Filo Nematelmintos

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Filo Nematelmintos

1. Origem

Sabemos que os invertebrados surgiram milhões de anos antes dos primeiros vertebrados, que foram os peixes “primitivos”. Como não possuiam esqueleto, restaram poucos fósseis, o que representa uma falha no estudo da evolução. Os fósseis, foram descobertos em camadas de rocha cálcaria muito retorcidas.

Essas camadas são restos de montanhas destruidas pela erosão e submersas pelos mares que então se formaram. Esses grupos tiveram sua origem entre 600 milhões e 800 milhões de ano s atrás. O ambiente da época apresentava alimento em abundância. O lodo do fundo do mar oferecia esconderijo e proteção para os animais que aí viviam.

2. Habitat

Os Nematelmintos constituem um grupo de organismos muito bem sucedidos, habitando, tanto hambientes terrestres como aquáticos, de água doce ou salgada.

Como parasitas estão muito bem adaptados a essa situação: causam, geralmente, poucos transtornos aos hospedeiros, vivendo bem como eles. Se um parasita provocar sérios danos aos seus hospedeiros, a ponto de matá-los, a vida do parasita também estará ameaçada; se por outro lado, o hospedeiro não sofrer muito com a parasitose, o parasita terá moradia e alimento assegurados.

3. Morfologia

CLASSE ASCHELMINTHES

Os nematelmintos são avasculares (não possuem sistema circulatório). Sua estrutura, possui uma cavidade que é preenchida e funciona como um “esqueleto hidrostático”, além de favorecer a distribuição de nutrientes e recolher excretas. Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras chegam a mais de um metro de comprimento. Também são características exclusivas dos asquelmintos a ausência de células ciliadas e os espermatozóides amebóides, sem flagelo, deslocando-se por pseudópodos.

A grande diversidade de espécies não é baseada em grande diversidade de estrutura corpórea. Os nematelmintos de vida livre são pequenos, geralmente menores do que 2,5mm de comprimento. Têm o corpo construído ao longo do mesmo plano fundamental. O corpo é um cilindro quase perfeito, delgado e alongado, com ambas as extremidades fechadas em vários graus, parecendo de filiforme, em sua maioria, a um fuso. O corpo é essencialmente um tubo dentro de outro tubo.

Filo Nematelmintos
Estrutura do Nematelmintos (distinção entre fêmea e macho)

4. Sistema Respiratório

Os nematelmintos não possuem sistema respiratório nenhum. A respiração desses vermes portanto é anaeróbica.

5. Sistema Digestório

Os nematelmintos possuem sistema digestivo completo com boca e orifício retal; que é constituido dos seguintes orgãos.

Em características gerais:

Boca Trilabiada
Faringe
Esôfago
Intestino
Orifício retal para a fêmea e cloaca (orifício retal e órgão reprodutor) para o macho
Digestão extracelular, dentro da cavidade intestinal

6. Reprodução

Todos os nematelmintos têm sexo separado e são dióicos. Nota-se um pequeno grau de diformismo sexual. Existe diferença de tamanho entre os machos e as fêmeas.

O macho deposita seu material genético no poro genital da fêmea. Os gametas do macho são liberados pelo orifício retal, pois não possuem poro genital.

A fecundação ocorre no corpo da fêmea. Depois da fecundação, o zigoto se desenvolve dentro de um ovo com a casca resistente. Muitas espécies eliminam os ovos para o ambiente, ocorrerão as primeiras divisões e o ovo se tornará embrionado. Ele passará por vários estágios larvais. A larva que sai do ovo se chama larva rabditóide. Depois de passar por algumas substituições de sua cutícula, ela se transforma em larva filarióide e, depois no adulto.

7. Aproveitamento Econômico

Tem como importância, sua participação na cadeia alimentar(natureza), causadores de verminoses.

8. Papel de um Biólogo frente ao Zoológico

Controle biológico, forma alternativa de controle de pragas em culturas humanas.

Reinaldo G. Ribela

Fonte: br.geocities.com

Filo Nematelmintos

Vermes mais evoluídos, corpo cilíndrico e alongado com as extremidades afiladas.

Vivem livremente no solo, fundo dos mares, poças de água, e em rios e lagos. Parasita de animais e plantas.

Ascaris lumbricoides

Popularmente conhecido como lombriga, este verme parasita o intestino de vertebrados, onde se alimenta de nutrientes já digeridos.

Causam, no seu hospedeiro, enfraquecimento, alteração do apetite, dores abdominais, e alternância entre diarréia e prisão de ventre.

A contaminação se dá pela ingestão de ovos do verme em água ou alimentos contaminados, além da falta de higiene (lavar as mãos).

Enterobius vermicularis

Popularmente conhecido como oxiúrus, este verme ataca crianças de áreas tropicais onde, geralmente, as condições de higiene são precarias.

É o menor dos vermes (medindo cerca de 5mm o macho e 13mm a fêmea ), pode ser contraido por auto – infestação (indivíduo coça a região oríficio retal, os ovos embrionários ficam retidos sob as unhas, e ao levar a mão à boca ou ao alimento acontece a contaminação), heteroinfestação ( quando um indivíduo infectado transmite a outro indivíduo através do contato com as mãos ou alimentos), ou retroinfestação ( fêmea realiza a postura dos ovos na região perianal, onde os ovos aberem e amadurecem liberando larvas que migram para o intestino grosso e se transformam em oxiúrus adultos).

O hospedeiro tem, como patologia, prurido orifício retal, irritabilidade nervosa, vômitos, insônia, espasmos abdominais.

O tratamento se dá através de higiene pessoal, educação sanitária e tratamento do doente.

Ancylostoma braziliense

Causa, na fase larval, a doença conhecida como bicho – geográfico; este é um parasita intestinal comun em cães e gatos.

A infestação humana se dá através do contato do homem com areia contaminada, a larva penetra de forma ativa através da pele e causa dermatite serpenteante.

Franco Cunha

Fonte: francocunha.com

Filo Nematelmintos

Anatomia e Fisiologia

Este filo é formado de vermes cilíndricos afilados nas extremidades e de dimensões muito variadas; muitos deles passaram à vida parasitária, tendo o corpo coberto por uma cutícula espessa e elástica produzida pela epiderme subjacente.

A epiderme é uma camada prótoplasmática que contém muitos núcleos, mas não existem membranas ou paredes que os separem, a esta massa multi-nucleada dá-se o nome de sinicicio. Situada abaixo da epiderme está a camada muscular, de origem mesodermica, composta por células que têm, em uma de suas bases um feixe de fibrilhas contráteis, na outra base de forma arredondada, existe um prolongamento citoplasmático filiforme. Nos lados do corpo, como as fibras contráteis são todas orientadas no sentido longitudinal, não existindo músculos circulares, os nematodos só conseguem realizar movimento de reflexão, curvando-se para um lado e para o outro.

Nos lados do corpo, encontram-se de cada lado, um canal excretor, que desemboca em um poro excretor próximo a boca. A parede do corpo envolve uma cavidade, onde se alojam os órgãos internos. Esta é o pseudo-celoma, delimitada pelas células musculares, de origem mesodérmica, e pelo tubo intestinal, composto por uma única camada de células de origem endodérmica. A abertura de admissão de alimento ao intestino é a boca, a qual se segue uma faringe curta e musculosa, cuja a função é impulsionar o alimento para o interior do intestino, que é um tubo fino que desemboca em um reto musculoso que se abre para o exterior no orifício retal. O alimento engolido, já parcialmente digerido pelo hospedeiro termina-se absorvido pelas células da parede intestinal.

Podemos notar aqui, uma diferença entre platelmintos e nematodos quanto a distribuição de alimentos, no primeiro, o intestino é muito ramificado e a distribuição do alimento é de difusão de célula a célula, nos nematodos o intestino é apenas um tubo reto e a distribuição do alimento é feito pela cavidade pseudocelomica.

A aquisição da cavidade do corpo parece significar uma adaptação vantajosa em vários sentidos: um deles é permitir que os animais que q possuem adquirem considerável tamanho, pois além de significar um aumento de espaço interno, que permite alojar melhor os órgãos, pode graças ao líquido que contém, funcionar como um esqueleto hidráulico de sustentação; além disso, o fluído contido nesta cavidade pode transportar alimentos, excretas e gases para a respiração, pondo em contato todas as células do corpo com substâncias difundidas pelo trato digestivo e pela parede do corpo.

Durante a evolução os Nemathelminthes devem ter se originado a partir de um ancestral de simetria bilateral, talvez, a partir de formas planulóides dos celenterados ou de ancestrais destes. O ancestral bilateral deve ter originado, de um lado, os ancestrais acelomados dos platelmintos e, do outro, os ancestrais pseudocelomados dos nematodos.

O sistema nervoso dos nematodos consiste de um anel nervoso, que circunda a faringe, lançando alguns nervos curtos para frente e para trás. Do anel nervoso anterior, partem os 2 cordões nervosos que percorrem as linhas laterais, o dorsal e o ventral. Terminações nervosas ligam-se a algumas papilas táteis, dispostas usualmente ao redor da boca, sendo os únicos órgãos sensoriais evidentes.

O sistema excretor, é composto por um par de canais excretores, embora não existam células-flama ou quaisquer estruturas típicas de excreção.

É composta por várias ordens e suas ramificações que veremos a seguir:

Enoplida

É uma ordem constituída de organismos geralmente longos, cilíndricos ou em forma de cones, que possuem o esôfago dividido em duas partes; uma anterior muscular e uma posterior glandular.

Nesta ordem destacam-se dois gêneros e duas espécies: Trichinella spiralis e Trichuris (Trichocephalus) Trichiura.

A espécie Trichinella spiralis é formada de vermes muito pequenos; o macho mede cerca de 1,5mm e a fêmea de 3 a 4mm de comprimento; distinguem-se dois tipos de triquinas: a muscular – corresponde ao estado jovem e a intistinal – corresponde ao estado adulto.

A triquina intistinal vive no intestino delgado (duodeno e jejuno) do homem, do porco, do rato e de outros mamíferos; aí se realiza a cópula, morrendo o macho em seguida e as fêmeas, que são em maior número, penetram em maior número, penetram na parede do intestino, e dão origem a numerosas larvas; estas larvas atingem a circulação sangüínea, fixam-se na musculatura do hospedeiro, onde formam um cisto, dentro do qual crescem e se enrolam em espiral; o cisto forma-se em seqüência de uma reação dos tecidos do hospedeiro e se calcifica após alguns meses sem que a larva morra; se esta carne contaminada for ingerida por um animal hospedeiro, os cistos chegam ao estômago, onde são dissolvidos pelo sulco digestivo e as larvas postas em liberdade tornam-se adultas; ocorrem novas fecundações; os machos morrem e as fêmeas, penetrando na parede intestinal, formam novas larvas, completando-se assim o ciclo.

O parasita no intestino produz enterites agudas com diarréia sanguinolenta; a larva triquina muscular produz perturbações nervosas e emagrecimento.

A espécie Trichuris trichiura, também conhecida como tricocéfalo, é formada de vermes esbranquiçados, diferenciados em uma porção anterior filiforme contendo o esôfago e uma porção posterior volumosa que contém o intestino e os órgãos genitais; o macho mede de 3 a 4 cm e a fêmea de 4 a 5 cm de comprimento. O anima adulto vive no intestino grosso do homem, principalmente na porção do ceco, implantando-se na mucosa intestinal através da porção afilada, onde se fixa e retira seu alimento. O homem ingere os ovos juntamente com a alimentação e água; no intestino delgado a casca é digerida libertando o embrião que atinge o ceco e se transforma em verme adulto; quando o hospedeiro é uma criança, pode provocar uma anemia profunda com a diminuição dos globos vermelhos.

Rhabditida

A ordem é constituída de organismos com o esôfago dividido em três regiões e com uma porção alongada claviforme; o desenvolvimento é direto, mas utiliza-se a designação de larvas aos estados jovens; nesta ordem destacam-se seis gêneros com várias espécies: Rhabdias, Strongyloides. Ancylostoma, Necator, Ascaris e Enterobius.

O gênero Rhabdias é formado de vermes que alteram gerações de fêmeas parasitas, machos e fêmeas de vida livre; quando de vida livre são saprófagos, vivendo no solo e quando parasitas associam-se a plantas e animais.

O gênero Strongyloides é formado de vermes pequenos com cerca de 2,5mm de comprimento e as extremidades do corpo distendidas; as fêmeas parasitas vivem no intestino delgado do homem e são sempre partenogenéticas, pois no intestino não existem os machos para a copulação.

O gênero Ancylostoma é formado de vermes com várias espécies parasitas de animais mamíferos, inclusive o homem; entre elas destacam-se: Ancylostoma duodenale, parasitas do intestino delgado do homem; Ancylostoma caninum, parasita do cão e raramente do homem; Ancylostoma brasiliensis, parasita do cão, do gato e raramente do homem; suas larvas quando infetam o homem penetram pela pele e ficam vagando entre a epiderme e a derme, produzindo a chamada dermatose serpiginosa (bicho geográfico)

A espécie Ancylostoma duodenale é formada de vermes com o corpo cilíndrico, alongado e com a boca provida de dentes ou lâminas cortantes. A fêmea possui de 9 a 15 mm de comprimento, com as duas extremidades distendidas e o poro genital na metade do corpo; o macho possui de 7 a 10mm de comprimento com a extremidade posterior na forma de bolsa copuladora, onde se abre a cloaca. Através da cápsula bucal e de um esôfago musculoso, que funciona como uma ventosa, o parasita fixa-se no intestino do hospedeiro, onde provoca pequenas hemorragias contínuas; a perda de sangue ocasiona uma intensa anemia conhecida comumente com os nomes de amarelão, opilação ou mal da terra; cientificamente é denominada ancilostomose.

O circulo evolutivo destes vermes ocorre do seguinte modo: no intestino delgado do hospedeiro as fêmeas eliminam os ovos, que vão para o exterior junto com as fezes; de cada ovo origina-se uma primeira forma larval, que é denominada rabditóide: esta, após 3 dias, sofre a primeira muda, transformando-se em um segundo tipo de larva denominada filarioide; esta evolui, transformando-se em um terceiro tipo de larva denominada filarioide incestante, apita para atingir um novo hospedeiro.

A infestação pode ocorre através da pele, especialmente dos pés. por onde as larvas atravessam o tegumento, caindo na circulação, atingem o coração e o pulmão, no qual sofrem uma terceira muda; em seguida migram pelos bronquiolos, brônquios, traquéia e atingem a bifurcação do sistema digestivo e respiratório podendo daí irem ao exterior juntamente com a saliva ou serem deglutidas; neste caso vão ao esôfago, passam para o estômago e intestino delgado, onde sofrem a quarta muda, transformando-se em vermes adultos.

O gênero Ascaris é formado de vermes com várias espécies parasitas de animais mamíferos, inclusive o homem; entre elas destacam-se: Ascaris lunbricóides, o parasita mais comum do homem; Ascaris megalocephala, parasita do boi e Ascaris suum, parasita do porco.

A espécie ascaris lunbricóides, popularmente denominada lombriga, é formada de vermes alongados, cilíndricos, com nítido dimorfismo sexual, sendo a fêmea maior que o macho e terminando a extremidade de seu corpo de maneira afilada, enquanto que no macho termina em uma espiral em sentido ventral. No macho na extremidade anterior, situa-se a boca guarnecida de 3 lábios providos de papilas e na extremidade posterior localiza-se a cloaca, provida de duas espículas quitinosas. Estes animais podem atingir até 40 cm de comprimento e observando-os externamente, nota-se a presença de duas estrias laterais, que percorrem o corpo em toda a sua extensão.

O ciclo evolutivo desses animais ocorre do seguinte modo: os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem, onde as fêmeas colocam ovos não embrionados, em número extraordinariamente grande; esses ovos são eliminados junto com as fezes, para o meio externo, onde se transformam em embriões; em primeiro lugar forma-se uma larva rabditóide, a qual sofre uma primeira muda ainda dentro da casca do ovo, formando um segundo tipo de larva denominada rabditóide infestante. A contaminação ocorre quando o hospedeiro ingere os ovos contendo larvas; no intestino delgado (duodeno), a casca cresce e se torna adulta; dois meses depois o animal começa uma nova postura.

Spirurida

A ordem é constituída de organismos com esôfago dividido em duas regiões: uma anterior muscular e uma posterior glandular. No estado adulto vivem como parasitas dos vertebrados, inclusive do homem, e nos estágios intermediários vivem geralmente em insetos; nesta ordem destaca-se o gênero Wuchereria.

O gênero Wuchereria é formado de vermes de diâmetro muito pequeno e de aspecto filamentoso, sendo por esta razão denominados de filárias; os machos atingem 4 cm e as fêmeas 10 cm de comprimento.

Estes vermes parasitam os gânglios e vasos linfáticos do homem, causando a doença conhecida por elefantíase, caracterizada por uma hipertrofia de alguns órgãos como: membros inferiores, escroto e seios.

No sistema linfático as fêmeas colocam os ovos, que se transformam em microfilárias; estas, durante a noite, deslocam-se para a circulação sangüínea periférica do homem e aí são ingeridas por insetos hematófagos dos gêneros: Culex, Aedes e Anopheles; nos insetos as larvas sofrem várias mudas, transformando-se na forma infestante, que vai até a tromba do mosquito e este, quando pica o homem, transmite a larva, que atinge o sistema linfático, tornando-se adulta e recomeçando o ciclo.

Reprodução dos nematelmintos

Na maioria dos Nematelmintos os sexos são separados e o sistema reprodutor apresenta estrutura simples. O feminino consta de dois tubos, com a porção inicial de cada um representando o ovário; os óvulos diferenciados passam ao oviducto e deste ao útero. Os dois úteros reúnem-se em um curto canal ímpar (órgão genital), que se abre pelo poro feminino.

O masculino consiste num tubo único cuja parte inicial corresponde ao testículo e a parte terminal ao canal deferente. Os machos são em geral providos de órgãos copuladores, com a forma de duas espículas quitinosas encurvadas, que servem para o macho agarrar-se à abertura genital da fêmea.

A fecundação é interna (no útero); os ovos são simples (sem células vitelinas) e encerrados em uma casca espessa; a postura de ovos pode ocorrer antes ou durante a segmentação ou com as larvas já desenvolvidas; o desenvolvimento é direto, embora se considerem os estados jovens com a designação de larvas.

Os vermes adultos habitam, geralmente, o intestino de vertebrados. àscaris lumbricóides vive principalmente do porco e no homem.

Quando, no interior do intestino, um verme macho e uma fêmea atingem a maturidade sexual, aproximam-se e ocorre a cópula. O macho introduz, no poro genital da fêmea, suas espículas peniais, que contribuem para mantê-los unidos durante o acasalamento. Os espermatozóides flagelados são depositados na genitália da fêmea e caminham, por movimentos amebóides, até os ovidutos, onde ocorre a fecundação dos ovos. Os ovos resultantes da fecundação, ganham, cada um, uma casca rígida e saem do corpo da fêmea caindo na luz intestinal do hospedeiro que os elimina junto com as fezes.

Após um período de 3 a 4 semanas, no interior de cada ovo, já se desenvolveu um pequeno embrião. Se as fezes foram depositadas ao relento, os ovos podem contaminar água potável e alimentos, sendo ingeridos por um hospedeiro, que é geralmente o homem ou o porco. Ao chegar no tubo digestivo do hospedeiro, a casca do ovo é digerida e dele sai uma pequena larva filiforme, que mede cerca de 0,2 mm de comprimento.

Embora as larvas já estejam no ambiente que habitarão quando adultos, estas não ficam aí. As larvas perfuram a parede intestinal, caem na corrente sangüínea, passam pelo fígado e coração e chegam finalmente aos pulmões. Chegando lá, elas que já medem cerca de 3 mm, perfuram os alvéolos pulmonares e ganham a traquéia.

Nela, provocam tosse e são lançadas a cavidade bucal onde são engolidas. Chegam assim no intestino terminando sua viagem. Lá crescem, atingem a maturidade sexual e reproduzem-se, fechado-se o ciclo.

Não há necessidade de hospedeiros intermediários para completar o ciclo. Os áscaris conseguem manter-se vivos no organismo do hospedeiro não somente devido a cutícula que os protege, mas graças a secreções que neutralizam as enzimas digestivas do hospedeiro. Quando morre o verme é digerido.

As lombrigas, causam, geralmente, poucos danos aos hospedeiros, podem, entretanto, provocar reações alérgicas em certas pessoas, pela secreções de certas substâncias irritantes. Quando em grande número, podem causar obstruções intestinais ou, se grande número de ovos forem ingeridos ao mesmo tempo, a migração das larvas poderá causar lesões mais ou menos sérias nos pulmões.

Fonte: www.geocities.com

Filo Nematelmintos

Os nemaltelmintos eram tratados antigamente como uma classe dentro de filo maior, denominado Aschelminthes. Atualmente não se consideram mais os asquelmintos como um filo verdadeiro, mas apenas um termo genérico sem valor científico. Os nematelmintos possuem corpo cilíndrico, recoberto por uma cutícula resistente, com simetria bilateral. Numerosas espécies apresentam vida livre, porém muitas são parasitas de plantas e animais.

Os nematóideos possuem dois nervos (dorsal e ventral) longitudinais que correm o corpo do animal. Não há sistema circulatório ou respiratório. Possuem sistema digestivo completo e digestão extracelular. A respiração é anaeróbica. Todos apresentam sexos separados.

Algumas espécies parasitam o ser humano: Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale , por exemplo.

Ascaris lumbricoides

Ascaris lumbricoides ou lombriga, como é conhecida popularmente, é um verme de 15 a 20 centímetros de comprimento, parasita do intestino humano.

Apresenta dimorfismo sexual (macho diferente das fêmeas), sendo que o macho é menor e possui a extremidade posterior do corpo em forma de gancho como podemos ver na figura abaixo:

Filo Nematelmintos
Lombriga

A lombriga quando adulta vive no intestino humano, onde deposita seus ovos, que são eliminados com as fezes do hospedeiro. Mais tarde esses ovos vão se desenvolver contaminando o solo e as águas dos rios. Esses causam diferentes doenças que atacam diversas partes do corpo humano, podendo levar até mesmo à morte.

Transmissão

Esse verme pode ser pego de várias maneiras como por exemplo, em instalações sanitárias inadequadas. As fezes são liberadas podendo contaminar a água, o solo e conseqüentemente a vegetação. Assim, ao se comer o vegetal contaminado, os ovos podem chegar ao tubo digestivo. Em cada ovo desenvolve-se uma larva que perfura a parede do intestino, atingindo os vasos sangüíneos.

Sintomas

As larvas da lombriga podem trazer graves problemas respiratórios, coceira no nariz e na garganta (3). Já o verme quando adulto causa outras doenças como vômitos, cólicas e convulsões (4). Mas, quando o número de vermes é grande, leva à obstrução intestinal, podendo causar a morte. Nas crianças, às vezes, também aparecem outros sintomas como a asfixia, pois se acumulam na laringe e na faringe, durante o excesso de vômitos.

Profilaxia

Esses vermes são transmissíveis através das fezes depositadas no solo e nas águas dos rios, contaminando assim o alimento plantado naquele local. Logo, a pessoa que ingere esse alimento fica contaminada. Para evitar essa contaminação é preciso ter, principalmente, Saneamento Básico, condições sanitárias adequadas, pois assim as fezes não irão contaminar o meio ambiente. Ao se alimentar, deve-se lavar muito bem os alimentos que serão ingeridos crus. As verduras cruas devem ser bem desinfetadas ou, se possível, cozidas.

Ancylostoma duodenale

Ancilóstomo

Seu nome científico é Ancylostoma duodenale. Esse verme possui aproximadamente 15 milímetros de comprimento. Alimenta-se do sangue da parede do intestino humano, ali permanecendo fixo.

Filo Nematelmintos
Vermes

Acima a figura mostra os ganchos da cavidade bucal com os quais o verme se prende à parede do intestino e ao lado o ovo com o embrião.

Sintomas

Ao contrair Amarelão ou Ancilostomose, a pessoa contaminada se enfraquece e pode ter anemia, pois ocorre hemorragia nas feridas da parede intestinal.

Transmissão

As fêmeas do ancilóstomo depositam seus ovos no intestino humano. Ao saírem com as fezes, podem cair em solos úmidos. Esses ovos dão origem a larvas microscópicas, que se fixam na terra. As larvas, ao entrarem em contato com a pele humana, penetram no organismo.

Pela circulação, vão para o intestino humano, onde atingem a fase adulta e podem se reproduzir, dando origem a doenças como ancilostomose ou amarelão, como podemos ver abaixo:

Ciclo do Amarelão

Esses vermes são encontrados especialmente nas areias úmidas e em poças d’água.

Filo Nematelmintos
Ciclo do Amarelão

Profilaxia

Precisamos ter alguns cuidados básicos como:

Não devemos jogar fezes no meio ambiente, pois assim podemos contaminá-lo.
Devemos ter Saneamento Básico, desviando as fezes para locais específicos, para não contaminar o ambiente.
Evitar o contato da pele humana com terra suja ou que possa estar contaminada. Usar calçados ajuda a prevenir a contaminação desses vermes.

Fonte: www.isurp.com.br

Filo Nematelmintos

Filo Nematelmintos
Anatomia Externa e Interna do Nematelminto

O filo dos Nemathelminthes é formado pelos vermes de corpo cilíndrico, alongado e de extremidades afliladas. O nome do filo vem do grego nema = fio + helminthes = verme.

Estes animais podem ser de vida livre (habitam o solo, o mar ou a água doce) ou parasitária (parasitas de plantas ou animais, inclusive o homem).

Eles possuem simetria bilateral e são o primeiro grupo de animais a apresentarem uma cavidade digestiva parcialmente revestida por mesoderme, e por isso são classificados como pseudocelomados.

Deste grupo em diante, na escala evolutiva, todos os outros filos animais são celomados. A principal função do pseudoceloma é o transporte de substâncias pelo corpo, além de funcionar como uma espécie de esqueleto hidrostático, por estar cheio de líquido.

O corpo destes vermes é revestido externamente pela epiderme, recoberta por uma cutícula protéica. Abaixo da epiderme, há uma camada muscular, cujas fibrilas estão orientadas no sentido longitudinal o que faz com que seus movimentos se resumam a flexões do corpo.

O sistema nervoso dos nematelmintos é rudimentar, consistindo de um anel de células nervosas em torno da faringe, de onde partem dois cordões nervosos, um dorsal e um ventral, que percorrem o corpo do verme longitudinalmente.

Nematoda é o primeiro filo na escala evolutiva a apresentar sistema digestivo completo (com boca e orifício retal).

O alimento é ingerido pela boca (na parte anterior do corpo) e é empurrado por uma faringe curta e musculosa até o intestino, onde os alimentos são semidigeridos e englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos (digestão extra e intracelular).

O material não digerido é eliminado pelo orifício retal.

O sistema excretor funciona com o transporte das excreções para o fluido celômico, de onde são removidas por dois canais excretores, localizados um em cada lado do corpo.

Estes canais se unem na região anterior do corpo no poro excretor, por onde as excreções são eliminadas.

Uma das características mais marcantes dos nematelmitos para os seres humanos é que eles são vermes causadores de uma série de doenças.

Fonte: www.conecteeducacao.com

Filo Nematelmintos

Os nematelmintos reúnem vermes de corpo cilíndrico, não dividido em anéis.

Podem ter vida livre, isto é sésseis, ou ser parasitas.

Possuem tamanho que varia de milímetros até mais de oito metros, como é o caso do parasita de placenta de baleia.

Dentre os parasitas podem ser citados a lombriga, o ancislóstomo, o oxiúro, o bicho geográfico e a filária.

Para estes vermes existem alguns cuidados profiláticos, tais como: não ingerir alimentos crus, não andar descalço e lavar sempre as mãos ao tocar em terra ou areia que possa estar contaminada.

Fonte: www.animalshow.hpg.ig.com.br

Filo Nematelmintos

Principais Características

Este filo é formado de vermes cilíndricos afilados nas extremidades sem segmentação e de dimensões muito variadas.

São vermes pois tem o corpo cilíndrico e sem membros.

Ambientes

Existem espécies parasitas, mas a maioria é de vida livre. Os nematelmintos de vida livre habitam o solo úmido, a areia dos desertos e das praias, a água estagnada, o mar. Os parasitas infestam os animais e as raízes, frutos, outras partes das plantas e o homem.

Forma e tipo de alimentação

É o primeiro filo na escala evolutiva a apresentar sistema digestivo completo (com boca e orifício retal). O alimento é ingerido pela boca (na parte anterior do corpo) e é empurrado por uma faringe curta e musculosa até o intestino, onde os alimentos são semidigeridos e englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos (digestão extra e intracelular). O material não digerido é eliminado pelo orifício retal.Os que parasitam plantas se alimentam da seiva e do conteúdo das células; e os que parasitam animais destroem células, para nutrirem-se de seu conteúdo, ou retiram alimento do muco do tubo digestivo.

Respiração

Sistema respiratorio ausente. Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia; as trocas são feitas por difusão através da pele. Nos parasitas a respiração é anaeróbia(ocorre na ausência de oxigênio).

Tipo e forma de reprodução

Animais de sexos separados com dimorfismo sexual. Fêmeas com grande fertilidade e existência de estágios larvários.

A reprodução é sexuada

Os espermatozóides, que não têm flagelos, deslocam-se por movimentos amebóides, e a fecundação é interna.

Esqueleto

Há uma ampla cavidade cheia de fluido, que serve como “esqueleto hidrostático”, pois mantém a forma do animal e proporciona sustentação, facilitando ainda a distribuição de substâncias (como nutrientes, resíduos e gases).

Representantes

Os asquelmintos (que já foram classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes, Nematelmintos ou Pseudocoelomata)Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes). Dentre os parasitas podem ser citados a lombriga, o ancislóstomo, o oxiúro, o bicho geográfico e a filária.

Filo Nematelmintos
Nematelminto

Filo Nematelmintos
Nematelminto

Filo Nematelmintos
Nematelminto

Características Embrionárias

Triblásticos
Pseudocelomados
Protostômios
Simetria Bilatera

Fisiologia geral

SISTEMA DIGESTÓRIO: COMPLETO
SISTEMA RESPIRATÓRIO:
DIFUSÃO PELA EPIDERME
SISTEMA CIRCULATÓRIO:
AUSENTE
SISTEMA EXCRETOR:
TUBOS EM ¨H¨
SISTEMA NEVOSO:
GANGLIONAR E VENTRAL

Fonte: vestcev.com.br

Filo Nematelmintos

Características

Animal de corpo fino e tubular são triblásticos, pseudocelomados e com simetria bilateral.

Habitat: Animais de vida livre, terrestre ou aquático, de água doce ou salgada, e existe muitas espécies que parasitam outros animais. Exemplos: Lombriga e amarelão.
Sistema digestivo:
Completo, possuem boca e orifício retal, apresentam digestão extra e intracelular.
Sistema circulatório:
Ausente.
Sistema Respiratório:
Ausente troca gasosa diretamente entre as células e o ambiente.
Sistema Excretor:
Presente.
Sistema Nervoso:
Presente.
Reprodução:
Sexuada, monóicos ou dióicos.

Fonte: luciana_duarte.sites.uol.com.br

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