Retinopatia

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A retinopatia é uma doença hereditária, normalmente progressiva, que afeta a retina.

A retina é num tecido fotossensível, que se situa na parte detrás do olho. É o local onde a primeira fase da visão tem lugar.

Na retinopatia a perda de visão é gradual mas progressiva, e caracteriza-se por começar por prejudicar a visão periférica, podendo progredir até resultar em visão tubular e cegueira nocturna.

Quando afeta a mácula, passa a haver grandes dificuldades nas tarefas que exigem visão ao perto (leitura e escrita). A acuidade visual pode começar por ser boa, apesar do campo visual ser extremamente reduzido, sendo inusual que indivíduos com retinopatia se tornem completamente cegos.

O que é a retina?

No olho a retina serve um propósito similar a um película dentro de uma câmara. A luz é focada pela lente na parte frontal da câmara através de uma película fotossensível situada na parte detrás. Fato este, similar ao que se processa no olho, na medida em que a luz entra no olho e é focada através de um tecido fotossensível (a retina) o qual delineia a parte detrás do olho.

O que causa a retinopatia?

É sabido que existem muitas causas de origem hereditária que podem causar a retinopatia. Porém em todos os casos, a capacidade da retina responder à luz é afetada.

Quais são os sintomas da retinopatia?

O primeiro sintoma e o mais comum é a dificuldade em ver com pouca luz (por exemplo numa rua escura). O segundo sintoma é a redução do campo visual, no qual o campo lateral da visão é perdido ou a parte superior e inferior perdida. Este fato é muitas vezes referenciado como uma visão em túnel.

Em alguns casos de retinopatia, a visão central é a primeira a ser perdida. O primeiro sintoma consiste na dificuldade em ler ou levar a cabo trabalhos de detalhe.

Todas as condições de retinopatia são progressivas, mas a velocidade de deterioração varia de indivíduo para indivíduo. Em muitos casos, o brilho da luz é um problema que tende a aumentar. No entanto, algumas pessoas só têm experiência deste problema quando já estão em estádio muito avançado.

Consultar o oftalmologista assim que os primeiros sintomas aparecem é extremamente importante. A acuidade visual pode começar por ser boa, apesar do campo visual ser extremamente reduzido e posteriormente acabar por se perder todos os restos visuais. Fato este, que normalmente ocorre na adolescência.

Em contexto escolar, desviar os olhos do livro para o quadro, por exemplo, é uma tarefa difícil e a mobilidade é muito afetada. Assim, um acompanhamento especializado e o aconselhamento ao nível das tecnologias disponíveis, podem melhorar a qualidade de vida.

O uso dos ampliadores de caracteres (permitem a focagem automática e o uso de cores de alto contraste e a regulação do brilho) e o uso de software de ampliação que possibilita trabalhar no seu computador e softwares de voz se necessário – leitores de ecrã. Em casos muito avançados em que existe perda total de visão, aconselha-se o ensino do braille. O uso de computador requer o recurso a tecnologias que permitem aceder à informação contida no mesmo, como a linha braille, o Poet Compact que lhe executa a leitura completa do documento e uma impressora braille.

Surgem, frequentemente, problemas de desajustamento emocional e comportamental agravados pela idade que devem de ser devidamente acompanhados.

Quando se desenvolve a retinopatia? Na maioria dos casos os primeiros sintomas desenvolvem-se entre os 10 anos e os 30 anos.

Pode ser detectado por um teste de visão?

Os tipos de retinopatia que causam a perda da visão central tornam-se mais evidentes pela incapacidade em ler o cartão de teste (normalmente este cartão é colocado a uma determinada distância do indivíduo e contém letras e números de vários tamanhos).

No entanto, a perda de visão periférica ou visão lateral não é assim tão evidente, e um indivíduo pode conseguir ler, por muitos anos, o cartão de teste oftalmológico.

A doença será mais facilmente detectada através de um exame da parte de dentro do olho. Existem outros testes disponíveis e que medem a área do campo visual que ainda é usado e a capacidade de adaptar a baixos níveis de luz.

Muitos mais testes sofisticados estão disponíveis nos hospitais, nomeadamente nos serviços de oftalmologia e gabinetes de sub-visão.

As pessoas com retinopatia podem desenvolver cataratas?

Sim. A maioria das pessoas com retinopatia tem cataratas. É uma afecção da lente do cristalino, que se apresenta opaca e impede a passagem da luz para a retina. O que torna a visão baça.

Em indivíduos com retinopatia, é frequente que a cataratas surjam, por volta da meia-idade e quando atingem um determinado estádio pode ser recomendado, pelo oftalmologista, a remoção da mesma.

Após a operação o paciente ainda terá a retinopatia, mas se a retina não foi muito deteriorada, um limitada quantidade de visão será restaurada.

A retinopatia pode ser tratada?

Atualmente não existe um tratamento que cure ou que trave o progresso da retinopatia. No entanto, as recentes pesquisas permitiram identificar muitos dos genes responsáveis pela retinopatia. Os cientistas estão a seguir linhas de pesquisa, nas quais estão a desenvolver um sistema seguro de introdução de material genético às células apropriadas do olho.

A Diabetes e consequentes problemas nos olhos

Retinopatia diabética

Ter diabetes não quer dizer que a visão esteja necessariamente afetada, mas há um elevado risco. Se a diabetes estiver bem controlada, a probabilidade de ter problemas é menor ou serão menos sérios. No entanto, se existem complicações que afetam o olho, então pode resultar na perda de visão.

A maior perda de visão relacionada com a diabetes pode ser prevenida, mas é essencial que seja diagnosticado o mais rápido possível e só pode ser detectado através de um exame detalhado ao olho. Os exames anuais, regulares, aos olhos são extremamente importantes, pois pode não se aperceber que se passa algo de errado com os seus olhos até ser tarde de mais.

Como é que a diabetes pode afetar o olho?

A diabetes pode afetar o olho das mais variadas formas. O problema mais sério associado com a diabetes envolve a retina, e, mais especificamente, a rede dos vasos sanguíneos aí existentes. O nome desta condição é retinopatia diabética.

Esta possui muitos estádios e é graduada de acordo com a gravidade da mesma.

Normalmente os estádios seguem um percurso que será apresentado a seguir:

Num estádio primário, a retinopatia de fundo é muito comum em indivíduos que têm diabetes há muito tempo. A visão será normal e sem ameaças para a visão.

Neste estádio, os vasos sanguíneos na retina estão suavemente afetados, eles podem inchar um pouco (microaneurisma) e deitar sangue ou fluído. A área macular da retina permanece sem ser afetada.

Com o tempo, se os problemas causados pela retinopatia diabética agravam, a área da mácula começa a ser envolvida e entramos numa fase seguinte que se denomina de maculopatia . Se isto acontece, a visão central fica cada vez pior. Pode ser difícil reconhecer à distância os rostos das pessoas ou apreciar detalhes.

A quantidade de perda de visão central varia de indivíduo para indivíduo. No entanto, a visão que permite andar por casa e na rua (visão periférica) é preservada.

A maculopatia é a causa principal da perda de visão e pode ocorrer gradualmente mas progressivamente. É raro que um indivíduo com maculopatia perca a visão por completo.

O progresso desta condição no olho, pode bloquear os vasos sanguíneos na retina e se isto acontecer novos vasos sanguíneos iram-se formar no olho. Este processo, é denominado de retinopatia diabética proliferativa e é uma forma natural do organismo tentar reparar o estrago, garantindo que a retina tenha um novo suplemento de sangue.

Infelizmente, estes novos vasos sanguíneos são fracos e estão no sítio errado – crescem na superfície da retina e no gel vítreo. Como resultado, estes vasos podem sangrar facilmente e causar cicatrizes no tecido. O cicatrizar puxa e torce a retina. Quando a retina é puxada da sua posição, denomina-se de descolamento da retina.

A retinopatia proliferativa é mais rara que a retinopatia de fundo. Os novos vasos sanguíneos raramente afetam a visão, mas as suas consequências, como o sangrar e o descolamento da retina provocam um agravamento da visão. A perda de visão é, nestes casos, muito rápida e grave.

A importância de um tratamento imediato

Apesar da visão ser boa, podem ocorrer mudanças na retina que precisam de tratamento. É de sublinhar que se pode prevenir o maior número de casos de perda de visão devida à diabetes. Assim, um diagnóstico prematuro da retinopatia diabética e efetuar exames aos olhos em cada ano constituem processos vitais na prevenção e tratamento.

Qual é o tratamento?

Se o problema for detectado prematuramente, pode-se recorre ao tratamento por laser. No entanto, este tratamento só preserva a visão que já possui, não a melhora. O laser é focado com uma extrema precisão de forma a que os vasos sanguíneos sejam laqueados. Se novos vasos sanguíneos se formaram, é necessário um tratamento a laser mais extensivo.

Como é que o tratamento é levado a cabo?

O tratamento é efetuado numa clínica e, na maior parte, das vezes o indivíduo não necessita focar internado. As gotas nos olhos são usadas ara alargar as pupilas, para que o especialista possa observar o olho.

O olho é anestesiado com gotas e é colocada uma pequena lente de contato de forma a parar o pestanejo. Durante o tratamento será pedido ao indivíduo que mova os olhos em determinadas direcções.

O tratamento para laquear os vasos normalmente não causa desconforto. No entanto, o tratamento para remover os novos vasos sanguíneos pode ser um pouco desconfortável, e, por vezes, é necessário comprimidos para tirar as dores ao mesmo tempo que as gotas.

O tratamento tem efeitos secundários?

É raro o tratamento que não tenha qualquer efeito secundário. No entanto, os riscos do laser são bem menores do que os riscos de não fazer qualquer tratamento.

O tratamento para laquear os vasos sanguíneos, tem alguns efeitos secundários. Como o laser é um feixe de luz muito brilhante, é normal que na primeira hora ou duas horas a seguir à intervenção haja uma redução da visão. Pode também haver perda de visão central e ver pequenos pontos pretos.

É muito comum a perda de visão periférica, pelo que se deve evitar conduzir. A visão de noite e das cores pode ser afectada. Ocasionalmente, a visão central pode não ser tão boa como era antes.

Se depois do tratamento as dores no olho e a visão piorar Depois de um longo tratamento, a maioria dos indivíduos apresentam queixas de dores de cabeça e para isso podem recorrer aos comprimidos analgésicos. No entanto, se as dores forem muito grandes ou a visão for pior, deve de contactar de imediato o especialista.

Como é que a diabetes pode afetar os olhos:

Obscuridade temporária

Este sintoma pode ser um dos primeiros da diabetes, como também pode ocorrer em qualquer altura da diabetes, se esta não estiver a ser controlada. É devido a um inchaço da lente do olho e irá clarear sem tratamento, assim que a diabetes estiver controlada.

Cataratas

É uma neblina na lente do olho, que provoca o obscurecer da visão porque a luz não passa através das lentes baças para a parte detrás do olho. Esta é uma condição muito comum do olho e que se desenvolve com a idade.

Porém, um indivíduo com diabetes pode desenvolver cataratas bem mais cedo do que um outro sem diabetes.

O tratamento das cataratas envolve uma operação para remover as lentes baças, as quais são substituídas por lentes de plástico que ajudam a focar devidamente.

Fonte: www.ataraxia.pt

Retinopatia

RETINOPATIA DIABÉTICA

O DIABETES MELLITUS ( diabetes açucarado) é doença conhecida desde o início da humanidade. Nas formas mais graves o paciente caminhava rapidamente para a morte, até 1922, quando os canadenses Banting e Best descobriram a I N S U L I N A .

Seu emprego nos pacientes começou no ano de 1923; comemorando-se em 1997, 75 anos da descoberta da insulina. Graças a este hormônio, milhões de vidas foram salvas e, mais do que isto, com os progressos nos conhecimentos da doença, novas orientações para a dieta, os antibióticos e a educação dos diabéticos.

Os diabéticos não só estão vivendo mais, mas estão tendo vida normal e feliz.

O diabetes incide desde o nascimento até a velhice.

Como a humanidade está vivendo muito mais, surgiu um fato paradoxal:

a ) o aumento do número da diabéticos. b) o aparecimento de complicações devidas aos diabetes.

Acredita-se que no ano 2.050 haverá no mundo mais de 50 milhões de pessoas com a idade de 100 anos.

E, ao mesmo tempo, um grande aumento de patologias , como seja: a hipertensão, a arterioesclerose, o câncer, a obesidade e o diabetes.

Há 2 tipos de diabetes:

Tipo 1, que, necessariamente, usa diariamente insulina, que predomina nas crianças, jovens e pessoas maduras Tipo 2, em que os diabéticos, quase sempre, não necessitam de insulina. O tipo 2 é constituído de indivíduos com mais de 40 anos, em regra obesos.

O diabético pode, se for bem cuidado, é claro, levar uma vida normal.

Mesmo assim, de acordo com seu potencial genético, muitos diabéticos apresentam complicações , a saber: neuropatias, retinopatia, nefropatias, atero e arterioesclerose, com incidência maior de enfarte do miocárdio e de AVC ou acidentes vasculares cerebrais.

O que devem fazer os diabéticos susceptíveis a estas complicações: cuidar do seu diabetes, fazendo dieta, tomando insulina de 2 a 4 injeções ao dia ( se indicado) ou dieta mais comprimidos hipoglicemiantes ( antidiabéticos ) . Parece que se deve à permanência do açúcar alto no sangue ( hiperglicemia ) o agravamento das complicações do diabetes. O açúcar alto permanente agiria como um fator tóxico.

O diabético que se educa , tem força de vontade e aprende um conselho já centenário: “abrir os olhos e fechar a boca” , está no bom caminho.

A RETINOPATIA DIABÉTICA é o nosso tema principal. É uma complicação grave, evolui lentamente, Já é diagnosticada antes do aparecimento clínico da doença ( pelo exame feito por um oftalmologista ) ou pelos clínicos que sabem fazer exame de fundo de olho. Caminha, lenta e inexoravelmente, podendo levar à cegueira. Os diabéticos têm 25 vezes mais chances de se tornarem cegos do que os não diabéticos.

Há pessoas mais sensíveis e, de qualquer forma, a retinopatia diabética surge e evolui após 5 anos de doença.

O que fazer?

1. Diagnosticar, precocemente, o diabetes. Estão nesta classe as pessoas com familiares diabéticos e os obesos. 2. Feito o diagnóstico, cuidar da doença. Procurar o médico. 3. Diagnosticada a retinopatia, o oculista será o seu grande amigo. Ele vai acompanhar a evolução da doença, fazer tratamentos diversos e aplicar, quando necessário, raios-Laser. 4. Os oftalmologistas e os diabéticos devem dar as mãos aos clínicos diabetólogos. O especialista em diabetes é a pessoa mais importante no tratamento da retinopatia diabética, pois o oculista tenta reduzir os malefícios das hemorragias da retina e outras lesões, mas o diabetólogo procurará controlar a doença e com isto reduzir a incidência e a evolução das complicações, entre as quais a retinopatia.

A retinopatia diabética evolui do aparecimento inicial de micro-aneurismas, seguidos de pequenas hemorragias. Sucessivamente surgirão hemorragias maiores, cicatrizações ( manchas em flocos de algodão ) ou manchas duras. Tanto mais graves quando se fazem na região da mácula ( ponto de maior acuidade visual ).

Ocorrem, em ambos os olhos e se chamam retinopatias não proliferativas.

Com o crescimento de vasos anormais na superfície da retina ( que é uma fina membrana que está no fundo do olho e é responsável pela formação da imagem ) estes vasos podem sangrar de maneira intensa ou podem causar descolamento da retina. Ambos provocam a grave redução da visão e, até mesmo, a cegueira total. É a retinopatia proliferativa.

DIAGNOSTICAR E TRATAR

Pensar que a vida é boa, que tantas pessoas dependem de você. Tenha força de vontade e confie nos avanços da medicina. Já se vislumbram pesquisas sobre a retina artificial.

Mas, lembre-se: o diabetes é doença que crescerá no 3º milênio, calculando-se que haverá um aumento do diabetes tipo 2 ( e obesidade ) de cerca de 40%. A retinopatia não se restringe ao diabetes tipo 1. Ela também ocorre no diabetes tipo2.

O sucesso para o tratamento da retinopatia diabética fundamenta-se na perfeita integração entre O PACIENTE, O DIABETÓLOGO EXPERIENTE E O OFTALMOLOGISTA DE PRIMEIRA LINHA.

Nos últimos 15 anos, avanços foram realizados de forma a prevenir, atenuar, ou mesmo retroagir as complicações do Diabetes Mellitus, especialmente a Retinopatia Diabética. Não é tarefa fácil, mas vale a pena fazê-lo pois trata-se de complicações graves.

Os Oftalmologistas, com o uso dos Raios Laser, trouxeram benefícios preciosos, mas, tratam-se os efeitos e não as causas dos malefícios representadas pelo diabético mal cuidado, permanentemente descompensado. A responsabilidade e a cooperação do paciente são indispensáveis, pois ele se submete a sacrifícios, como as várias injeções de insulinas diárias, o controle das glicemias pela picada nos dedos, várias vezes ao dia, o seguimento de uma dieta rígida. É o tratamento intensivo.

Os Raios Laser são uma arma poderosa no tratamento da retinopatia diabética, mas devem ser usados com critérios rigorosos e menos freqüentes.

O Diabetólogo motiva o paciente, ampara-o emocionalmente, orienta quanto à dieta e a insulinoterapia intensiva. Os resultados, quando se obtém uma ação integrada são positivos.

Mesmo os pacientes com lesões graves da retina não devem se desesperar, pois eles mantêm íntegras as vias ópticas e virão, num futuro próximo, a se beneficiar das novas descobertas: a retina artificial, os chips …

A COMPLEXIDADE DA VISÃO

Retinopatia Figura 1: A VIA VISUAL ( VIA ÓPTICA)

Figura 1: A VIA VISUAL ( VIA ÓPTICA): aqui são mostrados os mecanismos da visão , desde a passagem da luz, através da córnea ( olhos) até a captação do estímulo na retina, seguindo pelo nervo óptico, percorrendo o corpo geniculado lateral, o corpo caloso para atingir a cortex cerebral ( cortex visual primária).

RetinopatiaFigura 2: A mesma imagem, vista por baixo, no cérebro humano

Retinopatia

Figura 3:A luz entra no olho através da córnea transparente, onde a maior parte da refração se faz ( O ponto branco da pupila é um reflexo da luz na córnea ).

Retinopatia

Figura 4: A RETINA , ampliada à direita, mostra a relativa posição das 3 camadas retinianas. Surpreendentemente, a luz tem que passar através das camadas de células ganglionares e células bipolares, antes de atingir os bastonetes e os cones. Estes representam milhões de células receptoras.

Retinopatia

Figura 5: FUNDO DE OLHO: a retina normal, vista com o oftalmoscópio. O grande círculo pàlido é o disco óptico, início do nervo óptico. As arteríolas emergem do disco e têm a coloração vermelha mais clara do que as vêmulas, que são escuras e nele imergem. A área avermelhada à direita do disco é a mácula, o local de maior acuidade visual, cujo centro é a fóvea

Retinopatia Figura 6

Retinopatia Figura 7

Figuras 6 e 7 – RETINOPATIA DIABÉTICA é a grave complicação do diabetes. Lesões da retina de 1 a 4 graus que podem levar à cegueira . Nesta RETINOGRAFIA, de um paciente nosso , vê-se a forma bem evoluída com micro-aneurismas , áreas homorrágicas esparsas, cicatrizes chamadas manchas duras e manchas em flocos de algodão. Felizmente a área da mácula ainda está poupada.

J. Procopio do Calle

Fonte: jprvlota.sites.uol.com.br

Retinopatia

O diabetes pode prejudicar a vista

Se você sofre de diabetes melito, seu corpo nao utiliza nem armazena o a çú car de maneira adequada. Altos níveis de a çú car no sangue podem lesar os vasos sangüíneos na retina, a carnada nervosa no fundo do olho que percebe a luz e ajuda a enviar imagens até o cérebro. Os danos a vasos retinais sao designados como retinopatia diabética.

Os tipos de retinopatia diabética

Existem dois tipos de retinopatia diabética:

Retinopatia diabética náo-proliferativa (RDNP) Retinopatia diabética proliferativa (RDP).

RDNP, mais conhecido como retinopatia de fundo, é um etapa inicial da retinopatia diabética. Nesta etapa, minúsculos vasos sangüíneos dentro da retina vazam sangue ou fluido. O vazamento do fluido faz a retina inchar ou formar depósitos chamados exsudatos.

Muitos diabéticos tém RDNP branda, a qual não costuma prejudicar sua visáo. Quando a vis ão é afetada, é em decorrência do edema macular e/ou isquemia macular.

Edema macular é a inchação , ou espessa mento , da mácula, urna pequena área no centro da retina que nos permite ver os detalhes com clareza. A inchação é provocada pelo vazamento de fluido dos vasos sanguíneos da retina. Trata-se da causa mais comum de perda visual por diabetes. A perda de visão pode ser de branda a severa, porém até mesmo nos piores casos, a visão periférica continua a funcionar. Isquemia macular ocorre quando os pequenos vasos sanguíneos (capilares) fecham. A visão fica turva porque a mácula nao mais recebe sangue em quantidade suficiente para funcionar bem.

RDP se apresenta quando novos vasos anormais (neovascularização) começam a crescer na superficie da retina ou do nervo óptico. A causa principal de RDP é o ampio fechamento de vasos sangüíneos da retina, impedindo assim o fluxo sanguíneo adequado. A retina responde gerando novos vasos sanguíneos numa tentativa de fornecer sangue à área onde se fecharam os vasos originais.

Infelizmente, os novos vasos sanguíneos anormais não reabastecem a retina com um fluxo normal de sangue. Muitas vezes, estes novos vasos são acompanhados de tecido cicatricial que pode provocar enrugamento ou descolamento da retina.

RDP pode levar à perda visual mais severa do que a RDNP por afetar tanto a visão central como a periférica.

A retinopatia diabética proliferativa provoca perda de visão de várias maneiras:

Hemorragia vítrea:

Os vasos novos e frágeis podem sangrar para dentro do vítreo, uma substância transparente parecida com uma geléia que reveste o centro do olho. Se a hemorragia vítrea for pequena, talvez a pessoa veja apenas algumas “moscas volantes”novas e escuras. Um hemorragia muito grande poderia obstruir a visão por completo. Pode levar dias, meses ou até mesmo anos, para reabsorver o sangue, conforme a quantidade de sangue presente. Se o olho não elimina o sangue vítreo adequadamente dentro de um espaço de tempo razoável, uma vitrectomia pode ser a solução recomendada. A hemorragia vítrea em si não causa a perda de visão permanente. Quando o sangue é reabsorvido, a acuidade visual pode voltar ao nível de antes, a menos que a mácula seja lesada.

Descolamento retinal por tração:

Quando há presença de RDP, o tecido cicatricial associado com a neovascularização pode encolher, deste modo enrugando e puxando a retina fora de sua posição normal. O enrugamento macular pode produzir distorção visual. Pode ocorrer perda de visão mais severa se a mácula ou grandes áreas da retina forem descoladas.

Glaucoma neovascular:

Às vezes, o excessivo fechamento do vaso retinal faz com que os vasos sanguíneos novos anormais cresçam na íris (a parte colorida do olho) e obstruam o fluxo normal de fluido que sai do olho. A pressão dentro do olho aumenta, resultando em glaucoma neovascular, grave doença ocular que lesa o nervo óptico.

Como é feito o diagnóstico da retinopatia diabética?

Um exame de vista feito por um oftalmologista é a única maneira de descobrir as mudanças dentro de seus olhos. Um oftalmologista muitas vezes consegue diagnosticar e tratar retinopatia grave antes de você se dar conta de qualquer problema de visão. Ele dilata sua pupila e examina dentro de seu olho com um oftalmoscópio.

Se seu oftalmologista encontrar a retinopatia diabética, ele ou ela pode pedir fotografias coloridas da retina ou um teste especial chamado angiografia a fluoresceína para descobrir se você está precisando de tratamento. Neste teste, um corante é injetado no seu braço, e são tiradas fotos de seu olho para detectar onde o fluido está vazando.

Como é tratada a retinopatia diabética?

O melhor tratamento é de prevenir o desenvolvimento da retinopatia o máximo que puder. Controlar rigorosamente o nível de açúcar no sangue reduzirá significativamente o risco a longo prazo de perda de visão por retinopatia diabética. Se forem constatados problemas renais e de alta pressão arterial, estes precisam ser tratados.

Cirurgia a laser:

A cirurgia a laser é frequentemente indicada para pessoas portadoras de edema macular, RDP e glaucoma neovascular. Para o edema macular, o laser enfoca a retina lesada próximo da mácula para diminuir o vazamento de fluido. O objetivo principal do tratamento é de prevenir maior perda de visão. As pessoas que sofrem de vista turva causada por edema macular não costumam recuperar a visão normal, embora alguns possam obter melhoria parcial. Em seguida ao tratamento, algumas pessoas conseguem ver os pontos de laser perto do centro de sua visão. Com o tempo, os pontos costumam desbotar, porém podem não desaparecer. Para RDP, o laser enfoca todas as partes da retina exceto a mácula. Este tratamento com fotocoagulação panretinal faz os novos vasos anormais encolherem, e muitas vezes os impede de crescer no futuro. Ainda diminui a possibilidade de sangramento vítreo ou distorção retinal ocorrerem. Às vezes há necessidade de tratamentos múltiplos a laser a longo prazo. A cirurgia a laser não cura a retinopatia diabética e nem sempre impede mais perda de vista.

Vitrectomia:

Em casos de RDP avançada, o oftalmologista pode indicar uma vitrectomia. Durante este procedimento microcirúrgico, que é feito na sala de operações, o vítreo cheio de sangue é retirado e substituído por uma solução transparente. O oftalmologista pode esperar alguns meses ou até um ano para ver se o sangue desaparece sozinho, antes de fazer a vitrectomia. Muitas vezes, a vitrectomia impede mais sangramento retirando os vasos anormais que provocaram o sangramento. Se a retina é descolada, pode ser restituída durante a cirurgia da vitrectomia. Normalmente, a cirurgia deve ser feita cedo, porque a distorção macular ou descolamento da retina por tração causará perda de vista permanente. Quanto mais tempo a mácula fica distorcida, mais acentuada será a perda de visão.

A perda de visão é em grande parte evitável

Se você tem diabetes, é importante saber que hoje em dia, devido a melhores métodos de diagnóstico e tratamento, apenas uma pequena porcentagem de pessoas que desenvolveram retinopatia têm problemas sérios de visão. A detecção precoce da retinopatia diabética constitui a melhor proteção contra a perda de visão.

Você pode reduzir de maneira significante o risco de perda de visão mantendo um controle rigoroso do nível de açúcar no seu sangue e consultando regularmente seu oftalmologista.

Quando marcar um exame

As pessoas portadoras de diabetes devem marcar exames de olho com dilatação da pupila pelo menos uma vez ao ano. Exames mais frequentes feitos por um oftalmologista podem se fazer necessários depois de diagnosticada a retinopatia diabética.

Recomenda-se que mulheres grávidas com diabetes marquem uma consulta no primeiro trimestre porque a retinopatia pode progredir rapidamente durante a gravidez.

Se você precisa de exame para óculos, vale lembrar que seu nível de açúcar no sangue deve estar sob controle regular durante alguns dias antes de ver seu oftalmologista. Óculos que funcionam bem quando o açúcar no sangue está fora de controle não funcionam bem quando o teor de açúcar é estável.

Mudanças súbitas no nível de açúcar no sangue pode provocar visão flutuante em ambos os olhos, mesmo na ausência de retinopatia.

Você deve fazer exame de vista desde já se você experimenta mudanças de visão que:

Afetam apenas um olho. Duram mais de alguns dias. Não são associadas a uma mudança no teor de açúcar no sangue.

Logo após o primeiro diagnóstico de diabetes, você deve fazer exame de vista:

Dentro de 5 anos após o diagnóstico se você está com 30 anos ou menos; Dentro de alguns meses após o diagnóstico se você está com mais de 30 anos.

Fonte: www.dahervision.com

Retinopatia

O que é a retinopatia diabética?

É uma manifestação ocular da diabetes e uma das principais causas de cegueira.

Quais são as causas?

O aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) – que caracteriza a diabetes – causa alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina, reduzindo a visão.

Em alguns casos, desenvolvem-se vasos anormais na retina. Sendo muito frágeis e sangrando facilmente, estes vasos levam à formação de tecido fibroso que repuxa a retina. Neste estádio muito grave, a doença designa-se retinopatia diabética proliferativa.

Quais são os sintomas da retinopatia diabética?

Inicialmente não há sintomas, daí a importância dos diabéticos vigiarem a sua visão, através de exames médicos oculares regulares.

Como se trata?

A retinopatia diabética é tratada com raios laser. Mas o ideal é que o doente controle os níveis de açúcar no sangue desde as fases iniciais da doença.

Fonte: www.portaldasaude.pt

Retinopatia

A diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina que é a região conhecida como “fundo de olho”, causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que ocasiona deformidades conhecidas como micro-aneurismas. Estes micro-aneurismas freqüentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina.

Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa.

Em ambos os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou total da visão:

Retinopatia Diabética Exsudativa:

Ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, que é necessária para a visão central, usada para a leitura.

Retinopatia Diabética Proliferativa:

Surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados “neovasos”. Estes novos vasos são extremamente frágeis e também podem sangrar. Além do sangramento, os neovasos podem proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina e dificuldades de visão. A proliferação dos neovasos também pode causar cegueira em conseqüência de um descolamento de retina.

Causas

O diabetes melittus é o fator desencadeante desta doença, na qual o corpo humano não pode fazer uso adequado de alimentos, especialmente de açúcares. O problema específico é uma quantidade deficiente do hormônio insulina nos diabéticos.

Grupos de risco

As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes mais do que as que não portam a doença. A Retinopatia Diabética atinge mais de 75% das pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos.

Tratamentos

O controle cuidadoso da diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos, que são prescritos pelo médico endocrinologista, são a principal forma de evitar a Retinopatia Diabética.

Fotocoagulação por raios laser: é o procedimento pelo qual pequenas áreas da retina doente são cauterizadas com a luz de um raio-laser na tentativa de prevenir o processo de hemorragia. O ideal é que este tratamento seja administrado no início da doença, possibilitando melhores resultados por isso é extremamente importante a consulta periódica ao oftalmologista.

Fonte: www.cbo.com.br

Retinopatia

A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares.

São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial do problema.

Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata.

No caso do tipo 1, não há necessidade de começar os exames assim que a pessoa se descobre com diabetes, pois não possui um histórico de glicemia alta.

Sendo assim, o primeiro exame oftalmológico poderá ocorrer após cinco anos de tratamento. Concluído esse período, os exames serão realizados anualmente.

Já no diabetes tipo 2, os exames serão realizados desde o momento do diagnóstico. Isso ocorre porque não é possível identificar por quanto tempo a pessoa permaneceu com altas taxas de glicemia.

Tratamento

O tratamento com a fotocoagulação (realizado com raio lazer) tem demonstrado bons resultados na prevenção da perda visual e na terapia de alterações retinais.

É indicado para edema de mácula e em situações com hemorragia, tração vítreo-retiniana e descolamento de retina.

Naturalmente, estes procedimentos devem ser indicados e realizados pelo médico oftalmologista.

Fonte: www.diabetes.org.br

Retinopatia

O diabetes pode prejudicar a visão

O diabetes melitus é uma doença na qual o organismo não utiliza nem armazena a glicose de maneira adequada. Altos níveis de açúcar no sangue podem lesar os vasos sangüíneos da retina, a camada nervosa do fundo do olho que percebe a luz e ajuda a enviar imagens até o cérebro.

O comprometimento do fundo de olho é chamado de Retinopatia Diabética. Trata-se de doença grave, podendo causar severa perda visual se não diagnosticada e tratada a tempo.

Os tipos de retinopatia diabética

Existem dois tipos de Retinopatia Diabética: a não-proliferativa e a proliferativa.

a- A Retinopatia Diabética não proliferativa é um estágio inicial da doença, na qual há extravasamento de sangue ou fluido a partir de pequenos vasos sangüíneos da retina, causando acúmulo de líquido (edema) e levando à formação de depósitos (exsudatos) na retina. Se a mácula não estiver afetada, este estágio da retinopatia diabética pode não causar baixa da visão.

A mácula é uma pequena área no centro da retina responsável pela visão de detalhes. O edema macular é o espessamento ou inchaço da retina, provocado pelo vazamento de fluido a partir dos vasos sangüíneos da retina, sendo causa freqüente de perda visual por diabetes.

A situação oposta, chamada isquemia macular, ocorre quando os pequenos vasos sangüíneos ou capilares se fecham, e a mácula deixa de receber sangue em quantidade suficiente.

b- A Retinopatia Diabética Proliferativa ocorre quando vasos anormais, chamados neovasos, crescem na superfície da retina ou do nervo óptico. A principal causa da formação de neovasos é a oclusão dos vasos sangüíneos da retina, com impedimento do fluxo sanguíneo adequado.

Freqüentemente os neovasos são acompanhados de tecido cicatricial, cuja contração pode levar ao descolamento da retina.

Retinopatia Retinopatia diabética não proliferativa

Retinopatia Retinopatia diabética proliferativa

A Retinopatia Diabética proliferativa provoca perda de visão em decorrência de:

A- Hemorragia vítrea

A maior parte do globo ocular é preenchida pelo vítreo, uma substância transparente parecida com uma gelatina. Uma hemorragia muito grande, a partir dos neovasos, pode obstruir a visão súbita e totalmente, devido ao comprometimento do vítreo.

B- Descolamento de retina

A contração do tecido cicatricial que acompanha os neovasos pode tracionar e descolar a retina. Severa perda de visão pode ocorrer se a mácula ou grandes áreas da retina vierem a se descolar.

C- Glaucoma neovascular

O fechamento dos vasos da retina pode levar ao desenvolvimento de vasos sangüíneos anormais na íris, a membrana que dá a cor ao olho. Em conseqüência, a pressão intra-ocular pode aumentar por obstrução do fluxo de fluido que circula dentro do olho. Esta é uma forma grave de glaucoma, que pode resultar em perda da visão.

Como é feito o diagnóstico da retinopatia diabética?

Um exame de vista feito pelo oftalmologista é a única maneira de descobrir as alterações provocadas pelo diabetes.

Para examinar adequadamente o fundo de olho é necessário dilatar a pupila.

A Angiografia com fluoresceína é um exame auxiliar, no qual fotos do fundo de ollho são feitas após a injeção de um contraste (fluoresceína) em uma veia do braço. As fotos obtidas podem ser digitalizadas, arquivadas ou impressas para posterior avaliação.

Como é tratada a retinopatia diabética?

O controle rigoroso do diabetes reduz significativamente o risco de perda de visão por retinopatia diabética. Outras alterações tais como a pressão arterial elevada e comprometimento dos rins devem ser rigorosamente controladas, quando associadas ao diabetes.

O tratamento das lesões decorrentes da retinopatia diabética é feito através da fotocoagulação com laser.

Laser

O laser é freqüentemente indicado para tratar o edema macular, as formas de Retinopatia Diabética Proliferativa e o glaucoma neovascular.

A aplicação de laser, chamada fotocoagulação, é feita com o raio laser. O laser mais utilizado para tratar a retinopatia diabética é o laser de Argônio. As aplicações de laser são feitas com o paciente sentado, geralmente com a utilização de colírio anestésico, sem a necessidade de internação.

No tratamento do edema macular, o laser é aplicado na retina lesada próxima à mácula para diminuir o vazamento de fluido. O tratamento tem como objetivo prevenir maior perda de visão. A melhora da visão costuma ser parcial, e o paciente pode perceber os pontos de laser no campo de visão.

Retinopatia Raio laser no tratamento de retinopatia Diabética

Na Retinopatia Diabética proliferativa o laser é aplicado em toda a retina, preservando-se a mácula. Este tratamento chamado fotocoagulação panretiniana visa a regressão dos vasos anormais da retina, diminuindo o risco de hemorragia vítrea ou distorção retiniana.

Dependendo da severidade da retinopatia, várias sessões de laser podem ser necessárias. O laser não cura a retinopatia diabética e nem sempre impede uma futura perda da visão.

Vitrectomia

Em casos avançados e severos de retinopatia diabética, uma microcirurgia denominada vitrectomia pode estar indicada. Utilizando intrumentos e equipamentos de tecnologia avançada, o oftalmologista remove o vítreo cheio de sangue, substituindo-o por um líquido transparente. Pode-se aguardar a reabsorção espontânea da hemorragia por alguns meses, antes de se indicar a cirurgia.

Nos casos mais graves, complicados pela presença de descolamento de retina, outras técnicas e recursos cirúrgicos são utilizados, tais como a endodiatermia, o endolaser e a colocação de gases ou óleo de silicone na cavidade vítrea.

Nestes casos, a cirurgia deve ser realizada precocemente, pois a distorção macular e o descolamento da retina por tração causam perda permanente da visão.

A perda de visão é geralmente evitável

Atualmente, devido a melhores métodos de diagnóstico e tratamento, é possível prevenir a perda da visão.

A detecção precoce da retinopatia diabética constitui a melhor proteção contra o dano ocular causado pelo diabetes.

É possível reduzir de maneira significativa o risco de perda de visão mantendo um controle rigoroso da glicose no sangue e consultando o oftalmologista regularmente.

Quando marcar um exame

As pessoas portadoras de diabetes devem realizar exame oftalmológico com dilatação da pupila pelo menos uma vez ao ano. Uma vez detectada a retinopatia diabética, exames mais freqüentes são necessários, conforme orientação do oftalmologista.

Recomenda-se que mulheres grávidas com diabetes façam um exame oftalmológico no primeiro trimestre da gravidez, pois a retinopatia pode progredir rapidamente durante a gravidez.

Exame para óculos só deve ser realizado se o nível de glicose no sangue estiver sob controle.

Mudanças súbitas no nível de açúcar no sangue podem provocar visão flutuante em ambos os olhos, mesmo na ausência de retinopatia.

Um paciente portador de diabetes deve fazer exame de vista imediatamente se observar mudanças de visão que:

Afetem apenas um olho. Durem mais de alguns dias. Não estejam associadas a uma mudança do teor de açúcar no sangue.

Fonte: www.ipvisao.com.br

Retinopatia

A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira, fazendo parte ao lado das nefropatias, vasculopatias e neuropatias, do conjunto de complicações mais freqüentes dos pacientes com Diabetes Mellitus que, com o aumento da sobrevida, manifestam progressivamente a doença com maior incidência e gravidade.

A retinopatia diabética apresenta comportamento diferente nos pacientes insulino-dependentes, sendo que o controle metabólico adequado tende a retardar o aparecimento e diminuir a gravidade das alterações fundoscópicas que, no entanto, quando já existentes não se modificam significativamente com a normalização da glicemia.

Cuidados

A associação da hipertensão arterial, nefropatia, gravidez e fumo podem piorar o prognóstico. Como a acuidade visual pode estar preservada temporariamente, mesmo nas formas mais severas da retinopatia, os pacientes devem ser orientados sobre a existência e riscos da doença e que somente o controle oftalmológico periódico pode propiciar sua detecção e tratamento precoces, com conseqüente melhor prognóstico para preservação da visão.

Todos os diabéticos devem ser submetidos a exame oftalmológico completo com atenção especial a oftalmoscopia direta e indireta e biomicroscopia do fundo do olho com dilatação pupilar.

Devem-se fazer avaliações anuais, quando os resultados forem normais, mas os controles periódicos devem serfreqüentemente complementados com retinografia e angiofluoresceinografia e realizadas em intervalos mais curtos se existirem alterações compatíveis com retinopatia diabética, com ou sem baixa visão.

Complicações

A retinopatia diabética pode ser: tipo simples, caracterizada pela presença de microaneurismas, hemorragias superficiais ou profundas, edema de retina, precipitados lipídicos, exsudatos moles e zonas de não perfusão capilar e tipo proliferativa, caracterizada por neovascularização do disco óptico, retina e/ou vítreo.

Tratamento

Não há evidências de ação eficaz , até o momento, de que qualquer tratamento clínico seja profilático ou curativo através da utilização de diversas drogas, sendo que apenas a fotocoagulação tem mostrado bons resultados na prevenção e terapia de alterações retinianas que predispõem à baixa visual reversível.

O tratamento mais utilizado é a fotocoagulação com raio laser, sendo que as principais indicações são relacionadas à terapia de edema de mácula, da zona de não perfusão capilar, que leva à neovascularização; e da proliferação fibro-vascular, que leva àhemorragia e tração vítreo-retiniana.

A maculopatia é mais comumnos pacientes insulino independentes e a neovascularização nos insulino-dependentes. O tratamento pode ser cirúrgico através da vitrectomia, quando há hemorragia vítrea persistente e recidivante, ou quando há descolamento tradicional da retina ou distorção da região peri-papilar e do pólo posterior.

MANTER UM BOM CONTROLE DA GLICEMIA É FUNDAMENTAL PARA EVITAR COMPLICAÇÕES NA RETINA

Fonte: www.diabetenet.com.br

Retinopatia

Retinopatia Diabética é uma complicação do diabetes, caracterizada pelo nível alto de açúcar no sangue, que provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos que nutrem a retina. Em conseqüência, ocorre vazamento de líquido e sangue no interior do olho, desfocando a visão. Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando a hemorragia vítrea podendo levar ao descolamento da retina.

O diabetes pode ainda causar o surgimento de vasos sanguíneos anormais na íris, ocasionando o Glaucoma.

A Retinopatia Diabética apresenta comportamento mais agressivo, com risco de perda da visão, nos pacientes insulino-dependentes. O controle rigoroso do Diabetes Mellitus, caracterizado pela deficiência da insulina, retarda o aparecimento e reduz a progressão da doença.

Uma vez instaladas, as alterações retinianas não se modificam significativamente com a normalização da glicemia, necessitando de tratamento oftalmológico específico.

Tipos e Causas

A Retinopatia Diabética atinge 80% dos diabéticos com 25 anos ou mais de doença.

Apresenta-se de duas formas básicas:

Retinopatia Diabética Não Proliferativa

É o tipo menos agressivo da doença considerada como estágio inicial e sinal de alerta para o paciente diabético. Essa fase tem um curso mais benigno e pode provocar uma baixa discreta e moderada da visão.

Caracterizada por alterações vasculares retinianas, com o surgimento de hemorragias e vazamentos que provocam edemas e diminuição da visão, caso atinjam a área da mácula (zona da retina responsável pela visão central).

Retinopatia Proliferativa

Apesar de ser menos comum, é a mais agressiva e prejudicial à visão. Caracteriza-se pelo aparecimento de áreas na retina sem irrigação (isquemia), que promovem o surgimento de novos para substituir os danificados. Esses vasos se rompem com facilidade por serem mais frágeis, podendo levar a uma perda visual total ocasionada pelo descolamento tracional da retina e/ou hemorragias vítreas.

Sintomas

A Retinopatia Diabética não provoca dores, sendo muitas vezes silenciosa, impossibilitando o paciente de perceber os sintomas. Se acontecer edemas, na área macular, pode ocorrer baixa da visão com perda gradativa do foco. Havendo sangramento, podem surgir algumas manchas ou pontos escuros no eixo da visão.

Em geral, o sintoma mais comum da Retinopatia Diabética é a vista embaçada, que ocorre progressivamente e, às vezes, subitamente pela hemorragia vítrea. A perda visual pode ser um sintoma tardio, expressando a gravidade da situação.

Tratamento e Controle

O melhor tratamento da Retinopatia Diabética é a prevenção através de consulta oftalmológicas regulares e controle rigoroso do nível de açúcar no sangue.

Quando a doença já está instalada o tratamento é feito com laser verde.

Apesar de não restituir a perda visual ocorrida na fase inicial da doença, o tratamento a laser evita o progresso da Retinopatia Diabética e o surgimento de novos vazamentos.

Nos casos de Retinopatia Proliferativa, em que se observa o descolamento da retina ou hemorragia vítrea significativa, o tratamento indicado é a vitrectomia, uma microcirurgia que remove a hemorragia juntamente com o líquido vítreo (gelatina que preenche o olho), substituindo-o por outro líquido semelhante e transparente.

Diagnóstico

Por não apresentar sintomas prontamente identificáveis, o diagnóstico da Retinopatia Diabética só pode ser feito por um oftalmologista, através de exames especializados de Mapeamento e Angiografia da Retina (fotografias da retina coloridas e com contraste).

Por tratar-se de doença de difícil percepção, é de extrema importância que todo diabético, mesmo que não apresente baixa da visão, previna-se realizando consultas oftalmológicas pelo menos uma vez ao ano.

Fonte: www.dayhorc.com.br

Retinopatia

Diabetes Mellitus: Prevenção e Tratamento da Retinopatia

A retinopatia diabética é uma das desordens microvasculares mais comuns causada pelo diabetes mellitus e está entre as principais causas de perda visual, nos Estados Unidos da América do Norte1(D).

É comum tanto no diabetes tipo 1, quanto no tipo 2 e está presente em quase todos os pacientes diabéticos tipo 1, após 15 anos do diagnóstico2(B). Vários estudos prospectivos já demonstraram a importância do controle glicêmico na prevenção desta complicação, o controle terapêutico intensivo retarda a sua progressão3(A), o risco reduz-se em cinco ou mais vezes comparado ao tratamento convencional4(A), no diabetes tipo 2, a redução é observada tanto com insulina, como com sulfoniluréia5(A).

Porém, ainda que pareça uma medida simples e óbvia, esse controle não só é difícil de ser atingido, como principalmente mantido. Nossos esforços são constantemente frustrados pelos resultados obtidos, frutos de contingências diversas, entre elas o contexto socioeconômico no qual estão inseridos nossos pacientes e nosso país. Mas não podemos ignorar o impacto social e econômico do diabetes na sociedade6(D).

Os custos envolvidos no processo de educação e tratamento do paciente diabético e a nossa política de saúde colocam o controle glicêmico como um ideal quase inatingível. Diante disso, continuamos vendo nossos diabéticos enxergando cada vez menos.

Apesar do empenho de pesquisadores em todo o mundo, até o momento, não há nenhuma evidência de que algum tipo de tratamento farmacológico seguro e eficaz possa prevenir, retardar ou reverter essa complicação que, quando culmina em cegueira, pode ser considerada a mais trágica delas. Um avanço ocorrido mais recentemente, e utilizado em alguns centros com sucesso, é o acetato de triancinolona, feito através de injeção intravítreo nos casos de edema macular não responsivo à fotocoagulação7(C).

Enquanto aguardamos novas opções, devemos unir esforços para assegurar um protocolo para a prevenção e a detecção precoce da retinopatia diabética.

CLASSIFICAÇÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA

Retinopatia Background ou Não Proliferativa

As imagens que vemos são respostas cerebrais aos estímulos enviados pela retina. Para que haja qualidade na captação das imagens, a retina e seus capilares têm que estar íntegros. Na retinopatia diabética, os capilares retinianos se tornam permeáveis e extravasam lipoproteínas, que formam os exsudatos duros. Alguns vasos adjacentes podem apresentar proliferação endotelial e formação de microaneurismas. Nessa fase, ainda pode ocorrer edema macular que é uma importante causa de perda visual.

Retinopatia Proliferativa

Com a progressão da doença ocorrerá franca obstrução vascular e, em resposta à isquemia do tecido, haverá liberação de fatores de crescimento que desencadearão o processo de neovascularização.

Porém, os novos vasos formados têm estrutura frágil, se rompem facilmente, causando hemorragias e são acompanhados de fibroses que, se ocorrerem no vítreo, podem levar ao descolamento da retina. A hemorragia vítrea profusa e o descolamento da retina, freqüentemente, levam à cegueira8(D).

QUADRO CLÍNICO

Ambos os estágios da retinopatia, background e proliferativa, podem ser assintomáticos.

O distúrbio visual pode se manifestar de várias maneiras: visão central manchada em decorrência do edema macular; ou perda súbita de visão, que poderá ou não ser reversível, como conseqüência de sangramento vítreo e/ou descola mento da retina9(C).

FATORES DE RISCO

Além de fatores genéticos, a hiperglicemia ainda é considerada o estímulo inicial para o desenvolvimento da doença ocular10(D). A duração do diabetes também está fortemente relacionada ao desenvolvimento da retinopatia11(A). Um importante parâmetro utilizado para controle metabólico é a hemoglobina glicada (Hb A1C), que nos permite avaliar a glicemia média de um paciente ao longo de 2 a 3 meses antecedentes e, assim, a eficácia do tratamento12(D). Vários estudos já documentaram a associação entre a redução da HbA1C e o retardo da evolução da retinopatia diabética4,5(A).

A hipertensão arterial, uma co-morbidade comum do diabetes, é também um fator de risco importante para doenças macro e microvasculares, devendo ser tratada agressivamente 13 (A). Embora retardem o aparecimento da doença, tais medidas não são suficientes para prevenir totalmente ou interromper completamente a doença4,5(A).

Tabagismo14(D), puberdade11(A) e gestação15 (A) também estão relacionados ao desenvolvimento precoce das doenças microvasculares e podem contribuir para a sua progressão.

Embora o exercício físico seja de suma importância para o paciente diabético, antes de recomendá-lo deve-se avaliar a presença de complicações micro e macrovasculares que podem ser agravadas16(D). Uma vez assegurado o diagnóstico, um plano de atividade física individualizado pode minimizar o risco para o paciente17(D).

Os indivíduos diabéticos possuem maior propensão a desenvolver catarata e a cirurgia para sua correção pode acelerar a retinopatia. Já é consenso que o uso do ácido acetilsalicílico não apresenta riscos para o paciente retinopata, assim como não previne essa doença18(D).

DIAGNÓSTICO

O método de documentação validado para a triagem da retinopatia diabética é a documentação fotográfica do fundo de olho, que apresenta muitas vantagens logísticas. Duas a quatro fotos de vários ângulos do fundo da retina de ambos os olhos são examinadas.

A avaliação inclui:

A determinação do tipo morfológico do elemento presente (microaneurismas; hemorragias; exsudatos duros e/ou algodonosos; anormalidades vasculares; edema macular exudativo ou isquêmico; rosário venoso; proliferação vascular; tecido fibroso; e outros); • A localização desses elementos.

O número aproximado desses elementos.

Outros procedimentos como biomicroscopia da retina com lâmpada de fenda e/ou angiografia com fluoresceína devem ser julgados pelo oftalmologista19(C).

RECOMENDAÇÕES

TRIAGEM

O ideal é que o tratamento da retinopatia seja instituído antes da sintomatologia se tornar evidente.

Para isso, é de suma importância um protocolo de atendimento no qual:

Adultos e adolescentes com diabetes tipo 1 devem ser submetidos à avaliação oftalmológica após 3 a 5 anos de diagnóstico;

Todos os pacientes diabéticos tipo 2 devem ser encaminhados para um exame oftalmológico inicial com pupilas dilatadas na ocasião do diagnóstico.

Controle glicêmico otimizado pode reduzir substancialmente o risco e a progressão da retinopatia:

Realizar o teste de HbA1C 2 a 3 vezes ao ano para assegurar o alcance das metas: 7,0%, usando um ensaio com base no DCCT, ou até o limite máximo do método adotado, sendo aceito até 1% acima. Esbarramos aqui num sério problema de interpretação, uma vez que não há uma padronização metodológica;

Glicose plasmática pré-prandial entre 90-130 mg/dl;

Glicemia pós-prandial <180 mg/dl.

Controle otimizado da pressão arterial:

Pressão arterial <130/80 mmHg.

Aconselhar todos os pacientes a não fumar.

TRATAMENTO

A fotocoagulação a laser de argônio é o primeiro tratamento e deve ser instituído precocemente, antes que a doença se torne sintomática. A fotocoagulação focal ou a fotocoagulação pan-retiniana podem reduzir o risco de perda da visão em pacientes com retinopatia diabética;

Pacientes que apresentam edema macular, retinopatia não proliferativa moderada ou grave e qualquer retinopatia proliferativa devem ser encaminhados prontamente a um retinólogo, especialista experiente na área, pois além da fotocoagulação a laser, freqüentemente são necessários métodos terapêuticos adicionais, como agentes antiinflamatórios, antiproliferativos, por exemplo, infusão paralímbica transescleral de triamcinolona intra-hialoidea, e em casos mais avançados, a cirurgia vitreorretiniana retinopexia/vitrectomia para recuperação da perda visual iminente ou já instalada, como na hemorragia vítrea ou descolamento de retina.

ACOMPANHAMENTO

Para que um paciente seja considerado metabolicamente bem controlado, deve apresentar anualmente pelo menos duas HbA1C dentro da normalidade, para os que não estão alcançando as metas, ou naqueles cuja terapia foi modificada, devemos realizar o exame a cada 3 meses.

Os níveis pressóricos devem ser aferidos em cada consulta de rotina do diabetes, visando uma pressão <130/80.

Os exames oftalmológicos subseqüentes para os pacientes diabéticos tipo 1 e tipo 2 devem ser realizados anualmente. O oftalmologista pode estabelecer um intervalo de seguimento clínico maior, ou dependendo da gravidade da retinopatia até a cada 3 meses.

As mulheres diabéticas que estiverem planejando engravidar devem ser submetidas a um exame oftalmológico completo e devem ser orientadas em relação ao risco de aparecimento ou progressão da retinopatia. As mulheres diabéticas que engravidam sem planejamento devem ser submetidas ao exame oftalmológico no primeiro trimestre, periodicamente ao longo da gestação e 1 ano após o parto. Essas orientações não se aplicam às mulheres que desenvolvem diabetes gestacional, uma vez que, nesses casos não existe risco para a retinopatia.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Os pacientes devem ser muito bem informados sobre as possíveis repercussões do seu controle inadequado, sem soar terrorismo ou onipotência.

Devemos apenas instruí-los, capacitando-os a fazer as melhores escolhas para compor o seu modus vivendi. Os pacientes devem ser, reiteradamente, motivados a seguir as recomendações médicas, uma vez que dessa forma pode-se adiar qualquer complicação e, se precocemente detectada, pode ser tratada com maior chance de sucesso.

É oportuno que algumas questões sejam levantadas em nosso país:

1. Quantos pacientes possuem retinopatia, pelo menos a forma proliferativa? 2. Quantas pessoas já estão cegas em decorrência da retinopatia diabética? 3. Quantos novos casos de cegueira surgem a cada ano em decorrência desta doença? 4. Qual o impacto econômico e social causado por esta complicação? 5. Como são atendidos e qual a freqüência com que são atendidos nossos diabéticos no sistema primário?

O atendimento inicial já assegura a avaliação multidisciplinar: principalmente exame oftalmológico e cardiovascular?

Todos têm acesso à hemoglobina glicada e aos materiais necessários para a automonitorização? Os custos envolvidos com o processo preventivo superam o prejuízo causado pela improdutividade resultante da cegueira?

Se conseguirmos respondê-las teremos uma imagem mais precisa da nossa realidade e talvez, diante de fatos concretos e custos, conseguíssemos maior mobilização por parte de nossas autoridades no que concerne aos pacientes diabéticos.

Autoria: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Conselho Brasileiro de Oftalmologia

REFERÊNCIAS

1. Ferris FL 3rd. Diabetic retinopathy.Diabetes Care 1993;16:322-5. 2. Klein R, Klein BE, Moss SE, Cruick-shanks KJ. The Wisconsin Epidemiologic Study of diabetic retinopathy. XIV. Tenyear incidence and progression of diabetic retinopathy. Arch Ophthalmol 1994; 112:1217-28. 3. The Diabetes Control and Complications Trial Research Group. The effect of intensive treatment of diabetes on the development and progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus.N Engl J Med 1993;329:977-86. 4. The Diabetes Control and Complications Trial. The effect of intensive diabetes treatment on the progression of diabetic retinopathy in insulin-dependent diabetes mellitus. Arch Ophthalmol 1995;113:36-51.5. UK Prospective Diabetes Study Group. Intensive blood-glucose control with sulphonylureas or insulin compared with conventional treatment and risk of complications in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33). Lancet 1998; 352:837-53. 6. Alleyne G. Diabetes-a declaration for the Americas. Bull Pan Am Health Organ 1996;30:261-2. 7. Martidis A, Duker JS, Greenberg PB, Rogers AH, Puliafito CA, Reichel E, et al. Intravitreal triamcinolone for refractory diabetic macular edema. Ophthalmology 2002;109:920-7. 8. American Diabetes Association. Diabetic retinopathy. Diabetes Care 2000;23(Suppl 1):S73-6. 9. Imesch PD, Bindley CD, Wallow IH. Clinicopathologic correlation of intraretinal microvascular abnormalities. Retina 1997;17:321-9. 10. Schmidt AM, Yan SD, Stern DM. The dark side of glucose. Nat Med 1995;1:1002-4. 11. Klein R, Klein BE, Moss SE, Davis MD, DeMets DL. The Wisconsin epidemiologic study of diabetic retinopathy. II. Prevalence and risk of diabetic retinopathy when age at diagnosis is less than 30 years. Arch Ophthalmol 1984;102:520-6. 12. Sacks DB, Bruns DE, Goldstein DE, Maclaren NK, McDonald JM, Parrott M.Guidelines and recommendations for laboratory analysis in the diagnosis and management of diabetes mellitus. Clin Chem 2002;48:436-72. 13. UK Prospective Diabetes Study Group.Tight blood pressure control and risk of macrovascular and microvascular complications in type 2 diabetes: UKPDS 38. BMJ 1998;317:703-13. 14. Haire-Joshu D, Glasgow RE, Tibbs TL; American Diabetes Association. Smoking and diabetes. Diabetes Care 2004;27(Suppl 1):S74-5.

Fonte: www.projetodiretrizes.org.br

Retinopatia

QUAL A CAUSA?

Se você tem diabetes, você corre o risco de ter um nível elevado de glicose no sangue, o que pode danificar os vasos sangüíneos dos seus olhos, resultando em retinopatia diabética.

Os vasos sangüíneos danificados podem deixar vazar líquidos ou sangrar, fazendo com que a retina inche e a visão fique desfocada. À medida que a doença progride, vasos sangüíneos frágeis crescem na superfície da retina. Esses vasos podem se romper, liberando sangue no humor vítreo, ou afastar a retina da parte de trás do olho. Além disso, vasos sangüíneos anormais podem surgir na íris, causando glaucoma.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A retinopatia diabética nunca é dolorosa; na verdade, pode ser que você não apresente nenhum sintoma. Ocasionalmente, se houver retenção de líquidos, sua visão poderá se tornar gradualmente desfocada; se houver sangramento, pode ser que surjam pontos ou manchas escuras em sua visão.

COMO PREVENIR?

Cuide-se – mantenha uma dieta saudável e faça exercícios regularmente – para reduzir significativamente o risco de uma diabetes ocular. Faça testes de visão periódicos para descobrir a doença em estágios iniciais, facilitando o tratamento e prevenindo complicações.

Casos graves de retinopatia diabética podem ser tratados cirurgicamente.

Fonte: www.bausch.com.br

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