Penicilina

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A Penicilina é um dos agentes antibióticos descobertos e amplamente utilizado primeiros, derivada do fungo Penicillium.

Os antibióticos são substâncias naturais que são libertadas por bactérias e fungos no seu ambiente, como um meio de inibir outros organismos – é guerra química em escala microscópica.

Sir Alexander Fleming

Nascido agosto. 6, 1881, Darvel, Escócia e morreu 11 de março de 1955, em Londres, Inglaterra.

Em 1928, Sir Alexander Fleming observou que colônias da bactéria Staphylococcus aureus pode ser destruído pelo fungo Penicillium notatum, provando que havia um agente antibacteriano não em princípio. Este princípio mais tarde levar a medicamentos que poderiam matar certos tipos de bactérias causadoras de doenças dentro do corpo.

No momento, no entanto, a importância da descoberta de Alexander Fleming não era conhecido.

O uso de penicilina não começou até a década de 1940, quando Howard Florey e Ernst Chain isolado o ingrediente ativo e desenvolveu uma forma de pó do medicamento.

História

Originalmente notado por um estudante de medicina francês, Ernest Duchesne, em 1896. A penicilina foi re-descoberta pelo bacteriologista Alexander Fleming trabalhando no Hospital de St. Mary, em Londres, em 1928.

Ele observou que uma placa de cultura de Staphylococcus tinha sido contaminada por um mofo azul-verde e que as colônias de bactérias adjacentes ao molde estavam sendo dissolvido.

Curioso, Alexander Fleming cresceu o molde em uma cultura pura e descobriu que ele produzia uma substância que matou um número de bactérias causadoras de doenças. Nomeando a substância penicilina, Dr. Fleming, em 1929, publicou os resultados de suas investigações, observando que sua descoberta pode ter valor terapêutico se pudesse ser produzida em quantidade.

Alexander Fleming descobre a penicilina

Em 1928, o bacteriologista Alexander Fleming fez uma descoberta da possibilidade de um já descartado, contaminado placa de Petri. O molde que tinha contaminado a experiência acabou por conter um antibiótico potente, penicilina. No entanto, apesar de Fleming foi creditado com a descoberta, foi mais de uma década antes que alguém virou penicilina na droga milagrosa para o século 20.

Penicilina
Bacteriologista britânico e prêmio Nobel Sir Alexander Fleming (1881 – 1955) em seu laboratório no Hospital St Mary, Paddington. (1941)

Na manhã de setembro, em 1928, Alexander Fleming estava sentado à sua mesa de trabalho no Hospital de Santa Maria, depois de ter acabado de voltar de um período de férias no The Dhoon (sua casa de campo) com sua família. Antes ele havia deixado de férias, Fleming tinha empilhados vários de seus pratos de Petri para o lado do banco para que Stuart R. Craddock poderia usar sua bancada de trabalho, enquanto ele estava fora.

De volta das férias, Fleming foi a triagem através das pilhas autônoma longos para determinar quais poderiam ser recuperadas. Muitos dos pratos tinham sido contaminadas. Fleming colocou cada uma delas em uma pilha crescente em uma bandeja de Lysol.

Muito do trabalho de Fleming focado na busca de uma “droga maravilha”. Embora o conceito de bactérias tinha sido em torno desde Antonie van Leeuwenhoek descreveu pela primeira vez em 1683, não foi até o final do século XIX que Louis Pasteur confirmou que as bactérias causado doenças. No entanto, apesar de terem esse conhecimento, ninguém ainda tinha sido capaz de encontrar um produto químico que iria matar as bactérias nocivas, mas também não prejudicam o corpo humano.

Em 1922, Fleming fez uma descoberta importante, lisozima. Ao trabalhar com algumas bactérias, o nariz de Fleming vazou, deixando alguns de muco para o prato. As bactérias desapareceu. Fleming havia descoberto uma substância natural encontrada em lágrimas e muco nasal que ajuda a combater os germes do corpo. Fleming agora percebi a possibilidade de encontrar uma substância que pode matar as bactérias, mas não afetar negativamente o corpo humano.

Em 1928, enquanto a triagem através de sua pilha de pratos, ex-assistente de laboratório de Fleming, D. Merlin Pryce parou para conversar com Fleming.

Fleming aproveitou a oportunidade para queixar da quantidade de trabalho extra que ele tinha que fazer, já que Pryce havia transferido a partir de seu laboratório.

Para demonstrar, Fleming vasculhou a grande pilha de pratos que ele tinha colocado na bandeja Lysol e tirou vários que haviam permanecido com segurança acima do Lysol. Se não houvesse tantos, cada um teria sido submerso em Lysol, matando as bactérias para fazer as placas de seguro para limpar e reutilizar.

Apesar de pegar um prato especial para mostrar Pryce, Fleming notou algo estranho nisso. Embora tivesse sido afastado, um molde tinha crescido no prato. Isso em si não era estranho. No entanto, este molde em particular parece mataram as bactérias Staphylococcus aureus que foram crescendo no prato. Fleming percebeu que este molde tinha potencial.

O que foi que o molde?

Fleming passou várias semanas crescendo mais mofo e tentando determinar a substância em particular no molde que matou as bactérias. Depois de discutir o molde com micólogo (especialista molde) CJ La Touche, que tinha seu escritório abaixo Fleming de, eles determinaram o molde para ser um fungo Penicillium.

Fleming então chamado o agente antibacteriano activo no molde, a penicilina.

Mas de onde veio o molde vem? Muito provavelmente, o molde veio de La Touche quarto andar de baixo. La Touche foi coletar uma grande amostragem de moldes para John Freeman, que estava pesquisando a asma, e é provável que alguns flutuou até o laboratório de Fleming.

Fleming continuou a executar numerosas experiências para determinar o efeito do molde sobre outras bactérias nocivas. Surpreendentemente, o molde de matar um grande número deles. Fleming, em seguida, correu testes adicionais e encontrou o molde a ser não-tóxico.

Poderia ser este o “droga maravilha”? Para Fleming, que não era. Embora viu o seu potencial, Fleming não era um químico e, portanto, não foi capaz de isolar o elemento activo antibacteriano, a penicilina, e não pode manter o elemento activo suficiente para ser utilizado em seres humanos. Em 1929, Fleming escreveu um artigo sobre suas descobertas, que não angariar qualquer interesse científico.

Doze anos depois

Em 1940, o segundo ano da Segunda Guerra Mundial, dois cientistas da Universidade de Oxford estavam pesquisando projetos promissores em bacteriologia que poderia ser melhorado ou continuou com a química. Australiano Howard Florey e Ernst Chain refugiado alemão começou a trabalhar com penicilina. Usando as novas técnicas químicas, eles foram capazes de produzir um pó castanho que manteve a sua potência antibacteriana durante mais do que alguns dias. Eles experimentaram com o pó e achei que fosse seguro.

Precisando da nova droga imediatamente para a frente de guerra, a produção em massa começou rapidamente. A disponibilidade de penicilina durante a Segunda Guerra Mundial, salvou muitas vidas que de outra forma teriam sido perdidos devido a infecções bacterianas em até pequenas feridas. Penicilina também tratada a difteria, gangrena, pneumonia, sífilis e tuberculose.

Reconhecimento

Embora Fleming descobriu a penicilina, levou Florey e Chain para torná-lo um produto utilizável. Embora ambos Fleming e Florey foram nomeado cavaleiro em 1944 e todos os três (Fleming, Florey e Chain) foram agraciados com o Prêmio Nobel de 1945 em Fisiologia ou Medicina, Fleming ainda é creditado pela descoberta da penicilina.

Fonte: inventors.about.com

Penicilina

Imagine uma descoberta que possibilitasse a cura de várias doenças fatais e que permitisse salvar a vida de milhões de pessoas de uma só vez. Pensou? Pois essa descoberta já aconteceu! A penicilina é um remédio tão fantástico que seus efeitos chegaram a ser comparados a um milagre.

A penicilina foi o primeiro antibiótico usado com sucesso no tratamento de infecções causadas por bactérias. A palavra antibiótico vem do grego e significa contra a vida – não contra a nossa vida, mas contra a vida das bactérias, é claro.

Antes do desenvolvimento da penicilina, muitas pessoas morriam de doenças que, hoje, não são mais consideradas perigosas. Só para você ter uma ideia, apenas machucar-se num prego, por exemplo, poderia, eventualmente, levar à morte.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a penicilina salvou a vida de milhões de soldados feridos nos campos de batalha. Graças aos antibióticos, doenças como pneumonia, sífilis, gonorreia, febre reumática e tuberculose deixaram de ser fatais.

Hoje, sabe-se que a penicilina que já salvou tantas vidas também pode provocar reações alérgicas sérias em algumas pessoas e, inclusive, levar à morte. Apesar disso, a penicilina ainda é o antibiótico mais usado em todo o mundo.

A descoberta

Alexander Fleming foi o cientista que descobriu a penicilina. A descoberta aconteceu em 1928, enquanto o pesquisador trabalhava num hospital de Londres, na Inglaterra, em busca de uma substância que pudesse ser usada no combate a infecções bacterianas (causadas por bactérias). Fleming havia trabalhado como médico em hospitais militares durante a Primeira Guerra Mundial e, por isso, sabia o quanto era urgente produzir esse medicamento.

Em suas pesquisas, Fleming fazia o que os cientistas chamam de cultura, ou seja, colocava bactérias numa placa cheia de nutrientes, em condições ideais para elas crescerem e se multiplicarem, a fim de poder observá-las. Um dia, o pesquisador saiu de férias e esqueceu, em cima da mesa no laboratório, placas de cultura de uma bactéria responsável, na época, por graves infecções no corpo humano: a Staphylococcus aureus. Ao retornar, semanas depois, percebeu que algumas dessas placas estavam contaminadas com mofo, algo bastante comum.

Fleming estava prestes a lavar as placas, quando Merlin Pryce, seu antigo assistente, entrou no laboratório e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes e então percebeu que, em uma das placas, havia uma área transparente ao redor do mofo, indicando que não havia bactérias naquela região. Aparentemente, o fungo que tinha causado o mofo estava secretando uma substância que matava as bactérias.

Penicilina
Fungo da penicilina

Fleming identificou esse fungo como Penicillium notatum e, por isso, chamou a substância produzida por ele de penicilina. Posteriormente, descobriu-se que a penicilina matava também outros tipos de bactérias, e o melhor: ela não era tóxica para o corpo humano, o que significava que poderia ser usada como medicamento.

Produção em larga escala

Devido às dificuldades de se produzir penicilina em quantidade suficiente para ser usada no tratamento de pacientes, inicialmente, a descoberta de Fleming não despertou maior interesse na comunidade científica. Foi somente com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, que dois cientistas, Howard Florey e Ernst Chain, retomaram as pesquisas e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial. Assim, estava inaugurada uma nova era para a medicina – a era dos antibióticos. Por suas pesquisas, Fleming, Florey e Chain receberam, em 1945, o Prêmio Nobel de Medicina.

Durante algum tempo, acreditou-se que os antibióticos decretariam o fim das mortes humanas provocadas por infecções bacterianas. Entretanto, atualmente, sabe-se que, de tempos em tempos, surgem novas bactérias resistentes aos antibióticos e, assim, esses medicamentos perdem o efeito.

O uso indiscriminado de antibióticos, tanto por médicos quanto por pacientes, contribuiu, em muito, para o aparecimento de bactérias super-resistentes. Os erros mais comuns que as pessoas cometem são tomar antibióticos para doenças não bacterianas, como a maior parte das infecções de garganta, gripes ou diarreias, e interromper o tratamento antes do prazo recomendado pelo médico.

Curiosidades sobre a descoberta da penicilina

Penicilina

Alguns anos depois da descoberta da penicilina, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, sem êxito, “redescobrir” a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming.

Após um grande número de experiências, verificou que a descoberta da penicilina só se tornou possível graças a uma série inacreditável de coincidências:

O fungo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium

O fungo que contaminou a placa deve ter vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos

O crescimento do fungo e das bactérias se fez lentamente, condição necessária para que pudesse ser observada a ação do fungo sobre as bactérias

No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura

A providencial entrada de Merlin Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas, antes de inutilizá-las, e percebesse que não havia bactérias ao redor do fungo.

Maria Ramos

Fonte: www.invivo.fiocruz.br

Penicilina

Penicilina
Penicillium notatum

Penicillium notatum, a origem da penicilina. A descoberta da penicilina foi um dos acidentes da história da humanidade que até hoje já salvou mais pessoas em todo o mundo.

Em 1929, o bacteriologista inglês Alexander Fleming, professor em Londres, preparou uma cultura de agentes piogénicos sobre um substrato de ágar-ágar para estudar o seu desenvolvimento e comportamento. O ágar-ágar é um produto gelatinoso obtido a partir de algas vermelhas marinhas.

Apesar dos cuidados e das precauções tomadas para evitar que a cultura fosse contagiada por gérmenes externos, a cultura foi infectada com esporos do bolor Penicillium notatum. Este bolor tinha invadido a cadeia bacteriana e começou a desenvolver-se pelas áreas periféricas da cultura, cobrindo, por fim, as bactérias com os seus micélios e corpos frutíferos.

Quando, contrariado, o cientista quis isolar a cultura infectada, apercebeu-se de que, nas zonas onde o Penicillium notatum havia contactado com as bactérias, estas tinham deixado de se desenvolver e multiplicar. A que se devia o fenómeno? Após um exame mais minucioso, Alexander Fleming constatou não ser o fungo em si o responsável por estes efeitos, mas sim alguma substância por ele segregada.

Esta descoberta esteve na origem do «nascimento» da penicilina, uma substância obtida a partir dos produtos catabólicos de diversas espécies de Penicillium.

A penicilina é atualmente um produto correntemente produzido pela indústria farmacêutica; é empregue como um poderoso antibiótico no combate a diversos agentes infecciosos, como, por exemplo, cocos e espiroquetas da sífilis. Juntamente com os seus colaboradores Howard Florey e Boris Chain, Alexander Fleming recebeu em 1945 o Prémio Nobel de Medicina pela fantástica descoberta da penicilina.

Fonte: www.tudosobreplantas.net

Penicilina

Alexander Fleming nasceu no dia 6 de agosto de 1881, em Lochfield, na Escócia.

Ele era filho de um fazendeiro, Hugh Fleming, e tinha sete irmãos. Fleming era um aluno brilhante e percebeu que seu país de origem oferecia oportunidades limitadas de carreira. Sendo assim, aos 13 anos, ele se mudou para Londres, onde freqüentou uma escola politécnica e trabalhou como office boy durante vários anos, antes de decidir se tornar um médico.

Fleming então se matriculou na Escola de Medicina de St. Mary, que posteriormente tornou-se parte da Universidade de Londres. Seu desempenho na faculdade foi excelente, tendo recebido inúmeras honras em seus estudos de fisiologia e medicina.

Após graduar-se, Fleming tornou-se professor de bacteriologia na Universidade de Londres e assumiu um posto de pesquisa na Escola Médica do Hospital de St. Mary. Ele passava a maior parte de seu tempo no laboratório e conseguiu prosseguir com seus estudos durante a Primeira Guerra Mundial como membro do Corpo Médico do Exército Real. Perturbado com o alto índice de soldados mortos por ferimentos infeccionados, Fleming começou a questionar a efetividade do tratamento de tecidos doentes ou danificados com os anti-sépticos que estavam sendo usados. Numa série de testes brilhantes, demonstrou que os anti-sépticos mais prejudicavam do que ajudavam, já que matavam células do sistema imunológico, facilitando ainda mais o aumento da infecção.

Com o fim da guerra, Fleming voltou a St. Mary e continuou estudando bacteriologia. Seus principais objetivos eram identificar algumas substâncias que pudessem combater as bactérias sem danificar tecidos saudáveis ou enfraquecer os mecanismos de auto-defesa do corpo. Em 1921, ele obteve um progresso importante: descobriu que as lágrimas humanas e o muco nasal, assim como as claras de ovos, continham uma substância química semelhante que dissolvia algumas bactérias. Ele chamou este novo antibiótico de lisozima e publicou diversos artigos sobre sua efetividade. Contudo, a maioria dos cientistas não deu muita atenção para estas descobertas.

Fleming prosseguiu com suas pesquisas mesmo com a falta de entusiasmo atribuída à sua descoberta. Certo dia, em 1928, ele estava em seu laboratório checando algumas culturas de bactérias estafilococos. Uma cultura em particular chamou sua atenção: ela permaneceu descoberta acidentalmente por diversos dias, e havia sido contaminada por um esporo de fungo que penetrou através da única janela do laboratório. Fleming estava a ponto de lavar o prato quando percebeu algo muito incomum: na região ao redor do fungo, os estafilococos haviam desaparecido por completo. Nas outras partes do recipiente, porém, continuavam crescendo.

Fleming ficou intrigado – talvez tivesse chegado a uma maravilhosa descoberta. Ele imediatamente começou a produzir mais fungos para que pudesse confirmar sua descoberta acidental. Durante os oito meses seguintes, ele concluiu que o fungo continha uma substância poderosa, à qual deu o nome de “penicilina”, devido ao fungo Penicillium Chrysogenum notatum do qual as bactérias se originaram. A substância eliminava não apenas estafilococos, mas também inúmeras outras bactérias mortais. Após conduzir alguns testes, ele descobriu que a penicilina não era tóxica. No entanto, o fungo era extremamente difícil de ser cultivado em laboratório. Sendo assim, apenas pequenas quantidades da substância poderiam ser produzidas. Fleming precisava de grandes quantidades para conseguir tratar alguém que estivesse realmente doente e ainda demonstrar que era eficaz como antibiótico.

O final da década de 1930 fez irromper a Segunda Guerra Mundial. Cientistas perceberam que as vítimas e doenças resultantes exigiam quantidades ainda maiores da substância para o combate de infecções por ferimentos. Na Universidade de Oxford, no Reino Unido, um patologista australiano chamado Howard W. Florey pesquisou em antigos registros médicos por pistas sobre uma possível descoberta. Em 1938, ele leu um artigo de Fleming sobre a penicilina e foi visitar o escocês, que o entregou uma amostra que havia conservado em seu laboratório.

Florey começou a trabalhar com Ernest Chain, um químico que havia fugido da Alemanha nazista e juntos verificaram as observações de Fleming. Eles conseguiram produzir apenas uma pequena quantidade do fungo, não o suficiente para o tratamento de seres humanos. Ainda assim, testaram a substância em alguns ratos brancos que haviam sido infectados com os estafilococos e seus resultados foram positivos. Florey e Chain então concentraram todo seus esforços na produção de penicilina em quantidade suficiente para o tratamento de pessoas. Por volta de 1941, eles conseguiram documentar quase 200 casos no qual o uso da penicilina havia destruído infecções que poderiam ter sido fatais.

O próximo passo foi a produção da substância em grandes quantidades. Florey e Chain não conseguiram arrecadar fundos da Universidade de Oxford para pesquisas adicionais e então recorreram aos Estados Unidos, onde obtiveram apoio técnico e financeiro. No Laboratório Regional de Pesquisas do Norte, no estado de Illinois, cientistas britânicos e americanos descobriram um novo método de crescimento do fungo que produzia 200 vezes mais penicilina por litro que o antigo. Em meados da década de 1940, as fábricas inglesas e norte-americanas estavam produzindo bilhões de unidades de penicilina. Apesar da produção inicial ter sido reservada exclusivamente para militares, a penicilina tornou-se disponível para a população civil em 1944.

Fleming e Florey foram muito homenageados pela descoberta da penicilina. Em 1945, eles, juntamente com Chain, compartilharam o Prêmio Nobel de Medicina.

Nenhum deles beneficiou-se financeiramente com a venda da substância. Na verdade, Alexander Fleming chegou a doar qualquer dinheiro que recebia para patrocinar futuros estudos médicos. Por ter sido o primeiro a descobrir a penicilina tornou-se uma celebridade internacional; porém, foi sempre muito modesto e admitia que outros cientistas haviam tido papel essencial na descoberta.

Apesar de sua crescente fama, Fleming continuou a conduzir o maior número de estudos possível em seu laboratório. Seus esforços científicos eram no intuito de descobrir a capacidade de combater bactérias por outros métodos. Até o fim de sua vida, ele conduziu suas próprias pesquisas.

Alexander Fleming morreu de ataque cardíaco em 11 de março de 1955, na cidade de Londres.

A descoberta de Alexander Fleming foi umas das mais importantes em toda a história humana. A penicilina não cura todas as infecções; na verdade, algumas pessoas podem ter até mesmo reações fatais. Contudo, a substância já curou milhões de infecções bacterianas incluindo a pneumonia, a sífilis, a difteria, o envenenamento sangüíneo e a gangrena, ou mesmo meningite, bronquite e infecções nos ossos. Um eminente médico britânico chamado Lorde Horder declarou, após a morte de Fleming, que a descoberta da penicilina “conferia um benefício incalculável para a humanidade”. A penicilina é o antibiótico mais usado no mundo.

Como é fabricada a penicilina em escala industrial

A preparação do inóculo para a fermentação começa com a inoculação de balões de 500 ml,contendo 100 ml de meio de cultura, com espóros de P. chrysogenum. Os balões são em seguida colocados num agitador orbital, numa câmara a 25ºC e após 4 dias o caldo de cultura resultante é utilizado para inocular balões contendo 2 l de meio. O caldo desta segunda etapa em balões é utilizado como inóculo para nova fermentação vegetativa, com a duração de apenas 2 dias, num tanque de 100 l com agitação, arejamento, arrefecimento e controlo de pH e T. Por fim, num tanque com 500 l de meio, produz-se, após 3 dias, um volume de cultura suficiente para inocular até 120 m3 de meio em tanques com 200 m3 de capacidade.

Os meios de cultura industriais são formulados com matérias primas, sendo que a maioria das quais são complexas em termos de composição química (e.g., água da maceração de milho,melaços, óleos vegetais ou gorduras animais). Após a inoculação do meio segue-se um curto período de operação descontínua (ca. 12 h).

Em seguida e até ao fim da fermentação são adicionadas diversas substâncias (viz., açúcar, AFA ou AFNA, sais, óleos, gorduras, corretores de pH).

Fonte: www.ifsc.usp.br

Penicilina

Alexander Fleming

“Não inventei a penicilina.
A natureza é que a fez.
Eu só a descobri por acaso.”

Harry Lambert estava a morrer, a temperatura subira e o corpo era sacudido por constantes espasmos e soluços incontroláveis. Alexander Fleming estava convencido que restavam a Harry poucos instantes de vida. Não tinham conseguido isolar o micróbio que o atacava e os poucos medicamentos de que dispunham tinham agravado, ainda mais a situação. Inicialmente, parecia uma espécie de gripe, mas à medida que o seu estado foi piorando, começaram a surgir sintomas de meningite.

Após a colheita de uma amostra de líquido cefalo-raquidiano, conseguiu isolar uma estirpe da bactéria estreptococos extremamente virulenta. As hipóteses de Harry esgotavam-se, mas Fleming decidiu tentar mais uma vez. Telefonou a Howard Florey, chefe de uma equipa de cientistas que desenvolvia, em Oxford, um novo medicamento a partir da penicilina descoberta 14 anos antes por Fleming. Florey forneceu toda a penicilina existente, em Oxford, para o tratamento do paciente de Fleming, explicando minuciosamente a forma de utilização deste medicamento.

A penicilina foi injectada no paciente e foi verificado o extraordinário efeito produzido por esta. O paciente acalmava progressivamente, e ao fim de 24 horas a febre desaparecera. As injecções prolongaram-se pela semana, mas o paciente começou a mostrar sinais de recaída; a temperatura aumentou e voltou a ter fases de delírio.

Fleming retirou mais uma amostra de líquido cefalo-raquidiano e observou-o em busca de penicilina, mas não encontrou nenhuma. Isto significava que os estreptococos não eram destruídos no líquido cefalo-raquidiano. Fleming telefona, então, a Howard e questiona-o se já teria tentado injectar penicilina directamente no canal raquidiano de um paciente – a resposta foi negativa. De qualquer forma, Fleming decidiu tentar a sua sorte, e injectar a penicilina no canal raquidiano de Lambert. Ao mesmo tempo que Fleming procedia a este delicada intervenção, Florey injectou penicilina no canal raquidiano de um coelho e este teve morte imediata!

No entanto, o quadro clínico do paciente teve aqui a sua reviravolta. Lentamente a febre baixou, e voltou a estar consciente. Nos dias seguintes recebeu mais injecções e as melhorias tornaram-se mais acentuadas. Passado um mês, saia a pé do hospital, completamente curado.

Alexander Fleming, ou Alec como todos o chamavam, nasceu numa remota quinta nas terras altas do Ayrshire, no sudeste da Escócia, a 6 de Agosto de 1881.

Do primeiro casamento o pai teve 4 filhos; após a morte da mulher casou-se com Grace, aos 60 anos, de quem teve mais 4 filhos, dos quais Alec era o terceiro.

O pai faleceu, quando Alec tinha ainda sete anos; a partir desta data a mãe e o irmão Hugh passaram a dirigir a família e a cuidar da exploração de gado, e o seu irmão Tom partiu para Glasgow para estudar medicina. Alec passava os dias, nesta época, com o irmão John, dois anos mais velho, e com Robert, dois anos mais novo: exploravam a propriedade, seguiam os ribeiros e pescavam nas águas do rio… Desde cedo que Alec ficou fascinado pela natureza, desenvolvendo um sentido excepcional de observação do que o rodeava.

No verão de 1895, Tom propôs-lhe que fosse estudar para Londres, onde este tinha um consultório que se dedicava a doenças oculares. Juntaram-se, assim, os três irmãos em Londres: Alec, John e Robert. John aprendeu a arte de fazer lentes (o director da empresa onde ele trabalhava era Harry Lambert, o famoso paciente de Alec) e Robert acompanhou Alec na Escola Politécnica. Aos 16 anos, tinha realizado todos os exames, mas não tinha ainda certeza sobre qual o futuro a seguir. Assim, empregou-se numa agência de navegação da American Line.

Em 1901, os irmãos Fleming receberam uma herança de um tio recentemente falecido. Tom utilizou-a para abrir um novo consultório e assim, aumentar o número de clientes. Robert e John estabeleceram-se por conta própria como fabricantes de lentes, onde obtiveram um enorme sucesso. E Alec utilizou a sua parte da herança para tirar o curso de medicina, ingressando em Outubro de 1901 na Escola Médica do Hospital de St. Mary.

Apesar de ter seguido medicina para fugir à rotina do escritório, apercebeu-se rapidamente que gostava bastante do curso. Incrivelmente, tinha ainda tempo para praticar actividades extracurriculares: jogava pólo aquático, entrou para a Associação Dramática e para a Associação de Debates e tornou-se um membro distinto do Clube de Tiro.

Em Julho de 1904, fez os primeiros exames de medicina, e pensou seguir a especialidade de cirurgia. Dois anos mais tarde, completou o curso de medicina, preparando-se para continuar na escola médica, onde iria realizar um exame superior que lhe daria mais opções para o futuro.

John Freeman, um dos membros do Clube de Tiro, arranjou a Fleming um trabalho no Hospital de St. Mary, de forma a garantir a sua participação no campeonato de tiro. Assim, nesse verão, Fleming ingressou no Serviço de Almroth Wright – Professor de Patologia e Bacteriologia – um dos pioneiros da terapia da vacinação. Era uma solução temporária, mas o trabalho apaixonou-o tanto que não iria mais abandonar este serviço. Ali estudavam-se, principalmente, as consequências das vacinas no sistema imunitário. Tentavam identificar as bactérias que provocavam uma dada doença, e para obterem uma vacina contra essas bactérias, cultivavam-nas, matavam-nas e misturavam-nas num líquido.

Em 1908, Fleming fez novos exames, onde obteve Medalha de Ouro. E decidiu preparar-se para o exame de especialidade que lhe permitia ser cirurgião. Um ano mais tarde, concluiu esse exame – ainda assim optou por permanecer com Almroth Wright.

Á medida que o seu trabalho prosseguia, Fleming ganhava fama como especialista da terapia de vacinação. Simultaneamente, torna-se conhecido ao simplificar o teste da sífilis.

No início da 1ª Guerra Mundial, em 1914, Fleming foi transferido juntamente com toda a equipa de Wright para um hospital em França. A aplicação da vacina de Wright evitou a perda de muitas vidas no exército britânico. Realizaram, durante este período, diferentes investigações e melhoraram o tratamento das feridas infectadas (estas medidas só viriam a ser implementadas durante a 2ª Guerra Mundial).

Numa das suas curtas licenças, Fleming casou-se em Londres, a 23 de Dezembro de 1915, com Sally McElroy, mais tarde conhecida por Sareen. Logo após o casamento, Fleming voltou para França. A sua vida matrimonial só iria iniciar verdadeiramente em Janeiro de 1919, quando voltou para Inglaterra. Algum tempo depois, o seu irmão John casou-se com a irmã gémea de Sally, Elisabeth McElroy, estreitando-se assim os laços entre a família Fleming e a McElroy.

Corria o ano de 1921, quando Fleming descobriu as lisozimas, a partir da observação de uma cultura de bactérias, já com algumas semanas. As lisozimas são hoje conhecidas como sendo a primeira linha do sistema imunitário. Mas, na altura, não se tinha inteira consciência do que isso significava, e seriam precisos anos de investigação para se conhecer bem esse sistema de defesa. Como tal, ninguém se apercebeu da real importância desta descoberta e Fleming também não era homem para obrigar os outros a prestarem-lhe atenção.

Numa manhã de Setembro de 1928, Fleming percorria o laboratório central, levando uma cultura que parecia achar bastante interessante. Todos deram uma vista de olhos, mas a maioria pensou tratar-se de mais um exemplo da acção da lisozima, só que desta vez sobre um fungo. Na realidade, este fungo apresentava uma acção nunca conseguida pela lisozima; atacava uma das bactérias que causava um maior número de infecções – Estafilococos. Aparentemente, um bolor desconhecido que aparecera, por acaso, numa placa de cultura, dissolvia as bactérias, e não atacava o organismo humano.Alec tornou-se um coleccionador fanático de fungos, não se convencia de que aquele fosse o único com propriedades excepcionais. A sua busca permanente tornou-se famosa entre amigos e familiares: queijo, presunto, fatos velhos, livros e quadros antigos, pó e sujidade de toda a espécie – nada escapava à caça de Fleming. Mas o seu fungo era de facto único; quanto mais o estudava, mais extraordinário lhe parecia, até matava as bactérias causadoras da gangrena gasosa. Descobriu, ainda, que podia utilizar a penicilina para isolar bactérias como, por exemplo, as que estão na origem da tosse convulsa. Este uso laboratorial na selecção de bactérias, fazia da penicilina o primeiro dos grandes antibióticos.

Paralelamente, uma equipa em Oxford, chefiada por Howard Florey e Ernst Chain, começou a trabalhar no desenvolvimento da penicilina. Quando Fleming ouviu falar dessa investigação científica, dirigiu-se imediatamente para lá, visitando as instalações e ficando a conhecer os últimos avanços.

Em 12 de Fevereiro de 1941 surgiu a oportunidade de tratar o primeiro doente! Tratava-se de um polícia chamado Albert Alexander, com um arranhão infectado, causado pelo espinho de uma rosa. Após um período de sensíveis melhorias, as bactérias invadiram, novamente, o organismo. Mas não havia penicilina disponível para o tratar, e faleceu a 15 de Março.

O segundo doente foi um rapaz de 15 anos com uma infecção pós-operatória, após a administração da penicilina recuperou por completo. Outros seis doentes foram tratados com penicilina e melhoraram significativamente. E como estes, mais doentes foram salvos.

Em Agosto de 1942, deu-se o caso de Harry Lambert. Até então, Fleming não tivera oportunidade de ver actuar a “penicilina de Oxford”. Poucos dias após a cura de Harry Lambert, o caso chegou aos jornais. A partir de então, Fleming deixou de ter vida privada, já que os resultados obtidos anteriormente tinham sempre passado completamente despercebidos.

O relato da descoberta da penicilina e a história dos primeiros anos de Fleming passados na Escócia rural entusiasmou a imaginação popular. Porém, a felicidade destes anos terminou com o agravamento do estado de saúde da sua mulher, Sareen, que faleceu a 28 de Outubro de 1949. Com a sua morte, Fleming ficou extremamente só. A porta do laboratório – normalmente sempre aberta aos visitantes – passou a estar fechada. Só a muito custo é que a paixão pelo trabalho conseguiu distraí-lo do seu desgosto e fazê-lo retomar parte da sua antiga vitalidade.

Depois da II Guerra Mundial, uma jovem cientista grega, Amalia Voureka, veio colaborar com Fleming no laboratório. Passou a ser a sua companheira predilecta, e por fim, em 1953, casou-se com Fleming. Alec continuou a trabalhar e viajar até à sua morte, que ocorreu inesperadamente, a 11 de Março de 1955, devido a um ataque cardíaco. “Não há dúvida que o futuro da humanidade depende, em grande parte, da liberdade que os investigadores tenham de explorar as suas próprias ideias. Embora não se possa considerar descabido os investigadores desejarem tornarem-se famosos, a verdade é que o homem que se dedicar à pesquisa com o objectivo de conseguir riqueza ou notoriedade, escolheu mal a sua profissão!”

Fonte: www.anbiojovem.org.br

Penicilina

Em 22 de setembro de 1928, o médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming descobre a penicilina, a base dos antibióticos, produto revolucionário da medicina do século XX. Fleming observava ao microscópio o crescimento de uma colônia de bactérias Staphylococcus aureus, que causam graves infecções no organismo humano. Para sua frustração, constatou que um fungo havia contaminado a placa de vidro em que as bactérias se desenvolviam e começara a crescer.

Provavelmente, um esporo – o corpúsculo reprodutivo dos fungos – havia entrado pela janela, que fora deixara aberta na noite anterior.

Penicilina
Colônia do fungo do gênero Penicillium: organismos que produzem a penicilina

Por algum motivo, no lugar de considerar o trabalho perdido como faria normalmente, Alexander Fleming decidiu acompanhar o crescimento daquele fungo, o Penicillium notatum. Sua curiosidade foi recompensada: o Penicillium produzia substâncias que destruíam os estafilococos à sua volta! E ele pesquisava justamente um medicamento que pudesse eliminar bactérias causadoras de doenças.

O passo seguinte foi identificar e isolar aquela poderosa substância que matava bactérias. Fleming deu a ela o nome de penicilina. Nos anos seguintes, tais fungos passaram a ser cultivados em laboratórios iniciando-se a produção em escala industrial de antibióticos que atacavam microorganismos que não eram eliminados pelo sistema imunológico humano. Graças a esses medicamentos, doenças infecciosas como pneumonia, escarlatina, sífilis, gonorréia, febre reumática, septicemia e tuberculose, deixaram de ser fatais. Durante a Segunda Guerra Mundial, a penicilina salvou a vida de milhões de soldados feridos nos campos de batalha.

Fleming não é o único herói desta história. Foram dois pesquisadores da Universidade de Oxford, Howard Florey e Ernst Chain, que conseguiram em 1937 purificar a penicilina, uma etapa importante para seu uso mais seguro em seres humanos. Nos Estados Unidos, pesquisadores multiplicaram a produção – até então era feita em pequenas garrafas – para uma escala industrial em grandes tanques especiais. A partir de 1940, o medicamento passou a ser aplicado com injeções. Logo a penicilina estava ao alcance de todos e a preços cada vez menores. Uma revolução na Medicina que salvou milhões de vidas.

Fonte: www.unificado.com.br

Penicilina

FLEMING, O ACASO E A OBSERVAÇÃO

Tem-se dito que muitas descobertas científicas são feitas ao acaso. O acaso, já dizia Pasteur, só favorece aos espíritos preparados e não prescinde da observação. A descoberta da penicilina constitui um exemplo típico.

Alexander Fleming, bacteriologista do St. Mary’s Hospital, de Londres, vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em conseqüência da infecção em ferimentos profundos.

Em 1922 Fleming descobrira uma substância antibacteriana na lágrima e na saliva, a qual dera o nome de lisozima.

Em 1928 Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se em condições peculiaríssimas, graças a uma seqüência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes.

No mês de agosto daquele ano Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa, em lugar de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural.

Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato que é relativamente freqüente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr. Pryce, e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos que estava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.

O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, donde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação.

A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939.

Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina – a era dos antibióticos.

Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, sem êxito, “redescobrir” a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming.

Após um grande número de experiências verificou que a descoberta da penicilina só se tornou possível graças a uma série inacreditável de coincidências, quais sejam:

O fungo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium

O fungo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos

O crescimento do fungo e dos estafilococos se fez lentamente, condição necessária para se evidenciar a lise bacteriana

No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura

A providencial entrada do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de sua inutilização.

Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada não teria valorizado o halo transparente em torno do fungo e descoberto a penicilina.

Fonte: usuarios.cultura.com.br

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