Kinorhyncha

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Kinorhyncha é um Filo de posição taxonômica incerta.

Constituído de pseudocelomados, tem afinidades com Priapulida e Loricifera.

Representa um grupo da meiofauna.

Ocorre no bentos, do entremarés ao abissal, no fital e em ambiente de água subterrânea da alta-praia.

Há apenas uma espécie registrada para o Brasil.

Necessita-se de um enorme esforço de amostragem e preparo de pessoal de apoio e taxonomista capacitado para formar coleção e definir a representatividade e importância do táxon.

Considerado, às vezes, classe dos Aschelminthes ou dos Nemathelmintes, conhecido antigamente pela denominação de Echinoderia, este pequeno grupo pseudocelomado apresenta forte afinidade com Priapulida e Loricifera.

Kinorhyncha
Kinorhyncha

O filo é conhecido no Brasil desde 1956, pela descrição de uma espécie procedente de Macaé, Rio de Janeiro (Gerlach, 1956). Essa espécie (Cateria styx) foi encontrada depois em Ubatuba, SP (Higgins, 1968).

Exemplar coletado na Praia Marujá (Ilha do Cardoso, SP) pela autora deste texto foi também identificado por ela como sendo Cateria styx.

Kinorhyncha provavelmente estão incluídos nas dietas da maioria dos grandes invertebrados marinhos, como camarões, caracóis e outros alimentadores bentônicos.

Os quinorríncos são encontrados nos seguintes hábitats:

Camada superficial da lama estuarina ou marinha, do subtidal ou abissal;
Sistema intersticial de praias arenosas de alta energia;
Sobre algas (fital), macrófitas (Spartina), colônias de briozoários ou esponjas;
Àgua do lençol subterrâneo de praias; e
Areia de anfióxo e areia de Dentalium do sublitoral.

Participam das interações tróficas nas comunidades em que vivem, tendo importância para o ser humano apenas indiretamente.

Kinorhyncha – Diversidade

Filo Kinorhyncha é dividida em duas ordens, Cyclorhagida e Homalorhagida, com 21 gêneros e mais de 200 espécies, algumas das quais só foram descritas a partir de estágios juvenis.

Estes animais são muito pequenas, geralmente com menos de 1 mm de comprimento, segmentado, e sem membros. Eles são móveis, marinho (ocasionalmente salobra), invertebrados bentônicos encontrados em todo o mundo, a partir de intertidal às zonas abissais, em camadas de sedimentos, praias arenosas, em algas, ou associado com outros invertebrados, maiores.

Os corpos são cobertos com várias espinhas, que são extensões móveis da parede do corpo.

Os espinhos em torno da cabeça são usados para ajudar a puxar estes animais ao longo dos bentos, onde depositar alimentam de diatomáceas, bactérias e outras matérias orgânicas no substrato.

A cabeça e faringe pode ser recolhido e coberto com placas (chamados placids) no segundo segmento do corpo, diferenças no número e fechamento mecanismos destas placas são frequentemente utilizadas para distinguir espécies e grupos taxonômicos superiores.

Kinorhyncha – Posição Sistemática

Reino: Animalia
Sub reino: 
Metazoa
Filo Kinorhyncha

Ordem Cyclorhagida
Ordem Homalorhagida

Número de espécies

No Mundo: 150
No Brasil: 1

Grego: kinema = movimento; rynchos = focinho
Nome vernáculo: 
quinorrinco

Kinorhyncha – Filo

Classe Kinorhyncha

Kinorhyncha é um filo de pequenos invertebrados (1 mm ou menos) marinhos pseudocelomados que são comuns em lama ou areia em todas as profundidades, como parte das meiofauna ou meiobent

Kinorhyncha é um filo representado por pequenos animais marinhos e pseudocelomados.

São conhecidas cerca de 150 espécies.

Espécies pertencentes a este filo foram descritas a partir de águas marinhas e salobras em todo o mundo. Eles foram encontrados em profundidades de 8 a 8.000 metros.

Kinorhyncha – Caracteristicas gerais

São animais pequenos, normalmente com menos de 1mm de comprimento. Possuem o corpo segmentado, com simetria bilateral, constituído de cabeça (introverte, completamente retrátil e se recobre com várias placas do pescoço, quando está contraída), pescoço e um tronco com onze segmentos. A boca é anterior e terminal, como em outros cicloneurálios e está situada na extremidade de um cone oral protraído. O cone oral pode ser retraído e protraído. A boca é rodeada por um circulo de nove estiletes orais cuticulares.

O próprio introverte possui 90 escálides ? anéis de cerdas cuticulares quitinosas sensoriais e locomotoras ? espiniformes organizadas em sete anéis concêntricos ao redor dele.

Todo o introverte pode ser retraído para dentro do pescoço ou do primeiro segmento do tronco, daí, o nome Kinorhyncha, significando ?nariz móvel?. Um jogo de placas cuticulares, ou plácides, no segundo ou terceiro segmento, fecha o introverte retraído.

O corpo curto é aplainado ventralmente, como o dos Gastrotricha, mas os Kinorhyncha não possuem cílios locomotores e, com exceção da ausência de apêndices pareados, se assemelham superficialmente a copépodes harpaticóides intersticiais, com os quais às vezes são confundidos.

Segmentação da cutícula, musculatura da parede do corpo, glândulas epidérmicas e sistema nervoso são características distintivas. Uma epiderme celular uniestratificada fina está abaixo da cutícula e a secreta.

Vivem normalmente em lama e areia, a qualquer profundidade. São encontrados desde a zona entremarés até milhares de metros de profundidade.

Kinorhyncha – Anatomia

Kinorhyncha são segmentadas, animais sem membros, com um corpo que consiste de uma cabeça, pescoço e um tronco de de onze segmentos.

Ao contrário de alguns invertebrados semelhantes, eles não têm externo dos cílios, mas sim tem uma série de espinhos ao longo do corpo, além de até sete círculos de espinhos ao redor da cabeça.

Estes espinhos são usados para locomoção, retirando a cabeça e empurrando para a frente, quando agarrando o substrato com os espinhos enquanto desenha o corpo.

A parede do corpo consiste de uma fina sincicial camada, que segrega uma dura cutícula; este é lançado várias vezes enquanto cresce para a idade adulta.

Os espinhos são essencialmente extensões móveis da parede do corpo, e são ocos e coberto por cutícula.

A cabeça é completamente retrátil, e é coberto por um conjunto de placas no pescoço chamados calma quando retraída.

Kinorhyncha comem tanto diatomáceas ou material orgânico encontrados na lama, dependendo da espécie. A boca está localizada numa estrutura cônica no ápice da cabeça, e se abre para um faringe e, em seguida, um esôfago, ambas as quais são revestidas por cutícula.

Dois pares de glândulas salivares e um ou mais pares de glândulas pancreáticas ligam o esôfago e presumivelmente secretam enzimas digestivas.

Além do esôfago encontra-se um intestino que combina as funções de um estômago e do intestino, e carece de uma cutícula, permitindo-lhe absorver nutrientes. O intestino posterior é curto e revestido por uma cutícula, e deságua no final do intestino grosso na extremidade posterior do tronco.

Não existe nenhum sistema circulatório, embora a cavidade do corpo (uma cavidade corporal que não é um produto de gastrulação e não está alinhado com uma membrana mesodérmica bem definida) está bem desenvolvida, e inclui amebócitos.

O sistema excretor consiste em duas protonephridia (uma célula oca no sistema excretor de alguns invertebrados, incluindo vermes achatados e rotíferos, contendo um tufo de batendo rapidamente cílios que servem para impulsionar os resíduos em túbulos excretores), esvaziamento através dos poros do segmento final.

O sistema nervoso é composto por um cordão nervoso ventral, com um gânglio em cada segmento, e um anel em torno do nervo anterior faringe.

Gânglios menores também estão localizados nas partes laterais e dorsal de cada um dos segmentos, mas não formam cordões distintas.

Algumas espécies possuem simples ocelos na cabeça, e todas as espécies possuem pequenas cerdas sobre o corpo para proporcionar uma sensação de toque.

Kinorhyncha – Locomoção

Um quinorrinco escava por eversão e retração alternada de seu introverte espinhoso. O corpo move-se para frente durante a eversão do introverte e permanece estacionário durante a retração.

À proporção que o introverte se everte, as escálides desfraldam-se e ancoram-se para puxar o animal adiante. Quando o introverte for completamente evertido, o cone oral, com uma boca terminal cercada pelos estiletes orais, se protrairá no sedimento.

Kinorhyncha – Sistema nervoso

O sistema nervoso intra-epidérmico consiste em um cérebro trianular e um cordão nervoso ventral. O cérebro é banda em colarinho larga ao redor da região anterior à faringe, semelhante ao dos outros cicloneurálios.

A região anterior do cérebro inerva o cone oral e as escálides do introverte. Oito nervos longitudinais saem da região posterior do cérebro para inervar o pescoço e o tronco.

O cordão nervoso ventral duplo se estende posteriormente a partir do cérebro e possui gânglios segmentares pareados conectados por comissuras.

Esses órgãos dos sentidos incluem uma variedade de estruturas cuticulares, inclusive escálides e flósculos contendo células receptoras monociliadas.

Algumas espécies têm ocelos anteriores de estrutura incomum e todos parecem ser sensíveis à luz.

Kinorhyncha – Trato digestivo

Quinorrincos se alimentam de diatomáceas e/ou detritos orgânicos finos. O trato digestível constitui-se de regiões anterior, mediana e posterior.

A região anterior é forrada com cutícula e consiste em cavidade oral com provável função filtradora, faringe sugadora com paredes compostas de músculos mesodérmicos radiais e circulares e esôfago curto que se une à região mediana.

A região mediana é forrada com gastroderme absorvente com microvilosidades e está envolvida por músculos circulares e longitudinais. A região mediana se abre para uma região posterior curta, forrada com cutícula que se abre para o exterior pelo orifício retal terminal no segmento 13. A fisiologia da digestão ainda não foi estudada.

Kinorhyncha – Excreção

Dois protonefrídeos, cada um formado de três células terminais biflageladas, estão na hemocele e se abrem através de dutos, para os nefridióporos localizados na superfície lateral do 11º segmento.

Os sistemas excretor e reprodutivo são independentes um do outro.

Kinorhyncha – Sistema reprodutor

Existem dois sexos que se parecem iguais. Um par de gônadas estão localizados no meio da região do tronco, e aberta a poros no segmento final.

Na maioria das espécies, o ducto esperma inclui duas ou três estruturas espinhosas que, presumivelmente, ajudam no acasalamento, embora os detalhes são desconhecidos. O larvas são de vida livre, mas pouco mais se sabe sobre o seu processo reprodutivo.

Quinorrincos são gonocóricos e possuem gônadas pareadas saciformes. Cada gônada comunica-se com o exterior por um gonoduto e um gonóporo entre os segmentos 12 e 13.

Receptáculos seminais estão presentes nos gonodutos femininos e a fertilização é assumida como interna.

A cópula nunca foi observada, mas em espécies de dois sexos foram vistos espermatóforos, os quais são transferidos para as fêmeas por espinhos especializados.

Pouco se sabe sobre o desenvolvimento em quinorrincos, mas ele é direto e o jovem eclode com 11 segmentos, parecendo-se bastante com o adulto. Os jovens sofrem mudas periódicas para atingir a condição adulta, quando as mudas cessam. As larvas são de vida livre.

Fonte: animaldiversity.org/www.biomania.com/www.ucmp.berkeley.edu

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