Cisticercose

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Cisticercose – Definição

cisticercose uma doença causada pela presença de larvas de tênia da espécie Taenia solium em qualquer um dos tecidos do corpo.

A presença de cisticercos nos músculos causa dor e fraqueza; no cérebro os sintomas são mais graves, incluindo deterioração mental, paralisia, vertigem, ataques epilépticos e convulsões.

cisticercose é uma infecção pelo estágio larval de tênias causada pela ingestão de seus ovos em alimentos e água contaminados por fezes humanas. Normalmente, a forma larval se desenvolve no hospedeiro animal, e os seres humanos são infectados com a forma adulta comendo carne infectada mal cozida.

Cisticercose – O que é

cisticercose caracteriza-se pelo estado patológico decorrente da infecção de hospedeiros vertebrados pela forma larvar da Tênia Solium ou Tênia Saginata, através de uma ou mais lesões vesiculares, chamadas de cisticerco.

O aparecimento de cisticercos na musculatura de carcaças bovinas ou suínas é vulgarmente denominado de “pipoca”, “canjica”, “canjiquinha” ou “sagu””.

cisticercose é a doença causada pela larva Taenia Solium, popularmente conhecida como solitária. Desde antes de Cristo, já se descreviam a cisticercose em suínos.

Historiadores mencionam que a heroína Joana D’arc sofria da doença, daí as suas alucinações visuais.

Desde então a doença foi correlacionada com o porco, fato difundido erroneamente até os nossos dias. A solitária se aloja em qualquer parte do corpo humano e na sua forma mais grave, vai para o sistema nervoso central – provocando a Neurocisticercose.

O seu único hospedeiro definitivo é o ser humano.

Como hospedeiro intermediário encontramos não só os suínos, mas também os coelhos, lebres, gatos, cães, carneiros e bovinos. Este cisto que tem a forma ovalar de tamanho variado chama-se Cysticercus cellulosae. A Teníase é uma doença que muitas vezes passa desapercebida, porque seus sintomas – vômitos, flatulência, mal estar gástrico, que podem ter outras causas.

Após três meses da infestação do cisto, a Taenia já localizada no intestino delgado começa a soltar anéis com ovos. Geralmente solta de 5 a 6 anéis por semana.

Cada anel tem de 40 a 80 mil ovos. Estes anéis podem sair com as fezes. No entanto, muitos se rompem no intestino e os ovos podem permanecer vivos por até 300 dias, conforme o organismo.

Taenia solium pode atingir até 10 metros de comprimento e viver por até 8 anos ou mais no intestino do ser humano.

Cisticercose – Taenia solium


Taenia solium

A tênia do porco (Taenia solium) é um parasita que pode causar dois tipos de infecções em humanos: teníase e cisticercose.

teníase é uma infecção intestinal com a forma adulta da tênia do porco, resultante da ingestão de carne de porco mal cozida. Por outro lado, a cisticercose surge da ingestão dos ovos da tênia do porco por contaminação fecal-oral e envolve o desenvolvimento de cistos em todo o corpo, mas não no trato intestinal.

Este relatório centra-se na cisticercose e não na teníase.

Os nomes das síndromes clínicas da cisticercose dependem de onde o(s) cisto(s) estão no corpo. O desenvolvimento de cistos pode acontecer em muitos tecidos em todo o corpo. Assim, a nomenclatura para cisticercose pode ser confusa.

A seguir, uma breve revisão da terminologia utilizada:

Se os cistos estão localizados fora do sistema nervoso, então é chamado de cisticercose extraneural.

cisticercose extraneural ocorre mais comumente no tecido subcutâneo, tecido muscular ou tecido cardíaco (cardíaco). Se os cistos estão no sistema nervoso, então é chamado de neurocisticercose.


Neurocisticercose

Na neurocisticercose, um cisto pode estar localizado dentro de tecidos cerebrais específicos (neurocisticercose parenquimatosa) ou pode estar localizado fora desses tecidos específicos (neurocisticercose extraparenquimatosa). As formas extraparenquimatosas incluem o desenvolvimento de cistos nas regiões cheias de líquido do cérebro (cisticercose intraventricular), no espaço ao redor do cérebro (cisticercose subaracnóidea), dentro ou ao redor da medula espinhal (cisticercose espinhal) e no olho (cisticercose oftálmica).

Algumas formas de cisticercose subaracnóidea são denominadas cisticercose racemosa e são muito raras.

A cisticercose pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, mas o início clínico na maioria dos pacientes ocorre entre as idades de 10 e 40 anos.

Os sintomas podem aparecer semanas a anos após a infecção com os ovos da tênia do porco (T. solium). A maioria dos sintomas aparece quando os cistos começam a morrer. Se os cistos forem viáveis, eles podem se “disfarçar” do sistema imunológico do hospedeiro, causando apenas sintomas leves. Poucos sintomas podem surgir diretamente da presença do próprio cisto. Quando os cistos morrem, no entanto, ele ativa o sistema imunológico para reagir contra ele, e há uma grande reação inflamatória. Esta inflamação pode causar convulsões e dor de cabeça.

Os cistos também podem bloquear o fluxo de fluido gerado no cérebro, resultando em aumento da pressão, pressiona o cérebro e causa sintomas como dor de cabeça, náusea, tontura, visão alterada etc.

Cisticercose – Teníase

A incidência de indivíduos portadores desta doença vem aumentando em todo o mundo. Há 15 anos, era rara nos Estados Unidos.

Hoje é a parasitose do sistema nervoso mais frequente, tanto em crianças como em adultos, não só nos Estados Unidos, como também no mundo todo.

No Brasil, a maioria dos casos é registrada nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

O ponto crucial da transmissão está nas fezes humanas contaminadas com os ovos da Taenia solium.

Um indivíduo com teníase pode evacuar em local impróprio (campo, mato, perto de riachos, em instalações sanitárias inadequadas, etc.) e, deste modo, espalhar os ovos microscópicos da tênia que, fatalmente, irão contaminar fontes de água, lavouras, etc.

O homem se contamina ingerindo os ovos presentes na água ou em alimentos, como verduras mal lavadas.

Os portadores de teníase têm facilidade de adquirir a cisticercose, porque, nesta fase, pode ocorrer o rompimento dos proglótides grávidos dentro do intestino ou do estômago pelo refluxo do conteúdo intestinal.

Há também a possibilidade de contaminação, quando pessoas com debilidade mental ingerem as próprias fezes.

Uma vez no interior do organismo, os ovos liberam os embriões que, através da circulação sanguínea, se distribuem pelo corpo todo, onde se fixam e encistam-se, formando as vesículas com as larvas no seu interior, denominadas cisticercos. Desta forma, o homem está com a cisticercose é o hospedeiro intermediário da T. solium.

cisticercose humana é doença gravíssima, pois os cisticercose se localizam no sistema nervoso central (neurocisticercose), nos olhos, músculos, etc. Nestes locais, podem permanecer até 30 anos, determinando crises convulsivas, cefaléias, vômitos, alterações de visão, hidrocefalia e até mesmo a morte.

Os ovos das tênias são muito resistentes à inativação através de substâncias químicas, mas podem ser destruídos pela cocção ou fervura acima de 90ºC.

Desta forma, os cuidados higiênicos são importantes para se evitar a transmissão desta doença

Há enfermidade contra as quais, até o presente momento, nada se pode fazer para exterminá-las; outras, no entanto, como a cisticercose devem e podem ser eliminadas de nossa população.

cisticercose, uma das possíveis causas do surgimento de um cisto na região frontal da cabeça da atriz Malu Mader, 38, é causada pela larva da solitária (Taenia solium), que se estabelece em tecidos humanos, como o cérebro. Quando isso acontece, pode causar problemas visuais e neurológicos.

Cisticercose – Como se adquire

O homem ingere os ovos da solitária, que podem estar em legumes e verduras mal lavados, frutas experimentadas no supermercado ou na feira e até mesmo em sanduíches “naturais” feitos sem higiene adequada. Esses produtos “in natura” são contaminados quando entram em contato com dejetos humanos de alguém que possui solitária –geralmente, isso acontece nos locais de origem dos alimentos.

Cisticercose – Consequências

O cisticerco se instala em algum tecido do corpo humano. Nos casos mais graves, ao se instalar no cérebro, pode provocar lesões graves, provocando crises de epilepsia.

Cisticercose – Sintomas

Cefaleia, epilepsia, edemas e vômitos surgem quando o parasita começa a ser desintegrado pelo próprio organismo humano, inflamando os tecidos ao redor depois, resta uma cicatriz calcificada.

A doença pode se estabelecer em 15 dias, mas pode também ficar anos sem se manifestar.

O quadro sintomatológico e, de um modo geral, inaparente; entretanto, quando os cisticercos se localizam em pontos diferentes dos usuais, interferindo na atividade fisio1ógica de algum órgão ou no caso de infecções intensas, podemos observar algumas manifestações clínicas.

Cisticercose – Diagnóstico

cisticercose é detectada por meio de análise de amostra de liquor e imagens cerebrais obtidas por tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Cisticercose – Tratamento

Pode ser feito com vermicidas ou outras drogas que atuam sobre a inflamação que o cisticerco provoca.

Nos casos de obstrução das vias internas-saúde que causam hidrocefalia ou quando o cisticerco se comporta como um tumor, a indicação de tratamento é cirúrgica.

Não se conhece nenhum procedimento terapêutico eficaz e seguro contra a cisticercose no homem ou nos animais. Nos casos humanos, após o diagnóstico laboratorial ou radiológico, pode ser feita cirurgia, podendo apresentar algum resultado satisfatório.

Cisticercose – Agente Etiológico

Etiologia da cisticercose envolve o estágio larval de parasitas do genero Tênias, representados pelas Tênia Solium e Tênia Saginata. Um fato de grande importância epidemiológica é a resistência ao meio ambiente dos ovos dessas tênias. Essa resistência é muito elevada quando o substrato está coberto com uma película de água.

Para que se tenha uma idéia a respeito desse fato, basta citar que pesquisadores observaram ovos de tênia que sobreviveram em pastagens, em condições naturais, por 159 dias.

Há também relato a respeito da permanência de ovos de Tênia saginata, viáveis nas pastagens, por 56 dias e, em alguns casos, até por 98 dias.

À temperatura de 60C são necessários 10 minutos, e à ebulição, 5 segundos para inativação dos ovos. Estes resistem bem ao merthiolate e ao formol comercial.

Os processos biológicos de fermentação e putrefação não destroem facilmente e admite-se que nos digestores empregados para depuração de esgotos, os ovos sejam destruídos em 20 dias, a 35C.

Cisticercose – Transmissão

A via de transmissão de maior importância na disseminação da cisticercose é constituída pelos alimentos contaminados com ovos maduros de Tênia Solium e de Tênia Saginata (as tênias são também denominadas de “solitárias”). As pastagens podem ser contaminadas com fezes eliminadas diretamente nos campos de criação, por portadores humanos da tênia. Isso ocorre em função de haver uma promiscuidade entre a população humana e seus animais.

A criação de suínos, quando desenvolvida sem condições técnicas mínimas, propicia muitas vezes que o porco possa ter acesso a fezes humanas contaminadas, permitindo que os ovos sejam ingeridos por esses animais.

Esses fatos evidenciam o importante papel que o homem desempenha no processo de disseminação da doença para os animais, pois, quando os hábitos higiênicos são adequados, a doença não aparece.

No caso especial, da Tênia Saginata, a permanente eliminação involuntária de ovos, através de proglotes do parasita adulto, pode levar a contaminação dos alimentos, tanto para animais como para o homem.

Os ordenhadores com as mãos contaminadas com ovos de tênia podem contaminar as tetas da vaca e assim transmitir a doença ao bezerro.

A contaminação indireta dos alimentos pode ocorrer quando excretas humanas (água de esgoto), não tratadas de forma adequada, são utilizadas como fertilizantes na adubação de pastagens ou na agricultura.

A cisticercose humana pode ocorrer nos seguintes casos:

Ingestão de alimentos contaminados com ovos da Tênia Solium, eliminados com as fezes de outrem (heteroinfecção);
Descuido da higiene pessoal, levando à boca e ingerindo ovos da parasita, eliminados com suas próprias fezes (auto-infecção hexógena).

Cisticercose – Patogenia

A ingestão de ovos maduros, isoladamente ou em massa, e indispensável para que a infecção seja efetivada. Ao atingir o estômago e o intestino, a ação do suco gástrico e da pepsina iniciam um processo de digestão, que se completa com a tripsina pancreática. Esse processo é seguido por uma atuação do embrião hexacanto pela ação combinada da bile, colesterol e da tripsina.

O embrião hexacanto só é libertado no aparelho digestivo de um hospedeiro adequado, e, quando está livre, utiliza seus ganchos (quando existem) e suas enzimas proteolíticas de sua secreção para alcançar o sistema circulatório, até encontrar sua localização definitiva: os musculos estriados, especialmente aqueles que apresentam maior irrigação e uma atividade intensa. Chegando aos músculos, os embriões abandonam os capilares da circulação e imobilizam-se nas fibras musculares, onde evoluirão até completar sua forma vesicular, denominada de Cysticercus.

Cisticercose – Profilaxia

Como medidas profiláticas, é preciso considerar vários aspectos:

Identificar os portadores da tênia, através de exames de fezes ou quando houver relato de eliminação de ovos do parasita por algum indivíduo
Submeter aos exames diagnósticos para teníase todo o pessoal envolvido
Realizar o tratamento com vermífugo apropriado nos portadores da tênia
Não lançar esgotos nos cursos de água ou nos campos de criação sem antes garantir a estabilização dos mesmos
Assegurar a educação sanitária às populações rurais, orientando para que as defecações sejam feitas em banheiros e que os mesmos possuam fossas
Evitar que os animais tenham acesso aos esgotos ou latrinas ao ar livre; – não utilizar a água contaminada de esgotos para irrigação de plantações, tampouco devem ser utilizadas fezes humanas não tratadas como adubo
Medidas de higiene alimentar devem ser tomadas, visando evitar a ingestão de ovos de Tênia Solium com os alimentos
A higiene das mãos deve ser incentivada após as defecações.

Essas providências podem, sem dúvida, resultar em um controle efetivo das cisticercoses e, por conseqüência, das teníases. Entretanto, é válido reforçar que os hábitos de higiene devem ser constantemente difundidos entre os trabalhadores rurais e do ramo de alimentos, bem como donas-de-casa, permitindo que haja uma melhora nas suas condições de trabalho e de vida.

Cisticercose – Resumo


Taenia solium

cisticercose é causada pela tênia do porco Taenia solium. A cisticercose é mais observada em regiões endêmicas (América Central e do Sul, África Subsaariana e Ásia (incluindo China, sudeste da Ásia e Índia)), onde 10 a 20% dos indivíduos têm evidências da doença. A cisticercose também pode ser encontrada em regiões não endêmicas em populações imigrantes ou em pessoas que viajaram para regiões endêmicas.

A cisticercose pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade. Os sintomas da cisticercose dependem de onde a infecção está no corpo, da carga do cisto e da resposta imune do hospedeiro à infecção.

Os cistos no sistema nervoso podem causar sintomas como convulsões, dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, estado mental alterado, visão alterada, acúmulo excessivo de líquido (líquido cefalorraquidiano) no crânio (hidrocefalia) e inflamação do tecido ao redor do cérebro (aracnoidite). Os cistos no olho podem causar distúrbios visuais ou perda de visão, movimento ocular limitado, inflamação no olho (uveíte) ou inflamação da retina (retinite). Os cistos que se desenvolvem fora do sistema nervoso geralmente não causam sintomas (assintomáticos), embora pequenos nódulos duros (nódulos) possam se desenvolver sob a pele, mas eventualmente desaparecerão. O tratamento da cisticercose depende da localização da infecção no corpo e é individualizado para cada pessoa.

A cisticercose localizada fora do sistema nervoso geralmente não requer tratamento específico.

tratamento da cisticercose localizada no sistema nervoso (neurocisticercose) consiste em terapia antiparasitária, corticosteróides, drogas antiepilépticas e/ou cirurgia.

Fonte: www.francine.bio.br/www.arquivomedico.hpg.ig.com.br/br.geocities.com/www.encyclopedia.com/rarediseases.org

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