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O que são Células da Glia (ou neuroglia)?
O tecido nervoso é responsável por diversas funções, entre elas controlar todos os estímulos e atividades dos corpos. Esse tecido é composto majoritariamente, por neurônios, que tem função a propagação dos impulsos nervosos, e as células da glia(ou neuroglia).
Descritas há 150 anos, em 1858, as células glia foram chamadas pelo patologista alemão Rudolf Virchow (1821-1902), como nervenkitt (cimento de nervo), traduzida como neuroglia. Nessa época, Virchow atribuiu a unica função as células como suporte, ou cola, das células neuronais. Posteriormente, com o avanço dos estudos, descobriu-se que essas células tinham muito mais funções e atividades.
A neuroglia pode ser classificada como dois grandes grupos distintos morfológica e funcionamente de acordo com a origem embriológica: a microglia, responsável pela função de defesa imune do sistema nervoso central (SNC) e a macroglia, compreende síntese de mielina, revestimento e crescimento.
Micróglia
Essas são as menores células da glia, ficam dispersas no sistema nervoso central. Os prolongamentos do citoplasma são em forma de ondas e ramificados. Elas são capazes de fagocitar e também estão envolvidas na defesa do sistema nervoso central.
As células da macroglia, variam em forma e função e divididas em 3 tipos principais:
Astrócitos: Esses são células maiores, apresentam o núcleo em forma de esfera e no meio da célula, esse tipo de célula possui vários prolongamentos do citoplasma, uma espécie de “estrela”.
Oligodendrócitos: Os oligodendrócitos possuem o corpo menor que os astrócitos, e possuem bem poucos prolongamentos, quando existem são finos. Eles são responsáveis por sintetizar a mielina da fibra nervosa no sistema nervoso central (no periférico as células de Shwann que fazem essa função).
Células Ependimárias: Esse tipo de célula reveste a cavidade do encéfalo e da medula. Elas formam uma camada de células cúbicas, com microvilosidades e cílios, isso favorece a função que ela está associada, a de secreção, movimentação e absorção de líquido cefalorraquidiano, que é um líquido importante para o metabolismo do tecido nervoso, além de proteger de traumatismos externos.
Por Ana Rosa Calheiro Luz