AIDS

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AIDS e HIV

AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) apresenta-se como uma variedade de doenças e enfermidades, todas resultantes da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

HIV ataca o sistema imunológico humano, enfraquecendo a resposta do corpo a infecções e doenças e tornando o paciente suscetível a várias doenças.

HIV causa poucos sintomas e uma pessoa infectada pode parecer e se sentir saudável por anos após contrair o vírus. Uma vez que o vírus tenha enfraquecido suficientemente o sistema imunológico, a doença progride para a AIDS, que é marcada por uma variedade de doenças das quais o paciente tem cada vez mais dificuldade em se recuperar. A morte por AIDS resulta dos efeitos de doenças secundárias.

Acredita-se que o HIV/AIDS tenha surgido na África Ocidental e Central em meados do século XX. O vírus é transmitido através de fluidos corporais, como sangue, sêmen e secreções vaginais.

É transmitido principalmente por contato sexual, mas também pode ser transmitido de mãe para filho (pré-natal, durante o parto ou durante a amamentação), pelo compartilhamento de agulhas contaminadas por usuários de drogas intravenosas, pelo uso de sangue infectado em procedimentos médicos, e por outros meios de contaminação do sangue (punções com agulha, contaminação de feridas abertas, etc.).

HIV é um retrovírus capaz de mutação rápida que produz uma infecção latente que se desenvolve por um longo período. Para infectar um ser humano, o HIV deve se ligar a células hospedeiras específicas conhecidas como células CD4, que são responsáveis pela regulação do sistema imunológico. Depois de ocupar uma célula hospedeira, o vírus copia o DNA da célula, tornando-a invisível para o sistema de defesa do organismo. O vírus se replica dentro das células, produzindo numerosas partículas virais que brotam da superfície da célula, destruindo a célula e movendo-se para se ligar a outra célula CD4. Por várias semanas ou meses após a infecção inicial, o paciente é altamente infeccioso, embora o teste de HIV não revele o status positivo do paciente.

Após esse período inicial, conhecido como período de janela, o vírus incuba, destruindo muitas células CD4, mas sendo repelido pelo sistema imunológico. Cerca de dois milhões de células CD4 são destruídas a cada dia por cerca de dez bilhões de partículas virais recém-produzidas. O período de incubação do HIV é bastante longo, com média de cerca de dez anos.

Uma vez que o equilíbrio entre as células CD4 e as partículas virais muda a favor do HIV, no entanto, os sintomas começam a aparecer.

Infecção pelo HIV e AIDS – Definição

vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) ao infectar as células T auxiliares do sistema imunológico.

O sorotipo mais comum, HIV-1, é distribuído em todo o mundo, enquanto o HIV-2 está principalmente confinado à África Ocidental. A AIDS é um distúrbio imunológico grave causado pelo retrovírus HIV, resultando em um defeito na resposta imune mediada por células que se manifesta pelo aumento da suscetibilidade a infecções oportunistas e a certos cânceres raros, especialmente o sarcoma de Kaposi.

É transmitida principalmente pela exposição a fluidos corporais contaminados, especialmente sangue e sêmen.

HIV – O que é


HIV/AIDS – Vírus

HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana (a sigla vem do nome da doença em inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome). Por síndrome entende-se um conjunto de sinais e sintomas de uma doença.

Imunodeficiência é o enfraquecimento do sistema imunitário, responsável pela defesa do corpo contra as infecções e doenças em geral. Assim, o organismo de uma pessoa atingida pelo HIV pode se tornar mais frágil diante de certos micróbios, bactérias e vírus.

AIDS é a forma mais grave da infecção pelo vírus da deficiência imunológica humana (HIV), gerado pelo enfraquecimento do sistema de defesa do organismo.

O vírus entra no corpo. E ataca os glóbulos brancos (linfócitos T4), que são muito importantes na defesa imunológica do organismo. Esta situação pode se prolongar meses ou anos, sem nenhum sinal aparente da doença. Nosso organismo já está infectado pelo HIV mas a doença ainda não se manifestou.

Pessoas neste estágio de infecção são chamadas de “soropositivos, assintomáticos”, e podem infectar:

Os parceiros sexuais
Aqueles ou aquelas com quem compartilhamos o uso de seringa
A mulher grávida pode passar para a criança.

Às vezes o vírus – por razões ainda mal conhecidas – pode se tornar “ativo”, se reproduzindo dentro de T4 e liberando uma grande quantidade de vírus infectando outros linfócitos T4 (glóbulos brancos).

Quando um número importante de células T4 são destruídas por consequência da infecção pelo vírus, as defesas imunitárias do organismo se debilitam.

É nesse momento que aparecem os sintomas da doença:

Febre persistente, diarreia prolongada, erupções cutâneas;
Emagrecimento sem causa aparente;
Infecções “oportunistas” devido à multiplicação de germes com os quais normalmente vivemos sem perigo;
Câncer de pele (sarcoma de Kaposi);
Gânglios.

Ao adquirir o vírus, a pessoa começa a apresentar sintomas que lembram bastante uma gripe, tais como dor de cabeça, febre, gânglios inchados ou mesmo vermelhidão na pele. Apenas 40% das pessoas apresentam esses sintomas, sendo que na maioria das pessoas a contaminação passa despercebida por um bom tempo. Somente de 3 a 6 meses após ter adquirido o vírus da AIDS é que a pessoa começa a desenvolver os anticorpos para combater o vírus.

Passado algum tempo, a pessoa entra na fase latente da doença, em que não existe nenhuma evidência clínica de que a pessoa esteja doente.

Porém o vírus pode ser detectado no sangue, bem como se notar a diminuição dos tais linfócitos auxiliares. Podem ocorrer sintomas mais brandos da doença, como herpes simples, herpes zoster, diarreias, febre baixa, sudorese intensa, perda de peso, além de infecções bacterianas, como pneumonias, tuberculose. Só depois de um certo período de tempo é que a pessoa começa a apresentar os sintomas mais graves da doença, com a resistência do organismo para combater infecções cada vez mais debilitada.

Nesta fase o indivíduo começa a pegar doenças infecciosas bem raras, o que muitas vezes faz chamar a atenção para o diagnóstico da AIDS. Por exemplo, quando adquire pneumonia, em geral é por um organismo chamado Pneumocystis carinii, que só acomete pessoas bem debilitadas. Também é comum adquirir meningite, em geral causada por um fungo bastante raro chamado Cryptococcus neoformans, que é bem difícil de ser tratado

A tuberculose, que parecia estar sendo controlada no mundo, vem ganhando força total com o surgimento da AIDS, em que vários pacientes são acometidos.

No cérebro podem aparecer abcessos, causados por um outro germe bastante raro, o Toxoplasma gondi.

São muito frequentes as lesões na boca causadas pelo fungo Candida albicans, formando placas esbranquiçadas pela boca e garganta, bem como feridas causadas por Herpes.

Na pele pode aparecer o Sarcoma de Kaposi, que são manchas arroxeadas distribuidas pelo corpo, sendo que o grupo de pessoas que apresenta esta variedade da doença tem o melhor prognóstico.

Em resumo, uma pessoa pode adquirir uma dessas doenças acima, ou ter a mesma várias vezes, com períodos de melhora, e a sua sobrevida vai depender basicamente da resposta da pessoa aos antibióticos ou tratamentos indicados. Como essas doenças são bem graves, muitas vezes não se consegue combatê-las e a pessoa então acaba morrendo.

HIV – Transmissão


Símbolo de consciência de AIDS

O vírus HIV foi isolado em fluídos corporais como saliva, lágrimas e urina mas, como estudos comprovam, a infectividade dos vírus desses fluídos são extremamente baixas então, o HIV só pode ser transmitido de forma sexual, sanguínea e vertical.

A transmissão sexual é a forma mais comum de contágio e, ao contrário do que se pensava, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a mais frequente forma de transmissão sexual o comportamento heterossexual sem uso de preservativos.

Antigamente, falava-se em grupo de risco, que era, basicamente, os homossexuais e os usuários de drogas injetáveis.

Hoje, fala-se em comportamento de risco e isso inclui a ausência de preservativos nas relações heterossexuais. Nos países desenvolvidos, as relações homossexuais ainda são responsáveis por grande parte dos casos de AIDS, mas os heterossexuais contaminados estão aumentando proporcionalmente com a epidemia.

Toda relação sem preservativo é arriscada, mas os riscos de contaminação aumentam com relação retal receptiva, durante o período menstrual ou com a presença de outra DST, principalmente as ulcerativas, como cancro mole, sífilis e herpes genital.

Outra forma de transmissão é a sanguínea. Muitos países estão cada vez mais se preocupando com a qualidade do sangue utilizado em transfusões, como o Brasil, por isso poucos casos de transmissão sanguínea ainda ocorrem por esse meio. Definitivamente, o meio mais eficaz de contágio através do sangue é devido a drogas injetáveis, compartilhando agulhas e seringas.

Isso fez com que muitos países adotassem programas para distribuir seringas e agulhas entre os usuários de drogas, não com o intuito de estimular o vício, mas sim de prevenir a doença.

Na África são encontradas as maiores taxas de transmissão de forma vertical. Lá, 30 a 40% das pessoas são infectadas dessa forma enquanto em lugares como a América do Norte, essa estatística cai para 15 a 29%.

Isso acontece porque, além de a África ser campeã na transmissão heterossexual, o aleitamento materno lá é mais freqüente que em países industrializados.

Essa forma de transmissão é decorrente da exposição da criança ao vírus durante a gestação, parto ou aleitamento materno.

A gestante pode transmitir o vírus ao filho em qualquer fase da gravidez, sendo que o primeiro trimestre isso é menos frequente. O risco pode diminuir em até 67% se a gestante usar AZT durante a gravidez e no momento do parto. O AZT ainda deve ser administrado ao recém-nascido por seis semanas.

A transmissão pelo leite materno também pode ser evitada. Nesses casos, devem ser usados leite industrializado ou leite humano de mulher sem o vírus HIV.

HIV – Prevenção

AIDS é uma das maiores preocupações nos dias de hoje. As principais estratégias de campanhas para prevenção é a promoção do uso de preservativos, a distribuição de seringas esterilizadas ou descartáveis e o controle da qualidade do sangue, além de ampla divulgação e muita informação sobre a doença.

Como não há vacina disponível para o HIV, a única maneira de prevenir a infecção pelo vírus é evitar comportamentos que coloquem uma pessoa em risco de infecção, como compartilhar agulhas e fazer sexo desprotegido. Muitas pessoas infectadas pelo HIV não apresentam sintomas; portanto, não há como saber com certeza se um parceiro sexual está infectado, a menos que ele ou ela tenha repetidamente testado negativo para o vírus e não tenha se envolvido em nenhum comportamento de risco.

Os indivíduos devem se abster de fazer sexo ou usar preservativos masculinos de látex ou preservativos femininos de poliuretano, que podem oferecer proteção parcial durante o sexo oral, anal ou vaginal. Somente lubrificantes à base de água devem ser usados com preservativos masculinos de látex. Embora algumas evidências de laboratório mostrem que os espermicidas podem matar o HIV, os pesquisadores não descobriram que esses produtos possam impedir uma pessoa de contrair o HIV.

O risco de transmissão do HIV de uma mulher grávida para seu bebê pode ser significativamente reduzido com o uso de medicamentos antirretrovirais tomados durante a gravidez, trabalho de parto e parto e administrados ao bebê nas primeiras seis semanas de vida. Além disso, o International Perinatal HIV Group relatou em 1999 que a cesariana eletiva poderia ajudar a reduzir a transmissão vertical do HIV, embora não seja isenta de riscos para algumas mulheres.

HIV – Sintomas

Existem quatro fases clínicas em que se divide a infecção pelo HIV: infecção aguda; fase assintomática; fase sintomática inicial ou precoce; e AIDS.

Na fase de infecção aguda, os sintomas mais visíveis e frequentes são: febre, fadiga, cefaleia, faringite mialgia e/ou artalgia, náusea, vômito e/ou diarreia, suores noturnos, meningite asséptica, úlceras orais, úlceras genitais, entre outros.

Na fase assintomática raramente há febre ou outro sintoma qualquer mais existem alguns exames de rotina recomendados aos soropositivos, como: hemograma completo, níveis bioquímicos, sorologia para os vírus da hepatite, sorologia para toxoplasmose (lgG), sorologia para citomegalovírus (CMV) e herpes, sorologia para sífilis, radiografia de tórax, PPD (derivado protéico purificado), papanicolaou (para mulheres) e perfil imunológico e carga viral.

Já na fase sintomática inicial é comum ocorrer suores noturnos, fadiga, emagrecimento, diarreia, sinusites, candidíase oral e vaginal, gengivite, úlceras aftosas, herpes simples, entre outros.

HIV – Complicações

Uma das principais consequências da infecção pelo HIV é a possibilidade de adquirir as chamadas doenças oportunistas. Essas doenças só se desenvolvem por uma debilitação no sistema imunológico.

Os microorganismos causadores de doenças oportunistas não ofereceriam riscos a pessoas com o sistema imune normal. Porém, existe a possibilidade de microorganismos patogênicos causar infecções e isso torna mais grave a situação, afastando a nomenclatura de oportunista.

Várias são as doenças oportunistas relacionadas à AIDS e elas podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários e certas neoplasias.

Alguns exemplos são: herpes simples, tuberculose, pneumonia, candidíase, toxoplasmose, entre outras.

HIV – Tratamento

Até o momento, existem dois tipos de tratamento contra o HIV: os inibidores da transcriptase reversa, que inibem a replicação do HIV bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, convertendo o RNA viral em DNA, e os inibidores da protease, que agem no último estágio da formação do vírus, impedindo a ação da enzima protease, importante na formação das partículas do HIV.

O AZT é um inibidor da transcriptase reversa.

Com essas drogas, há a possibilidade de terapia combinada, que pode associar duas ou mais drogas do mesmo grupo ou de grupos diferentes. Este é o tratamento anti-retroviral que, devido aos muitos estudos que estão sendo feitos em diversos lugares do mundo, pode trazer mudanças constantes.

Muitas outras drogas estão sendo pesquisadas, inclusive a vacina contra AIDS. Mas, infelizmente, ainda não há previsão para a cura definitiva.

HIV – Prognóstico

O prognóstico para indivíduos com AIDS nos últimos anos melhorou significativamente por causa de novos medicamentos e tratamentos e esforços educacionais e preventivos.

As mulheres cujas infecções por HIV são detectadas precocemente e recebem tratamento adequado sobrevivem tanto quanto os homens infectados.

Existem vários estudos que mostraram que as mulheres infectadas pelo HIV têm tempos de sobrevivência mais curtos do que os homens.

As mulheres podem ser menos propensas do que os homens a serem diagnosticadas precocemente, o que pode explicar tempos de sobrevivência mais curtos. Em uma análise de vários estudos envolvendo mais de 4.500 pessoas com infecção pelo HIV, as mulheres eram um terço mais propensas do que os homens a morrer no período do estudo.

Os investigadores não conseguiram identificar definitivamente as razões para o excesso de mortalidade entre as mulheres neste estudo, mas especularam que o acesso ou uso de recursos de saúde mais pobres entre as mulheres infectadas pelo HIV em comparação com os homens, violência doméstica, falta de moradia e falta de apoio social para as mulheres podem ter sido fatores importantes.

AIDS – História


HIV/AIDS

O local e a própria origem da AIDS provoca, até hoje, muitas especulações. Sabe-se que retrovírus relacionados ao HIV-1 e HIV-2 podem ser encontrados em primatas, na África em algum momento do século XX.

Existe o Vírus da Imunodeficiência Símia (SIV) que infecta chimpanzés africanos e é 98% semelhante ao HIV, o que faz acreditar que ambos têm a mesma origem.

Esses e outros fatos reforçam a tese de que o HIV tem origem africana.

Trabalhos científicos recentes sugerem que os homens possam ter sidos contaminados já na década de 40 e 50. Mas, oficialmente, a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – SIDA) foi reconhecida em 1981, nos Estados Unidos. Havia um grande número de homens adultos homossexuais, habitantes de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi (uma espécie de pneumonia).

Todos tinham o sistema de imunidade comprometido. Então, concluiu-se que era uma nova doença, provavelmente, infecciosa e transmissível, ainda sem classificação.

No Brasil, os primeiros dois casos de AIDS foram publicados em 1982 e eram referentes a pacientes da Região Sudeste.

Dois pesquisadores conseguiram isolar vírus de pacientes com AIDS em 1983. O HIV-1 foi isolado por Luc Montaigner, na França, e Robert Gallo, nos EUA.

Em 1986, um segundo agente etiológico, com características semelhantes ao HIV-1, foi identificado: o HIV-2. Foi neste ano que um comitê internacional recomendou o uso do termo HIV ((Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana). Neste ano, este comitê reconheceu também que esse vírus era capaz de infectar seres humanos.

O Ministério da Saúde divulgou dados oficiais que mais de 76.000 casos de AIDS foram notificados até hoje no país. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 18 milhões de adultos e 1,5 milhão de crianças já foram infectados pelo HIV. Só o continente africano é responsável por 70% dos casos.

Fonte: guiadosexo.uol.com.br/www.famema.br/www.adolesite.aids.gov.br/www.encyclopedia.com/www.saberviver.org.br/www.hiv-support.org/www.sasg.org

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