Otite

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Otite – Definição

“Otite” vem do grego antigo: é a combinação de – oto, para “orelha”, e o sufixo – itis, para “inflamação”. A otite é, portanto, uma inflamação do ouvido.

A inflamação é um processo de defesa imunológica que ocorre como resultado de uma lesão local causada por agentes físicos, químicos ou germes patogênicos.

A inflamação é geralmente caracterizada por vermelhidão, calor, inchaço e dor.

As causas, características e localização da inflamação no órgão auditivo são o que definem o termo genérico “otite”.

A otite é uma inflamação do ouvido que costuma afetar crianças entre 6 meses e 3 anos, mas também pode acometer adultos. Também pode ser comum em pessoas que limpam os ouvidos com muita frequência, evitando que a cera proteja os ouvidos das bactérias que podem crescer ali. Quando as infecções de ouvido não são bem tratadas, podem causar perda auditiva ou até surdez total nos casos mais graves.

Otite – O que é

Otite é um termo médico utilizado para indicar uma infecção, inflamação, de ouvido, que pode ocorrer no ouvido externo ou médio e pode ser aguda ou crônica.

otite é uma infecção que geralmente ocorre no ouvido médio e, portanto, é conhecida como otite média. No entanto, também pode se formar no canal auditivo externo (Otite Externa) e no interior do ouvido (Labirintite).

Para entendermos este assunto, temos que pensar que o homem possui três divisões deste órgão adaptado para a audição e equilíbrio.

A primeira, chamada de orelha externa, é constituída pelo pavilhão auricular e conduto auditivo externo, revestida de pele e que termina junto a membrana do tímpano, realizando a função de localização da fonte sonora, amplificação e condução do som até a segunda porção do ouvido, a orelha média. Esta é uma cavidade preenchida por ar e que se localiza dentro do osso temporal (que faz parte do crânio) contendo na espécie humana, três pequenos ossículos articulados entre si (martelo, bigorna e estribo), que amplificam o som que chega na membrana timpânica e desta para a parte mais interna do ouvido, o labirinto.

A orelha média possui uma ligação com a parte mais superior da faringe (rinofaringe), logo atrás do nariz, chamada de tuba auditiva, utilizada para igualar a pressão do ar entre a orelha média e o ambiente (exemplo disso quando descemos a serra e temos que bocejar e deglutir para “desentupir” o ouvido). A terceira porção do ouvido, o labirinto, possui uma parte destinada a percepção dos sons (labirinto anterior – cóclea) e outra para contribuir com o equilíbrio corporal (labirinto posterior – vestíbulo) estabelecendo várias ligações com o sistema nervoso central.

De acordo com as determinadas partes afetadas, teremos cada tipo de otite.

Otite externa


Otite externa

Otite externa é caracterizada pelo acometimento da pele que recobre esta porção do ouvido.

A causa mais comum é a infecção por bactérias, desencadeada por traumatismos nesta pele, a saber: lavagens de ouvido e corpos estranhos inseridos no conduto (cotonete, grampo, palito de fósforo, grãos).

Também é muito comum ocorrer após mergulhos em águas, doce e salgada contaminadas (praia, piscina). Em geral se manifesta com dor (otalgia), secreção no conduto e abafamento do som.

Seu tratamento é feito com medicação tópica (gotas auriculares), proteção do ouvido durante o banho (para evitar entrada de água), evitar novos traumatismos (cotonete, etc.) e analgésicos.

Em geral após alguns dias o quadro já regrediu, porém em casos especiais, principalmente pessoas de idade avançada e diabéticos, a doença pode se “alastrar”, necessitando de antibióticos orais e até endovenosos.

Outro agente muito comum a infectar a orelha externa são fungos, causando prurido e dor. Seu tratamento consiste em aspiração da secreção por um médico especializado e gotas tópicas específicas.

Otite média


Otite média

A otite média se apresenta de três principais maneiras: aguda, crônica e serosa.

otite média aguda tem início recente e representa em geral uma complicação de uma infecção de vias aéreas. Seus principais agentes etiológicos, vírus e bactérias, normalmente infectando o nariz e faringe, ascendem pela tuba auditiva e causam acúmulo de pus dentro da orelha média. A pressão exercida por esta secreção levará a dor, febre e diminuição da audição.

Algumas vezes ela chega a ser tão intensa que leva à rutura da membrana timpânica e saída de secreção purulenta misturada com sangue pelo conduto externo (otite média aguda supurada).

O tratamento consiste em antibióticos (em geral por via oral), analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos. O quadro de dor e febre tende a melhorar com 2 a 3 dias. Já a audição pode demorar até 60 dias para retornar ao normal (tempo para reabsorver toda secreção presente no ouvido médio) ou até mesmo não retornar ao normal por lesão nos ossículos.

Acontece em qualquer idade mas é muito mais comum em crianças por apresentarem uma tuba auditiva mais curta e larga, facilitando a propagação dos germes.

Uma medida muito simples, mas de enorme valia na prevenção de otites é não permitir que as crianças recebam suas mamadeiras deitadas, porque essa posição facilita o refluxo de leite pela tuba auditiva até a orelha média causando assim uma otite.

otite média crônica se caracteriza por sua história arrastada.

Em geral apresenta uma perfuração permanente na membrana do tímpano como sequela de uma otite média aguda mal tratada e que esporadicamente se infecta (sobretudo quando há entrada de água pelo conduto) manifestando-se pela presença de purgação (otorréia ).

As constantes reinfecções desta cavidade podem levar a sequelas irreversíveis na audição e ainda possibilitar o crescimento de pequenos “tumores” chamados colesteatomas e que passam a invadir a orelha média causando grandes complicações.

O tratamento da otite média crônica inclui controle da infecção (em geral gotas tópicas) e proteção contra entrada de água até o tratamento definitivo que é cirúrgico.

A cirurgia visa evitar novas infecções e secundariamente recuperar algum resquício de audição daquele ouvido.

otite média serosa é caracterizada pela presença de secreção inflamatória na orelha média. Em geral se manifesta por perda auditiva e otites agudas de repetição.

Está relacionada à obstrução da tuba auditiva e inflamações nasosinusais, podendo fazer parte do quadro clínico das alergias das vias aéreas superiores, aumento da adenóide e sinusites.

Seu tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico. (a cirurgia de colocação de tubo de ventilação é uma das mais realizadas no mundo!!!).

Infecção da Orelha Interna (“LABIRINTITE”)

Diferentemente do termo popularmente difundido na população, a labirintite infecciosa é uma doença rara, e denota a presença de germes dentro da orelha interna (labirinto) e constitui quadro de grande preocupação devido a proximidade do sistema nervoso central.

Em geral é acompanhada de outros graves problemas como meningites e septicemia tendo seu tratamento em ambiente hospitalar. Pode muitas vezes resultar de uma complicação de uma otite média crônica, principalmente quando temos a presença de um colesteatoma, demonstrando a grande importância de seu correto tratamento.

As grandes dificuldades no correto tratamento das otites consistem na despreocupação do paciente em seguir recomendações simples (como evitar entrada de água no ouvido ou ainda abolir o uso de cotonetes) e na automedicação.

Esta última em geral é incorreta, ineficiente e deletéria porque pode não só atrasar a procura de um serviço médico, como também dificultar o diagnóstico e ainda o tratamento por criar germes resistentes.

Assim sendo, cuide de seu ouvido e procure sempre um médico otorrinolaringologista que é o profissional treinado para corretamente atendê-lo.

Otite – Infecção no ouvido

O ouvido, anatomicamente é dividido em 3 partes: a parte externa, que compreende o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo, revestido por pele e que termina junto à membrana timpânica, realizando a função de localizar a fonte sonora, amplificação do som e a condução do som até a orelha média, que é uma cavidade localizada dentro do osso temporal e está cheia de ar. Possui três ossículos, martelo, bigorna e estribo, articulados entre si, amplificando o som que vem da membrana timpânica e desta para a parte mais interna que é o labirinto (ouvido interno).

A parte média possui uma ligação com a parte mais alta da faringe (rinofaringe), na parte posterior do nariz e é chamada tuba auditiva que tem a função de tornar a pressão do ar igual entre a orelha média e o ambiente externo. A parte interna do ouvido, o labirinto é dividida em duas partes, a cóclea (caracol) e o vestíbulo (labirinto), que contribui para o equilíbrio corporal.

As otites são muito comuns?

Otite Média Aguda é uma doença altamente prevalente na infância, com o maior pico de incidência entre os seis e dezoito meses de idade. Acomete aproximadamente 75% das crianças, que antes dos primeiros cinco anos de vida, já terão apresentado pelo menos um episódio.

A idade na qual aparece o primeiro episódio de Otite média Aguda, está associada com a recorrência dos episódios; primeiro surto antes dos seis meses de idade, maior chance de ter Otites recorrentes.

A forma recorrente de Otite Média raramente é vista em crianças acima dos dez anos, adolescentes ou adultos. É mais frequente no inverno.

As Otites são causas muito comuns de diminuição da acuidade auditiva em crianças. Adequadamente tratadas, a audição geralmente é recuperada. A criança que tem diminuição da acuidade auditiva, terá dificuldade na aquisição da linguagem e aprendizado. Também terá dificuldades em relação ao seu desenvolvimento intelectual.

A Otite Externa Aguda consiste na inflamação da pele que reveste o canal do ouvido externo. Geralmente não provoca febre e pode provocar muita dor.

As causas deste tipo de Otite geralmente são: umidade em excesso, ou uso de cotonetes. Não há necessidade de remover a cera dos ouvidos, pois existe um processo de autolimpeza dos ouvidos.

Cera nos ouvidos não significa sujeira. Ela existe para proteger nossos ouvidos.

O tratamento das Otites agudas geralmente é feito com analgésicos e antibióticos, se a causa for infecção bacteriana. Nas Otites externas empregam-se gotas otológicas, curativos e aspirações do ouvido externo.


Ouvido Externo
Corte esquemático de ouvido

Deve-se evitar natação e cuidar por ocasião do banho para não permitir que entre água nos ouvidos.

Nas Otites Médias Crônicas, geralmente o tratamento é cirúrgico (a membrana timpânica geralmente está perfurada).

Otite Média Aguda é mais frequente no inverno, e pode algumas vezes se apresentar com perfuração timpânica ou com liquido persistente no ouvido médio. Se evoluir para Otite Média Crônica, pode levar à destruição dos ossículos do ouvido médio, levando à surdez.

Otite Média Aguda é mais frequente em meninos do que em meninas.

Fatores de risco para desenvolvimento da Otite Média Aguda:

Crianças que frequentam creches
Crianças com pais ou irmãos com estória de Otite Média Recorrente ( predisposição familiar)
Hábitos de amamentação na posição horizontal
Curto período de aleitamento materno
Em crianças pequenas, a tuba auditiva é mais horizontal, curta e mais estreita do que nos adultos e tal fato facilita a propagação das infecções da parte posterior do nariz, até o ouvido médio.
Algumas deformidades anatômicas craniofaciais como fissura do palato, Síndrome de Down, etc…
Deficiência de imunoglobulinas (anticorpos)
Patologias nasais, como polipose nasal, desvio d e septo, ou tumores
Deglutição atípica
Exposição à fumaça do cigarro
Poluição ambiental
Infecções virais das vias aéreas

Portanto, as relações existentes entre diminuição da audição e alterações do desenvolvimento da linguagem tornam essencial que o médico diagnostique e trate de maneira efetiva tal enfermidade.

Otite – Tratamento

Na fase aguda, o tratamento deve ser direcionado para a eliminação do agente agressor, para o restabelecimento da aeração e para o funcionamento do aparelho mucociliar.

Os antibióticos devem ser utilizados seguindo-se os mesmos preceitos descritos na Otite Média Aguda.

Os descongestionantes tópicos são de valia na fase aguda, pois interferem diretamente com os mecanismos fisiopatológicos, mas não devem ser empregados por tempo prolongado.

Os descongestionantes sistêmicos também são úteis, porém as reações adversas impedem seu uso em muitos casos.

A hidratação e o emprego de mucolíticos são medidas coadjuvantes válidas.

O corticóide é uma arma extremamente potente no tratamento da sinusite, pois interfere de maneira significativa na fisiopatologia e em muitos dos fatores desencadeantes, porém deve ser usado com parcimônia e por curtos períodos.

Nas sinusites crônicas o objetivo principal do tratamento deve ser a identificação e eliminação da(s) causa(s).

Paralelamente deve-se promover o restabelecimento da ventilação e a eliminação do componente infecioso e inflamatório.

Novas drogas de uso tópico nasal, como corticóide, anti-histamínico e cromoglicato, deram novo alento ao tratamento, pois possibilitaram seu emprego por períodos prolongados, sem a ocorrência das reações adversas típicas destes medicamentos.

A cirurgia endoscópica minimamente agressiva possibilitou uma abordagem seletiva atendendo aos preceitos fisiológicos dos seios paranasais.

Este fato contribuiu significativamente para o grande aumento do índice de cura nas sinusites crônicas.

Otite – Causas

A trompa de Eustáquio vai do ouvido médio até a parte de trás do nariz e da garganta e controla a pressão dentro do ouvido médio.

Quando a otite média ocorre, ela faz com que a trompa de Eustáquio fique inchada ou bloqueada, prendendo o líquido no ouvido médio.

O fluido preso no ouvido médio não pode ser drenado, facilitando a ocorrência de uma infecção.

Aqui estão algumas causas comuns de otite média:

Alergias
Um resfriado ou gripe
Infecção do sinus
Adenóides infectadas ou aumentadas
Fumar
Beber deitado (crianças)

As crianças mais novas são mais suscetíveis a uma infecção do ouvido médio porque a trompa de Eustáquio é mais curta e mais horizontal do que crianças mais velhas e adultos.

É importante observar os sintomas da otite média em crianças pequenas para que você possa identificar os tratamentos certos para aliviar qualquer dor ou temperatura alta.

Otite – Sintomas

Os sintomas de uma infecção do ouvido médio se desenvolvem rapidamente e são conhecidos por desaparecer em poucos dias. Esta condição também é conhecida como otite média aguda.

Os seguintes sintomas de otite média são:

Dor de ouvido
Uma febre (alta temperatura)
Náusea
Vômito
Fadiga
Uma ligeira perda de audição – a razão para isso será um acúmulo de fluido na parte média da orelha, que pode ser chamado de “orelha colada”.

No entanto, se os sintomas não melhorarem dentro de três a cinco dias, isso pode levar a mais problemas, embora seja raro. Essas complicações podem incluir labirintite, mastoidite e meningite, por isso é importante consultar um médico imediatamente se você sentir que a infecção no ouvido não está passando.

Ouvido- Como é

ouvido, órgão com a função de audição e equilíbrio, possui três divisões.

A primeira, a orelha externa compreende o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo, revestidos por pele, que termina na membrana chamada tímpano.

Sua função é localizar a fonte sonora, amplificá-la e levá-la até o ouvido médio. Esta é uma cavidade preenchida por ar e que se localiza dentro do osso temporal (osso que faz parte do crânio) e contêm três pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo, que amplificam o som que chega à membrana timpânica para a parte mais interna do ouvido, o labirinto.

No ouvido médio também se localiza a tuba auditiva, ou trompa de Eustáquio, que estabelece ligação com o nariz (fato importante na origem da otite média) e que é utilizada para igualar a pressão do ar entre a ouvido médio e o ambiente externo (por isso quando descemos a serra bocejamos ou deglutimos para “desentupir” o ouvido).

O labirinto possui uma parte destinada a percepção dos sons, chamada de cóclea, e à conversão das ondas sonoras para estímulos elétricos que serão levados até o cérebro, e outra que contribui para o equilíbrio do corpo.

A infecção da orelha externa é chamada otite externa e do ouvido médio é chamada otite média.

Fonte: www.otorrino.unifesp.br/www.pavan.med.br/www.amplifon.com/www.amplifon.com/www.audispray.com/www.amboss.com

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