosa, se assemelhando à bovina, mas é comprovadamente mais nutritiva que as demais carnes vermelhas – veja a tabela comparativa.

A carne de avestruz contém baixas concentrações de gorduras saturadas e colesterol, além de ser rica em ferro e outros nutrientes essenciais.

Espécie Calorias (Kcal) Gordura (%) Colesterol (mg) Proteínas (%) Ferro (mg)
Avestruz 101 1,8 36 19,0 3,2
Frango 190 7,4 89 28,9 1,2
Suíno 212 9,7 86 29,3 1,1
Vitela 196 6,6 118 31,9 1,2
Boi 211 9,3 86 29,9 3,0

Fonte: www.robertacassani.com.br

Avestruz

O avestruz, Struthio camelus, é a maior das aves vivas, com uma altura de 2,4m e 150kg. É originário da África (Namíbia Botswana, África do Sul), e também em certas zonas da Arábia. É a única que pertence à família Struthioniformes. São aves polígonas e não migratórias. Adapta-se com facilidade e vive em áreas montanhosas, savanas ou planícies arenosas desérticas. Seus hábitos alimentares são onívoros, o avestruz come ervas, folhagem de árvores, arbustos e todo pequeno vertebrado e invertebrado que consiga capturar.

Embora não voe, por ter asas atrofiadas, as longas, fortes e ágeis pernas, permitem que ele atinja até a velocidade de 120 km/h com vento favorável (média de 65 km/h), pois em uma só passada cobre 4 a 5 metros. Tem o pescoço longo, a cabeça pequena, e tem dois dedos muito grandes (em cada pata) que se assemelham a cascos.

Avestruz

Produtividade

O avestruz alcança o peso de abate por volta de 12 meses. São muito resistentes a doenças, e têm uma ótima capacidade de adaptação (criados com sucesso no Canadá, Estados Unidos, Europa e Israel), suportando altas e baixas temperaturas. Alimenta-se de ração (1,5 kg/dia) e pasto verde (2 a 5 kg/dia).

Vida longa (média de 50 anos de vida), contando de 20 a 30 anos de vida reprodutiva. O início da vida reprodutiva é com 2 a 3 anos; no Brasil há avestruzes em zoológicos que iniciaram a postura com 18 meses.

Cada fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano, e os ovos pesam de 1.200 a 1.800 g e são incubados por 42 dias.

O Mercado

Os três principais produtos para comércio são:

Pena
Couro
Carne

Avestruzes.

Plumas

As plumas do avestruz ainda representam objeto de comércio, e é um dos motivos pelos quais o homem caça essa ave. Tem dimorfismo sexual marcado: nos adultos, o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, porém tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade. As fêmeas são em geral presa fácil e suas plumas podem sem arrancadas sem feri-las.
Ema

O avestruz pertence ao grupo das ratitas, aves não voadoras. Deste grupo também faz parte a ema (Rhea americana), encontrada na América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Classificação científica

Família – Estrucionídeos
Ordem – Estrucioniformes
Nome Científico – Struthio camelus

Fonte: www.webciencia.com

Avestruz

A que família pertence o avestruz e quais as suas espécies?

Avestruz

Os avestruzes pertences ao grupo das Ratitas (aves desprovidas da capacidade de voar). Dentro deste mesmo grupo temos o EMÚ e o CASUÁRIO (originários da Austrália), EMA (originárias da América do Sul) e o KIWI (originário da Nova Zelândia).

São da família struthionidas, do gênero struthio e se dividem em quatro espécies principais:

Struthio Camelus Camelus (originários do Norte da África) – São maiores e possuem plumagem com grande densidade, cabeça quase sem penugem e pescoço avermelhado. Botam ovos maiores.

Struthio Camelus Massaicus (originário da África Oriental) – Possuem pescoço levemente azulado e se concentram principalmente no Kênia e Tanzânia.

Struthio Camelus Molybdophanes (originário da Somália) – Possuem pele acinzentada e tem uma mancha sem pelos dura na cabeça.

Struthio Camelus Australis (originário da África do Sul) – Possuem pescoço acinzentado e cabeça coberta de plumagem.

Do cruzamento entre avestruzes da África do sul e do Norte da África deu-se origem ao híbrido Struthio Camelus var. domesticus, que foi domesticado e desenvolvido especialmente para a obtenção de plumas e é a maior população atual da África do Sul, conhecidos como avestruzes de Oudtshoorn.

Quais as características fenotípicas do avestruz?

O avestruz é a maior ave existente. Chega a alcançar 2,7-3,0 metros de altura e a pesar até 180 kg, possuindo a ave adulta ao redor de 120 kg. Seu corpo tem forma ovalada, seu pescoço mede ao redor de 1 metro e é bem flexível. Possuem 2 dedos nos pés, diferentemente das demais ratitas que tem três e suas pernas são fortes e potentes. Sua defesa é o chute e possuem uma placa óssea no esterno que utilizam para proteção.

Pode correr a velocidade de 70 km/h e proporcionalmente, o olho do avestruz é o maior de todos os animais e possuem visão e audição apuradas.

Podem viver de 60 a 70 anos. A idade de um avestruz jovem é facilmente identificada pela plumagem, mas após se tornar sexualmente ativo é praticamente impossível saber a idade de um avestruz.

Apresentam dimorfismo sexual. O macho apresenta plumagem preta e as asas com plumagem branca após os 15-16 meses e a fêmea apresenta plumagem marron-acinzentada.

Geralmente as fêmeas são dóceis, mas os machos podem se comportar agressivamente em épocas de reprodução e serem bastantes perigosos se não manejados corretamente. O chute é a sua grande arma, podendo alcançar facilmente o rosto de uma pessoa, com as suas grandes unhas.

Seu cérebro tem o tamanho de seu olho e pesam ao redor de 40 gramas.

São animais onívoros, mas basicamente se alimentam de vegetação e são excelentes nadadores. São aves territorialistas e o machos defendem arduamente contra outros machos que invadam o seu espaço.

Atualmente o habitat natural do avestruz está bem reduzido e se localiza na África ao sul da linha do equador. Se movem em grupos e caminham de 10 a 40 km por dia em busca de alimentação e água.

Os avestruzes se adaptam bem a várias regiões, haja vista, que os avestruzes selvagens vivem em regiões semi-desérticas com grandes variações de temperaturas.

Como é a reprodução dos avestruzes?

A fêmea do avestruz atinge a maturidade sexual entre 2 e 3 anos, e o macho entre 3 e 4 anos, com os avanços sobre a qualidade nutricional das rações utilizadas, encontramos uma redução significativa da idade de reprodução.

As fêmeas podem colocar ovos por 30 – 40 anos. A compatibilidade reprodutiva entre macho e fêmea é fundamental para a produção comercial.

As fêmeas botam em média 40 ovos por ano, podendo atingir uma postura acima de 100 ovos por estação (dependendo do clima e correta nutrição das aves). O período reprodutivo vai de julho a fevereiro na região Sudeste.

O ovo de avestruz mede entre 15 e 20 cm e pesam ao redor de 1,0 a 1,5 kg. Proporcionalmente ao tamanho da fêmea do avestruz, os ovos são considerados pequenos.

O Período de incubação é em média 42 dias e os filhotes nascem em média com 0,8 a 1,2 kg e crescem 30 cm por mês até os 6 meses pesando ao redor de 60 kg.

O clima é de grande influência na produção de avestruzes. A temperatura e a chuva afetam as aves, mas principalmente o foto-período. Nos machos a duração do dia e a quantidade de luz natural está diretamente ligada à produção de sêmen .

A dança de cortejo dos machos é única, um balé digno de ser visto.

As fêmeas colocam ovos em ninhos construídos pelos machos a cada 2-3 dias.

Os órgãos sexuais dos machos são pequenos até que se aproximam da maturidade sexual. Aos 18 meses os testículos tem o tamanho de um dedo e na maturidade o tamanho de um punho de homem adulto. Uma vez terminada a estação reprodutiva seus testículos se encolhem.

O interessante é deixar as aves jovens escolherem seus parceiros. É a fêmea quem escolhe o macho. As fêmeas na fase de reprodução apresentam as asas caídas e com movimentos vibratórios que provocam um som, dizemos que a ave está “clocando”. Seu pescoço apresenta movimentos quando está na posição paralela ao solo e apresenta pequenos golpes com o bico e levemente vai agachando sobre suas pernas.

O macho se aproxima da fêmea, parecendo “sapatear” em cima dela. Começa a “dançar”sobre ela, movimentando o seu pescoço de um lado para o outro, com suas asas abertas sobre a fêmea. Sua cabeça toca o seu corpo de um lado e do outro. Ocorrendo então a cópula da fêmea. Este processo ocorre várias vezes ao dia.

O orgão genital masculino do avestruz deposita o sêmem perto do oviduto da fêmea. O esperma é ejaculado em sua cloaca.

Na época da reprodução o macho apresenta o bico, em volta dos olhos, o pescoço e suas pernas com uma coloração vermelha forte, em virtude de hormônios produzidos mostrando que a sua fertilidade está alta. Se mostrará mais agressivo com os demais machos que se apresentam em sua proximidade.

Vale lembrar que a alimentação dos reprodutores deve ser balanceada para que obtenhamos a máxima produtividade das fêmeas e a máxima fertilidade dos machos.

O clima também influi. A natureza tenta sempre maximizar o nascimento dos filhotes, o que leva a fêmea a diminuir a produção de ovos em épocas muito chuvosas.

Alguns produtores tem conseguido que as fêmeas botem em ninhos protegidos da chuva por coberturas. Eles colocam falsos ovos nos ninhos que induzem a fêmea a realizar a postura nestes ninhos.

Quais são as principais características do ovo do avestruz?

Resposta: Após a fecundação do óvulo pelo esperma inicia-se a divisão celular. Com a postura do ovo, cessa-se a divisão celular até que se inicie a incubação ou até que o ovo esteja exposto ao calor.

Os ovos de avestruz são de forma ovalada, com uma casca que lembra uma porcelana e com um grande número de poros. A casca tem cerca de 2 mm de espessura e pode suportar grande peso.É constituída principalmente de carbonato de cálcio. Pesa entre 750 e 1600 gramas e equivale a aproximadamente 24 ovos de galinha. Mede em média 13 x 16 cm. Existem portanto ovos de tamanhos, pesos e porosidade variados, que dependem da espécie e da idade da fêmea.

Normalmente os ovos muito pequenos e os muito grandes tem poucas possibilidades de estarem férteis.

O ovo já contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião. A composição do ovo é de 20-24% de casca, sendo o restante gema (1/3) e albumina(2/3). A gema proporciona energia para o embrião e a albumina água, proteínas, vitaminas, etc. A albumina garante uma proteção física e antimicrobiana para o embrião.

A gema possui 5% água, 30% lipídeos e 17% proteínas e outras substâncias, sua função é nutrir o embrião.

O cálcio é um dos minerais mais importante para o embrião, que é obtido primeiramente da gema e depois da capa interior da casca.

A nutrição dos reprodutores é fundamental para que os ovos contenham todos os nutrientes que o embrião necessita. Se ocorrer deficiência nutricional no ovo o embrião não se desenvolverá e será mal formado ou morrerá.

A coleta dos ovos deve ocorrer tão logo ocorra a postura, que geralmente ocorre no final da tarde. Quanto mais seco estiver o clima e o ninho, menor será a probabilidade de infecção e contaminação dos ovos.

Devem ser coletadas com sacos plásticos evitando contato com as mãos e demais ovos, sempre tomando cuidado com os machos que podem reagir agressivamente.

A identificação do ovo ocorre no momento da coleta. Sendo marcado o piquete de coleta e a data da postura no próprio ovo com lápis.Verificando sempre se não existem trincas, defeitos ou sinais de contaminação que desqualificam o ovo para a incubação.

Quanto maior a diferença de temperatura entre o ovo e o meio ambiente, mais rapidamente o ovo se resfriará maior será a contração do conteúdo interno do ovo, facilitando a sucção que poderá aumentar a entrada pela casca de bactérias e vírus.

O correto manejo e cuidado com as fêmeas reprodutoras, a coleta correta dos ovos e a boa desinfecção dos ovos, o armazenamento e a bio-segurança na incubação e nascedouros, evitam problemas de contaminação e infecção dos ovos.

Como é feita a incubação artificial dos ovos de avestruz?

A incubação do ovo de avestruz é a parte mais interessante da criação e também a mais exigente em biosegurança. A incubação deve proporcionar ao ovo um macro e micro-clima adequado para o desenvolvimento do embrião.

Os ovos coletadas são desinfectados, geralmente em fumigadores com paraformolaldeido, e estocados em máquinas que efetuam a viragem dos ovos periodicamente em salas climatizadas em temperatura de 15-18 oC . e umidade ao redor de 40-50% que impedem o desenvolvimento do embrião.

Devemos lembrar que estamos produzindo avestruzes fora de seu clima natural, portanto devemos proporcionar ao ovo uma incubação adequada, que mais reproduza a condição natural.

Os ovos estocados são levados as salas que contém as incubadoras uma vez por semana, para otimização do processo. As incubadoras trabalham com temperaturas entre 35 e 37 oC e umidade de 20-30%. Temperatura baixas e muito altas prejudicam o desenvolvimento do embrião. Os ovos são incubados com a câmera de ar colocada para cima. Um dos princípios básicos na incubação e a troca de gases entre a casca e o meio externo, ou seja, a entrada de oxigênio e a saída de dióxido de carbono e água pela casca do ovo. O embrião em desenvolvimento respira através do ovo e deve receber oxigênio e eliminar o dióxido de carbono. O que mostra que a troca gasosa deve ocorrer de maneira ideal dentro da sala de incubação e da máquina incubadora.

A umidade é responsável pela perda de peso do ovo. O ovo deve perde de 12 a 15% de seu peso inicial durante os 42 dias de incubação. Normalmente de 2 a 2,5% por semana, o que nos leva trabalhar com uma umidade dentro das máquinas incubadoras ao redor de 20-30%, dependendo da porosidade das cascas dos ovos.

A fertilidade dos ovos pode ser observada através da ovoscopia, que não mais é que iluminar de perto o ovo com uma luz forte e verificar o desenvolvimento do embrião. Geralmente é efetuada uma verificação ao redor do 14o dia de incubação, onde teremos uma avaliação se o embrião está se desenvolvendo. Se o ovo estiver infértil, com a ovoscopia ele aparecerá translúcido e será retirado da incubadora . Se estiver fértil notaremos a presença de uma mancha escura, que vai aumentando com o passar dos dias, mostrando o desenvolvimento do embrião.

Ovos contaminados dentro da incubadora devem ser retirados assim que descobertos, evitando a contaminação dos demais ovos. A contaminação do ovo gera morte do embrião, sua decomposição e gerando mal cheiro.

No 39o dia os ovos são transferidos para a sala dos nascedouros. A temperatura será de 2 a 3o superior a das incubadoras e trabalham com uma umidade relativa um pouco mais alta.

Chamamos de “pipping” quando o filhote rompe, com seu bico, a membrana interna e tem acesso a câmera de ar. O filhotes passa a respirar ar e normalmente entre o 40-42o dia ocorrem os nascimentos.

O ideal é deixar que o filhote complete o processo de nascimento sozinho.

Após o seu nascimento é feita a desinfecção do umbigo com solução de iodo. O filhote é levado para a sala da maternidade, onde permanece por 24-48 horas e depois levado ao setor de cria.

O setor de incubação, por toda sua característica, é o que exige um maior controle periódico de esterilização e monitoramento.

Os fatores que influenciam o nascimento são a fertilidade, a constituição genética do embrião, a nutrição dos reprodutores, qualidade do ovo e da casca, enfermidades, higiene e manejo dos ovos, armazenamento e parâmetros de incubação.

Fonte: www.acab.org.br

Avestruz

Classe: Aves
Ordem: Struthioniformes
Família: Struthionidae

Habitat

Esta espécie relativamente comum no seu habitat, vive no Leste e no Sul do continente africano, habitando zonas secas e semi-desérticas, de savana e deserto.
Caracterização

A avestruz é a maior ave do mundo, podendo atingir 2,5 metros de altura e pesar cerca de 160 kg. Demasiado pesada para voar, esta ave de pescoço nu é uma excelente corredora, que consegue deslocar-se a 70 km/hora durante meia hora. É também a única ave que possui dois dedos em cada pata, um dos quais possui uma garra afiada utilizada para defesa/ataque.

Machos e fêmeas apresentam plumagem diferente: maioritariamente cinzenta nas fêmeas e preta e branca nos machos. Esta ave tem audição e visão muito apuradas. A avestruz é omnívora: a sua dieta é composta por sementes, folhas, ervas e, ocasionalmente, insectos e pequenos invertebrados.

Cada ovo de avestruz equivale, em peso, a duas dúzias de ovos de galinha, podendo pesar 1,5 kg e medir 16 cm no seu lado maior.

As avestruzes vivem em grupos constituídos por machos e fêmeas. Aquando do acasalamento, o macho protagoniza uma parada nupcial para atrair o maior número de fêmeas que conseguir (geralmente três ou quatro). A «coreografia» inclui a flexão das patas, acompanhada pelo agitar das longas penas brancas das asas, acompanhado por movimentos rítmicos do pescoço. A fêmea escolhe o que considera ser o melhor macho com base na actuação e no ninho (uma depressão cavada no solo) por ele feito. Neste ninho são depositados os ovos de todas as fêmeas que escolheram o macho em questão. A incubação dos ovos (até várias dezenas) dura quarenta dias e fica a cargo do macho (durante a noite) e das fêmeas (durante o dia).

Curiosidades

Se está a pensar em ter uma avestruz no seu quintal, pense a longo prazo: estas aves podem viver entre trinta a sessenta anos. No papo das avestruzes encontramos pequenas pedras, destinadas a facilitar a digestão dos alimentos, macerando-os.

Os antigos Egípcios criavam avestruzes devido ao seu interesse nos ovos (cada um dos quais leva cerca de duas horas a cozer). Também as suas penas são utilizadas há muito tempo (cerca de cinco mil anos) como adorno.

Fonte: www.badoca.com

Avestruz

As primeiras aves corredoras, ou seja, as ratitas, apareceram há cerca de 65 milhões de anos, no final da era geológica conhecida como Período Mesozóico e início do Período Cenozóico. Estas aves corredoras, a partir de um tronco comum, sofreram o processo de especiação devido ao isolamento geográfico ocorrido durante a separação dos continentes, e por este motivo, só são encontrados representantes das ratitas no Hemisfério Sul.

Deste modo, podemos distribuir as ratitas da seguinte maneira:

Distribuição Espécie Família
América do Sul Ema (Rhea) Rheidae
África Central Avestruz (Struthio) Struthionidae
África do Sul Avestruz (Struthio) Struthionidae
Austrália Emu (Dromaius) Dromaiidae
Nova Guiné Casuar (Casuarius) Casuariidae
Nova Zelândia Kiwi (Apteryx) Apterygidae

Em relação aos avestruzes especificamente, há 1 milhão de anos eles habitavam, além da África, as regiões mais selvagens do Oriente Médio e algumas partes da Europa Mediterrânea, tendo desaparecido destas regiões, definitivamente, em 1914.

Atualmente, o avestruz é endêmico do continente africano e as últimas populações selvagens são encontradas em parques e reservas naturais da África em diferentes habitats abertos, de savanas a desertos, tendo preferência por regiões semi-desérticas, onde as mudanças de temperatura são muito bruscas, chegando a 40o de amplitude.

Adaptam-se a temperaturas extremas e variados tipos de climas, e em situações drásticas podem suportar até gelo e neve, visto que, obviamente, esta não é uma situação normal, dada a origem da ave.

Classificação Zoológica do Avestruz

As aves em geral são divididas em dois grandes grupos: as aves capazes de voar, e as aves que não voam.

As aves que voam fazem parte do grupo Carinatae, pois apresentam, entre outras características, uma estrutura proeminente no osso do peito (o esterno) chamado de quilha ou CARENA (daí o nome do grupo), onde há a inserção da musculatura peitoral, que é bem desenvolvida.

As aves que não voam ou as aves corredoras, entre elas o Avestruz, fazem parte do grupo Ratitae, pois apresentam um esqueleto e uma musculatura simplificados e ausência de quilha no osso esterno, tendo este a forma de uma prancha reta ou uma jangada. Desta característica deriva o nome do grupo, Ratitae, já que jangada em latim é RATIS.

As ratitas, equivalem à ordem Struthioniformes e a classificação zoológica é a seguinte:

 Filo  Chordata
 Classe  Aves
 Ordem  Struthioniformes
 Subordem  Struthiones
 Família  Struthionidae
 Gênero  Struthio
 Espécie  Struthio camelus

Fonte: www.panoramaavestruz.com.br

Avestruz

Nome Científico

Lophura edwarsi

Ordem: Galliformes

São reconhecidas duas subespécies, Lophura edwardsi edwardsi e Lophura edwardsi hatinhensis, mas é discutido se esta última deverá ser tratada como uma espécie distinta (Lophura hatinhensis). O faisão de Edward (Lophura edwardsi) é uma espécie rara e local, que vive no meio da vegetação densa das florestas húmidas com palmáceas e bambus, situadas nas vertentes orientais das montanhas de Annam Central, até aos 600 m de altitude. A subespécie Lophura edwardsi hatinhensis tolera alguma degradação do habitat.

Existe dimorfismo sexual. O macho apresenta esporões nas patas e tem a plumagem predominantemente azul-escura, com iridescências de cor verde na parte superior das asas. Possui, ainda, uma máscara facial vermelha e uma crista de penas brancas na cabeça. A fêmea é castanha e também tem uma máscara facial vermelha. As patas são vermelhas em ambos os sexos. A subespécie Lophura edwardsi hatinhensis tem as penas centrais da cauda brancas.

Alimentam-se de sementes, rebentos e insectos.

Servem-se do bico e das unhas para raspar e escavar o solo, procurando alimento. Raramente são observados no habitat natural e pouco se sabe sobre os seus hábitos em liberdade. Só se deslocam aos ramos das árvores para dormir ou obter refúgio.
Nidificam no solo. Na parada nupcial, o macho caminha em torno da fêmea, exibe a máscara facial, levanta o penacho e faz vibrar as asas e a cauda erguida no ar. As posturas são de quatro a sete ovos, cuja incubação dura 21 a 22 dias. Atingem a maturidade sexual com cerca de dois anos de idade.

Estatuto de conservação e factores de ameaça: É uma espécie em perigo. Pertence ao Ap. I da CITES. Tem sido ameaçada pela destruição do habitat e pela caça para alimentação humana.

Fonte: www.fazendavisconde.com.br

Avestruz

As avestruzes são ovíparos e botam ovos em buracos escavados no chão. Os Ovos chegam a pesar até 1,4 kg e cada fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano.

A produção de carne de um avestruz é de 30 a 45 quilogramas e é vermelha. O avestruz alcança o peso de abate por volta de 12 meses.

Couro

Utilizado na confecção de bolsas, carteiras, roupas, etc. e as plumas de cada ave, cerca de 2 kg por ano tem um bom valor comercial. Tem dimorfismo sexual marcado: nos adultos, o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, porém tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade.

Fonte: saiu.com.br

Avestruz

Ordem: Struthioniformes
Família:
Struthionidae
Nome popular: Avestruz
Nome em inglês: Ostrich
Nome científico: Struthio camelus
Distribuição geográfica: África
Habitat: Savanas e estepes
Hábitos alimentares: Onívoro

Reprodução: Várias fêmeas botam os ovos que são incubados durante 42 dias pelo macho

Período de vida: 60 anos

O avestruz é a maior ave viva, e atinge uma altura de até 2,75 metros nos machos adultos, com peso de até 160 kg. Sua cor é branca e preta, enquanto as fêmeas, como ocorre em muitas aves, têm cores mais discretas, em tons de cinza, e seu tamanho é um pouco menor, com no máximo 1,90 metro com peso de até 110 quilos.

Em seu habitat natural, os avestruzes enfrentam as severas condições do deserto do Saara ou das savanas, onde convivem com gnus, hienas, antílopes e leões. Em um ambiente tão difícil e competitivo, precisam ser munidas de boas adaptações ao seu meio, ou não sobreviveriam.

A altura é importante para que possa observar o movimento de filhotes ou a aproximação dos predadores para iniciar uma fuga (alcançam até 70 km/h em corridas curtas, ou conseguem manter a velocidade de 50 km/h em corridas longas). As asas, apesar de não permitirem o vôo, dão equilíbrio e direção quando em grande velocidade, e podem ser eriçadas para amedrontar um possível inimigo, fazendo com que o avestruz pareça ainda maior do que já é.

É mentira que quando assustados os avestruzes escondem a cabeça na areia. Como ciscam constantemente no chão, um observador que os veja entre as ondulações da paisagem provocadas pelo calor ascendente pode pensar que estão de pescoço enterrado. O fato de os avestruzes deitarem-se no chão para descansar ou de ficar encolhidos esperando que um animal ameaçador passe também podem ter reforçado esta lenda.

A falta de comida na natureza fez do avestruz uma ave pouco exigente com seu cardápio. Tudo pode ser explorado como alimento, contanto que caiba em seu bico e estômago, que aliás é bem grande. Pode viver muitos dias sem água, ou até mesmo ficar completamente sem ela se tiver alimento úmido (como plantas suculentas). Quando se abaixam para comer ou beber, os avestruzes levantam-se constantemente, em intervalos irregulares, a fim de não deixar um possível predador calcular quando tempo ele ficará distraído.

Suas poderosas patas podem dar chutes fortes o bastante para quebrar ossos, e até seus ovos são grandes. Alcançam até 1,5 kg de peso, e sua casca dura às vezes demora mais de um dia para ser quebrada pelo filhote quando ele nasce, o que acontece na época de chuvas.

Alguns fazendeiros descobriram há anos que o avestruz é uma excelente ave para ser criada em cativeiro. Em alguns lugares, a criação comercial de avestruzes acabou com a caça e dá mais lucro que a criação de gado convencional. Há até fábricas de ração de avestruzes hoje em dia. Ainda assim, ele corre risco de desaparecer em alguns lugares da África onde a fome e a miséria são problemas constantes. Das subespécies conhecidas, uma não é encontrada desde a década de 1960.

Fonte: www.zoologico.sp.gov.br

Avestruz

O avestruz (struthio camelus) é a maior ave do planeta e tem como habitat natural as regiões leste e sul da África.

Pertencentes ao grupo das “ratitas” (do latim, ratis = jangada), são aves corredoras (atingem até 60 km/h), incapazes de voar, pois não possuem quilha sobre o esterno nem musculatura peitoral adequada para o vôo. Suas plumas também não possuem a típica estrutura interligada de penas de aves voadoras.

É uma ave de planície e prados abertos áridos e semi-áridos, mas se adapta a uma grande variedade de climas – desde os invernos chuvosos e a neve na região do Cabo, até as condições extremamente quentes dos verões no deserto africano.

Possuem longas pernas, pés com dois dedos e, apenas um dedo com unha. Seus músculos mais importantes são os das pernas.

Como em todas aves, o esôfago do avestruz está localizado no lado direito do pescoço, não possuem papo e sim um proventrículo grande e distensível, onde a água e o alimento volumoso são estocados e misturados com as excreções glandulares e um ventrículo (moela).

Possuem dois cecos e intestinos longos, que promovem a digestão bacteriana, e sua temperatura corpórea permanece entre 37,8o.C – 39o.C.

Os avestruzes são estritamente bipodais (não podem se apoiar ou pular com uma perna, nem podem pular com as duas simultaneamente), atingem quando adultos a altura de 2,00m à 2,70m e pesam entre 150kg à 160kg.

Possuem dimorfismo sexual marcante que aparece a partir dos 18 meses de idade: os machos são pretos com a ponta das asas brancas e as fêmeas são cinza, não importando a raça.

A vida reprodutiva das fêmeas tem início aos 24 meses e a dos machos a partir dos 30 meses, durando aproximadamente 40 anos.

São aves de vida longa, aproximadamente 70 anos.

A estação reprodutiva dura em média 6 a 7 meses, sendo que no Brasil este período ocorre entre os meses de agosto a fevereiro.

Geralmente a ave coloca um ovo a cada 48 horas (há alguns dias de intervalo e recomeça a postura). O período de incubação é de 42 dias, em média uma boa fêmea bota de 50 a 60 ovos por ano, algumas ultrapassam essa marca.

Raças

Existem atualmente três subespécies de avestruzes:

Blue Neck (pescoço azul)

Habita o Nordeste africano, é a subespécie mais corpulenta, apresentando pele de um tom cinzento azulado.

Red Neck (pescoço vermelho)

Habita o Quênia e parte da Tanzânia, é uma ave de corpo corpulento e apresenta a pele de um tom vermelho.

African Black

É um híbrido resultado do cruzamento entre subespécie da África do Sul e as subespécies do Nordeste da África, sendo normalmente a mais baixa de todas as subespécies. Possui como característica principal a qualidade de suas penas, superior em relação às outras subespécies.

Obs: Não existe uma subespécie que produza mais filhotes, ou que, seja mais dócil que a outra. O que existe são animais dentro de uma subespécie que se destacam na produtividade, e ganho de peso. Por isso o futuro criador deve adquirir seus reprodutores de uma fonte confiável e que possua um rígido controle genético e de aperfeiçoamento.

Classificação

Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Struthioniformes
Subordem: Struthiones
Família: Struthionidae
Gênero: Struthio
Espécie: Struthio camelus

A família Struthionidae apresenta um único gênero e uma espécie. Existem quatro subespécies selvagens de avestruz, cuja classificação é feita de acordo com o tamanho, plumagem, porosidade da casca dos ovos e outras diferentes características externas. As subespécies de avestruzes encontradas hoje são:

Struthio camelus camelus Linneu

Avestruz da África do Norte, conhecido como “avestruz Mali”. Encontrado ao longo do continente africano, desde a Mauritânia até a Etiópia. São mais altos, com patas mais largas, apresentando o pescoço avermelhado, plumagem ondulada e de maior densidade, e na cabeça uma região nua. Os ovos são maiores e mais lisos que os das espécies da África do Sul.

Struthio camelus massaicus Naumann

Avestruz da África Oriental, conhecido como “avestruz Masai”. Encontrado principalmente na Tanzânia e Quênia. São ligeiramente maiores que os da África do Sul e possuem pescoço rosado, que se torna vermelho na época de reprodução.

Struthio camelus molybdophanes Reichenow

Encontrado na Somália, Etiópia e Quênia, conhecido como “avestruz da Somália”. Menores que os da África do Sul, possuem uma região nua e córnea na cabeça. O pescoço e as pernas apresentam coloração cinza-azulada.

Struthio camelus australis Gurney

Avestruz da África do Sul, encontrado ao sul dos Rios Zambezi e Cunane. Apresentam o pescoço cinza-azulado e uma espécie de penugem na cabeça.

A subespécie Struthio camelus syriacus Rothschild , avestruz do Oriente Médio, foi extinta entre 1940 e 1970.

Fonte: www.rancho4s.com

Avestruz

Tamanho: Até 2,5 metros.
Peso: Até 150 quilos.
Alimentação: Plantas e pequenos animas.
Tempo de vida: Até 70 anos
Onde vive: Em liberdade na África, e em criações em países quentes de todo o mundo.

O avestruz é a maior ave do planeta. Ele chega a 2,5 metros de altura.

Quase metade de sua altura é das pernas, compridas e muito musculosas, capazes de dar passadas de até 4,5 metros.

O avestruz tem asas enormes, mas não voa. E nem precisa. Ele é a mais rápida ave corredora do mundo.

Ele pode correr tão rápido quanto cavalos de corrida, passando dos 65 quilômetros por hora. Quando corre pelos campos e savanas da África, o avestruz deixa os predadores comendo poeira.

Mesmo quando estão cansadas, as pernas do avestruz ainda dão trabalho para os inimigos, dando poderosos coices.

Em cada pata, o avestruz tem dois dedos grandes e fortes. O maior mede uns 18 centímetros, e tem uma unha grossa que pode ser usada como arma.

O avestruz come plantas, insetos, lagartos e outros bichinhos. Ele é capaz de comer até tartarugas. Para ajudar o estômago a triturar a comida, que ele engole inteira, ele engole muitas pedras e areia.

Na natureza, o avestruz vive em grandes grupos, que passam a maior parte do tempo procurando comida e ciscando. Às vezes, os grupos de avestruzes de misturam com manadas de outros bichos que vivem nas planícies africanas, como zebras e gnus.

Na época da reprodução, os avestruzes machos lutam, dando perigosos coices, disputando fêmeas para formarem seus haréns.

Cada harém tem de três a cinco fêmeas. Cada uma põe uns cinco ovos em um enorme ninho coletivo, cavado pelo macho na areia. É o macho que choca os ovos de noite, e as fêmeas ficam no ninho durante o dia.

Os filhotes nascem fortes, e, com apenas um mês, já correm como um adulto.

Você Sabia?

O avestruz é a única ave do mundo que só tem dois dedos em cada pata. A maioria das aves possui quatro, e a ema, sua parente da América do Sul, tem três dedos em cada pata.

O avestruz é muito corajoso. Não é verdade que ele esconde a cabeça debaixo da terra quando fica assustado.

Por causa da carne e das penas, principalmente as grandes plumas brancas das asas e da cauda, o avestruz foi tão caçado que acabou extinto na Ásia e em várias regiões na África.

Hoje, existem criações de avestruzes em vários países da África, Europa, Ásia, Oceania e Américas, inclusive no Brasil. Já os avestruzes em liberdade só existem em alguns lugares do sul e oeste da África.

Cada ovo de avestruz pode medir 20 centímetros e pesar quase dois quilos. É o maior ovo do mundo, e tem uma casca tão forte que agüenta o peso um homem adulto.

Fonte: www.klickeducacao.com.br

Avestruz

Struthio camelus

Estomago resistente

Habitava uma vasta área compreendida entre o oeste da Espanha, através do noroeste do Mediterrâneo, até a China. Porém há cerca de um milhão de anos o avestruz migrou para a África espalhando-se por todo o continente, onde atualmente se encontra a maior concentração da espécie. Apesar da variedade nos números pode-se afirmar que o avestruz é a maior ave existente no mundo, e juntamente com a ema americana, uma das mais antigas deste planeta. Plínio, o Velho, um naturalista da Roma Antiga, disse que o avestruz é o mais estúpido dos animais. Observando essa ave com atenção, no entanto, nada encontraremos que justifique essa afirmação. Fala-se que o avestruz engole objetos estranhos, como latas de conservas, despertadores, pedaços de metal e assim por diante. Isso não é certo. Mas é verdade que esse animal engole grandes quantidades de areia e cascalho, cuja função é puramente digestiva.

A alimentação básica do avestruz consiste em grama, sementes e também insetos e pequenos animais. Essa ave estranha compensa a incapacidade de voar com sua grande habilidade para correr. Um avestruz perseguido pode chegar a uma velocidade de 45 Km/h, com passos de mais de 3,5 m!

O avestruz em geral vive em pequenos grupos de um macho e algumas fêmeas.As fêmeas do grupo põem seus ovos no mesmo ninho. Os filhotes são cobertos de uma penugem bem rija. O avestruz vive bem em cativeiro. Como suas penas são muito apreciadas, há numerosas criações de avestruz . Hoje também criadas em cativeiro por sua carne, sendo comercializada para consumo, e sua pele, usadas para sapatos, bolsas, cintos etc.

Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Strhioniformes
Família: Struthionidae

Características

Altura: 2 metros (média)

Peso: até 135 Kg.

  • Dois dedos em cada pé
  • Asas atrofiadas
  • Penugem escassas na cabeça, pescoço e pernas
  • Uma ninhada por ano – 10 a 12 ovos
  • Período de incubação: 40 a 42 dias.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

Avestruz
ORIGEM África
Plumagem Macho Penas pretas
Fêmea Penas Cinza Amarronzadas
Altura 2,2 A 2,7 METROS
Peso 110 a 160 KG
Alimentação Pasto ou Ração ou Alfafa e Ração
PRODUTIVIDADE  MÉDIA DE 60 OVOS / ANO  
PRODUÇÃO DE PLUMAS  1,2 KG POR ANO  
CARNE  35KG DE CARNE LIMPA C/ 12 MESES  
INCUBAÇÃO  42 DIAS  
LONGEVIDADE  ATÉ 70 ANOS  
FERTILIDADE  PLENA ATÉ 40 ANOS  

A dezenas de milhões de anos atrás o predecessor do avestruz habitava a região do oeste da Espanha, através do noroeste do mediterrâneo até a China, porém a 1 milhão de anos atrás é que o avestruz migrou para a África espalhando-se por todo o continente.

O nome científico do avestruz é Struthio Camelus Australis, originário da África, pertence ao grupo das ratitas, formado por aves que não voam. Sua característica principal é o seu porte, onde um adulto chega a medir de 2 a 2,8 metros de altura e pesar 110 a 150 kg, podendo chegar até a 200 kg.

Comercialmente se definem 03 raças de avestruz: Black Neck (pescoço preto), Red Neck (pescoço vermelho) e Blue Neck (pescoço azul), esta classificação se baseia na cor da pele dos adultos, porém todas raças apresentam a mesma coloração de penas (machos pretos e fêmeas cinzas).

A raça Black Neck também chamada de “African Black” é na verdade uma raça domesticada que recebe uma preferência dos fornecedores de plumas, enquanto o Blue Neck tem como característica principal o seu grande porte. Com o interesse pela carne do avestruz, a tendência foi o cruzamento entre as raças para a obtenção de um maior peso de abate, surgindo então a raça “Blue Black”.

Os plantéis significativos estão atualmente distribuídos pela África do Sul (maior do mundo ~ 200mil un.), EUA (~100 mil un.

Israel, Canadá, Austrália, Itália, Alemanha, México Espanha além de China, Japão, Índia e Tailândia que iniciaram sua criação recentemente.

A longevidade é outra marca expressiva desta ave que vive até 70 anos de idade e o período de excelência reprodutiva gira em torno de 30 a 40 anos, porém sem nunca perder a sua fertilidade.

Pelo seu histórico evolutivo esta ave é considerada o ser de maior capacidade imunológica do reino animal, característica que justifica a perenidade de sua raça até hoje, bem como a sua adaptabilidade em outros climas.

Estágio do desenvolvimento na criação

FASE 1

Formação de plantel. Esta fase deverá durar em torno de 05 anos, e favorecerá muito os criadores que necessitam de uma atividade alternativa extremamente rentável, pois considerando as cotações que esses animais recebem no mercado mais o resultado das primeiras posturas, nota-se o excelente negócio e retorno nessa fase de desenvolvimento da criação.

FASE 2

Desenvolvimento genético e do manejo ideal para o Brasil. Esta fase somente se concentrará na multiplicação do plantel no Brasil, procurando sempre o melhor desenvolvimento genético de suas matrizes e manejo ideal que esses anos de experiência local trará.

Esta etapa é importantíssima para a qualidade da criação no Brasil, pois identificará os grandes reprodutores que deverão oferecer uma produção em torno de 40 filhotes por ano, esses animais terão uma enorme valorização devido á sua alta produtividade. Para ganharmos tempo, a COOPERAVESTRUZ, procurou cadastrar os fornecedores do exterior que já conseguiram números de reprodução maiores de 40 unidades por ano, oferecendo assim filhotes de matrizes já com características genéticas de boa qualidade, além da importação do “know how” dos grandes criadores internacionais.

FASE 3

Desenvolvimento dos segmentos que absorvem seus produtos.

PLUMAS

Sendo o Brasil o maior importador de plumas de avestruz do mundo, sua colocação no mercado nacional deverá ser a mais tranqüila possível.

CARNE

O mercado internacional hoje absorvendo toda produção mundial, o foco será o trabalho no mercado interno. O mercado de “embutidos” (salames, rosbife, hambúrguer, etc.) já esta sendo desenvolvido através do enorme interesse dos grandes frigoríficos em fornecer ao mercado uma nova opção “light”, devido aos baixos teores de gordura, calorias e colesterol, que essa carne possui. Tendo corte e sabor muito similar à carne bovina, acreditamos que também terá grande aceitação em churrascarias e rodízios, porém atualmente a alta culinária é quem tem o maior interesse por essa nova opção gastronômica tão rica em qualidades nutricionais e de ótima aceitação quanto ao seu sabor.

COURO

Já existem alguns curtumes interessados no beneficiamento do couro do avestruz, graças à grande valorização deste material. Na região de Franca (estado de São Paulo) algumas indústrias e artesões de artigos de couro já trabalham no desenvolvimento de técnicas para melhor absorver essa matéria prima tão valorizada e imitada através da prensagem do couro do boi. As grandes grifes, sem dúvida também serão um ótimo mercado. ·

OVOS

Os ovos não galados (infertéis) também tem um destino no mercado como peças decorativas pintadas por artistas plásticos que chegam a custar até R$ 200,00 por peça, atualmente o valor de um ovo não galado sem tratamento custa em torno de R$ 20,00/pç.

UNHAS E BICO: Tem seu mercado na confecção de jóias e bijouterias.

FASE 4

Abate e comercialização de seus produtos

A comercialização dos seus produtos deverá obedecer a evolução que os mercados internacionais tiveram, e poderá seguir vários modelos, até o mais radical encontrado em Israel, que mesmo sendo um grande criador mundial, exporta toda a sua carne para o mercado externo devido às suas tradições de não consumo de carne vermelha. Porém acreditamos que sua aceitação pelo mercado interno deverá ser bem significativa principalmente pelos embutidos e pela alta gastronomia. Porém com o valor de seus produtos sem o “status” de produto importado, os preços serão mais realistas e terão outro posicionamento de mercado, atingindo patamares mais acessíveis de consumo.

Fonte: www.cooperavestruz.com.br

Avestruz

Avaliando o consumo de carne bovina no Brasil que hoje é estimada pelo Sindicato da Indústria da carne e derivados é de 5,0 milhões de toneladas por ano, façamos uma previsão de participação de 1 % da carne de avestruz no mercado interno, o que significa 50 mil toneladas por ano. Se cada avestruz abatido fornecer em média 30Kg de carne, seria então necessário um abate anual de 1,5 milhões de aves. Para este potencial de produtividade, necessitaríamos formar um rebanho de 55 mil fêmeas e até 55 mil machos, totalizando 110 mil reprodutores. Considerando que atualmente o efetivo nacional não chegou a esse número de reprodutores, o mercado da venda de aves jovens para reprodução é bastante favorável.

Produtividade

Por se tratar de atividade nova no Brasil, os parâmetros apresentados a seguir baseiam em literatura norte americana, ou seja, valores médios obtidos para a produtividade de avestruzes criados nas fazendas dos EUA.

Período de vida produtivo 35 a 40 anos
Esperança de vida 70 anos
Porcentagem de reposição por ano 3%
Número de ovos férteis/ave/ano 40
Porcentagem de pintos nascidos por ovos férteis 50%
Número de pintos com 30 dias por fêmea 18
Porcentagem de perdas de 1 a 6 meses 16%
Número médio de avestruzes de ano/fêmea/ano 14
Fonte: Jobes, 1995
Gestação/
Incubação
Período Engorda Animais Abatidos/
Fêmeas/ano
Produção Carne Produção Couro Produção Plumas
42 dias 1 ano 20 a 30 aves 750 Kg 30 m2 30 Kg

Vantagens

Sensibilidade do consumidor a carnes alternativas mais saudáveis
Unidade animal/área
Mão de obra disponível
Tradição no tratamento e utilização de couros
Tradição Agropecuária
Condições ambientais favoráveis.

Desvantagens

Investimentos altos
Inicialmente, demanda a importação de muitos animais
Falta de experiência técnica
Carência no suporte da criação (rações, equipamentos, etc.)

O mercado da criação de avestruz não foge muito à regra do início de uma nova atividade zootécnica em um país. Como a própria história revela: os EUA começaram a criar avestruzes por volta de 1975 e somente 20 anos depois se iniciou o abate naquele país. Na Itália criam-se avestruzes desde 1979 e só recentemente se montou um abatedouro naquele país.

Acompanhando a evolução mercadológica, dividimos a criação em duas fases:

1ª fase (Breeding phase)

Caracterizada pela comercialização de reprodutores, onde o valor agregado do animal é elevado, inviabilizando o seu abate. Dependendo da intensidade da criação, esta fase dura cerca de 10 anos ou mais.

Tabela: média de preços nas diversas regiões dos Estados Unidos:

Reprodutor Avestruz macho Avestruz fêmea
0 a 3 meses US$ 300,00 US$ 450,00
4 a 9 meses US$ 200,00 US$ 500,00
+de 12 meses (par) US$ 1.000,00 US$ 3.000,00
2 anos (par) US$ 4.000,00 US$ 5.000,00
Reprodutores (par) US$ 5.000,00 US$ 12.000,00
Ovos férteis: de US$ 70,00 a US$ 125,00
Fonte: Ratite Markplace, fev. 1996

2ª fase (commercial phase)

Caracterizada pela comercialização de animais para o consumo. O número de animais disponíveis, agora é elevado, reduzindo o seu valor de mercado como reprodutor, viabilizando a sua exploração no abate.

Histórico

O avestruz vem sendo utilizado para a produção de penas há mais de mil anos. Aparece citado no Antigo Testamento, e o comércio foi intenso na Era Egípcia, Assíria e Babilônica. Também nos tempos das Cruzadas, suas plumas foram trazidas para a Europa e tornaram-se famosos adornos da realeza como das rainhas Maria Antonieta, da França e Elizabeth, da Inglaterra (séc. XVI e XVII). O habitat do Avestruz se estendia das regiões secas e áridas da África, incluindo a África do Sul, África Leste e o Saara, até os desertos do Oriente Médio. No entanto a caça excessiva colocou em naco esta espécie. Em 1875, devido a grande matança para a coleta de plumas, muitos avestruzes do Norte da África haviam sido exterminados (Jensen et al. 1992). No final do século XIX, existiam poucos avestruzes no Norte da África e foram considerados extintos na Ásia Ocidental. Depois, desapareceram da Síria e, por volta de 1930 o avestruz quase que é exterminado na Ásia.

Foi a domesticação que salvou a espécie. Na África do Sul, em 1863, foram estabelecidas as primeiras fazendas de avestruzes, os trabalhos de Arthur Douglas, que publicou em 1881 o primeiro livro sobre o assunto; Ostrich Farming in South África. Em 1913, as penas do avestruz ocupavam o 4º lugar nas exportações daquele país. Com a chegada da 1ª e 2ª guerra mundial, houve um colapso desse mercado, e em razão disto, os fazendeiros sul-africanos começaram a explorar outros produtos do avestruz: a carne e o couro. Em poucas décadas esta atividade se expandiu e as aves foram levadas para outros países na América do Norte destacando-se os EUA, que hoje possui o segundo maior plantel de animais. Na América do Sul, no Brasil chegou comercialmente em 1994.

Na África do Sul, há dois tipos diferentes de exploração de avestruz: para a produção de penas e para a produção de carne e couro. Nas fazendas voltadas para a exploração de penas, tanto os machos quanto às fêmeas são depenados par ocasião da muda natural, o que ocorre cerca de três vezes a cada dois anos. Nestas fazendas, os ovos são incubados artificialmente, para evitar que as penas sejam danificadas quando a ave fica no ninho. Na incubação natural, os machos e as fêmeas se revezam para chocar os ovos, deitando-se sobre eles. Em geral, os ovos são levados para serem incubados fora da propriedade, em incubatórios de terceiros. Após o nascimento, os filhotes retomam para o dono. Este sistema poderá vir ser adotado no Brasil como forma do baratear a produção, podendo ser efetuado através de cooperativas. Na África do Sul, a carne e o couro representam 85% do faturamento da indústria de avestruzes. As aves, na sua maioria criadas confinadas, são abatidas entre os 12 a 14 meses de idade. São poucas as fazendas que realizam todas as etapas de produção, do ovo ao abate. Geralmente as tarefas são divididas em etapas, um produtor cria os pintinhos até a idade de três meses e meio, vende para um outro produtor que faz a recria até os sete ou oito meses, vendendo-as então para serem terminadas até a idade do abate, ou seja, em tomo dos quatorze meses. Cerca de 50 mil a 120 mil avestruzes são abatidos anualmente para a obtenção de carne, couro, produtos secundários e penas. Estes dados, relativamente baixos, indicam que um número significativo de aves é mantido para a produção de penas.

A África do Sul mantém uma venda regular de penas de avestruz. As melhores são exportadas para a Europa e América, enquanto as penas menores são usadas na fabricação de espanadores. Nos EUA estão sendo usadas também pela indústria automobilística, para a limpeza do carro antes da pintura, e pelos fabricantes de computadores, em virtude das suas propriedades de atrair as partículas de poeira.
Classificação zoológica

A classe das aves divide-se em duas superordens, a superordem Paleognathae (aves sem quilha, ou crista lamelar mediana, no osso esterno) e superordem Neognathae (aves com quilha no osso esterno). Pelo estudo dos fósseis, é possível reconhecer que as aves paleognatas eram muito mais numerosas que na atualidade.

O avestruz pertence ao grupo das aves ratitas, da superordem das Paleognatas, e apresenta características anatômicas o fisiológicas que a diferenciam das aves carinadas, entre as quais: a ausência de quilha no osso esterno, a perda da capacidade de vôo, a falta da glândula uropigiana e a separação de fezes e urina na cloaca (Sick, 1985). As ratitas são, em geral, consideradas as aves atuais mais primitivas do ponto de vista filogenético ou, mais exatamente, constituem um grupo muito antigo, atualmente especializado (Cracraft, 1974; Sick, 1985).

Conhecem-se quarenta e sete espécies de aves ratitas extintas, entre as quais mencionam-se as moas (Dinomithidae), as aves elefantes (Aepyomithidae), o Sylvornls de Nova Caledônia e outras espécies, relacionadas com os grupos viventes (Sibley & Alquist, 1981). Existem dez espécies de aves ratitas atuais: o avestruz (Struthlo camelus) da África e Arábia, duas espécies de emas (Rhea americana e Pterocnemia pennata) da América do Sul, o emu (Dromaius novaehollandiae) das planícies da Austrália, três espécies de casuares (Casuarius bennetti, C. casuarius, C. unappendiculatus) da Austrália, Nova Guiné e ilhas vizinhas, e três espécies de kiwis (Apterix haastii, A. owenil, A australis) da Nova Zelândia (Natura, 1987).

As semelhanças morfológicas, bioquímicas, moleculares, genéticas, parasitológicas e comportamentais entre as aves ratitas fazem supor uma origem comum ou monofilética destas aves. No caso dos avestruzes e das emas, consideradas, entre as aves ratitas, as mais especializadas (Cracraft, 1974), supõe-se que sua separação tenha ocorrido há 80 milhões de anos (Sibley & Alhquist, 1981; Sibley & alhquist, 1986), quando se completou a separação das duas placas tectônicas que deram origem á América do Sul e África.

As evidências geológicas indicam que estes dois continentes começaram a se separar pelo sul. E provável que o contato existente entre o Brasil e o oeste da África, durante o período Cretáceo médio, há cerca de 100 milhões de anos, já teria sido desfeito no Cretáceo tardio, há aproximadamente 80 milhões de anos, por uma separação de cerca de 800 Km. Por outro lado, a separação entre África e as Ilhas Canárias parece não ter sido completada antes de 12 milhões de anos atrás, a julgar pelas evidências obtidas nas análises das cascas dos ovos de avestruz encontradas na Ilha de Lanzarote, a leste das Canárias (Sauer & Rothe,1972).

Classificação

Classe: Aves
Subclasse: Neornithes
Superordem: Paleognathae
Ordem: Struthioniformes
Família: Struthionidae
Gênero: Struthio
Espécie: Struthio camelus, Linn

Existe uma única espécie de avestruz e seis subespécies, vulgarmente agrupadas em três tipos: African black (a doméstica), Redneck e Blueneck:

Struthio camelus massaicus (Redneck)

Pele avermelhada, encontrado no Quênia e Tanzânia;

Struthio camelus molybdophanes (Blueneck)

Pele azulada, encontrado na Somália, Quênia e Etiópia, sendo a variedade mais distinta; apresenta o topo da cabeça sem penas; a pelagem do pescoço e das coxas é azulada, a plumagem do corpo dos machos é preta e branca e nas fêmeas a coloração é cinza mais suave;

Struthio camelus synacus (Blueneck)

Considerado extinto na década de 1940; habitavam os desertos da antiga Palestina e Pérsia; Com relação à vocalização, pode-se dizer que esta ave é muda. Os filhotes da avestruz piam desde a fase final da incubação, ainda dentro dos ovos, até os primeiros meses de vida, com o tempo, deixam de emitir sons. Na época do acasalamento, no entanto, o macho, infla o pescoço e emite sons parecidos com rugidos, primeiro curtos, depois longos.

Struthio camelus camelus (Redneck)

Pele vermelha – encontrado no Norte da África, tinham sua área nativa da Mauritânia até a Etiópia, tem a parte superior da cabeça desprovida de penas e rodeada de pequenas penas duras de coloração parda, que descem pela parte posterior do pescoço: as penas do corpo são pretas, enquanto que as das asas e da cauda são brancas a pele do pescoço é rósea; as penas do corpo da fêmea são marrom-escuro, sendo as das asas e da cauda mais descoradas;

Struthio camelus australis (Blueneck)

Animal oriundo do Sul da África, Zimbábue e Namíbia, atualmente limitadas aos parques e pequenas regiões da Namíbia;

Struthio camelus var domesticus (African Black)

Oriundo do cruzamento entre synacus, camelus e australis, geralmente identificado como S. c. australis; apresenta penas na cabeça, seu pescoço é cinza, avermelhando-se na estação de reprodução, e a cauda é marrom.

Existe um mito de que o avestruz enterra a cabeça no chão quando amedrontado, mas não é verdade. O comportamento defensivo destes animais é bem característico. Quando pegos de surpresa, os filhotes, os animais mais jovens e eventualmente algum adulto, agacham-se, esticando o pescoço rente ao chão procurando camuflar-se na vegetação. Somente quando no ninho, as fêmeas escondem a cabeça na areia, para não serem vistas a distância. Talvez venha daí o popular mito sobre o seu comportamento.

A variedade doméstica atinge a maturidade sexual entre dois a três anos, sendo as fêmeas mais precoces do que os machos. O macho, quando adulto, é maior que a fêmea e tem plumagem diferenciada, plumas pretas pelo corpo e brancas nas pontas das asas e cauda A fêmea possui plumagem acinzentada ou amarronzada. À medida que o animal cresce, acentuam-se as diferenças entre falo do macho e da fêmea, e, por volta de 5-6 meses, os animais podem ser diferenciados simplesmente observando-os, durante a micção/defecação: ocorre inversão parcial da cloaca com exteriorização do falo que pode ser visualizado, mesmo a distância.

O avestruz possui apenas dois dedos, diferindo da ema, que tem três. E dotado de um par de asas rudimentares, as quais não possui amplitude para vôo, mas auxiliam no equilíbrio do animal nas corridas. Esta ave pode alcançar velocidades de até 80 Km/h. Possui temperatura corporal entre 38,5 a 39ºC (é uma temperatura baixa para uma ave; a galinha, por exemplo, tem uma temperatura corporal em torno de 41ºC). É dotado de um aparelho digestivo, que se inicia no bico, seguindo pela faringe, esôfago, não apresentando papo (comum nas aves Neognatas), com dois estômagos, um glandular e outro musculoso, intestino delgado longo, intestino grosso (dotado de dois cecos bem desenvolvidos, onde ocorre intensa digestão microbiológica. havendo o aproveitamento da fibra vegetal), encerrando na cloaca. As fezes são excretadas separadas da urina, a qual apresenta parte liquida e parte sólida. É um animal que não sente o paladar dos alimentos.
Características

O avestruz é a maior ave existente, com altura média, do chão até a cabeça, variando de 2,0 a 2,5m, sendo aproximadamente 0,90 m de pescoço e 1,0m de pernas. O comprimento do corpo é cerca de 2,0 m As aves adultas pesam, em média, 130 a 150 Kg.

A longevidade é outro aspecto positivo desta espécie. Na natureza, o avestruz se reproduz até 30 a 40 anos Em cativeiro, as domésticas são capazes de procriar até os 50 anos, podendo viver até 60 a 70 anos Uma fêmea adulta põe em média 30 a 50 ovos por ano no período. Algumas poedeiras chegam a pôr mais de 100 ovos. Os ovos pesam em média 1,2 a 1,8kg (equivalente a mais de 20 ovos de galinha); se férteis, 00quando incubados, levam de 42 a 43 dias para eclodirem. Os pintinhos nascem com 25 cm de altura e cerca de 1 Kg de peso vivo.

São aves sociáveis, vivem em bandos. Na natureza, vivem em conjunto com outros animais. Seu comportamento se modifica por ocasião do período reprodutivo, quando alguns machos e fêmeas dominantes tomam atitudes agressivas. Seu comportamento agressivo é manifestado através de chutes que são bastante perigosos.

Podem ser agrupados para acasalamento em colônias, em pares ou trios (duas fêmeas e um macho), onde uma das fêmeas é dominante (o macho a escolhe). Há uma difícil coabitação entre machos adultos, ou seja, numa criação comercial, os grupos devem ficar em piquetes separados. Na natureza, os machos chocam os ovos à noite, as fêmeas durante o dia.

A idade que exige maior atenção é do nascimento aos três meses, freqüentemente com maior taxa de mortalidade até as 4 semanas. Até os 3 a 6 meses de idade, devem ser alojados em galpão coberto, arejado, onde permanecerão durante a noite e por ocasião das chuvas. Anexo aos galpões, há a necessidade de piquetes para exercício dos filhotes, fundamental para o seu bom desenvolvimento.

O avestruz é um animal que vive e se reproduz em áreas semi-áridas, podendo vir a ser criado nos campos, cerrados e caatingas, sem necessitar desmatamento.

Os seus predadores na natureza são lagartos, gaviões, cachorro do mato, raposa e outros que poderiam pisar nos ninhos.

Instalação e manejo

Introdução

Na criação de avestruzes, assim como em qualquer outra exploração animal, as intalações têm uma função de apoio às atividades ligadas ao processo produtivo. As pricipais funções são: facilitar o manejo alimentar, sanitário e reprodutivo; oferecer conforto e segurança aos animais; proporcionar condições para obtenção de índeces de produtividade à exploração e condições de contenção e biossegurança, impedindo que as aves tenham contato com outros animais da fauna regional, sendo esta uma exigência do IBAMA. Resuimindo, são instalações, para a criação racional de avestruzes, todas as benfeitorias necessárias para cria, recria, reprodução, incubação e manejo dos animais.

Antes do início da implementação do projeto, a escolha de um bom local é imprescindível para a obtenção do sucesso. Devemos optar por uma área a mais plana possível, sem muita necessidade de utilização de solos férteis, mas com boa drenagem (solos mais arenosos) e por região com baixa pluviosidade, possibilitando, assim, um maior período de animais em reprodução e uma baixa contaminação dos ovos, fatores que proporcionarão uma maior produtivadade.

O local ainda deve ser de fácil acesso a compradores e fornecedores, pois, é importante um cretal adequado para escoar a produção para o mercado. A propriedade também deverá ter fornecimento de energia elétrica, para possibilitar a incubação artificial dos ovos. É muito importante o planejamento prévio das instalações e piquetes e também sua distribuição dentro da área. Esta medida beneficia o manejo e a segurança sanitária do plantel.

Podemos dividir a propriedade basicamente em 4 setores: setor de incubação; setor de creche ou cria; setor de recria e setor de reprodução. A distribuição dos setores deverá ser feita de tal maneira que, animais e funcionários, que tenham contato com avestruzes de uma categoria mais velha, e que tenham de passar por setores com animais de categoria mais jovem, realizem uma adequada higienização, diminuindo assim, os riscos de contaminações diversas.

No manejo diário, os funcionários deverão ser alocados por setor ou estabelecer uma rotina, de forma a respeitar o fluxo de idade dos animais, entre os diferentes setores, ou seja, os trabalhadores devem ser iniciados pelo manejo dos animais mais jovens, passando-se, depois, para as categorias com mais idade.

Avestruz

Contenção

Os avestruzes comportam-se de forma imprevisível em diferentes situações de manejo. Os machos, em particular, durante a estação de reprodução podem ter comportamento muito agressivo, o mesmo podendo ocorrer com algumas fêmeas adultas, tornando-se tão agressivas quanto os machos. Lembrando sempre da imprevisibilidade do comportamento do animal, deve-se tomar os devidos cuidados: as pessoas não podem entrar nos piquetes sem uma vara que pode ser bifurcada, com 2,5 m de comprimento e com um plástico preto fixado na extremidade para conter, caso se faça necessário, as aves agressivas. Os filhotes e a maioria das aves adultas são facilmente controladas por uma ou duas pessoas.

Para o manejo dos adultos é importante a utilização de um capuz colocado sobre a cabeça do avestruz porque, de olhos vedados, tornam-se mais dóceis. No entanto, o capuz deve permitir a entrada suficiente de ar para que a ave possa respirar livremente. O uso do capuz todas as vezes que for segurar as aves, desde filhotes, faz com que elas se habituem, reduzindo o stress.

As aves podem ser presas, usando um brete ou capturadas com uma vara curva, semelhante a um cajado de pastor, com 4 cm de diâmetro e 3,0 m de comprimento. O gancho deve ter cerca de 6,25 cm de largura, de modo a se adaptar frouxamente em torno do pescoço da ave mas de forma que a cabeça não escape Na hora de capturar, leve um grupo de aves para dentro do pátio de manejo, mesmo que apenas algumas delas devam ser capturadas. Elas devem ser tocadas e cercadas num canto do pátio. Então, a pessoa que vai fazer a captura deve se aproximar calmamente, com a vara curva pronta, com a ajuda de dois ou três auxiliares.

A aproximação deve ser feita pela lateral ou por trás, para evitar os chutes defensivos do avestruz. Então, o pescoço é preso pelo gancho da vara, na junção da cabeça, puxando, sem torcer, pois o pescoço quebra facilmente. Os auxiliares ajudam a segurar o animal, um na cauda e um em cada asa, enquanto é colocado o capuz na cabeça. Deve-se ter cuidado para que a ave não caia com o gancho em volta do pescoço. Faz-se então o manejo desejado ou o animal é conduzido ao transporte.

Alguns criadores colocam a ave em um saco grande para evitar agitação nos casos de transporte para locais próximos. A contenção manual de ratitas é potencialmente perigosa, tanto para o tratador como para o animal.

As aves ratitas reagem rapidamente quando se sentem ameaçadas e freqüentemente pulam e esperneiam, dando coices violentos para a frente. As unhas e os dedos tornam-se então armas formidáveis, portanto o pessoal deve ser orientado a reagir apropriadamente.

Os avestruzes jovens podem ser apanhados segurando as pernas firmemente e elevando a ave acima do chão. No caso de animais adultos, a cabeça é apanhada e imediatamente encapuzada, para que a visão do animal seja bloqueada. O capuz pode ser feito com um pano escuro ou uma meia grossa, com elástico na extremidade mais larga e um orifício na extremidade oposta para o bico. Um aro metálico na ponta de um bastão pode auxiliar a colocação do capuz e a condução da ave. Uma vez tendo a sua visão bloqueada, a ave sentir-se-á completamente dominada, podendo ser conduzida, agarrando-se suas asas e fazendo-se alguma pressão para baixo, para impedir que ela pule, especialmente quando passar de um tipo de piso para outro tipo com textura diferente.

Uma pressão maior e contínua fará com que a ave assente-se gradualmente. Deve-se lembrar que o avestruz não consegue chutar para os lados ou para trás. A dificuldade só existe quando se permite que a ave pule ou caia sobre um dos lados. Em todas as situações de contenção manual, deve-se instruir todos os auxiliares para que ajam de maneira coordenada, rápida e tranqüila. Deve-se ter todo empenho em não estressar os animais.

Nunca se deve amarrar um avestruz para o transporte. O esforço violento da ave para se libertar acaba provocando lesões graves. A solução ideal consiste utilizar caixotes individuais de madeira ou chapa de compensado, no tamanho da ave, com furos para a ventilação. O fundo destes caixotes pode ser revestido com capim seco. Os caixotes podem ser acondicionados em engradados, na carroceria de um caminhão ou caminhonete, jamais em caminhões-baú, em que a temperatura sobe demasiadamente e a ventilação é insatisfatória. O transporte deve ser feito na parte mais fresca do dia ou à noite.

A utilização de drogas tranqüilizantes como os benzodiazepínicos (Diazepam, Valium, etc., na dose de 5 a 1Omg/Kg de peso corporal) podem ser de grande valia para diminuir o stress dos animais durante o transporte.

A administração intramuscular de hidrocloreto de ketamina, 25 a 5Omg/Kg de peso corpóreo, e uma combinação de hidrocloreto de tiletamina e hidrocloreto de zolazepam, 2 a 5 mg/Kg de peso corporal, têm sido utilizados em ratitas, principalmente para captura, algumas vezes utilizando-se dardos e pistolas. As aves geralmente se acalmam com doses menores e desmontam com doses maiores. O uso de ketamina isoladamente pode provocar efeito paradoxal com doses baixas, ou seja, a ave pode ficar excitada. Mendes, 1990, comenta que em geral, a contenção química pode facilitar a movimentação de ratitas para dentro de gaiolas ou caixas de transporte, mas produz muitos problemas quando usada em dosagens maiores para imobilização total.

Anestesia

O halotano é um agente satisfatório para produzir anestesia geral em ratitas. A dificuldade primária ocorre durante a indução ou recuperação, quando as aves precisam ser contidas para prevenir danos. O processo de indução por respiração na máscara precisa ser cuidadosamente observado porque o padrão de respiração rápida da ave estressada poderá resultar em rápida depressão.

Uma vez que a ave tiver atravessado o período de indução, um tubo endotraqueal poderá ser facilmente passado e a anestesia mantida indefinidamente. Todas as espécies de aves irão experimentar quedas bruscas de temperatura corpórea, especialmente durante procedimentos prolongados. E recomendável que se isole o animal ou se providencie alguma fonte externa de calor para ajudar a manter a temperatura. Em algumas poucas situações, leituras cloacais de 34,5 a 35ºC, foram observadas durante procedimentos de uma a duas horas, sem que as aves desenvolvessem complicações pós-operatórias.

Em aves previamente imobilizadas com hidrocloreto de ketamina a 25mg/Kg, via intramuscular, a ketamina dada via venosa pode produzir anestesia adequada em doses de 5 a 1Omg/Kg. Doses adicionais de 5mg/Kg são requeridas a intervalos de 10 a 15 minutos para manter uma profundidade adequada de anestesia.

Manejo reprodutivo

Avestruzes selvagens podem não atingir a maturidade antes dos quatro anos. Geralmente, as fêmeas em cativeiro, recebendo alimento de qualidade e em quantidades adequadas, atingem a maturidade sexual em dois anos, enquanto os machos, na maioria das vezes, atingem esta maturidade aos 2,5 a 3 anos de idade.

Em algumas regiões, a estação chuvosa dá início a estação de reprodução. No Sudeste do Brasil, a postura inicia entre julho e agosto. Embora o avestruz seja uma ave sazonal, não é raro a fêmea pôr ovos durante todo o ano. A postura atinge o máximo na primavera (setembro a dezembro, no Hemisfério Sul), e depois cai até fevereiro, quando ocorre pequeno pico de produção.

O macho e a fêmea podem acasalar duas ou três vezes diariamente. A fêmea põe um ovo em dias alternados até completar 15 a 20 ovos. Após pequena pausa, de 7 a 10 dias, o ciclo recomeçará O peso médio do ovo é de 1100 a 1600g.

Uma fêmea saudável deve pôr durante cerca de 35 a 40 anos ou mais, e com produção de 15 a 70 ovos por ano (nos primeiros anos a postura é menor, tendendo a aumentar com a idade).

Portanto, um avestruz é capaz de produzir cerca de 1600 ovos com sobrevivência de 640 descendentes de um ano, enquanto que uma vaca de corte, no máximo 8 a 12 bezerros durante a sua vida produtiva. Algumas aves podem botar até 120 ovos numa estação prolongada de postura. Entretanto, alguns fazendeiros da África do Sul preferem interromper a postura destas aves porque, segundo eles, os ovos mais tardios são menos férteis e na estação seguinte, a produção total diminuirá. A média ideal seria de 60 a 70 ovos por ano com uma interrupção de 60 a 90 dias entre os ciclos de postura. Este intervalo permitiria um descanso para a ave e um número satisfatório de ovos na estação seguinte, com alta percentagem de fertilidade.

Os machos e fêmeas devem ser separados 8 a 12 semanas antes do início da estação de reprodução e submetidos a uma dieta nas duas últimas semanas previstas para o início da reprodução, para redução do peso corporal. Os avestruzes gordos não têm bom desempenho reprodutivo.

Como regra geral, os avestruzes são acasalados aos pares, embora freqüentemente, um macho forte e vigoroso seja colocado com duasfêmeas (trio). Em áreas extensas, pode ser adotado o sistema de colônias.

Manejo dos ovos

A coleta dos ovos deve ser feita cuidadosamente e com freqüência para evitar contaminação e danos físicos Deve ser realizada logo após a fêmea deixar o ninho e a película de mucina que envolve o ovo estar seca.

Deve-se usar um recipiente cheio de cepilhos (serragem grossa ou maravilha) ou revestido de espuma, tendo-se o cuidado para não agitar os ovos. Devido ao formato arredondado do ovo do avestruz, a posição da câmara de ar não pode ser determinada na ocasião da coleta, portanto poderão ser transportados na posição horizontal.

Para verificar defeitos nos ovos, usa-se o ovoscópio, aparelho projetado para observação da casca e do interior do ovo Há vários modelos de ovoscópios, caseiros ou industriais, inclusive um sofisticado sistema acoplado a uma câmera de vídeo:

Defeitos que podem ser observados:

Trincas ou pequenas rachaduras que geralmente só são visíveis quando passados pelo ovoscópio. Ovos de preços elevados com pequenos defeitos podem ser reparados com esmalte de unhas ou cera de vela. Não é vantajoso reparar ovos com vazamento de material, pois eles dificilmente eclodirão

Ovos velhos, com câmara de ar maior do que o normal e a gema densa

Ovos com manchas de sangue e coloração rosa-pálido na clara

Gemas múltiplas ou duplas, que embora possam ser férteis, raramente chocam

Massa escura, que é característica de ovo contaminado e que deve ser cuidadosamente manipulado, pois corre o risco de estourar e contaminar o ambiente.

Qualquer ovo que apresente defeito antes ou durante a incubação deve ser removido imediatamente. Deve-se ter especial cuidado com a origem dos ovos, pois o manejo inadequado dos ninhos e falhas no controle sanitário do plantel pode originar ovos com altas taxas de contaminação por fungos e bactérias, que, além de reduzir a eclodibilidade, resultam em morte dos filhotes nas primeiras semanas de vida. Os ovos contaminados podem rapidamente espalhar as infecções para os sadios.
Limpeza

Qualquer método de limpeza removerá pelo menos um pouco do filme de mucina que protege o ovo, tornando-o mais suscetível a contaminação ou infecção durante a incubação.

Sujeira leve pode ser removida através de limpeza seca com uma lixa fina, tendo cuidado para não esfregar excessivamente os ovos. O ideal seria manter limpo o ninho e coletar os ovos freqüentemente para não ter ovos sujos.

A lavagem só deve ser efetuada quando absolutamente necessária e, neste caso, utiliza-se água limpa e um desinfetante, observando-se as seguintes recomendações:

Manter a temperatura da solução de lavagem 10ºC mais quente do que os ovos

Imersão total dos ovos na solução, procedendo-se a lavagem o mais rápido possível

Enxaguar numa segunda solução ainda não utilizada

Secar ao ar.

A solução apresentada a seguir é de custo reduzido e muito eficaz como desinfetante e detergente tanto para lavagem dos ovos quanto para os equipamentos. Contém amônia quaternária 25Oppm e EDTA 1Oppm, pH 8,0, com adição de carbonato de sódio.

As soluções a serem utilizadas na limpeza dos ovos e equipamentos são preparadas com a Solução Estoque e água, conforme diluições apresentadas a seguir:

Lavagem dos ovos: use 20ml da solução estoque em 1 litro d’água;
Lavagem dos equipamentos: use 40ml da solução estoque em 1 litro d’água.

Atualmente, em países como os Estados Unidos e Austrália, há disponibilidade de soluções patenteadas para lavagem dos ovos. Um exemplo é o Parvocid R, usado em soluções de 1Oml/litro d’água. Outro produto bastante eficiente para desinfecções, e de caráter natural, é uma solução a base de Citrex a 3000ppm (princípio extraído de sementes de laranja), a qual pode ser borrifada em toda a superfície dos ovos, sem risco de comprometimento do embrião, atuando como agente bactericida e fungicida. O Pet Clean plus, é um produto da Cynotech.

A fumigação pode ser feita com o gás formaldeído; porém, como ele potencialmente pode causar câncer, torna-se obrigatório uma ventilação adequada no ambiente onde é utilizado. A imersão dos ovos em antibiótico é uma prática que está se tornando amplamente empregada e pode ser útil no controle de doenças, embora não seja um substituto para a lavagem dos ovos. Uma solução recém preparada de mistura de antibióticos vai penetrar no ovo, através dos poros da casca, podendo ser usada tanto em tanque comum como a vácuo.
Armazenagem

Os ovos podem ser armazenados com êxito por 5 a 10 dias, o que possibilita incubar de uma só vez a postura de uma semana. A concentração do nascimento uma vez por semana reduz as pressões de manejo.

Na sala de estocagem ou armazenagem a temperatura deverá ser de 15 a 18ºC e a umidade relativa mantida a 70 a 75%. Nas temperaturas superiores a 20ºC, o embrião pode começar a desenvolver-se, sendo elevada à mortalidade quando cai a temperatura.

A sala de estocagem dos ovos deve ser arejada e provida com sistema de circulação de ar para evitar o crescimento de fungos, que podem ser letais aos embriões em desenvolvimento.

E recomendável viragem dos ovos pelo menos uma vez ao dia, durante a armazenagem para evitar a aderência de seu conteúdo à casca.

As pessoas que manipulam os ovos devem lavar bem as mãos antes de cada contato com eles, pois a higiene é fundamental durante todas as fases da operação.

Ovos estocados a temperaturas baixas não devem ser colocados diretamente dentro de uma incubadora aquecida para evitar choque térmico. Recomenda-se o pré-aquecimento que pode ser facilmente efetuado, transferindo-se os ovos da câmara fria para a sala de incubação e expostos a temperatura ambiente por 8 a 12 horas, antes de serem colocados na incubadora.
Incubação

Recomenda-se incubar os ovos após pelo menos 24 horas de postura. É muito importante realizar a desinfecção da incubadora antes de cada incubação.

Há divergências entre especialistas quanto a colocar os ovos na posição vertical com a câmara de ar para cima ou horizontalmente Pesquisas recentes indicam que os melhores resultados com ovos de avestruz são obtidos quando na posição vertical e com inclinação de 45 graus.

Azeredo, 1992, relata a possibilidade de eclosão de até 100% quando ovos de ratitas são incubados artificialmente.

A temperatura na incubadora deve ser de 35,5 a 36,7ºC. Umidade de 25 a 45%, em função do peso, formato e número de poros na casca dos ovos, e deverá ser regulada de acordo com a perda de peso dos ovos durante o período de incubação. Quando há grande número de ovos com pesos e formatos diversos, recomenda-se ter de três a quatro incubadoras com regulagens diferentes de umidade. Semanalmente, os ovos serão pesados e calculado a perda de peso que deverá ser de 12 a 17% (ideal 15%). Ovos com perda maior ou menor que estes valores devem ser remanejados para incubadoras com maior ou menor umidade, conforme o caso. Em geral, requerem umidade maior os ovos de formato alongado, leves e de maior porosidade, e menor umidade os ovos redondos, pesados e com menor número de poros.

Uma das formas de calcular a perda de peso é aplicando a fórmula:

%PP = {[(PI-PD)/nD]/PI} . 36. 100

Sendo:

o PP = perda de peso;
o Pl = peso inicial, no dia do início da incubação;
o PD = peso no dia da pesagem;
o nD = número de dias do inicio da incubação até o dia da pesagem.

Umidade muito alta, geralmente resulta em alta porcentagem de não eclosão e pintos maiores com aderências e sangue. Umidade baixa resulta em pintos muito pequenos, fracos, elevada mortalidade na casca e câmara de ar muito grande.

O período de incubação dos ovos de avestruz é de aproximadamente 42 dias. Os ovos devem ser virados pelo menos três vezes ao dia. A viragem deve ser interrompida aproximadamente no 39º dia, quando o espaço da câmara de ar se encontrar bastante aumentado e o avestruzinho tiver perfurado a membrana da câmara de ar, o que deve ser determinado observando-se o ovo no ovoscópio Aproximadamente no 41º dia, o pintinho passa a ocupar quase o ovo todo, perfurando a casca dentro de aproximadamente 24 horas. A ovoscopia, ou seja, a observação do embrião dentro do ovo deve ser feita semanalmente até o 39º e diariamente após, até a eclosão.

A observação sistemática dos ovos na incubadeira é muito importante. Ovos inviáveis podem adquirir tonalidade e temperatura diferentes, devendo ser descartados prontamente, de modo a não prejudicarem os demais. Toda manipulação de ovos, viáveis ou não, deve ser feita com cuidados de assepsia. Um ovo inviável é fonte de contaminação para todos os outros e para a incubadeira Os ovos viáveis devem ser poupados de substâncias contaminantes.

Os filhotes de avestruz abrem caminho através da casca, que é relativamente resistente, usando as pernas e os grandes dedos Ë a diminuição do nível de oxigênio dentro do ovo que faz com que o pintinho tenha convulsões e quebre a casca.

No 42º dia, o criador deve marcar aqueles ovos nos quais os filhotes já romperam a membrana da casca, porém. não deve tentar ajudar os outros que ainda não o fizeram. Ocorrem mais perdas de filhotes intervindo-se no processo de eclosão do que deixando os ovos eclodirem naturalmente.

Ao final do 43º dia, uma pessoa qualificada deve examinar os ovos não eclodidos para então decidir quando ajudar neste processo. O auxílio consiste em dar pancadinhas de leve na parte superior até ouvir um som oco. neste ponto, o operador cuidadosamente quebra a casca, removendo-a para ver se o pintinho está em posição normal, com o bico exatamente acima do dedo. Se estiver em posição normal, deve-se deixá-lo sair sozinho. Se não, deve-se auxiliar na liberação do pintinho, lembrando que muitas pessoas ficam impacientes neste ponto e tentam descolar a casca e as membranas do filhote. Ao fazer isto, deve-se tomar muito cuidado, pois vasos sangUíneos podem se romper ou, perdendo a possibilidade de se esforçar, o filhote poderá não absorver totalmente o saco vitelino e morrer depois.

Durante a eclosão, a umidade relativa deve deverá ser mantida, no mínimo, em torno de 80%. Se as membranas estiverem secando e aderindo ao filhote, os ovos devem ser borrifados com um fino spray d’água. Ao contrário da maioria das aves que, girando seu corpo vagarosamente dentro do ovo, desenham um circulo na ponta maior da casca até abrir uma calota, empurrando-a depois para nascerem, as aves ratitas não fazem a incisão circular. Após perfurarem a casca, os filhotes descansam um pouco, depois esticam suas pernas poderosas e “explodem” para fora do ovo, deixando-o em pedaços.

Uma vez que eles tenham nascido, deve-se permitir que se enxuguem por algumas horas numa estufa ou incubadora a 32,2ºC. Depois serão colocados num recinto onde não possam distanciar-se muito de uma fonte de calor, geralmente uma resistência elétrica ou uma campânula a gás, jamais lâmpadas. As lâmpadas alteram o ritmo circadiano das avezinhas e podem provocar o surgimento de canibalismo. Criadeiras, cercados ou caixotes de 1m por 1,5m podem ser empregados no cativeiro para este fim, devendo-se tomar todo o cuidado em utilizar material apropriado para o piso dos locais onde se encontram os filhotes, principalmente nos primeiros dias de vida. Nunca se devem utilizar pisos lisos, para evitar escorregões e problemas com as pernas dos filhotes. Capim de folhas compridas, que não possam ser devoradas pelos filhotes, presta-se muito bem para forrar os recintos. Areia e serragem são materiais proibidos, pois, ao serem ingeridos pelos avestruzinhos, provocam impactação e morte.

Logo após o nascimento e durante três dias seguintes, recomenda-se tratar o umbigo com solução de álcool iodado para evitar infecções localizadas ou sistêmicas.

Filhotes

Os filhotes recém-nascidos podem sobreviver sem alimento e sem água por aproximadamente 6 a 10 dias, dependendo das reservas do saco vitelínico. Durante este período, as aves são ensinadas a encontrar alimento e água que devem estar acessíveis.

O controle da temperatura ambiente é essencial para os filhotes jovens. Os mesmos tipos de fontes de calor empregados na criação de aves domésticas podem ser utilizados. Se a temperatura não está elevada o suficiente, o filhote ficará estressado e poderá sucumbir à infecção respiratória. Para evitar superaquecimento, é necessário que os filhotes sejam capazes de se afastarem da fonte de calor.

Cerca de quatro dias depois da eclosão, os filhotes comem qualquer alimento macio e podem ser alimentados com alfafa picadinha ou outro capim picado. O fornecimento de uma quantidade limitada de alimentos verdes em pequenos intervalos, usualmente permitirá aos filhotes comê-los antes que murchem.

A aparência das fezes e da urina dos filhotes usualmente indica seu estado de saúde. As fezes devem ser macias, não muito secas ou granuladas como as de carneiro. A urina deve ser aquosa (rala) e não pegajosa. A cor da barriga é outra indicação de saúde. Ela deve ser amarelo cremoso.

Os filhotes devem ser pesados regularmente. A perda de peso inicial deve se estabilizar em torno do 5º dia de vida, para depois iniciar um ganho de peso bem vagaroso.

O exercício é muito importante para o bem estar dos filhotes e, se o tempo permitir, deve-se deixar as aves no pátio externo à luz solar. Em nível de manejo, é importante também agrupá-las de acordo com o tamanho e idade.

Sexagem

Usualmente, o sexo dos filhotes é determinado aos três ou quatro meses de idade. Para facilitar a localização dos órgãos da ave dentro da cloaca, sem que seja necessária sua inversão, pode-se considerar o posicionamento conforme os ponteiros de um relógio. Com a ajuda de um assistente segurando a ave, que está normalmente em pé, o operador introduz o dedo indicador dentro da cloaca e passa o dedo na posição de 5 ao 9 do relógio. Se a ave for fêmea, uma protuberância uniforme carnuda e macia, do tamanho de uma semente de ervilha, será percebido na posição de 6 horas. A protuberância é o clitóris. Se a ave for macho, um órgão firme e cartilaginoso será percebido na posição de 7 horas. O órgão é o órgão genital masculino que mede em torno de 2cm de comprimento, aos quatro meses de idade.

Na técnica da sexagem pela reversão da cloaca, o órgão genital masculino do macho geralmente projeta-se para fora, e curva-se para cima. Este método é mais fácil de ser executado em aves mais novas, nas primeiras semanas de vida, com acurácia de 90%, quando realizado por pessoas com certa prática, repetindo-se o exame aos 3 meses de idade para confirmação da sexagem.

Freqüentemente, o sexo das aves com nove ou mais meses de idade, pode ser determinado pela observação dos atos de urinar e defecar, pois o órgão genital masculino aparece ao desempenhar tais funções. Existe também disponível no mercado Norte Americano um método de sexagem pelo DNA através de amostra de sangue. Este teste custa nos EUA, cerca de US$ 20.00.

Ao contrário de outras aves, no avestruz, as fezes e a urina são separadas.

Produtos

Plumas

O avestruz é famoso por causa de suas penas. O adulto pode produzir penas de excelente qualidade por 40 anos ou mais, desde que receba cuidados apropriados. No entanto, as melhores penas são produzidas por avestruzes de 3 a 12 anos de idade. As mais valiosas são aquelas penas longas, largas e completamente simétricas. As penas estão maduras para coleta aos 8 meses.

Quando se faz à retirada, deve-se deixar uma camada de penas na parte superior do animal para evitar queimaduras de sol. Separam-se bem as plumas a arrancar, puxando com movimento de zíper. Arrancam-se em média 4 camadas de plumas. Arrancam-se também as penas da parte de trás das coxas. Na região da cauda, as penas são retiradas individualmente. Só arranca-se as penas que apresentam o cálamo bem maduro, pois se arrancado quando “verde”, causa dor e sangramento no animal. Arrancam-se as plumas abaixo das brancas para deixá-las bem expostas. As penas brancas são cortadas, verificando se estão bem maduras. Geralmente consegue-se 3 produções a cada 2 anos.

Tipo Medidas (cm) Cor Valor (US$/Kg)
Macho branca 50-76 Branca 167,00
Fêmea 50-76 Branca 87,00
Cinza “Drabs” 13-56 Cinza 35,00
Pretas 23-50 Preta 43,00
Peitorais 23-50 Preta e branca 43,00
Cauda 25-40 Bege 27,00
Obs.: Em média, obtém-se 1 a 2Kg de pluma/animal/ano.

Há 200 tipos de classificação de penas, sendo as principais:

Brancas (da asa do macho)
Pretas (da asa do macho)
Ornamentais (da extremidade da asa)
Feminas (da asa da fêmea)
Pardas (da asa da fêmea)
Penugem (de baixo das asas)
Caudas (das caudas do macho e da fêmea).

As penas brancas são as mais procuradas porque tingem bem, embora as cinzas e as pretas possam ser alvejadas. O preço das penas brancas de melhor qualidade é de US$ 80,00 a US$ 90,00 por quilo para o produtor, e as de qualidade secundária US$ 40,00 por quilo. As penas de excelente qualidade são exportadas para a Europa e América e as penas pequenas são usadas para fabricar espanadores, leques e enfeites.

Produção de couro

O couro de todo o corpo do avestruz, exceto cabeça, dedos dos pés e ponta das asas é aproveitado. Um avestruz com 14 meses produz de 0,9 a 1,1 metros quadrados de couro.

No mercado internacional, o preço do couro de avestruz é de US$ 110,00 a US$ 320,00 por metro quadrado (cerca de US$ 200,00 por pele) para o produtor. O valor da pele curtida é de US$ 400,00 a US$ 800,00 enquanto o valor do couro processado é de US$ 500,00 a US$ 6.000,00.

O couro é resistente, macio, fácil de extrair e de tingir, e possui marcas características do implante das penas, o que é muito valorizado. A pele das pernas parece escamosa e assemelha-se ao couro de répteis. Com as peles são fabricados sapatos, cintos, carteiras, bolsas, pastas e pequenas peças de vestuário como coletes e almofadas para os ombros. Marcas famosas como Gucci, Christian Dior e outras usam couro de avestruz.

É difícil estimar a demanda por couros de avestruz, porém, segundo informações, o potencial seria de 300 mil a 750 mil peles por ano. Os principais mercados são os EUA, Japão, Itália, França, Alemanha, Inglaterra, África do Sul e alguns países da Ásia. O lnternational Leather Guide (Guia Internacional para o Couro – 1991) lista 40 curtumes de couro de avestruz entre os USA, África do Sul, Itália, França, Japão, Reino Unido e outros países. No Brasil, o IPT de Franca, SP, dispõe de tecnologia de curtição de peles de avestruz.

Carne

Tipo de corte Peso (Kg) % de carcaça
Filé mignon 3,5 11,7
Bife 6,3 21,0
Biltong (presunto) 9,7 32,3
Carne de segunda 10,5 35,0

O avestruz é abatido entre os 12 a 14 meses de idade em abatedouros especializados, Porém, também podem ser usados abatedouros para bovinos.

Antes do abate, as penas são cortadas e, em seguida, é feita a sangria após atordoamento elétrico. A fim de maximizar o aproveitamento das penas, do couro do corpo e das pernas, foram desenvolvidas tecnologias para o abate e esfola do avestruz. O processo exige retirada cuidadosa da pele, com técnica apurada.

Um avestruz bem desenvolvido, com idade de 12 a 14 meses, fornece entre 34 a 41 Kg de carne. A carne das pernas e filé das coxas são processados separados e o resto da carcaça, em sua maioria, é usado para carnes processadas (hambúrgeres e embutidos) ou para carne seca. Os órgãos internos são usados para patês e farinha de carne.

Na África do Sul, o charque constitui o mercado principal para a maior parte da carcaça do avestruz. As carnes de primeira são exportadas para a Europa, especialmente para a Suíça e, em menor volume, para França e Alemanha. A Suíça tem potencial para consumir de 10 a 20 toneladas da carne por mês.

A produção brasileira de avestruz para ser exportada para a Europa, terá que atender as exigências da CEE. A principal questão a ser resolvida, no entanto, é se a carne de avestruz é classificada como carne de caça ou de ave doméstica, porque existem diferentes taxações para cada um destes produtos. Provavelmente, o maior volume de exportação seria de carnes processadas, por exemplo, salsichas, hamburgers e almôndegas.

Na Europa, os preços reportados para a carne de avestruz variam de US$ 13,00 a US$27,00 por quilo. Na África do Sul, onde os produtos de carne de avestruz são mais baratos, os preços de venda do charque são de US$ 10,00 a US$ 12,00 o quilo (US$ 3,00 a US$ 4,00 por quilo in natura) e nos EUA, variam de US$ 17,00 a US$ 29,00 o quilo, dependendo do tipo de corte.

A carne do avestruz é muito saborosa. Apresenta coloração avermelhada, assemelhando-se muito com a carne bovina, fator positivo quanto a aceitação da mesma, principalmente pelo mercado interno. Considerando a tendência mundial em buscar fontes de proteína mais saudáveis em razão do sedentarismo do homem e o aumento da sua expectativa de vida, a carne de avestruz apresenta na sua composição baixos níveis de colesterol, gorduras, calorias e sódio, quando comparada com outras carnes.

Animal Calorias (Kcal) Proteínas Lipídios Colesterol (mg)
Bovino 240 23,0 15,0 77
Suíno 275 24,0 19,0 84
Frango 140 27,0 3,0 73
Peru 135 25,0 3,0 59
Avestruz 97 22,0 2,0 58
Fonte: Nutritiva vale of. foz USA – 1995

Subprodutos

Cascas vazias dos ovos são usadas na decoração (porta moedas, abajur, ovos pintados, porta jóias, etc…); a gordura entra na preparação de cremes e pomadas; os cílios podem ser utilizados para a confecção de cílios postiços; a carcaça pode entrar na composição de rações, o bico e a unha como bijuterias e o ovo pode ser comido, pois o gosto é semelhante ao da galinha, mas em relação ao tamanho, o ovo do avestruz equivale a 24 ovos de galinha.

Fonte: www.criareplantar.com.br

Avestruz

Introdução

A criação de Avestruz iniciou-se no Brasil a partir dos anos de 95/96, através da importação de diversas matrizes e filhotes (em numero de 300), e face ao aumento vertiginoso de criadores, criou-se à necessidade de um posicionamento pôr parte das autoridades fiscalizadoras quanto ao controle sanitário destas criações, levando a uma suspensão destas importações até a ocorrência de definições sobre o adequado controle e suas manifestações na forma de lei específica, passando a ter nova denominação de animal “Silvestre” para animal “Exótico”, o que levaria num futuro próximo à caracterização de animal “Zootécnico”, enquadrado ao “Plano Nacional de Sanidade Avícola”, e pôr conseguinte com direito de importação, desde que atendendo a legislação em vigor.

Histórico e Características

A Avestruz (Struthio Camelus sp.), é de origem Egípcia e depois dispersando para a África, pertencente à família das “Ratitas” (aves que não apresentam a capacidade de voar), que se caracterizam pôr seu grande porte podendo atingir 2,8 m de altura e pesar acima de 150 kg, serem longevas atingindo até 70 anos e uma excelência reprodutiva em torno de 40 anos, porém nunca perdendo a fertilidade.

O nome Struthio Camelus provém de duas importantes características do avestruz, correr em zigue-zague para escapar de predadores (Struthio) e ser altamente resistente à falta de água (Camelus).

O início do interesse comercial desta ave dista de muito tempo (épocas Faraônica e Romana), visando única e exclusivamente à utilização de suas plumas de características puramente ornamentais (perfeita simetria e beleza), e as cascas dos ovos para transporte de água quando em longas travessias no deserto e em face de elevada demanda de plumas no século passado, aconteceu o incentivo para instalação de criações domesticas, e como conseqüência provocou a redução das populações naturais e os animais fruto destas criações iniciais de forma extensiva não eram abatidos e sim utilizados para a retirada anual de plumas para posterior exportação para Europa e Estados Unidos.

A débâcle (derrocada financeira) de Wall Street no inicio do século XX, provocou uma diminuição da excitabilidade mercadológica das plumas, levando a uma redução pôr muito tempo, do interesse pelas criações, que só ocorreu após o advento das duas grandes guerras, com a busca pôr uma alimentação alternativa de momento, levando a pesquisa a identificar as qualidades positivas da carne de avestruz, que apresenta em relação comparativa com as demais (bovina, suína e frango) características bem mais saudáveis de gordura e colesterol além de sabor similar à da bovina.

Com o descortinar da vantagem, de se consumir a cada vez mais, uma alimentação comprovadamente saudável, iniciada na década de sessenta, reiniciou-se os trabalhos em prol do desenvolvimento de tecnologias racionais de criação de avestruz (Estrutiocultura), haja vista a certeza quanto à valorização da carne, o reconhecimento das qualidades majestosas de seu couro e o retorno da utilização das plumas já historicamente conhecidas, tudo isto aliado à elevada relação de rendimento, obtido pôr área deste produto, em nível de criação (produtividade = Kg/ha) propiciando perspectivas ao criador, de auferir interessantes rendimentos, pois toda carne comercializada no presente momento, encontra fácil colocação no mercado, a preços extremamente compensadores pôr quilo no mercado Mundial, e em relação ao Brasil o mercado de São Paulo tem se apresentado como potencial consumidor, o couro cotado em nosso mercado variando entre R$700,00 a R$ 1.200,00 pôr unidade processada, sendo utilizado pôr grandes Estilistas no mundo, na confecção de bolsas, sapatos, cintos, casacos e outros, direcionado ao comercio de pessoas de elevado poder aquisitivo, e as plumas de reconhecida beleza e com característica de ser antimagnética, (sua eletrostática amplia a capacidade de absorção de poeira, pôr isso limpa totalmente as superfícies tratadas) comercializadas como adorno e para o fabrico de espanadores de pó, com franca utilização na industria de aparelhos elétricos e eletrônicos, variando seus preços entre R$ 10,00 a R$ 90,00 pôr quilo a depender da utilização a ser dada.

Outro produto bastante interessante de comercialização, os ovos não fertilizados vendidos para o fabrico de artesanato, na forma de peças decorativas, atingindo excelente valor.

Raças Comerciais

Definem-se comercialmente três raças:

Black Neck

Pescoço Preto mais conhecido como African Black é um animal domesticado (Struthio Camelus Domesticus) fruto de seleção empírica feita pêlos sul africanos ao longo dos últimos 150 anos.

Red Neck

Pescoço vermelho, é uma ave mais agressiva, que pode chegar a atacar pessoas uma vez se sentindo ameaçada.

Blue Neck

Pescoço Azul, é uma ave também agressiva, não gosta do convívio com pessoas nem com outras raças de avestruzes.

A classificação acima esta direcionada a cor da pele dos adultos, porém todas as raças possuem como característica comum, a mesma coloração de penas, sendo os machos predominantemente pretos com a extremidade das plumas principais brancas e as fêmeas cinza amarronzadas.

A raça Black Neck, também chamada de “African Black”, é na verdade uma raça domesticada, que recebe preferência dos fornecedores de plumas, enquanto a raça Blue Neck, tem como característica principal seu grande porte, sua similaridade com a Red Neck.

Com o interesse crescente pela carne da avestruz, a tendência foi o cruzamento entre raças, para a obtenção de um maior peso de abate, surgindo então a raça “Blue Black”, que se apresenta como uma melhoria genética, unificando características positivas de seus elementos paternais (predecessores), tais como maior fertilidade e precocidade (maior numero de ovos e inicio de postura precoce), docilidade (manejo mais simples), alta densidade de plumas (maior ganho com esta venda).

Sanidade

A característica de elevada rusticidade e longevidade da Avestruz, leva aos pesquisadores pelo seu Histórico evolutivo, a considerar esta ave o ser de maior capacidade imunológica do Reino animal, justificando a elevada perenidade de sua raça, bem como a elevada capacidade de adaptação a uma grande diversidade de ecossistemas. O que não implica na falta de cuidados normais e corriqueiros na condução do manejo de uma criação.

Medida fundamental para a manutenção da segurança sanitária reside no total impedimento de criação de outras espécies de aves na área, pois se apresentam como potenciais fontes de transmissão de doenças infecto-contagiosas.

Outras medidas tais como, instalação de reservatórios de higienização, também chamadas de “Rodolúvios”, na entrada dos criatórios e reservatórios menores, os “Pedilúvios”, na entrada dos piquetes e instalações gerais para higienização dos calçados dos funcionários e visitantes que adentrem nos mesmos.

Acrescido dos cuidados normais de higiene (acima), deve-se priorizar sempre o controle da água e dos alimentos servidos, os cuidados quando da introdução de novos animais no plantel, criando-se um esquema de quarentena (mínimo de 04 semanas de isolamento). Na região cacaueira do Sul da Bahia, pelas suas características de elevada umidade, evitar toda a possibilidade de formação de alagamentos, poças e similares na área dos piquetes, mantendo sempre uma condição mínima de drenagem. Evitar transportar e manter junto, aves de idades e tamanhos diferentes, precavendo-se contra traumatismos, evitando também o excesso de tráfego e visitações no criatório, pois é característica marcante o estresse causado pelas movimentações.

Com relação à sanidade é bom realçar que as vacinações, em avestruzes ainda não é coisa totalmente definida, pois os resultados laboratoriais podem acusar vírus patogênico, na amostra vacinal ou amostra patogênica como resultado de exames, levando por tanto, a não ser compulsória no Brasil a vacinação contra Newcastle, contra influenza aviária o país não possui vacina, aliais, não existe nenhum registro de vacina para avestruz e a Febre Hemorrágica Criméia Congo que tem no carrapato seu agente principal não se apresentou no Brasil nenhum caso.

Principais Doenças seus Sintomas Tratamento/Profilaxia

Influenza Aviária

Erradicada do Brasil, porém, o avestruz é hospedeiro, apesar de não contrair a enfermidade, pôr isso o risco para o plantel avícola brasileiro de importações descontroladas, sugere-se a importação de ovos, pois isso reduz o risco de introdução de novos patógenos de endo e ecto parasitos.

Newcastle

Como sintoma constata-se catarro, bronquite e perturbações nervosas, às vezes com tosse e espirro, os ovos apresentam casca fraca e forma irregular. A profilaxia reside no isolamento das aves doentes e sacrifício das que apresentam sintomas nervosos, desinfecção dos abrigos e queima das camas.

Doenças Diversas

São classificadas como doenças diversas, aquelas ocasionadas pelo manejo inadequado da criação e são caracterizadas pela apresentação das seguintes sintomatologias: Raquitismo, Rotação tibiotarso, Impactação, Ingestão de corpos estranhos, traumatismos, diarreias, verminoses.

O “raquitismo” é fruto de alimentação errônea sem o devido balanceamento nutricional. “Rotação Tibiotarso” resultado de excesso de proteína, fatores nutricionais, contaminações infecciosas, localização errônea de cochos e qualidade de pisos. “Impactação” é proveniente do consumo de alimentos impróprios que se acumulam no ventrículo, pró-ventrículo e intestinos cessando a movimentação digestiva.

Ingestão de corpos estranhos e traumatismos relacionam-se ao manejo e instalações inadequados, como por exemplo, os pisos cimentados muito lisos que promovem escorregões com muita facilidade, atentando também com relação ao piso de concreto que o mesmo eleva muito a sensação de frio nas aves novas o que pode gerar forte stress podendo levar até a morte do animal, por isso é aconselhável o uso de campânula de aquecimento para o controle térmico.

1. Mercado (perspectivas)

Os mais variados tipos de carnes, sempre têm preferência quando há sobra no orçamento familiar, destinado a ingestão de proteínas, a carne bovina apresentando perspectiva de aumento de preço dado à tendência dos criadores em reter os animais para forçar uma elevação de seus valores atuais, quanto ao frango, os exportadores animados pela desvalorização do Real, prevêem aumentos de exportações e recuperação de mercados externos, a suinocultura beneficiada pelo aumento tanto na taxa de desfrute, quanto no peso dos animais abatidos, espera novo impulso nas exportações de carne principalmente para a Argentina e Hong Kong, também pôr conta da desvalorização da moeda brasileira ante o Dólar.

Apesar do consumo per capita de carnes no Brasil, vir se mantendo constante nos últimos quatro anos, apresentando como dados os seguintes: Carne bovina, 34 a 37 kg (01 porção de 90 g/dia), carne suína, 09 a 10 kg, carne de frango 22 a 24 kg, carne de peixe 4,5 kg levando a se prever que no caso da disponibilidade de outras carnes nobres o mercado encontra-se aberto para aquisição, consumo e ou exportação destas.

Consumo (perspectivas)

Espécie Consumo/carne
t/ano
Carne/animal
kg
Abate Anual
Cabeças
Bovino 5.895.000 240 24.562.500
Frango 3.969.000 0,96 4.134.375.000
Suíno 1.585.000 60 26.416.666
Pescado 700.000 1,2 583.333
Avestruz 1% relação Boi 58.950 30 1.965.000
Avestruz
1% relação Todos
114.490 30 3.816.333

2. Mercado (perspectiva)

Imaginando acertadas as perspectivas do quadro acima, nos obrigaria a estimar um rebanho previsto em 154 mil avestruzes (1% em relação Boi) ou 298 mil avestruzes (1% em relação Todos), isto sustentado no princípio da utilização de casais de aves e não o terno (trio) quando se utiliza um macho para duas fêmeas (redução de 20% da produtividade prevista), e numa produção média de 50 ovos pôr ano com um percentual de fertilidade destes de 80%, percentual de eclosão também de 80% e índice de mortalidade médio nos primeiros três meses de 20%, ou seja em condições ótimas 50% de taxa de desfrute.

Exemplo:

  • 01 casal ? 50 ovos/ano(80% fertilidade)
  • 40 ovos/férteis (80% eclosão)
  • 32 pintos (20% índice mortalidade)
  • 25 filhotes (50% Taxa de Desfrute).

Índices Técnicos

 

Postura 44 / 50 ovos  
Fertilidade

73 / 80%

 
Incubação/Eclosão 80% 20 % perdas
Mortalidade (nasc.) 15 / 20%  
Taxa Desfrute 50%

*

 

01 Pinto para cada 02 ovos

 

Discriminação %
Couro 60
Carne 35
Plumas 5

 

Instalações

A característica principal das instalações, esta relacionada à extrema simplicidade das mesmas, deve-se inicialmente construir piquetes de dimensões de 1.000 m² (20m x 50m) podendo também ser de 1400 m² (20m x 70m) utilizando-se de telas especiais (campestres) com altura de 1,60m não devendo ser soldada as emendas e sim costuradas, para promover a contenção e integridade das aves, com a preocupação de se instalar corredores de dimensões variando de 1,5m a 2,0m entre os piquetes que impossibilitem e ou inviabilizem o contato direto entre as aves impedindo a ocorrência de possíveis disputas (brigas), e no piquete instalar cochos de água, ração e sal sem a necessidade de serem protegidos de intempéries normais(sol e Chuva). Com o resultado do progresso de manejo dos pastos efetuamos a redução dos piquetes segundo orientações dos mais experientes para 800m²(20m x 40m) para acomodar um casal de aves (400 m²/Cab.) e temos constatado considerável sobra de forrageiras quando da rotação dos mesmos.

No caso de se optar pela cerca de arame liso, promover um distanciamento entre os fios de 10,15 e 20 cm atentando para a altura de 1,60m ou 1,80m.

Temos visto em outras propriedades a opção de se utilizar unicamente 5 fios de arame liso distanciados a 25 cm apresentando espaçamento entre mourões a cada 6 metros e balancins distanciados a cada 1,5 metros, ficando para o futuro a responsabilidade de registrar o sucesso ou fracasso da instalação.

Outra curiosidade interessante, está na formação de colônias de animais em piquetes em numero de 02 com capacidade de abrigar 30 animais medindo [180 X 200 metros] cada um, deixando para este tipo de colônia uma única sugestão, de se utilizar animais em desenvolvimento, pois no caso deles se encontrarem em fase de reprodução dificilmente se teria a certeza dos casais geradores e fertilizadores dos ovos produzidos.

Nos piquetes implantar gramíneas resistentes ao pisoteio e de porte baixo bem manejados e fertilizados, atentando para manter uma altura mínima de pastejo.

No intuito de se promover a melhoria da qualidade nutritiva das pastagens, introduzir leguminosas em consorcio com a gramínea, optando por aquela que apresente característica de agressividade, facilidade de implantação e pegamento, perenidade e disponibilidade de se adquirirem mudas em nossa região, aliado ao excelente potencial nutritivo do mesmo. O amendoim forrageiro registra índices 60 a 70 % de digestibilidade e 19% de proteína bruta.

Peculiaridades

 

Origem

África

Plumagem Macho – Penas Pretas

Fêmea – Penas Cinza Amarronzadas

Altura 2,20m a 2,80m
Peso 110 kg a 150 kg
Alimentação Pasto e Ração (concentrado)
Peso médio do ovo

1.230 g / 1.525 g

Produtividade Média 60 ovos / ano
Produção de Plumas 1,20 kg / ano
Carne 35 / 40 kg de carne limpa c/ 12 meses
Incubação 42 / 43 dias
Longevidade Até 70 anos
Fertilidade Plena
Plena
Até 40 anos
Produção de couro 1,2 m²

 

Comparativa Pecuária x Avestruz x Ovino

 

Espécie Bovino Avestruz Ovino
Gestação/Incubação (dias) 280 dias 42 dias 150 dias
Crias 01 bezerro 20/30 aves 1,5 cordeiro
Idade de abate 645 dias 407 dias 269 dias
kg de carne abate 240 kg 1.217 kg 30 kg
Couro (m2) 3 24/36 0,75
Plumas (kg) 28/30
Vida economicamente ativa 10 anos 20 a 40 anos 5 anos

 

Valores Nutricionais Comparativos da Carne (100 g)

 

  Gordura (Kcal) Protídeos (mg ) Lipídeos (mg ) Colesterol (mg) Calorias (%) Ferro ( mg) Proteína (%)
Bovino 9,3 27 18 91 282 3,0 29,9
Suino 9,7 28 22 99 324 1,1 29,3
Frango 7,4 32 04 86 165 1,2 28,9
Avestruz 2,8 26 02 63 114 3,2 26,9
Peru 5,3 76 170 1,8 29,3
Javali 2,8 22 45 160 2,1 22
Ema 3,1 02 57 105   22,9

 

Alimentação

No tocante a alimentação desta ave, deve-se considerar o consumo de pedras/pedregulhos a serem ingeridos pelas aves até a armazenagem total de 1,5 a 2,0 kg e localizadas no ventrículo, para auxílio na digestão dos alimentos, que devido ao desgaste natural destas pedras devem ser repostas.

A alimentação consiste basicamente de pasto (gramíneas e leguminosas) além de ração balanceada.

1- Pastagens

Proporcionalmente as avestruzes pastam mais e com maior eficiência do que o gado, tendo o hábito de pastejar similar ao das ovelhas, privilegiando pastos baixos.

Qualquer gramínea ou leguminosa é bem aceita. Quanto mais nutritiva for a pastagem, menor o consumo de ração.

Na ausência de pasto, deve-se fornecer capim elefante ou Cameron picado.

2 – Ração

Peletizada dá um melhor aproveitamento, menor desperdício e, maior homogeneidade dos nutrientes e vitaminas.

Como as necessidades nutricionais se modificam de acordo com a idade, deve-se usar diferentes composições de ração para acompanhar estas modificações.

Existem no mercado rações específicas para avestruzes.

Consumo Médio de Ração

 

01 a 08 semanas de idade 0,25 a 0,50 kg/cab/dia
09 a 16 semanas de idade 0,50 a 1,00 kg/cab/dia
17 a 24 semanas de idade 1,00 a 1,40 kg/cab/dia
25 a 42 semanas de idade 1,40 a 1,60 kg/cab/dia
Acima de 42 semanas

1,60 a 1,80 kg/cab/dia

 

Manejo

Captura / Contenção

Ao se promover algum trato às aves, deve-se proceder a captura utilizando-se do gancho apropriado para esta finalidade, de forma nenhuma se deve utilizar cordas ou quaisquer outros instrumentos que venha a dificultar a livre respiração destes ou promover traumatismos ao longo do pescoço da ave, a operação deve ser rápida, colocando-se um capuz que vede a passagem de luz , gerando um estado de tranqüilidade ao animal, reduzindo as movimentações, atentando sempre para que quando deste trabalho seja utilizado o mínimo de duas pessoas para execução da tarefa, e em animais maiores e muito pesados, trabalhar com o mínimo de três pessoas para capturar e conter a ave, sempre imobilizando pêlos lados pois o chute frontal pode gerar enorme perigo para quem lida com a ave.

Critérios Básicos para Ingressar na Atividade

Quando da aquisição de animais além de consultar Profissionais de reconhecida competência, deve visitar criatórios de sucesso para observar a produtividade do plantel, manejo, consangüinidade, defeitos genéticos, experiência do criador.

Fonte: www.ceplac.gov.br

Avestruz

Introdução

Eu vou falar de uma ave terrestre que se chama avestruz.

Esta ave primitiva, atualmente, é a maior e a mais pesada do Mundo.

Tem uma característica muito engraçada: quando tem medo, põe a cabeça debaixo da terra!

Avestruz

Habitat

Avestruz

A avestruz pode viver em ambientes sensivelmente diferentes, mas sempre em espaços abertos que permitam um campo visual. Estes animais adaptam-se bastante bem ao nosso clima, podendo os adultos permanecer ao livre durante o Inverno frio e chuvoso.

Antigamente, estes animais estavam mais concentrados em África, mas, hoje em dia podemos encontrá-las em diversos sítios do Mundo.

Revestimento

Avestruz

Avestruz

As avestruzes são revestidas por penas.

Têm um pescoço muito comprido. Nesse e nas pernas não apresentam mais do que uma leve plumagem.

Locomoção

Avestruz

As avestruzes não têm a capacidade de voar, mas possuem pernas robustas que lhes permitem deslocar-se velozemente, até velocidades de 60km/hora em 10 minutos. Não possuem quilha, como as restantes aves, estando o esterno transformado numa placa óssea achatada com o nome de ratis (em latim) que está na origem da designação ratites atribuída às aves corredoras.

As patas apresentam dois dedos, sendo uma patada bastante perigosa.

Quase nenhum animal terrestre pode competir com ela em velocidade.

Quando se sente perseguida chega a atingir e a ultrapassar os 95km/h.

Alimentação

Avestruz

São omnívoros. A sua alimentação é variável consoante a região e a estação do ano. Normalmente, obtêm a água de que necessitam a partir dos alimentos, por isso, as plantas suculentas são muito importantes em áreas secas.

Engolem pequenas pedras e areia para ajudar a digestão.

Estes animais ingerem vários tipos de alimentos como a erva, sementes, milho, luzerna, feno, areia e ainda um granulado apropriado para avestruzes. No entanto, a luzerna é o alimento preferido. Também ingerem insectos e pequenos vertebrados.

Estes animais ingerem ainda qualquer objecto cuja cor ou forma lhes chame a atenção: calhaus, conchas, pedaços de madeira, etc. mas, o seu estômago é tão forte que até consegue fazer a digestão de metais!

Reprodução

Avestruz

A avestruz tem uma reprodução ovípara.

Podem formar-se casais (onde o alimento seja pouco abundante) ou grupos reprodutores, constituídos por um casal dominante e várias fêmeas secundárias.

O macho escava um ninho pouco profundo no chão, num local com boa visibilidade.

Geralmente a fêmea dominante põe de 5 a 11 ovos e as fêmeas secundárias põe de 2 a 6 ovos cada, num ninho comum (estratégia defensiva contra os predadores).

A incubação, realizada pelo macho de noite e pela fêmea dominante de dia, dura 42 a 46 dias.

As crias são nidífugas, isto é, as mães abandonam o ninho precocemente, neste caso, com apenas três dias de idade. Reúnem-se em “creches” relativamente grandes, que podem ser acompanhadas por um ou mais adultos durante cerca de nove meses. Então totalmente crescidos aos 18 meses de idade e a maturidade sexual é atingida aos três a quatro anos.

Têm uma longevidade de 30 a 40 anos.

Fonte: srec.azores.gov.pt

Veja também

Aracnídeos

PUBLICIDADE Definição Os aracnídeos (classe Arachnida), qualquer membro do grupo de artrópodes que inclui aranhas, …

Anaconda

Anaconda

PUBLICIDADE O que é uma Anaconda? Uma anaconda é uma cobra grande e não venenosa. Vive principalmente …

Tigre de Sumatra

PUBLICIDADE O que é um Tigre de Sumatra? Um tigre de Sumatra é uma espécie …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.