Ópio

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Ópio – Definição

ópio é uma substância, altamente viciante, extraída do fluído branco, leitoso e seco presente na planta chamada papoula.

Produzido a partir do suco (látex) da vagem verde da papoula (Papaver somniferum), o ópio tem uma composição química complexa composta por pelo menos 25 alcaloides (por exemplo, morfina, codeína, tebaína) e outras substâncias. Existem várias formas de ópio (ópio bruto ou bruto, escória, ópio refinado ou seiva de ópio), todas as quais podem ser fumadas ou ingeridas.

Ópio – O que é

ópio é um extrato bruto das cápsulas das sementes da papoula, Papaver somniferum, que contém os alcaloides opiáceos morfina e codeína.

Os medicamentos opioides são derivados sintéticos que agem de maneira semelhante à morfina. Os primeiros registros escritos dos profundos efeitos recreativos e medicinais do ópio datam de aproximadamente 4000 aC. Há também referências consideráveis a esses efeitos na mitologia grega e romana.

No final do século XVII, o médico Thomas Sydenham escreveu: ‘Entre os remédios que agradou ao Deus Todo-Poderoso dar ao homem para aliviar seus sofrimentos, nenhum é tão universal e tão eficaz quanto o ópio.’ O uso recreativo do ópio foi popularizado no início do século XIX por escritores como Thomas De Quincey (Confissões de um comedor de ópio inglês) e Samuel Taylor Coleridge (Kubla Khan).

A morfina, em homenagem a Morpheus, o deus grego dos sonhos, é o protótipo da droga opióide. A heroína, um análogo estrutural próximo da morfina, é mais lipossolúvel do que a morfina e penetra rapidamente no cérebro. Isso explica os relatos de que a experiência eufórica (muitas vezes chamada de “pressa” ou “zumbido”) após a administração de heroína é mais intensa. Na tentativa de explorar os efeitos terapêuticos desejados da morfina, mas para evitar seus efeitos indesejados, um grande número de drogas opióides foi projetado, sintetizado e testado.

Alguns foram introduzidos na prática clínica. Após séculos de pesquisa e desenvolvimento de drogas, e apesar das respostas indesejadas que evocam no homem, a morfina e a heroína continuam sendo os principais agentes terapêuticos no tratamento de estados de dor intensa.

Tanto os opiáceos derivados de plantas que ocorrem naturalmente quanto as drogas opióides exercem suas ações profundas no corpo, interagindo com proteínas receptoras de membrana específicas nas células nervosas (descritas como atuando como agonistas nesses receptores). O mesmo acontece com as endorfinas geradas internamente pelo corpo.

Existem três formas bem documentadas desses receptores, que são referidos pelas letras gregas m, s e k. Além disso, um novo receptor estreitamente relacionado, o receptor ORL1, foi recentemente identificado.

Cada um desses receptores se liga às drogas de uma maneira específica e a ligação da droga ao receptor evoca uma mudança na atividade das células nervosas.

O diferente perfil de respostas mediadas pelos diferentes receptores resulta de suas diferentes distribuições ao longo do sistema nervoso central. A maioria dos fármacos opióides terapeuticamente úteis produz seus efeitos atuando como agonistas no receptor m, embora alguns também tenham atividade no receptor k. O potencial terapêutico do receptor d aguarda exploração. Drogas antagonistas, como a naloxona, podem bloquear as ações dos agonistas opioides. Esses antagonistas são úteis no tratamento de overdose de opiáceos.

Drogas agonistas opióides produzem uma série de respostas terapêuticas. O alívio da dor (analgesia) resulta de ações inibitórias na medula espinhal e no cérebro.

Embora os opiáceos sejam há muito estabelecidos como geralmente úteis na supressão da dor intensa, existem alguns estados de dor, como a neuralgia do trigêmeo, nos quais eles ou as drogas opióides são frequentemente ineficazes. Os opioides costumavam ser chamados de narcóticos porque induzem o sono.

Os opioides causam constipação profunda e podem ser usados para tratar estados graves de diarreia. No entanto, o efeito constipante dos opioides é indesejado no tratamento da dor, especialmente se o fármaco for administrado por um período prolongado. A codeína e alguns outros agentes são usados como supressores da tosse, mas essa ação pode não ser mediada pelos receptores opioides clássicos. No tratamento de estados de dor associados a doenças terminais, a euforia induzida por opioides parece ser um benefício potencial, mas há alguma controvérsia sobre se os opioides induzem mesmo uma euforia leve em pacientes que sofrem de dor crônica intensa.

Infelizmente, as drogas agonistas opióides também têm várias ações indesejadas. Eles deprimem a respiração e isso geralmente é a causa da morte em overdose. Alguns indivíduos experimentam náuseas e vômitos.

Os opioides podem causar coceira, liberando histamina dos mastócitos. Além disso, a pressão sanguínea pode cair, a frequência cardíaca pode diminuir e a broncoconstrição pode ser produzida especialmente em altas doses. A constrição das pupilas é um efeito característico que pode ser usado para diagnosticar a overdose de opioides, uma vez que outros agentes que induzem ao coma mais comumente as dilatam.

Na administração repetida, o grau de efeito induzido pelos opioides diminui, à medida que a pessoa se torna tolerante. Isso significa que, para obter o mesmo nível de resposta, a dose da droga deve ser aumentada.

A euforia intensa que resulta da administração de opioides, especialmente após injeção intravenosa, fumo ou inalação, é a razão do abuso de opioides (tomados para fins não medicinais).

Isso resulta no desenvolvimento de dependência psicológica, que se manifesta como desejo pela droga. Esse desejo pode durar muitos meses após a última experiência com drogas.

A euforia induzida por opioides resulta principalmente de uma liberação aumentada do neurotransmissor dopamina dos neurônios dopaminérgicos que terminam na região do prosencéfalo conhecida como núcleo accumbens. Outros agentes eufóricos, como a nicotina e a cocaína, também aumentam a liberação de dopamina nesse local, mas por mecanismos diferentes. Os opioides também induzem dependência física.

Com a interrupção da administração do fármaco ou com a administração de um antagonista opioide, a dependência física se manifesta por uma síndrome de abstinência ou abstinência caracterizada por febre, sudorese, náusea, diarreia, insônia, cãibras musculares e ereção dos pelos. Essa piloereção causa os arrepios que explicam a origem do termo “peru frio”, e as cãibras musculares deram origem ao termo “chutar o hábito”.

No entanto, pacientes com dor intensa não parecem desenvolver tolerância acentuada ou dependência física de opioides.

Em resumo, o local de ação dos opiáceos, que são os derivados do ópio derivado de plantas, e das drogas que foram sintetizadas para imitar seus efeitos, mostrou-se em receptores específicos da membrana celular, daí denominados receptores opióides, que também ligam as próprias endorfinas do corpo. Todos esses agentes podem, portanto, ser geralmente conhecidos como opioides.

Ópio – Opiáceo

Ópio
Ópio

opiáceo é um de um grupo de drogas derivadas do ópio, um extrato da planta papoula Papaver somniferum que deprime a função cerebral (uma ação narcótica).

Os opiáceos incluem a morfina e seus derivados sintéticos, como a heroína e a codeína. Eles são usados na medicina principalmente para aliviar a dor, mas o uso de morfina e heroína é estritamente controlado, pois podem causar dependência e tolerância às drogas.

Eles deprimem o sistema nervoso central e são usados para aliviar a dor moderada a intensa e suprimir a tosse. Os efeitos colaterais incluem sonolência, náusea e vômito, constipação e depressão respiratória; o uso prolongado pode levar à tolerância e dependência.

Ópio – Origem

Ópio
Ópio

ópio é obtido por incisão das capsulas da papoula; o látex que escorre é simplesmente seco ao ar para formar uma massa escura e friável.

Rico em morfina trata-se de um dos medicamentos mais antigos que se tem conhecimento.

Quase todas as civilizações antigas usavam a papoula e o ópio.

A teriaga (medicamento usado pelos antigos contra a mordedura de animais), uma preparação complexa que associa dezenas de ingredientes além do ópio, era apresentada como antídoto de diversos venenos e como remédio para diversas doenças. Uma dessas fórmulas foi incluída na farmacologia francesa  no início do século XX. No século XII um médico inglês, Thomas Sydenham, criou a fórmula de um láudano (medicamento que tem como base a tintura do ópio) que conservaria o seu nome e cujo o uso constituiu a bases da toxicomania de numerosos artistas do período romântico.

A grande época do ópio foi o século XIX, quando esta droga se tornou o centro de um conflito internacional em escalada que opôs a Inglaterra à China; ela constituiu o fermento da Guerra do Ópio.

Na Europa, a dependência do ópio desenvolveu-se nos círculos artísticos e intelectuais, na forma do consumo fumado, e no meio médico, na forma de ópio ingerido.

Quando a medicina generalizou o recurso à morfina por via injetável, a opiofagia diminuiu mas o uso de ópio fumado banalizou-se nos meios militares e artísticos, um fenômeno que teve relação com as conquistas coloniais francesas na Indochina e com um certo fascínio pelo Extremo Oriente. As casas de fumo foram numerosas na França até que uma lei de 1916 veio limitar rapidamente o uso público do ópio.

O interesse do ópio tem haver com a sua riqueza em alcaloides.

Foram isoladas cerca de 20 moléculas diferentes, pertencendo há vários grupos químicos, entre os quais:

Derivados do morfinano: morfina, codeína, tebaína
Derivados da isoquinoleína:
 papaverina, laudanina,laudanosina, noscapina, narceína.

O uso abusivo do ópio desemboca rapidamente numa utilização abusiva,  a opiomania.

Na prática o ópio é tradicionalmente fumado (cachimbo) ou inalado na forma de de vapor (narguilé). O calor da combustão provoca uma vaporização de uma parte da morfina, sendo o resto degradado pelo calor.

A morfina chega ao cérebro em alguns segundos.

A ação é rápida e intensa, mas menos prolongada que por via oral. A quantidade de ópio consumida cotidianamente varia muito com o grau de tolerância, entre 1 e 30 gramas. Calcula-se, no entanto, que uma quantidade de 3 a 4 gramas, representando a inalação de 350 a 500mg de morfina, constitui a média. O elixir paregórico é uma preparação à base de tintura de ópio tambémchamada de tintura de ópio benzóico, indicada no tratamento sintomático de episódios diarréicos e muitas vezes utilizada pelos dependentes como substituto da heroína.

Ópio – Uso

Ópio
Ópio

ópio é a única droga que foi motivo declarado para uma guerra. No século 17, a British East Índia Company produzia ópio na Índia e o vendia em grande quantidade para a China. Até que, em 1800, o Imperador Ch’ung Ch’en proibiu o consumo da droga, que se alastrava pelo território chinês como uma verdadeira epidemia. Todavia o contrabando prosseguiu e, em 1831, a venda de ópio em Cantão atingiu o equivalente a 11 milhões de dólares, enquanto que o comércio oficial deste porto chinês não passou dos sete milhões de dólares.

A insistência do governo chinês em reprimir o uso e a venda da droga levou o país a um conflito com a Inglaterra, conhecido como a Guerra do Ópio. Ela começou em Março de 1839, durou quase três anos e terminou com a vitória dos ingleses, que obrigaram a China a liberar a importação da droga e a pagar indemnização pelo ópio confiscado e destruído em todos esses anos, além de ceder Hong Kong. Como resultado, em 1900, metade da população adulta masculina da China era viciada em ópio.

Uma das substâncias mais viciante que existe, o ópio é produzido a partir da resina extraída das cápsulas de sementes de papoula, (Papaver somniferum), planta originária da Ásia Menor e cultivada na Turquia, Irã, Índia, China, Líbano, Grécia, Jugoslávia, Bulgária e sudoeste da Ásia, onde se localiza o famoso Triângulo Dourado. A droga é feita retirando-se um líquido leitoso das cápsulas da papoula, que, depois de secado, resulta numa pasta amarronzada, que então é fervida para se transformar em ópio. Processamentos posteriores do ópio resultam em morfina, codeína, heroína e outros opiáceos.

Ópio
Ópio

No mercado ilegal, o ópio é vendido em barras ou reduzido a pó e embalado em cápsulas ou comprimidos.

Ele não é fumado e sim inalado pelos usuários, já que em contato direto com o fogo o ópio perde suas propriedades narcóticas. A droga também é comida e consumida como chá ou, no caso de comprimidos, dissolvida sob a língua. Uma dose moderada faz com que o usuário mergulhe num relaxado e tranqüilo mundo de sonhos fantásticos. O efeito dura de três a quatro horas, período em que o usuário se sente liberado das ansiedades cotidianas, ao mesmo tempo em que seu discernimento e sua coordenação permanecem inalterados. Nas primeiras vezes, a droga provoca náuseas, vômitos, ansiedade, vertigens e falta de ar, sintomas que desaparecem à medida que o uso se torna regular. O consumidor freqüente torna-se passivo e apático, seus membros parecem cada vez mais pesados e sua mente envolve-se numa onda de letargia.

Como os seus derivados, o ópio provoca tolerância no organismo, que passa a necessitar de doses cada vez maiores para se sentir normal.

O aumento da dosagem leva ao sono e à redução da respiração e da pressão sanguínea, podendo evoluir, em caso de overdose, para náusea, vomito, contração das pupilas e sonolência incontrolada, passando à coma e morte por falha respiratória. A overdose pode ser causada não apenas por um aumento da dosagem de ópio, mas também pela mistura da droga com álcool e barbitúricos.

Como o ópio causa grave dependência, o consumidor habitual pode morrer em razão da síndrome de abstinência, caso o uso da substância seja suspenso abruptamente.

Especialistas afirmam que a inalação casual da droga dificilmente causa vício, embora seja desconhecido o ponto exato em que a pessoa se torna dependente de ópio. Uma vez viciado, o indivíduo deixa de sentir o estupor originalmente produzido pela droga, passando a consumir ópio apenas para escapar dos terríveis sintomas da síndrome de abstinência, que duram de um a dez dias e incluem arrepios, tremores, diarréias, crises de choro, náusea, transpiração, vômitos, cólicas abdominais e musculares, perda de apetite, insônia e dores atrozes.

Pesquisas recentes indicam que os opiáceos podem causar mudanças bioquímicas permanentes a nível molecular, fazendo com que o ex-viciado se mantenha predisposto a retornar ao vício mesmo após anos de privação do uso de opiáceos.

ópio possui diversos alcalóides, entre eles a morfina, principal responsável pelo efeito narcótico. Outros alcalóides fazem do ópio um agente anestésico, e por milhares de anos a droga foi utilizada como sedativo e tranquilizante, além de ser ministrada como remédio para disenteria, diarréia, gota, diabetes, tétano, insanidade e até ninfomania.

ópio também já foi considerado medicamento útil na alcoolismo, sendo que no século 19 milhares de alcoólatras passaram a consumir preparados de opiáceos para se livrar da bebida, mas apenas trocavam uma droga por outra.

Fonte: naoasdrogas.tripod.com/www.crah.org.br/evandergomes.com/Graeme Henderson/www.mcieast.marines.mil/publications.iarc.fr/adf.org.au/www.clearbrookinc.com

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