Mangalarga

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Origem

O Mangalarga, raça formada no Brasil com o cruzamento de um cavalo de origem andaluza, da Coudelaria Real de Alter, trazido por D. João VI e presenteado ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, cruzado com éguas nacionais também de origem ibérica, trazidas pelos colonizadores. Desses cruzamentos surgiram produtos de andamentos comodos de marcha batida porém tendo grande resistência e rusticidade, que foram chamados de Mangalarga.

Trazidos para São Paulo, sofreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse, que imprimiram aos novos produtos a marcha trotada, e, foi por essa característica que a raça Mangalarga dividiu-se em duas: Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais.

Características

O Mangalarga é um cavalo de altura média de 1.55m; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda.

A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.

Aptidões: Passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.

História

É considerada a raça mais antiga formada na América Latina, sendo resultado do cruzamento de cavalo Andaluz com éguas nacionais, cujo resultado foi combinado depois com Puro Sangue Inglês, Árabe, Anglo-Árabe e American Saddle Horse para aperfeiçoar suas habilidades para a lida com o gado e para as práticas esportivas, na época, a caça ao veado.

O cavalo Mangalarga descende de um cavalo Alter, recebido de D. João VI pelo Barão de Alfenas, cruzado com éguas crioulas escolhidas.

Esse trabalho foi iniciado em 1812. A seleção foi continuada pelo seu sobrinho, tenente-mor Francisco Antônio Junqueira, que se estabeleceu no Estado de São Paulo, no atual Município de Orlândia, com fazendas de criar, para onde trouxe dois dos quatro cavalos que constituíram os pilares da raça.

Após sua morte em 1855, seus filhos, João Francisco Diniz Junqueira e Francisco Marcolino (Capitão Chico), continuaram o trabalho, trazendo de Cristina “Telegrama” (1867) e de Cachoeira do Ratis “Jóia” (1873).

O melhoramento foi continuado pelos descendentes desses pioneiros e por outros paulistas entusiastas, tendo havido esporadicamente infusões de sangue Árabe, Inglês, Morgan, Andaluz, etc., visando conferir certas qualidades apreciáveis.

O Mangalarga encontra-se no Estado de São Paulo e Estados limítrofes. O Mangalarga de Minas corresponde ainda ao nosso tipo primitivo e não ao atual “standard” do paulista.

Brasil

Força, beleza, resistência, imponência, valentia. Tais atributos são encontrados nos cavalos da raça Mangalarga, um cavalo genuinamente brasileiro.

Vencer grandes distâncias com qualquer grau de dificuldade é o desafio que ele mais gosta de encontrar. Por isso, o cavalo Mangalarga conquistou a admiração dos brasileiros.

São mais de 3 mil criadores registrados na Associação Brasileira de Criadores de Cavalos mangalarga.

São mais de 3 mil criadores que se orgulham de ter estes cavalos para as mais variadas e difíceis tarefas.

Mangalarga foi se tornando, ao longo dos anos, o cavalo das grandes caminhadas.

Resistente, dócil, inteligente e acima de tudo, confortável, foi o cavalo escolhido pelos Bandeirantes, colonizadores do século passado, que atravessaram todo o Brasil montados em grandes cavalos e em grandes caravanas, suportando adversidade múltiplas e sempre desempenhando seu trabalho a contento.

Proezas, muitas proezas, provam definitivamente a grande utilidade dos cavalos da raça Mangalarga.

Não só para os brasileiros, mas, futuramente, para muitos criadores de todo o mundo.

Haja visto que o mangalarga está se destacando também, com valentia, nas difíceis provas de Enduro.

Não vai demorar muito para se tornar um dos melhores cavalos neste novo esporte que ganha, a cada dia, mais adeptos no Brasil e em outros importantes centros equestres do mundo.

Origem, denominação e formação da raça

A Raça nacional Mangalarga tem como formador principal o cavalo Álter de Portugal. Provavelmente foi Napoleão Bonaparte, ao invadir Portugal, obrigando Dom João VI a mudar-se com a corte para o Brasil, quem primeiro contribuiu para a formação desta raça.

Com Dom João VI vieram também os melhores espécimes da raça Álter da Coudelaria Real de Álter do Chão.

Se o principal formador do cavalo Mangalarga é o cavalo Álter de Portugal, entretanto no início deste século, muitos criadores introduziram, esporadicamente, no Mangalarga, as raças Árabe, Anglo Árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse.

Não somos nem a favor nem contra ao que foi feito.

O fato é que hoje já dispomos de um número elevado de cavalos de alto valor zootécnico, que nada perde para outras raças estrangeiras, portanto, não nos cabe mais analisar o caminho seguido para consegui-lo.

Somos no entanto virtualmente contra cruzamentos com raças exóticas, no pé em que estamos.

Muito pouco temos a ganhar com eles, uma vez que temos mais de cem anos de seleção de marcha trotada, resistência e rusticidade a arriscar.

O início da seleção da Raça Mangalarga deu-se em 1812 na fazenda Campo Alegre, em Baependi, hoje município de Cruzília, onde o Barão de Alfenas instalou-se. Consta, ainda que nesta data, teria o Barão recebido de presente do Príncipe Regente D.João VI um cavalo Álter, que passou a usar como garanhão em suas éguas.

Os animais oriundos destes acasalamentos se constituíram nos formadores da Raça Mangalarga.

Cavalo Mangalarga

Antes de adquirir um cavalo é importante ter certeza do que está comprando. É uma tarefa simples, mas que requer alguns cuidados. Muito se tem ouvido falar em funcionalidade. Claro, que o que todos querem ao adquirir um animal é que ele reúna o maior número de atrativos possível.

No caso do Mangalarga sua principal aptidão é o andamento. Sua movimentação exclusiva, de excelente comodidade, o credencia como o melhor equino para cavalgadas e turismo rural. Por essa razão é que esse animal é tido como “O Cavalo de Sela Brasileiro”.

Com a comodidade proporcionada por essa característica é o mais apropriado para aqueles que buscam um animal para lazer. Assim o cavaleiro poderá admirar as belas paisagens dos lugares a serem percorridos. Outra particularidade da raça é o bom temperamento, dócil o Mangalarga é um animal obediente e adequado a todo tipo de usuário, sejam crianças, mulheres ou pessoas que estão apenas começando na equitação.

Sua rusticidade é mais um ponto forte, e faz com que o Mangalarga sirva também como um animal de trabalho. Essa raça se adapta a várias circunstâncias, mantendo-se firme em terrenos acidentados de pastos naturais ou apresentando um andamento tranqüilo (passo, marcha trotada e galope) ideal para lazer.

No esporte a raça tem se destacado em algumas modalidades como, por exemplo, oteam penning (competição em que um trio tem como objetivo prender em um curral 3 bezerros, no menor tempo possível).

Todas essas características tornam o Mangalarga um cavalo ideal, seja por sua morfologia ou em sua qualidade nata. Conhecer sobre o animal é a atitude mais correta para aqueles cavaleiros que buscam usufruir todas as potencialidades de um animal.

Características da Raça

Descrição

Peso de 450 Kg no garanhão e 400 na égua.

Estatura: de 154 cm no garanhão (em média 150 cm) e 146 cm nas éguas (em média 144 cm).

Perímetro torácico

As pelagens predominantes são a castanha e a alazã. Ocorre o tordilho em menor proporção, e ainda menos o baio, o negro e o pampa.

Os pelos são finos e macios e as crinas frequentemente longas e onduladas.

Cabeça: Média, de perfil direito, com tendência a convexo.

Os olhos são pouco salientes, afastados, expressivos, revelando mansidão e vivacidade.

As orelhas são médias, bem implantadas e móveis. A fronte é ampla, as ganachas delicadas, as narinas afastadas, amplas e firmes. Boca medianamente rasgada com lábios iguais.

Pescoço: Musculoso e levemente rodado (pretende-se piramidal), harmoniosamente ligado a cabeça e ao tronco, com crineira abundante e ondulada.

Corpo: compacto, de aspecto reforçado, porém bem proporcionado. A cernelha é de tamanho médio e regularmente saliente.

As espáduas: São oblíquas, longas e musculadas.

O peito: é amplo, musculoso e o tórax profundo, com as costelas arcadas.

O dorso: E rins curtos e fortes.

Os flancos: São as vezes demasiado grandes, o que é um defeito a corrigir.

O ventre: É redondo, a garupa ampla, longa, musculosa, inclinada, melhor do que as do outros cavalos nacionais, com cauda implantada a baixo, de crinas abundantes.

Membros

Fortes, com articulações salientes e nítidas. As coxas são cheias e musculosas. O ângulo do jarrete é um pouco fechado, amortecendo o andar.

As canelas são secas e limpas, as quartelas bem inclinadas e de bom tamanho e os cascos circulares, largos e duros.

Aptidões e outras qualidades: como tipo, o Mangalarga primitivo deveria ser enquadrado na classe do Hackney (“Roadster”), como cavalo de sela e carruagem, pois é um pouco reforçado para cavalo de sela. A tendência moderna, e que vem sendo seguida de 40 anos para cá, entretanto, é de torna-lo mais esguio, menos compacto, e por tanto conferir-lhe maior agilidade, que deve ser um dos característicos do cavalo de sela.

É um cavalo sóbrio, rústico, vigoroso, de muita resistência para as longas caminhadas, dócil, muito elegante, apresentando muito do garbo de seu antepassado, o andaluz. Seu andar característico era a marcha tripedal, porém ultimamente tem-se procurado a diagonal (marcha trotada) e recrimina-se marcha lateral, variação da andadura, tão característica dos cavalos mineiros.

Essa orientação tem reduzido a maciez do andar, que era um dos atributos mais estimados do Manga-larga, porque a marcha trotada é sempre mais áspera que as outras.

Em compensação cansa menos o cavalo e permite sua utilização para a remonta militar, o que é um dos objetivos de seus melhoradores.

Sua multiplicação é feita principalmente para fins esportivos (pólo, caça, etc.), e para cavalo de viagem e serviço de fazendas, mas é possível que venha a ser ainda um cavalo militar, adaptado ás condições do Brasil central, pois anda com muita segurança em terrenos sujos e cheio de obstáculos, devido ao seu andamento alçado, sendo ainda muito bom saltador.

Constituem defeito as largas braçadas laterais, devendo as mãos ser atiradas diretamente para frente, num melhor aproveitamento da potência do animal.

Mangalarga – Fotos

Fonte: www.horseonline.com.br/www.cavalgar.com/www.fenagro.com/www.mercadodecavalos.com.br/www.allbreedpedigree.com

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