Ancilostomose

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Apenas duas espécies são parasitas específicos do homem, sendo cada uma delas pertencente aos gêneros Necator e Ancylostoma – e são Necator amerícanus e Ancylostoma duodenale.

Ancilostoma é um tipo de parasita lombriga, conhecido como um nematóide

Ancilostoma é um verme parasita que tocas através da pele, move-se através da corrente sanguínea para os pulmões, e, finalmente, se move para o trato intestinal.

Ancilostoma é um parasita intestinal dos seres humanos. As larvas e vermes adultos vivem no intestino delgado pode causar doença intestinal.

As duas principais espécies de ancilostomídeos infectando seres humanos são: Anclostoma duodenale e Necator americanus.

Ancilostomose – Tipo

Dois tipos de ancilostomídeos são responsáveis pela doença da ancilostomose em humanos. Necator americanus e Ancylostoma duodenale têm ciclos de vida semelhantes e métodos semelhantes de causar doenças.

O verme adulto de Necator americanus e Ancylostoma duodenale tem cerca de 10 mm de comprimento, cor branco-rosada e curvado em forma de S ou gancho duplo.

Ambos os tipos de ancilostomídeos têm ciclos de vida semelhantes. As fêmeas produzem cerca de 10.000-20.000 ovos por dia. Esses ovos são eliminados do corpo do hospedeiro nas fezes.

Os ovos entram no solo, onde incubam. Após cerca de 48 horas, a forma larval imatura eclode dos ovos.

Essas larvas levam cerca de seis semanas para se desenvolverem na forma larval madura que é capaz de causar infecção humana. Se expostas à pele humana neste momento (geralmente pés descalços andando na sujeira ou mãos nuas cavando na sujeira), as larvas perfurarão a pele e passarão pela circulação linfática para o lado direito do coração.

As larvas são então bombeadas para os pulmões. Lá eles perfuram os minúsculos sacos de ar (alvéolos) dos pulmões. Sua presença dentro dos pulmões geralmente causa irritação suficiente para produzir tosse.

As larvas são tossidas na garganta e na boca, e depois são engolidas e passadas para o intestino delgado. É dentro do intestino que eles se desenvolvem no verme adulto, produzindo doenças em seu hospedeiro humano.

Ancilostomose – O que é

ancilostomose, também conhecida como ancilostomíase, amarelão, opilação ou anemia dos mineiros, é uma das verminoses provocadas por nematelmintos mais generalizados em nosso meio.

O verme causador dessa doença é o Ancylostoma duodenale, de evolução direta, sem hospedeiro intermediário, sendo parasita exclusivo da espécie humana.

É interessante não confundir esse helminto com o Ancylostoma caninum e o Ancylostoma brasiliense, que são parasitas de cães.


Ancilostomose

O A. duodenale mede cerca de 1 cm de comprimento, é delgado e pontiagudo nas extremidades. Possui uma capsula bucal com 4 dentículos, com os quais morde a mucosa intestinal do seu hospedeiro, fazendo-a sangrar, a fim de se alimentar com o sangue que flui do ferimento. Como o doente é, geralmente, portador de numerosos vermes, o sangramento ainda que discreto porém contínuo, acaba levando-o a um estado profundo de anemia e depauperamento físico que justificam os nomes populares de amarelão ou opilação com que o vulgo conhece a moléstia.

Nas regiões pouco desenvolvidas, sem saneamento básico, as pessoas defecam no solo e deixam juntamente com as fezes os ovos embrionados dos ancilostoma. A partir desses embriões, surgem na terra as larvas, que são muito pequenas e têm a capacidade de penetrar pela pele dos pés das pessoas que andam descalças. Após a penetração através da pele humana, as larvas, já no hospedeiro, ganham a circulação sangüínea e passam por um ciclo evolutivos.

O termo helmintose, vem do latim helmins = verme + ose = doença, designa todas as moléstias parasitárias pela ação de vermes ou helmintos, daí ser, também, sinônimo de verminose.

Como verminose: se enquadram as infestações por platelmintos (vermes achatados), como a teníase (solitária) e a esquistossomose (barriga-d’água), e as infestações produzidas por asquelmintos ou nematelmintos (vermes cilíndricos), como a ascaridose, a ancilostomose, a necatorose, a oxiuríase, a wuquererose ou filariose, a estrongiloidose, entre outras. emelhante ao do Ascaris lumbricoides (veja como, consultando ascaridíase). Assim, elas vão ao fígado, depois ao coração, daí aos pulmões, onde sofrem grande parte do seu desenvolvimento para, só então, passarem ao sistema digetivo, instalando-se definitivamente no intestino delgado.

A profilaxia da ancilostomose consiste na educação sanitária das populações de baixa renda, nas zonas rurais, nas favelas e nas áreas de periferia, além de construção de habitações com água corrente e sistema de esgotos, Mas o fator mais importante no que diz respeito a cada indivíduo é o uso de calçados, que evita a penetração das larvas do verme através da pele dos pés.

Ancilostomose – Etiologia

As larvas infectantes dos nematelmintos penetram pela pele do homem, ganhando a via linfática ou a corrente sanguínea. As larvas atingem assim câmaras cardíacas direitas e a circulação pulmonar, atravessam alvéolos, atingindo brônquios e traqueia, sendo deglutidas e desenvolvendo-se finalmente em verme adulto no duodeno. Apesar de cosmopolita, acomete principalmente regiões tropicais e subtropicais.

Atinge qualquer faixa etária após os 2 primeiros anos de vida.

Ancilostomose – Ciclo Evolutivo

Os ovos, eliminados nas fezes, precisam atingir o solo para favorecer o desenvolvimento larvário e outras infecções humanas.

As condições físicas mais propícias para a eclosão dos ovos são: solo úmido, oxigênio em abundância onde estão os ovos e temperatura entre 23oC e 33oC. Em meio propício, os ovos, já no solo segmentam-se e desenvolvem-se em larvas dentro de 24 horas. Agora na forma larvar (Li) consegue alimentar-se do solo; e no terceiro dia a larva rabditóide passa para o segundo estágio (L2).

Somente dentro de três ou quatro dias, a larva sofre modificações morfológicas, já na fase L3, com capacidade infectiva designada larva filarióide (penetra ativamente através da pele do hospedeiro).

Depois de atingir a circulação sangüínea a larva filarióide chega aos pulmões, onde sofre nova muda; e depois via traquéia e laringe chega ao esôfago, depois duodeno e porções iniciais ao jejuno.

No intestino delgado ocorre a última muda (de L4 para L5), tornam-se vermes adultos, e após um período médio de trinta dias começam a oviposição.

Ancilostomose – Patogenia

A patogenia da ancilostomíase deve ser subdividida em três etapas:

A – Fase de penetração da pele – ao atingir os capilares, a larva filarióide pode provocar reação textrina com morte de elevados números delas. Se ocorre penetração de bactérias piogênicas, pode ocorrer uma lesão aberta e designa-se coceira da terra.
B – Fase pulmonar –
 as larvas, ao atingirem os capilares pulmonares, forçam sua passagem para os alvéolos, cursando com lesões microscópicas e hemorragia local. Diferente do que se observa na estrongiloidíase e ascaridíase, raros são os casos de pneumonite.
C – Fase dos vermes adultos no intestino delgado –
 através de suas placas cortantes (N. americanus) ou de seus dentes (A. duodenale), estes vermes sugam a porção distal da vilosidade, determinando erosão e ulceração, havendo novas lesões para abocanhadura de novos sítios.

Ancilostomose – Quadro Clínico


Ancilostomose

O quadro clínico pode variar desde forma assintomática até situações extremas, podendo chegar ao óbito.

Tal variedade depende da combinação dos seguintes fatores: espécie do agente etiológico e carga parasitária; intensidade da anemia; idade do paciente; e estado nutricional do hospedeiro. Em nosso meio, e em quase toda América Latina, o Necator americanus constitui o agente de maior prevalência. As crianças mais freqüentemente evoluem com formas mais graves, mesmo com cargas parasitárias leves.

Manifestações cutâneas: nos sítios de penetração das larvas filarióides podem ocorrer reações imediatas (a pele fica eritematosa e salpicada de pequenas pápulas pruriginosas, durando poucos dias, sem deixar seqUelas) ou tardias. Já nos pacientes reinfectados, as reações são mais intensas, exibindo lesões urticariformes e infiltração dérmica.

O quadro de larva migrans cutânea pode ser decorrente de infecções maciças de A. duodenale e N. americanus, bem como de larvas específicas de cão, gato e bovinos. As larvas produzem reação local imediata (pontos avermelhados), que evoluem para vesículas e, em geral, observa-se infecção secundária pelo prurido; estes sinais são observados, sobretudo, nos membros inferiores, também com a configuração de lesões serpiginosas, com duração até de três meses.

Manifestações pulmonares: em geral são discretas, do tipo irritativo, sendo mais observadas febrícula, tosse seca e rouquidão. Não se detectando transtornos ao exame clínico ou radiológico.

Manifestações digestivas: depois de três a quatro semanas da infecção inicial, surgem dores abdominais em epigástrio, náuseas, vômitos e diarréia intensa. Tais sintomas podem persistir por quase dois meses, quando as larvas atingem maturidade e seu habitat.

Manifestações da doença: os sintomas em grande parte são insidiosos, de início surgem as dores epigástricas, que cedem com ingestão alimentar e pioram com jejune. Cursam com hiperfagia, alteração do ritmo intestinal. Com a evolução passam a expressar sinais e/ou sintomas da anemia e/ou da desnutrição – palidez cutâneo-mucosa, dispnéia, palpitações, taquicardia, astenia, lassidação e lipotimia.

Ancilostomose – Diagnóstico

O exame laboratorial é indispensável para a confirmação diagnóstica, devendo o exame parasitológico das fezes ser rotineiro em qualquer paciente com anemia de longa duração, desnutrição, queixas gástricas e residentes de áreas endêmicas,

Os métodos mais indicados para evidenciar os ovos dos ancilostomídeos são: Willis, Faust, Lutz ou Hoffman. A estimativa da carga parasitária (grau de infecção) requer técnica apropriada – método de Stoll-Hausheer. A cura exige a averiguação do mesmo método qualitativo utilizado para o diagnóstico no sétimo, 1 4~ e 21~ dias após finalizar o tratamento. Só é considerado curado quando todos os exames forem negativos.

Ancilostomose – Causas e Sintomas

Ancilostomídeos causam problemas para seu hospedeiro humano quando os vermes prendem suas bocas ao revestimento do intestino delgado e sugam o sangue da pessoa.

Uma erupção cutânea com coceira e levemente elevada chamada “coceira no solo” pode aparecer ao redor da área onde as larvas perfuraram a pele pela primeira vez. A pele nesta área pode ficar vermelha e inchada.

Isso dura vários dias e geralmente ocorre entre os dedos dos pés.

Quando as larvas estão nos pulmões, o paciente pode apresentar febre, tosse e chiado no peito. Algumas pessoas, no entanto, não têm nenhum desses sintomas.

Uma vez estabelecidos no intestino, os vermes adultos podem causar dor abdominal, diminuição do apetite, diarreia e perda de peso. Mais importante ainda, os vermes sugam entre 0,03-0,2 ml de sangue por dia.

Quando um verme se move de uma área do intestino para outra, ele separa sua boca do revestimento intestinal, deixando uma área irritada que pode continuar sangrando por algum tempo.

Isso resulta em ainda mais perda de sangue. Um único verme adulto pode viver até 14 anos no intestino de um paciente. Com o tempo, a perda de sangue do paciente pode ser muito significativa. A anemia é a complicação mais grave da ancilostomíase, progredindo ao longo de meses ou anos. As crianças são particularmente prejudicadas por essa anemia e podem sofrer de problemas cardíacos, retardo mental, crescimento lento e atraso no desenvolvimento sexual. Em bebês, a ancilostomíase pode ser mortal.

Ancilostomose – Diagnóstico

O diagnóstico da ancilostomíase envolve a coleta de uma amostra de fezes para exame ao microscópio. Os ovos de ancilostomídeos têm uma aparência característica.

Contar os ovos em uma quantidade específica de fezes permite ao profissional de saúde estimar a gravidade da infecção.

Ancilostomose – Tratamento

O tratamento da ancilostomíase deve basear-se na terapêutica anti-hemíntica e controle da anemia. O mebendazole deve ser administrado na dose de 100 mg, duas vezes ao dia, durante três dias consecutivos, independente do peso do paciente, e fora dos horários das refeições.

Aspectos Clínicos e História da Verminose


Infecção de ancilostomídeos

Infecção intestinal ou no duodeno causada por nematódeos (vermes cilíndricos), que pode apresentar-se assintomática, em caso de infecções leves. Em crianças com parasitismo intenso, pode ocorrer hipoproteinemia e atraso no desenvolvimento físico e mental. Com frequência, dependendo da intensidade da infecção, acarreta anemia ferropriva.

Papiros egípcios de 1.600 A.C., já assinalavam a ocorrência da doença. Avicena, médico persa que viveu no século X da nossa era, foi o primeiro a encontrar os vermes nos intestinos de doentes e responsabilizá-los pela anemia decorrente, por serem os mesmos sugadores de sangue (hematófagos).

Na Europa era a doença conhecida por Anemia dos Mineiros, tomando nomes diversos conforme o país em que era constatada. No Brasil era antigamente nomeada por Opilação, Amarelão ou Anemia Tropical.

Nosso escritor Monteiro Lobato, em um de seus livros, retrata o personagem Jeca Tatu, que nada mais era que um indivíduo parasitado pelo verme, o que serviu pelo Laboratório Fontoura para a propaganda de medicamentos de sua fabricação indicados para o tratamento da doença.

Em 1838 Dubini, médico Italiano, autopsiando uma mulher milanesa, encontrou em seus intestinos o verme, descrevendo-o com detalhes e nomeou-o Ancylostoma duodenale, sem contudo suspeitar do seu papel patológico. Somente Griesinger, em 1851, demonstrou ser o parasita intestinal o causador da chamada Clorose do Egito, encontrando o verme nos intestinos de numerosos cadáveres que necropsiou e assinalando a presença de pequeninos pontos hemorrágicos na mucosa intestinal, produzidos pelo verme para o ato de sugar sangue de suas vítimas. J. Rodrigues de Moura, notável médico brasileiro, ainda quando estudante de medicina, em 1875, não só defendeu as idéias de Griesinger, como ainda emitiu a hipótese, mais tarde plenamente confirmada pelos trabalhos de Looss, da penetração das larvas do parasita, pela pele íntegra das pessoas, as quais mais tarde se tornam parasitadas pelos vermes, albergando-os em seus intestinos.

Trabalhos estatísticos efetuados no Brasil, comprovam que quase 100% da população rural, trabalhando na terra, muitas vezes descalça, está parasitada pelo verme. Hoje, é uma doença de baixa prevalência, sendo inclusive considerada em extinção.

Sinonímia – Amarelão, uncinaríase, opilação, doença do Jeca Tatu, entre outros.

O que é o amarelão?


Ancilostomíase: amarelão

O amarelão, também conhecido por opilação e ancilostomíase, é uma moléstia provocada por dois vermes muito semelhantes: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

O primeiro recebe este nome porque vive geralmente no duodeno. Estes vermes possuem de 5 a 11 mm de comprimento.

Apresentando 1 centímetro de comprimento, tais vermes caracterizam-se por apresentarem uma cápsula bucal com dentes recurvados no Ancylostoma e chapas cortantes no Necator. Por meio de tais estruturas, os vermes se fixam na parede intestinal do hospedeiro ingerindo sangue, o que provoca intensa anemia, principal problema da doença e razão de seu nome vulgar.

Os ovos são eliminados com as fezes do hospedeiro e, no solo, produzem larvas chamadas filarióides.

A infestação ocorre pela penetração ativa das larvas na pele, principalmente em pés descalços (daí a recomendação do uso dos sapatos como medida preventiva), ou da ingestão de água e alimentos contaminados com ovos. A prevenção envolve o uso de calçados, como já foi dito, e o saneamento básico.

Características Gerais:

É um verme bem menor que a lombriga, pois esta mede de 15 a 30 cm enquanto o ancilostoma não passa de 1 cm
Causa a verminose conhecida pelos nomes AMARELÃO, ancilostomáse ou opilação. É mais frequente na zona rural onde, muitas vezes, as condições de higiene são precárias.
Adquire-se esta verminose através da pele, principalmente do pé.
Na pessoa parasitada, o ancilostoma pode viver às centenas, causando lesões junto das paredes internas do intestino delgado, com sensível perda de sangue, o que leva o paciente a apresentar sintomas de anemia acompanhados de fraqueza geral e muita sonolência.

Como evitar esta doença:

Com o uso adequado das instalações sanitárias.
Usando calçados.
Lavando bem as verduras e frutas.
Lavando as mãos antes das refeições e depois de usar a instalação sanitária.
Encaminhando as pessoas doentes a um posto de saúde.

Fonte: www.medpage.hpg.ig.com.br/www.edazuos.hpg.ig.com.br/www.encyclopedia.com/insectcop.net/www.nekator.hpg.com.br/gray-wvlt-prod.cdn.arcpublishing.com

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