Desnutrição

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Segundo o site Worldometers, que oferece estatísticas em tempo real, há no mundo cerca de 739 milhões de pessoas desnutridas.

Por Desnutrição se compreende um problema ocasionado quando um organismo está carente de nutrientes que são essenciais para seu metabolismo. Normalmente, este problema está relacionado a pessoas de baixa renda que, por conta da situação em que vivem, não tem como se alimentar de forma satisfatória a atender suas necessidades alimentares básicas.

A nutrição correta de uma pessoa ocorre quando ela ingere diariamente alimentos com qualidade e quantidade ajustadas às suas necessidades diárias. Logo, a desnutrição pode ser observada como um estado em que a pessoa tem uma dieta hipocalórica (com poucas calorias) e hipoprotéica (com poucas proteínas), além da ausência de nutrientes básicos que auxiliam na regulação das atividades metabólicas. Alguns fatores também podem influenciar na desnutrição, como os distúrbios alimentares, como a anorexia, além de doenças que impedem a correta absorção de nutrientes.

Na ausência de alimentos para suprir as atividades metabólicas com energia, proteínas e outros nutrientes, o organismo busca fontes energéticas dentro de si mesmo: começa pelosATPs(adenosina trifosfato – que são nucleotídeos que armazenam energia), glicose do sangue e dos tecidos, glicogênio do fígado e músculos, ou seja, ele vai esgotando as reservas energéticas.

Com base nesse déficit, a desnutrição pode ocasionar uma série de sintomas, podendo inclusive, levar ao óbito. Entre os sintomas, destaque para:

– Desmaios;
– Atraso no crescimento infantil;
– Perda de cabelo;
– Apatia;
– Perda de massa muscular;
– Problemas no sistema imunológico, entre outros.

Inclusive, nos casos em que a desnutrição atinge níveis crônicos, os mesmos podem levar a alterações do desenvolvimento físico e mental e, até mesmo, levar a pessoa à morte.

Desnutrição

Para combater a desnutrição, é preciso, em determinados casos, tratar as condições clínicas que levaram a pessoa a ser desnutrida. No caso de regiões muito pobres, é necessário alterar a situação social e, também, fazer uma reeducação alimentar, como também buscar restituir uma alimentação que seja adequada ao metabolismo da pessoa, compreendendo todos os elementos necessários para a manutenção de suas atividades metabólicas.

Juliano Schiavo
Biólogo e mestre em Agricultura e Ambiente

Referências

ABCMED. Desnutrição: o que é? O que acontece com uma pessoa desnutrida? Publicado em 17/11/2012. Disponível em:<http://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/318450/desnutricao+o+que+e+o+que+acontece+com+uma+pessoa+desnutrida.htm> Acesso em 20/06/17

WORLDOMETER. Disponível em: <http://www.worldometers.info/pt/>. Acesso em 20/06/17

Desnutrição

A Desnutrição é um grupo de condições em crianças e adultos, geralmente relacionados à má qualidade ou quantidade insuficiente de ingestão de nutrientes, absorção ou utilização.

Existem dois tipos principais de desnutrição:

Desnutrição protéico-calórica – resultantes de deficiências em qualquer ou todos os nutrientes.

Doenças de deficiência de micronutrientes – resultante de uma deficiência de micronutrientes específicos.

Há três tipos de desnutrição protéico-energética em crianças:

Tipo

Aparência

Causa

A desnutrição aguda Perdendo ou magreza Nutrição inadequada aguda levando a rápida perda de peso ou incapacidade de ganhar peso normalmente
A desnutrição crônica Nanismo ou falta A nutrição inadequada sobre longo período de tempo, levando à insuficiência do crescimento linear
A desnutrição aguda e crônica Abaixo do peso Uma medida de combinação, por conseguinte, podem ocorrer como um resultado da perda de massa, nanismo, ou ambas

 

Desmame inadequado pode causar desnutrição

Em geral, problemas no desmame acontecem por falta de informação. Nem sempre as mães fazem pré-natal quando engravidam e deixam de aprender como preparar as mamas para o aleitamento, as técnicas corretas de amamentação, bem como distinguir o que é crendice e o que é verdade.

Desmame precoce

As mães devem alimentar seus filhos exclusivamente com leite materno até o sexto mês de vida, pois contém nutrientes essenciais para os mesmos, tais como: proteínas, imunoglobulinas, carboidratos, lipídios, cálcio, fósforo, ferro, vitaminas, essenciais para a saúde nessa idade.

As razões para o desmame são as mais diversas. Por não saberem amamentar corretamente, as mães sentem dores, têm rachaduras nos seios e até mesmo ferimentos, o que as levam a desistir.

Também se prendem a crendices, como: que o “leite materno é fraco” – e, por esse motivo, oferecem complementos além do leite materno.

Há também o problema do trabalho. Muitas mães não são orientadas a como retirar e guardar o leite materno para ser dado à criança enquanto estão trabalhando.

Desmame tardio – Não é incomum que a desnutrição ocorra por desmame não adequado e excessivamente tardio.

Algumas mães chegam a deixar que a criança se alimente somente de leite materno até os dois anos de idade ou mais. Há dificuldades no vínculo mãe-filho que impedem o desmame adequado. Há mães que não têm outro alimento a oferecer devido à sua situação socioeconômica e assim, acabam oferecendo somente o leite materno por muito tempo.

Hábitos inadequados de alimentação também promovem desnutrição

Muitos pais, em centros urbanos sobretudo, permitem a ingestão de guloseimas, como: salgadinhos, balas e biscoitos, o que faz com que as crianças comam menos outros tipos de alimento como arroz, feijão, hortaliças, frutas e carnes.

Na faixa etária de dois a quatro anos, quando a criança está formando seus hábitos alimentares, é essencial trabalhar a educação nutricional para que elas possam chegar à vida adulta com mais saúde. A tarefa é difícil, já que os meios de comunicação têm uma forte influência – muitas vezes, negativa – na formação dos hábitos alimentares.

Um estudo para verificar o perfil alimentar de crianças de 0 a 72 meses com desnutrição energético-protéica atendidas pelo Centro de Recuperação e Educação Nutricional verificou que 50% das crianças entre 0 e 6 meses usavam mamadeira. Quanto aos hábitos alimentares, verificou-se que 31% das crianças entre 6 e 36 meses consumiam guloseimas e 33% dessa mesma faixa etária consumiam salgadinhos diariamente. Entre as crianças de 36 a 72 meses, verificou-se que 50% consumia refrigerantes diariamente.

Portal São Francisco

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