Bioacústica

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Bioacústica – Definição

Bioacústica é o estudo de como os humanos e outros animais usam a percepção sonora e acústica, e como suas várias adaptações acústicas refletem suas relações com seu habitat e arredores.

bioacústica é um ramo da ciência preocupado com a produção de som e seus efeitos nos organismos vivos.

O que é bioacústica?

bioacústica é uma ciência que estuda a produção de sons pelos seres vivos e utilizam ondas sonoras para estudar os mesmos. Ramo da acústica, que por sua vez é um dos ramos da física, ligado a biologia e biofísica.

bioacústica é uma nova linha de investigação, que estuda a importância dos sons e da comunicação no comportamento dos seres vivos, gerando grande quantidade de informações, desde sua ecologia até sua evolução, atuando como uma importante ferramenta na conservação das espécies.

Os sons que os animais emitem estão diretamente ligados ao seu comportamento, fazendo parte da sobrevivência dos organismos, podendo ser utilizados para alerta, confundir um predador, reprodução, indicar o local, entre outros.

Há diferentes tipos de sons, muitas utilizações e outros nem são percebidos, necessitando assim de estruturas especializadas para serem reconhecidos. Para as gravações dos sons se utilizam um gravador e microfone, realizando gravações no qual se permitem informações para serem analisadas em um programa específico denominado Raven, com demais informações como local e data.

Bioacústica
Bioacústica

Muitas pesquisas visam gravar os sons (formando assim um inventário bioacústico) e identificar o repertório sonoro, para estudar as características de determinadas espécies, tais como, área de ocorrência,densidade da espécie, hábitos coletivos, migração, entre outros e relacionar tais comportamentos.

BioacústicaBioacústica

Algumas características das ondas sonoras se refletem no som.

A intensidade dos sons tem relação com a amplitude da onda. As ondas sonoras se diferenciam das ondas eletromagnéticas principalmente em dois aspectos, o primeiro é que as ondas sonoras dependem de um meio elástico para sua propagação, pois a mesma é realizada gerando compressão e descompressão nesse meio, o segundo motivo é que as ondas sonoras são ondas longitudinais, ou seja, os picos e vales são produzidos na mesma direção de propagação da mesma, ao contrário das ondas eletromagnéticas que se propagam em uma direção e geram oscilações no outro eixo.

Bioacústica – Animais

O homem certamente deu grande atenção aos sons produzidos pelos animais desde os tempos mais remotos.

Tribos indígenas ao redor do mundo, e principalmente índios que continuam suas culturas no Brasil, apresentam um conhecimento extremamente rico dos sons naturais de seu ambiente: são capazes de distinguir centenas de espécies e usar extensivamente nomes onomatopaicos para pássaros.

O fator limitante para estudar sons de animais é a dificuldade de descrevê-los. A primeira abordagem possível é por meio de representações onomatopaicas, como as tribos nativas continuaram a fazer até os dias de hoje, e que aparecem em escritos gregos clássicos para alguns pássaros ou no famoso coro de sapos de Aristófanes.

Traduções fonéticas mais ou menos sofisticadas ainda são usadas em guias de pássaros recentes como um auxílio para a identificação em campo.

Uma segunda etapa no estudo dos sons dos animais foi através das transformações musicais. Essa é a “Zoofonia” criada por Hercule Florence, um aventureiro e naturalista francês, que foi contratado como o segundo pintor da expedição de Langsdorff à Amazônia em 1821. Ele foi o único a voltar são daquele grande empreendimento e, após se estabelecer em Campinas, colocou nas notas musicais suas reminiscências de sons específicos que ouviu durante os três anos de jornada. Embora ‘Zoofonia’ seja um nome muito mais agradável do que seu equivalente moderno ‘Bioacústica’, o trabalho de Florence teve pouco impacto e a transcrição musical de sons naturais, apesar dos esforços e melhorias mais recentes, provou-se inadequada.

Foi com o surgimento das técnicas de gravação de som que o estudo da comunicação sonora de animais entrou no reino da ciência.

A invenção de gravações por dispositivos mecânicos tornou possível as primeiras gravações de vozes de pássaros no final do século 19, e estas ainda eram usadas até 1951, quando Pierre Rougeot gravou em um cilindro de cera a curiosa exibição de cortejo do Honeyguide Melichneutes robustus com cauda de lira no Gabão. Naquela época, a gravação magnética de som já era possível, mas apenas com máquinas pesadas e movidas a gerador.

Na verdade, a bioacústica moderna começou com a disponibilidade de gravadores magnéticos mais leves e com alimentação própria.

Foi apenas no início da década de 1960 que os modelos de alta fidelidade, nomeadamente o Nagra-III e o Uher 4000-S, tornaram-se disponíveis; eles não eram tão leves, nem baratos e precisavam de um microfone montado em parábola para serem eficientes, mas abriram oportunidades há muito procuradas por naturalistas, ornitólogos e herpetólogos em primeiro lugar.

Essa novidade no campo da zoologia gerou grandes expectativas, algumas delas frustradas posteriormente, mas no final da década a bioacústica se consolidou como um novo campo da pesquisa científica.

A década de 1970 foi um período de revisão das possibilidades e limitações da bioacústica e da organização de suas estruturas. Diversos objetivos de pesquisa, como a resolução de problemas taxonômicos, foram reconsiderados, mas novas abordagens foram introduzidas, notadamente fisiológicas e ecológicas.

Muito importante para o desenvolvimento da bioacústica foi o estabelecimento de arquivos de sons naturais e a reunião de outros cientistas, especialmente alguns entomologistas, fisiologistas e acústicos musicais.

Neurobiologistas se juntarão a este último.

Assim, a bioacústica nasceu nos anos 60, estruturou-se nos anos 70 e representa hoje um campo de investigação extremamente diversificado e multidisciplinar, mantendo no entanto uma forte unidade: o seu objetivo de compreender a comunicação sonora animal.

Bioacústica – História

A bioacústica é um ramo da zoologia, estritamente relacionado à etologia, que investiga a produção e a recepção sonora em animais, incluindo o homem, e como os animais se comunicam por meio do som.

bioacústica também diz respeito aos órgãos de audição e produção de som, bem como aos processos fisiológicos e neurológicos pelos quais os sons são produzidos e recebidos para comunicação, bem como para fins de ecolocalização. Finalmente, ele tenta compreender as relações entre as características dos sons que um animal produz e a natureza do ambiente em que são usados e as funções para as quais foram projetados. Seu desenvolvimento data efetivamente de cerca de 1950, quando métodos práticos de registro e análise tornaram-se prontamente disponíveis para a comunidade científica.

Essa disciplina se desenvolveu apenas após a segunda parte do século XX, embora os métodos de captura de sons existissem desde 1800 e início de 1900.

Especialmente nos primeiros dias da bioacústica, a pesquisa foi dificultada por limitações tecnológicas. O tamanho dos dispositivos de registro e armazenamento, bem como sua fragilidade, não permitiam realizar trabalhos de campo avançados, e a pesquisa bioacústica não era amplamente difundida.

Mas, nos últimos anos, os desenvolvimentos eletrônicos e a subsequente miniaturização dos equipamentos abriram novos horizontes para a bioacústica.

Hoje, é fácil e barato obter equipamento básico para pesquisa bioacústica, e até mesmo laptops poderosos podem ser usados em campo junto com gravadores de som de última geração e software avançado.

Essas novas tecnologias transformaram a maneira como os sons podem ser amostrados, analisados, armazenados e acessados. Como consequência, atualmente as coleções de sons de animais produzidas por insetos, anfíbios, mamíferos e pássaros para comunicação, são amplamente utilizadas e aplicadas para pesquisas.

Fonte: Camila Correia/ocr.org/atbi.eu/www2.ib.unicamp.br

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