Relações Ecológicas

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Relações Ecológicas – O que são

As relações ecológicas descrevem as interações entre os organismos em seu ambiente.

Essas interações podem ter efeitos positivos, negativos ou neutros na capacidade de sobrevivência e reprodução das espécies ou na “aptidão”.

A interação entre organismos dentro ou entre nichos sobrepostos pode ser caracterizada em cinco tipos de relações: competição, predação, comensalismo, mutualismo e parasitismo.

A simbiose se refere a uma relação próxima na qual um ou ambos os organismos obtêm um benefício.

A relação ecológica é muito importante em nosso ecossistema. Cada parte tem suas próprias funções em manter o fluxo natural do ecossistema. Se houver uma parte ou uma que esteja em perigo, existe a possibilidade de todas as partes restantes estarem em perigo.

Os seres vivos se relacionam uns com outros, tanto da mesma espécie quanto de espécies distintas.  Quando existe uma relação entre espécies iguais, estas relações são chamadas intraespecíficas.

Quando são espécies diferentes, a relação recebe o nome de interespecífica.

Pela ecologia, que é a ciência que estuda o ambiente e os seres vivos que vivem nele, essas relações podem ser encaradas como harmoniosas, ou seja, sem que os indivíduos tenham prejuízos; desarmônicas, quando pelo menos um dos indivíduos se prejudica; e neutra, quando nenhum dos envolvidos tem ganhos ou se prejudica.

Para facilitar o entendimento, podemos separá-las da seguinte forma:

RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS (entre seres da mesma espécie)

Relações Ecológicas

Harmônicas

Colônias: são indivíduos unidos, que acabam por atuar em conjunto. Muitas vezes, repartem funções. Como exemplo há os corais.
Sociedades:
 são indivíduos independentes, que estão organizados em cooperativas, sendo que cada um desses indivíduos tem uma função definida. Pode-se citar as abelhas, formigas e cupins.

Desarmônicas

Competição: quando há indivíduos da mesma espécie, eles acabam competindo pelo mesmo recurso. Imagine os leões: eles vão competir pela comida, pelas fêmeas, pelo território. Embora sejam da mesma espécie, eles competem entre si para sobreviver.
Canibalismo:
 quando indivíduos da mesma espécie se alimentam de indivíduos da mesma espécie. Um exemplo são os louva-deuses, que praticam canibalismo.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS (entre seres de espécies diferentes)

Relações Ecológicas

Harmônicas

Protocooperação: são seres vivos que, ao se associarem, se beneficiam, mas podem viver separadamente. Um exemplo são os caranguejos eremitas, que levam consigo anêmonas aderidas em conchas. Eles podem viver separados, mas quando estão juntos, o caranguejo tem a proteção dos tentáculos urticantes das anêmonas e as anêmonas são transportadas pelos caranguejos, como também pegam restos de alimentos deles.
Inquilinismo:
 ser vivo que utiliza o outro como moradia, sem prejudicá-lo. Como exemplo temos as orquídeas, que utilizam as árvores para se fixar e se desenvolver. Existem alguns autores que dizem que esse tipo de relação pode ser desarmônica, quando há um grande volume de plantas numa árvore e, com o peso, faz com que os galhos se quebrem.
Comensalismo:
 são seres vivos que aproveitam os restos de alimentos de outros indivíduos. Exemplo disso: A rêmora e o tubarão. A rêmora se fixa ao corpo do tubarão, sendo transportada, enquanto se beneficia dos restos da alimentação do tubarão, que não é prejudicado.
Mutualismo:
 seres vivos associados que se beneficiam mutuamente desta associação. Essa relação é essencial para a sobrevivência de ambos. Exemplo disso: polinização, em que os seres vivos dependem das flores para a retirada de recursos e as flores dependem dos polinizadores para sua reprodução.

Desarmônicas

Competição: ocorrem em espécies diferentes, que competem pelo mesmo tipo de recurso. Exemplo: chita e leão. Os dois competem pela caça, território e água.
Amensalismo:
 são seres vivos que liberam substâncias que afetam o crescimento de outro organismo. O eucalipto é um tipo de planta que libera substâncias que afetam o crescimento de outras.
Herbivorismo:
 seres que se alimentam de plantas (e as matam). Como exemplo, há os gafanhotos que comem as plantas.
Parasitismo:
 seres vivos que se aproveitam do outro, causando-lhe prejuízo. Porém, eles não levam o indivíduo à morte. Um exemplo é o piolho e o ser humano, sendo que este inseto é um parasita externo. Já a lombriga é um parasita interno, que se aproveita do ser humano.
Esclavagismo:
 ocorre entre indivíduos de uma espécie, que se beneficiam explorando as atividades ou os produtos produzidos por outros animais (da mesma espécie ou não). Como exemplo, há espécies de formigas que invadem outros formigueiros e roubam os ovos, levando-os para seu próprio ninho. Ao se desenvolverem, as larvas são alimentadas até empuparem. Quando se tornam adultas, elas trabalham normalmente para as formigas que as escravizaram.

Fonte: Juliano Schiavo (Biólogo e mestre em Agricultura e Ambiente)

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